Pular para o conteúdo principal

MACRO MERCADOS DIÁRIO 07/05/21 - MAIS DO MESMO

Parece que a quinta-feira repetiu o restante da semana, com o mercado atento ao que seria dito pelos ministros da Saúde convocados, neste caso, o médico cardiologista e atual ministro Marcelo Queiroga na CPI da Covid 19, e mais sobre a “precificação”, ou absorção pelo mercado, do que foi decidido na reunião do Copom de quarta-feira. 

Nada de grandes novidades.

Sobre a CPI, novamente, não trouxe grandes revelações e manteve percepção de que a CPI ainda carece de maior embasamento técnico na área de saúde e infectologia. Os senadores envolvidos pouco sabem sobre medicina.

O depoimento do ministro Queiroga consolidou um braço que será central para estratégia do grupo majoritário da CPI, capitaneado por Renan Calheiros: a tese de que o Planalto, por iniciativa pessoal do presidente Bolsonaro, montou uma espécie de "gabinete paralelo", visando passar por cima do ministério da Saúde. 

Segundo um membro da CPI o “3º dia de CPI está encerrado. Ficou claro um roteiro trágico e repetitivo: 1) os ministros com formação médica defendem as práticas baseadas na ciência; 2) tentam convencer o presidente; 3) batem no muro da ignorância; 4) se demitem ou são demitidos. Queiroga já está na etapa 3."

Na semana que vem temos os executivos da Pfizer e o ex secretário Fabio Wajngarten. Ambos abordarão a questão da compra de vacinas, o maior "nó" do governo. Nas semanas seguintes terermos o ex-ministro Antônio Pazuello e talvez o ex-ministro Ernesto Araújo. 

nas seguintes, os gestores públicos de escalões mais baixos, diretamente envolvidos em ações que podem comprometer o governo, inclusive ao explicar as compras de cloroquina, bem como a crise em Manaus - outro "nó" em potencial.

Ainda sobre a decisão do Copom, ao que parece o ajustamento parcial ainda deve se manter, com mais dois ajustes de 0,75 ponto percentual e um de 0,5 p.p. A taxa Selic irá para 5,5% e neste patamar permanecerá.  

Por fim, sobre a pandemia mais uma queda, fomos para 2.252 óbitos diários na média móvel. Já temos 14 unidades da federação com menos de 10 MM/dia (mortos por mihão) e apenas duas acima de 15 (RJ e PR). Mas incomoda a curva dos novos casos, estamos praticamente no mesmo patamar de 2 semanas atrás. 

Sobre a agenda de sexta-feira (07), passados os dados de recuo da produção industrial de março, divulgados ontem, temos hoje os dados do varejo, da Pesquisa Mensal do Comércio (IBGE) no mesmo mês. Saberemos com mais sobre mais esta onda da pandemia, neste caso, causada pelo atraso da vacinação. Dados negativos para o comércio também podem ter como efeito colateral o aprofundamento do discurso do presidente contra medidas de isolamento social. Será um dia importante também nos EUA quando teremos novos elementos para tentar decifrar em que ritmo (ou intensidade) se encontra a economia norte-americana, se muito aquecida ou dentro dos parâmetros ou modelos do Fed. Saem neste dia o payroll e a taxa de desemprego ambos de abril.

Bons negócios a todos!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

BDM 181024

 China e Netflix contratam otimismo Por Rosa Riscala e Mariana Ciscato* [18/10/24] … Após a frustração com os estímulos chineses para o setor imobiliário, Pequim anunciou hoje uma expansão de 4,6% do PIB/3Tri, abaixo do trimestre anterior (4,7%), mas acima da estimativa de 4,5%. Vendas no varejo e produção industrial, divulgados também nesta 6ªF, bombaram, sinalizando para uma melhora do humor. Já nos EUA, os dados confirmam o soft landing, ampliando as incertezas sobre os juros, em meio à eleição presidencial indefinida. Na temporada de balanços, Netflix brilhou no after hours, enquanto a ação de Western Alliance levou um tombo. Antes da abertura, saem Amex e Procter & Gamble. Aqui, o cenário externo mais adverso influencia os ativos domésticos, tendo como pano de fundo os riscos fiscais que não saem do radar. … “O fiscal continua sentado no banco do motorista”, ilustrou o economista-chefe da Porto Asset, Felipe Sichel, à jornalista Denise Abarca (Broadcast) para explicar o pa...

Prensa 0201

 📰  *Manchetes de 5ªF, 02/01/2025*    ▪️ *VALOR*: Capitais mostram descompasso entre receitas e despesas, e cresce risco de desajuste fiscal       ▪️ *GLOBO*: Paes vai criar nova força municipal armada e mudar Guarda   ▪️ *FOLHA*: Homem atropela multidão e mata pelo menos 15 em Nova Orleans  ▪️ *ESTADÃO*: Moraes é relator da maioria dos inquéritos criminais do STF

NEWS 0201

 NEWS - 02.01 Agora é com ele: Galípolo assume o BC com desafios amplificados / Novo presidente do Banco Central (BC) agrada em ‘test drive’, mas terá que lidar com orçamento apertado e avanço da agenda de inovação financeira, em meio a disparada no câmbio e questionamentos sobre independência do governo- O Globo 2/1 Thaís Barcellos Ajudar a reverter o pessimismo com a economia, administrar a política de juros, domar o dólar e a inflação — que segundo as estimativas atuais do mercado deverá estourar a meta também este ano —, além de se provar independente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, são os maiores desafios de Gabriel Galípolo à frente do Banco Central (BC). Mas não são os únicos. Com o orçamento do BC cada vez mais apertado, o novo presidente do órgão tem a missão de dar continuidade à grande marca de seu antecessor, Roberto Campos Neto: a agenda de inovação financeira. Também estão pendentes o regramento para as criptomoedas e um aperto na fiscalização de instituições...