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José Augusto Lambert

Para quem não entendeu ainda, esclareço que o que está em jogo é a sobrevivencia do Plano Real, da moeda Real, que completou, esse ano, três décadas de muito desaforo, mas que, na ultima hora foi salva, com muitos arranhões e desvalorizações, mas salva.

A ultima vez que o Real quase foi para o saco foi em 2014, quando a ensacadora de vento, para se eleger, fraudou as contas públicas para esconder a montanha de gastos eleitoreiros, o que levou o pais ao seu biênio mais recessivo da historia. Fomos salvos pelo impeachment e pelo teto de gastos de Temer.

Hoje a estória se repete pelo retorno do mesmo partido e do padrinho da Dilma à cena de seus crimes.

Por conta de gastos excessivos e esgarçar, no limite, nossa carga tributaria, estamos com a economia operando, artificialmente, acima de sua capacidade. E o pior, com o governo sinalizando que não economizará para ganhar, anyway, as próximas eleições

O resultado é que estamos entrando no que os economistas denominam de "dominância fiscal" que é quando elevar os juros, a principal arma do BACEN para controlar a inflação, perde sua eficácia, já que juros maiores tem mais efeito sobre os gastos do governo para rolar sua divida do que para convergir as expectativas inflaconárias.

[14/12, 00:38] José Augusto Lambert: Em outras palavras, as taxas de juros disparam, pois o risco de financiar os déficits do governo se tornam crescentes, e os agentes econômicos percebem a incapacidade e/ou desinteresse do governo em reduzir fortemente seus gastos, sendo o calote e/ou a inflação o único jeito de "pagar" seus gastos descontrolados.

Além dos juros, dispara a fuga da moeda nacional, ou seja, o dolar dispara. O circulo vicioso se instala.

Essa espiral inflacionária só se  desarmará com o governo, a exemplo do que fez o BACEN essa semana, dando um choque de credibilidade, propondo forte corte nas despesas e subsidios. Com este Executivo, este Congtesso e este STF. alguém acha isto provável?

Como sempre, a situação tera de piorar para que a ficha caia nos políticos e seus eleitores.

Teremos, nós e o Real, dois anos muito  difíceis pela frente.

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