quarta-feira, 12 de novembro de 2025

BDM Matinal Riscala

 *Bom Dia Mercado*


Quarta Feira, 12 de Novembro de 2.025.


*Mercado mira Galípolo após ata e IPCA*


Dia tem ainda pesquisa Quaest, volume de serviços, balanço do BB, Fed boys e votação do shutdown


… A Câmara dos Republicanos dos Estados Unidos vota hoje o projeto que encerra o shutdown, animando novas apostas em corte dos juros em dezembro, com a divulgação dos dados atrasados. Aqui, a ata mais dovish do Copom e o IPCA benigno também resgataram as chances de janeiro para a queda da Selic, mas sem comprometer o carry trade, que derruba o dólar e explica os sucessivos recordes do Ibovespa. Na agenda, o dia começa com relatório da Opep sobre o petróleo e uma pesquisa Quaest sobre o governo Lula, seguidos das falas de vários Fed boys, volume de serviços, entrevista e palestra de Galípolo e mais balanços, com destaque para Banco do Brasil, após o fechamento.


GALÍPOLO – Terá duas oportunidades hoje para corrigir ou validar a leitura mais suave que o mercado fez da ata do Copom, nesta terça-feira.


… Às 10h, ele participa de coletiva sobre o Relatório de Estabilidade Financeira, que será divulgado às 8h, e depois do almoço, às 14h, faz palestra sobre Política Monetária no Brasil em evento da Bradesco Asset Management. Ambos transmitidos ao vivo.


… Sob pressão do governo, inclusive do ministro Fernando Haddad, que tem insistido no espaço de queda para a Selic, a mensagem do presidente do Banco Central pode ser ainda mais decisiva do que a própria ata para orientar as expectativas do mercado.


… Depois do comunicado hawkish na semana passada, onde não houve nenhum sinal de que o ciclo de flexibilização já estaria sendo considerado, a ata começou a ajustar o tom, recuperando apostas de que janeiro não está fora do páreo para o primeiro corte.


… Na curva de juros, as chances de uma queda de 25pbs da Selic na primeira reunião de 2026 saltaram de 55% para 80%, enquanto as chances de um corte maior, de 50pbs, em março, subiram de 30% para 40%, segundo cálculos de Flávio Serrano (BMG) ao Broadcast.


… Uma informação importante da ata foi o BC confirmar que já havia incorporado um impacto preliminar da reforma do Imposto de Renda em suas projeções do IPCA, que, no caso do 2Tri/2027, horizonte relevante da política monetária, foi reduzida de 3,4% para 3,3%.


… Com a inflação mais perto da meta de 3%, e sem o risco de subir mais pelo IR, isso significa que o corte pode estar mais próximo.


… Enquanto o mercado avançou nas apostas para janeiro, economistas reagiram mais cautelosos.


… Reconheceram que o Copom veio mais suave e que começa a ajustar a mensagem e a construir terreno para reduzir a Selic no início de 2026, mas a maioria ainda só espera corte em março, segundo revelou nova pesquisa do Broadcast, realizada após a ata.


… De 34 casas consultadas, 12 ainda fecham com janeiro; 17, com março; quatro em abril e uma só (FGV/Ibre) a partir de junho. Na lista dos que acham janeiro possível para o primeiro corte estão os grandes bancos: Itaú, Bradesco, Santander e BTG Pactual.


IPCA – Junto com a ata mais dovish, o IPCA de outubro também animou o mercado de juros, desacelerando de 0,48% em setembro para apenas 0,09%, abaixo da mediana do Projeções Broadcast (0,14%) e bem perto do piso das estimativas (0,08%).


… Economistas viram também uma composição benigna do índice, com núcleos de inflação comportados, apesar da ligeira aceleração, de 0,19% para 0,26%. O resultado desencadeou novas revisões para baixo nas estimativas para a inflação de 2025.


SERVIÇOS – Ainda na agenda dos juros, é importante hoje o volume de serviços de setembro, que o IBGE divulga às 9h. No Broadcast, a mediana das estimativas indica crescimento de 0,4% na margem, após alta de 0,1% em agosto. As estimativas variam de -0,4% a +0,8%.


… O avanço para os serviços de transporte aéreo, serviços técnico-profissionais e serviços prestados às famílias deve puxar o crescimento em setembro. Em contrapartida, é esperada moderação para os serviços de tecnologia da informação e para outros serviços.


