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Vai ter mais...

Trajetória explosiva

Cesar Benjamin

Hoje de manhã senti um desalento ao ver as fotografias de alguns espaços públicos no Rio de Janeiro durante o fim de semana: praias lotadas, uma multidão na mureta da Urca e assim por diante. Sem falar na manifestação dos idiotas. Pensei: “Não vai dar.” Uma sociedade assim não é capaz de se defender. Se as pessoas não podem perder um dia de praia... Acabo de conversar com a empregada da minha família. Ela mora em Caxias. A partir de hoje ficará em casa por tempo indeterminado, recebendo o salário, é claro. Fiquei novamente desalentado: ela quase nada sabia sobre a epidemia iminente e disse que onde mora ninguém sabe nada. Traçou um quadro de absoluto despreparo, com atividades normais. Festas no final de semana. Transporte coletivo lotado, uns respirando sobre os outros. Ficou surpresa com as informações que lhe demos sobre cuidados elementares. Vai ser foda.

Notas de uma crise

[16/3 20:50] Aloísio Vileth: Isso me lembra 2008, não pelos fatos em si, mas pelas circunstâncias, que espero não se repitam... Eu estava trabalhando há pouco tempo na Ágora Corretora e, no final de 2007, os economistas que nós ouvíamos tinham o seguinte discurso... "2008 vai ser difícil no primeiro semestre, mas depois virá uma recuperação..." [16/3 20:54] Aloisio Vileth: Todo mundo se lembra o que aconteceu em setembro de 2008... [16/3 20:58] Felipe: A diferença é que agora vai afetar o comércio local de forma direta e cruel... a padaria, o restaurante, o cabeleireiro,  a barbearia, o cara que vende bala no sinal, enfim, todo mundo, e aí vem os bancos não recebendo e quebrando. É recessão na veia de forma mais direta impossível,  desemprego instantâneo numa economia já cambaleante. [16/3 21:04] Haroldo: Sim. Muito pior que em 2008 [16/3 21:04] Haroldo: Não vai haver dinheiro para pagar salario [16/3 21:10] Helio Darwich: Boa tarde. Cenário complicado. E de difícil...

Direto do Alentejo, by Julio Hegedus

Iniciamos um projeto nesta semana de comentar diversos temas em pauta na agenda do Brasil e do Mundo. Estarei aqui assumindo um papel que sempre gostei. Escrever sobre todos os temas, principalmente, economia.  Nesta semana falaremos, claro do "Coronavirus" (Covid 19) e seus efeitos devastadores no Brasil e no mundo e sobre a economia. Como o governo brasileiro responde a isso? Covid 19 e o Brasil. O Ministério da Saúde vem se mostrando prudente, cauteloso, mas as movimentações do presidente, nas manifestações de domingo (dia 15), meio que desautorizaram a postura do ministro Mandetta. A impressão q se tem é que quando um ministro "decola", o presidente "mete o pé", numa crise de ciúme. Campanhas antecipadas em São Paulo e no Rio já foram implantadas, buscando cessar a velocidade do virus.  Estrutura da Saúde é problema. Um dos "nós" deste espalhamento perigoso do Corona é como atender os doentes, já que há limitações claras na oferta de l...

Como abriu o mercado hoje

A decisão do Fed de reduzir os juros dos Estados Unidos para perto de zero em pleno domingo lançou uma sombra de incertezas e indefinição sobre os mercados. O resultado, como não poderia deixar de ser, foi uma abertura com fortes quedas ao redor do globo nesta segunda-feira (16). Na Ásia, o índice Nikkei - Tóquio, fechou com queda de 2,46%. Em Xangai, o SSE recuou 3,4%. Na Europa, as quedas foram mais fortes. O índice alemão Dax chegou a recuar 8,4% no pior momento do dia, e agora está em baixa de 8%. Na Inglaterra, o FTSE está em baixa de 6,9%. Os contratos futuros de S&P 500 estão caindo 4,8%. Por aqui, o Índice Bovespa é de forte baixa. O "circuit breaker" foi acionado logo em seguida. A decisão em cortar os juros americanos praticamente a zero apenas dois dias antes da reunião do Fed soou o alarme no mercado. O raciocínio dos investidores é simples: a autoridade monetária possui informações que não estão disponíveis aos demais participantes do mercado. E...

Mar 10, 2020 BARRY EICHENGREEN

Coronanomics  In the fight against the COVID-19 pandemic, economists, economic policymakers, and bodies like the G7 should humbly acknowledge that “all appropriate tools” imply, above all, those wielded by medical practitioners and epidemiologists. Coordination, autonomy, and transparency must be the watchwords. BERKELEY – Last week, G7 finance ministers and central bank governors  vowed  to use “all appropriate policy tools” to contain the economic threat posed by the COVID-19 coronavirus. The question left unanswered is what is appropriate, and what will work. Piketty's Latest Charge WILLEM H. BUITER At more than 1,000 pages, Thomas Piketty's doorstop sequel to his previous opus,  Capital in the Twenty-First Century , does not disappoint. But whether it will fundamentally change the global debate about inequality is an open question. 10 Add to Bookmarks Previous Next The immediate response took the form of central bank rate cuts, with t...