… O economista Rodolpho Sartori, da Austin Rating, projeta estabilidade para o volume de serviços prestados em setembro e afirma que, de forma geral, o setor está desacelerando. Mas ele nota que ainda apresenta certa resiliência atrelada ao mercado de trabalho.


TARCÍSIO – O governador de São Paulo também participa de evento da Bradesco Asset, em São Paulo, às 17h.


ANTIFACÇÃO – Após um dia intenso de negociações, o relator da Lei Antifacção, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), secretário de Tarcísio, protocolou, ontem à noite, a terceira versão do seu relatório, atendendo aos dois principais pleitos do governo.


… Derrite suprimiu as menções à Lei Antiterrorismo e retirou as citações à competência da Polícia Federal, que despertaram críticas do Executivo, da Polícia Federal, da Receita Federal, de especialistas e de parlamentares da base aliada.


… Todos apontavam o enfraquecimento da PF e riscos para a soberania brasileira no caso da equiparação do crime organizado ao terrorismo.


TARIFAÇO – O chanceler Mauro Vieira, que representa o Brasil na reunião do G7, não conseguiu ainda encontrar-se com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, que chega apenas hoje ao Canadá para participar da cúpula de ministros das Relações Exteriores.


… Ontem à noite, em entrevista à Fox News, Trump disse que vai reduzir algumas tarifas sobre as importações de café. Não deu detalhes.


TAXAÇÃO DAS BETS – Congresso adiou para a terça-feira, 18, a votação da MP que prevê socorro a empresas afetadas pelo tarifaço dos Estados Unidos. O relator, senador Fernando Farias (MDB), deve incluir no parecer o aumento da taxação das casas de apostas.


… A elevação da alíquota das bets de 12% para 18% fazia parte da MP do IOF que foi derrubada pela Câmara.


… Há ainda no Senado PL de Renan Calheiros (MDB), que propõe alíquota maior para bets, de 24%, além de aumentar a taxação de fintechs.


NO PISO DA META – A ministra Simone Tebet (Planejamento) afirmou que há a possibilidade de não ter aumento do bloqueio de gastos do Orçamento no relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas, que será divulgado até o dia 22 deste mês.


… Segundo ela, o governo está com uma expectativa “bem positiva” para o relatório deste mês, porque a receita vem performando bem.


… “Além disso, a gente tem o faseamento, que está fazendo toda a diferença”, disse a jornalistas, repetindo o que havia dito Haddad na véspera à CNN, ao comentar que nem todo o orçamento é executado e as sobras aproximam o resultado primário do centro da meta.


… De qualquer modo, Tebet acredita que o Congresso deve autorizar o governo a mirar o piso da meta fiscal em 2026.


… Como revelou o Valor, o governo negocia essa alteração junto ao relator do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, Gervásio Maia (PSB).


MAIS AGENDA – O dia começa com a pesquisa Genial/Quaest sobre a avaliação do governo Lula, às 7h. O levantamento é o primeiro nacional depois da megaoperação policial no Rio de Janeiro com mais de 120 mortos.


… Na parte da tarde, às 14h30, o Banco Central solta os dados semanais do fluxo cambial.


BALANÇOS – Problemas nos empréstimos ao agronegócio, que respondem por um terço da carteira de crédito do Banco do Brasil, devem seguir pesando negativamente nos resultados trimestrais da instituição.


… Analistas projetam lucro de R$ 3,7 bilhões no terceiro trimestre, o que representaria uma queda de 61% contra o mesmo período de 2024 e baixa de 1,8% contra o segundo trimestre, que já foi um dos piores da história do banco.


… Depois do fechamento dos negócios, saem ainda os resultados trimestrais da Americanas, Allos, Auren, Casas Bahia, Copel, Direcional, Equatorial Energia, Hapvida, MRV, PagBank, Positivo, Ultrapar e Vittia Fertilizantes.


… A Ambipar, em recuperação judicial, adiou o seu balanço previsto para hoje e não informou uma nova data.


… Confira no Companhias abertas os balanços divulgados ontem à noite.


LÁ FORA – O foco vai para os Fed boys: John Williams (11h20), Christopher Waller e Anna Paulson (12h), Raphael Bostic (13h30), Stephen Miran (14h30) e Susan Collins (18h). Bessent (Tesouro) participa de conferência às 12h45.


… Sem horário certo, o relatório mensal da Opep costuma sair cedinho. Na Alemanha, tem CPI de outubro (4h).


… Trump planeja jantar hoje com executivos de Wall Street, incluindo o CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, informou a Bloomberg.


AFTER HOURS – Os papéis da AMD saltaram 4,75%, após a companhia elevar a perspectiva de receita nos próximos anos, diante do boom da Inteligência Artificial, provando que não está com medo do estouro da bolha de tecnologia.


CHOREM, HATERS! – O Ibovespa continua dando show e ontem contou a precificação de corte da Selic em janeiro e a chance de o juro terminar o ano que vem abaixo de 12% como drivers para continuar exibindo a sua potência.


… Além disso, a rotação global do fluxo para os emergentes continua fazendo toda a diferença para a bolsa.


… O índice à vista conquistou a marca inédita dos 157 mil pontos e cruzou os 158 mil no pico intraday (158.467,21). Em uma arrancada de 1,60%, fechou aos 157.748,60 pontos e completou 15 altas em série (com 12 recordes).


… Com esta sequência, a bolsa igualou o recorde de 31 anos, em meados de 1994, no lançamento do Plano Real.


… O giro ontem ficou bem acima da média, em R$ 35,4 bilhões, reforçando as suspeitas de fluxo expressivo de recursos estrangeiros. Hoje tem vencimento de opções sobre o índice, o que deve redobrar a volatilidade.


… Um contra-ataque dos vendidos precipitaria a realização de lucro que está demorando tanto para acontecer. Mas nunca se sabe. A bolsa já foi tão longe, que ninguém se atreve a duvidar que possa conquistar ainda mais espaço.


… Entre as blue chips, Petrobras brilhou de novo, com a sétima alta seguida. Escalou junto com o petróleo: PN subiu 2,60%, cotada R$ 33,20, e ON ganhou 2,40%, a R$ 35,41, enquanto o Brent para janeiro avançou 1,72%, a US$ 65,16.


… Há sinais de que as sanções dos Estados Unidos começam a ter impacto sobre as exportações russas de petróleo.


… O minério de ferro fechou em leve alta de 0,20% e explicou a apatia da Vale, em baixa de 0,26%, a R$ 65,04.


… Os bancos tiveram peso relevante no pregão de gala: BB saltou 3,03% (R$ 23,47), apesar da aposta em balanço fraco hoje. Bradesco PN subiu 2,15% (R$ 19,49); Itaú, +1,93% (R$ 41,22); e Santander unit, +2,33% (R$ 33,41).


… A liderança positiva do Ibovespa foi de Braskem, que disparou 18,04% (R$ 7,72) após acordo de R$ 1,2 bi para indenizar o Estado de Alagoas por danos geológicos, eliminando a dúvida sobre um passivo importante.


… Já na ponta negativa, Natura desabou 15,65% (R$ 7,76), após números trimestrais piores do que as expectativas.


RASGOU O COMUNICADO – Certa ou não, a leitura dovish que o mercado fez da ata do Copom acabou combinada ao IPCA de outubro mais baixo para o mês em 27 anos e levou a uma forte queima de prêmio na curva de juros.


… Os investidores dobraram a aposta no início do ciclo de afrouxamento monetário a partir de janeiro e os contratos de curto e médio prazo da curva do DI encerraram o pregão nos menores patamares desde que o ano começou.


… A surpresa positiva com o IPCA próximo de zero em outubro (+0,09%) e abaixo do nível de 5% no acumulado em 12 meses (4,68%) provocou uma onda de revisões em baixa nas projeções de inflação deste e do próximo ano.


… O PicPay reduziu a sua estimativa para o IPCA em 2025 de 4,9% para 4,6% (quase dentro do teto da meta de 4,5% fixado pelo CMN) e, em função da inércia inflacionária, também baixou a aposta para 2026, de 4,4% para 4,2%.


… Duas outras instituições veem agora boas chances de a inflação terminar o ano dentro do intervalo de tolerância superior da meta: UBS BB, que reduziu a projeção do IPCA de 4,6% para 4,5%, e o C6 Bank, de 5,0% para 4,5%.


… No fechamento, o contrato de juro para janeiro de 2027 despencava para 13,680% (contra 13,835% no ajuste anterior); Jan/29 derretia a 12,860% (de 12,983%); Jan/31, a 13,175% (de 13,282%); e Jan/33, a 13,370% (13,462%).


… A rigor, a interpretação do mercado de que a Selic vai cair mais cedo poderia ser (e é) menos vantajosa ao carry trade. Mas não é nada que vá fazer alguma diferença significativa, a ponto de abalar o câmbio doméstico.


… Assim, o dólar à vista completou cinco sessões em baixa, furou os R$ 5,30 e voltou para a cotação mais barata em quase um ano e meio (desde junho de 2024), encerrando o pregão negociado aos R$ 5,2732, em queda de 0,64%.


… “O real pode até apreciar mais, com o dólar a R$ 5,00, porém, neste momento, vejo um intervalo tático de R$ 5,10 e R$ 5,20 no curto prazo”, disse ao Broadcast o diretor de pesquisa macroeconômica do Pine, Cristiano Oliveira.


… Já no Valor, a economista-chefe da Galapagos Capital, Tatiana Pinheiro, avalia que o câmbio deve sofrer uma leve depreciação até o final de dezembro e se aproximar dos níveis de R$ 5,40 e R$ 5,50 no fechamento do ano.


… “Temos uma sazonalidade de fluxo de saída no fim do ano que não é trivial e, neste ano, há o adicional da mudança tributária de lucros e dividendos, que pode aumentar o total a ser remetido para o exterior.”


… Ela reconhece, no entanto, que o capital estrangeiro que não quer perder o ciclo da Selic a 15% pode contrabalançar estas remessas sazonais na reta final de 2025 e manter o câmbio doméstico bem comportado.


ENTROU COMO COADJUVANTE – Além de estar faturando o fluxo, o real também foi embalado ontem pelo exterior.


… O índice DXY, que mede o desempenho do dólar contra uma cesta de seis moedas fortes, caiu 0,15%, a 99,443 pontos. O euro subiu 0,24%, a US$ 1,1587. Já a libra (-0,06%), a US$ 1,3164, e o iene (154,14/US$) ficaram estáveis.


… Dados fracos do mercado de trabalho nos Estados Unidos, que sugeriram novo recuo dos juros em dezembro, e o otimismo sobre o fim do shutdown enfraqueceram a moeda americana e ajudaram os índices acionários a subirem.


… Segundo a série semanal da pesquisa ADP, o setor privado americano perdeu 11.250 vagas nas quatro semanas até 25 de outubro. A leitura mensal divulgada semana passada havia revelado criação líquida de 42 mil vagas no setor privado em outubro.


… O Dow Jones avançou 1,18% e renovou a máxima histórica de fechamento, perto dos 48 mil pontos (47.927,96).


… O S&P 500 ganhou 0,21%, aos 6.846,61 pontos, mas o Nasdaq fechou negativo (-0,25%), aos 23.468,30 pontos, comprometido pelo setor de tecnologia, que retomou o receio de que esteja esticado demais pela IA.


COMPANHIAS ABERTAS – B3 registrou lucro de R$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre, alta de 3,5% na comparação anual; receita somou R$ 2,8 bilhões, crescimento de 2% ante mesmo período de 2024.


GOL reverteu prejuízo e terminou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 248 milhões. O Ebitda ficou em R$ 1,63 bilhão, salto de 232% contra o apurado um ano antes. A receita líquida cresceu 11,6%, para R$ 5,54 bilhões.


EMBRAER. Brandes Investment Partners reduziu participação de 9,99% para 4,95% do capital social, o equivalente a 36.646.723 de ações.


CVC registrou lucro líquido de R$ 40,6 milhões no terceiro trimestre, alta anual de 181,4%; Ebitda somou R$ 143,5 milhões, aumento de 24% em relação ao mesmo período de 2024.


ECORODOVIAS registrou lucro de R$ 430 milhões no terceiro trimestre, alta anual de 63,8%; Ebitda somou R$ 1,66 bilhão, crescimento de 41% em relação ao mesmo período de 2024.


MOTIVA registrou tráfego consolidado de 89,1 milhões de veículos em suas rodovias em outubro, alta anual de 3%…


… Comparação na base anualizada não incluiu a operação da ViaOeste, que teve o fim de sua concessão em março deste ano, e as operações das vias Sorocabana e PRVias, iniciadas em março e junho de 2025, respectivamente.


ENEVA registrou lucro líquido de R$ 351,7 milhões no terceiro trimestre, alta anual de 242,6%; Ebitda somou R$ 1,8 bilhão, crescimento de 60,7% em relação ao mesmo período de 2024.


TAESA reportou lucro líquido consolidado de R$ 323,3 milhões no terceiro trimestre, alta de 5,2% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita líquida regulatória totalizou R$ 650,5 milhões, avanço de 9,8%…


… O Ebitda ficou em R$ 548,8 milhões, crescimento de 12,6%.


CURY registrou lucro líquido de R$ 255,3 milhões no terceiro trimestre, alta anual de 49,6%; Ebitda somou R$ 337,2 milhões, avanço de 53,7% em relação ao mesmo período de 2024.


FRAS-LE registrou lucro líquido de R$ 106,3 milhões no terceiro trimestre, alta anual de 23%; Ebitda somou R$ 271,8 milhões, avanço de 42,2% em relação ao mesmo período de 2024.


HELBOR registrou lucro líquido consolidado de R$ 13 milhões no terceiro trimestre, queda anual de 63,5%.


SABESP fará o resgate antecipado das debêntures da primeira série da 30ª emissão, no total de R$ 257,2 milhões; da primeira série da 29ª emissão, de R$ 534,29 milhões; e da segunda série da 28ª emissão, de R$ 468,54 milhões.


COSAN anunciou a conclusão de sua segunda oferta pública de ações ordinárias, que resultou na emissão de 287,5 milhões de papéis e na captação de R$ 1,437 bilhão…


…  Somadas à primeira oferta realizada anteriormente, as operações totalizam R$ 10,5 bilhões em recursos levantados pela companhia…


… O preço por ação foi mantido em R$ 5, sendo R$ 1 destinado ao capital social e R$ 4 à reserva de capital. Com isso, o capital social da Cosan passa a ser de R$ 10,28 bilhões, dividido em cerca de 3,97 bilhões de ações ordinárias.


PRIO concluiu a aquisição de 40% de participação e da operação dos campos Peregrino e Pitangola (em conjunto, Campo Peregrino), após cumprimento das condições precedentes e das aprovações necessárias.


AMBIPAR teve vitória na Justiça contra o Opportunity, que não poderá mais vender ações da companhia que foram dadas em garantia por financiamentos feitos ao controlador da empresa, Tércio Borlengui.


DEXCO. O conselho de administração aprovou a realização da primeira emissão de 1 bilhão de Cédulas de Produto Rural (CPR-Fs), com prazo de vencimento de oito anos.


VIVEO. A fabricante e distribuidora de insumos hospitalares teve lucro de R$ 226,9 milhões no terceiro trimestre deste ano, encerrando um período de cinco trimestres seguidos de prejuízo.


OI. B3 informou que analisa novas medidas a serem tomadas depois da suspensão das negociações com papéis da empresa, que teve sua falência decretada pela Justiça.

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: A sessão de ONTEM foi melhor do que aparenta quando se olha para a tecnologia (-0,3% e -2,5% semis EUA), visto que os retrocessos respondem ao facto de Softbank ter vendido 0,1% em Nvidia e, por isso, ter caído -3% (Softbank -10%). Mas hoje já irá subir como correção inercial. AMD ajuda, porque sobe quase +5% em aftermarket depois de afirmar que as suas receitas anuais por chips para centros de dados irão alcançar a fronteira de 100.000 M$, que triplicará lucros neste negócio em 3/5 anos e que não descarta crescer mediante compras.


A Câmara de Representantes irá aprovar hoje a reabertura do governo americano, encerrado parcialmente há 40 dias. Trump sai reforçado pela forma como os democratas se viram obrigados a ceder. Curiosamente, os congressistas tiveram de viajar de carro por conta própria para chegar à votação em Washington, porque não há voos. Para que um viajou 16 horas no seu Harley Davidson… A reabertura fará com que o consumo privado americano se normalize pouco a pouco, porque os funcionários e semelhantes voltarão a receber os seus salários e, também, iremos ter indicadores económicos para nos guiarmos. Principalmente os relativos ao emprego, que agora é o fator-chave para que a Fed decida o que fazer na sua reunião de 18 de dezembro. O “consenso” (o que quer que isso seja, medido por Reuters) atribui uma probabilidade de 64% para uma descida de -25 p.b. até 3,50%/3,75%, mas nós não estamos nada convencidos disso… ainda, porque é óbvio que os resultados de emprego que deveremos conhecer a 5 de dezembro serão determinantes para a sua decisão.


NY +0,2% US tech -0,3% US semis -2,5% UEM +1,1% España +1,3% VIX 17,3% Bund 2,66% T-Note 4,09% Spread 2A-10A USA=+52pb B10A: ESP 3,16% PT 3,01% FRA 3,42% ITA 3,40% Euribor 12m 2,216% (fut.2,248%) USD 1,158 JPY 179,1 Ouro 4.116$ Brent 65,0$ WTI 60,8$ Bitcoin -1,7% (103.356$) Ether -3,3% (3.442$).


CONCLUSÃO: Os futuros vêm com certa alegria (ca.+0,5%/+0,6%), apoiados também por mais empresas, além de AMD, que apoiam abordagens “agradáveis”: Fedex ontem +5% ao melhorar o seu guidance 2025, ABN Amro bate expetativas 3T 2025… e Infineon publicou em linha com expetativas e sem emocionar no guidance, mas parece que o mercado esperava algo mais triste para uma empresa de semis focada em automóveis e industrial, porque sobe ca.+1% em pré-abertura. Na frente corporativa, a contrarreação positiva da tecnologia e a reabertura do governo americano e as suas consequências positivas irão favorecer uma sessão de ligeiras subidas (+0,5%?), que seria a 4.ª subida consecutiva em Wall St. e a 3.ª na Europa. Obrigações e divisas estão bastante tranquilas. 


FIM

José Eduardo Agualusa

 VAMOS SABER MAIS E MAIS SOBRE O PREFEITO ELEITO DE N.Y.C. !!! ALGUMAS COLOCAÇOES DO AUTOR NAO CONCORDO...MAS:


Mamdani, o africano

Novo prefeito de NY é síntese da diversidade. Nunca perdeu contato com a Uganda Natal. Entre Seus assessores mais próximos, vários são judeus, antissionistas

Por José Eduardo Agualusa

08/11/2025 00h30  


Zohran Kwame Mamdani, o novo prefeito de Nova York, é uma síntese viva do melhor que o continente africano tem — a diversidade.


Leão de Ouro em Veneza: Mãe de Zohran Mamdani, novo prefeito de Nova York, já concorreu ao Oscar; conheça a cineasta Mira Nair

 

Zohran nasceu na capital de Uganda, Kampala, em 1991, filho de uma das mais aclamadas cineastas independentes da Índia, Mira Nair, e de um respeitado cientista político ugandês, Mahmood Mamdani. O pai, filho de tanzanianos de origem guzerate, de religião muçulmana, decidiu que o filho se chamaria Kwame, em homenagem a Kwame Nkrumah, primeiro presidente de Gana e um dos fundadores do movimento pan-africanista.


O pequeno Zohran viveu em Kampala e na Cidade do Cabo — na África do Sul da era de Mandela —, em uma casa sempre cheia de artistas e de figuras importantes da vida política africana. A família se fixou em Nova York quando ele ainda era criança. Porém, Zohran nunca perdeu contato com a terra natal. Já adulto, tentou uma carreira como rapper em Kampala, cantando, sem grande talento, mas com muita alegria e convicção, em inglês e em swahili. Em Uganda, aliás, a vitória de Mamdani foi acolhida com enorme euforia, sobretudo pela juventude.


Mamdani acendeu um clarão de esperança no coração de muitos americanos — e não apenas deles. Finalmente, parece ter surgido alguém capaz de enfrentar com sucesso o discurso populista de Donald Trump e dos seus sinistros simulacros internacionais.


Trump intuiu isso. Dias antes das eleições, aterrorizado, apelou aos seus seguidores para que não votassem no candidato republicano, Curtis Sliwa, e sim em Andrew Cuomo — um democrata da velha guarda, que concorreu como independente —, uma vez que este parecia ter mais possibilidades de vencer o jovem candidato socialista. Na mesma ocasião insurgiu-se também contra os largos milhares de judeus que apoiam Mamdani, classificando-os de “estúpidos”.


A este propósito, vale a pena referir que entre os assessores mais próximos do futuro prefeito de Nova York estão vários judeus jovens, antissionistas. Naturalmente, não têm nada de estúpidos. A vitória de Mamdani deve ser creditada não só ao seu brilhantismo, autenticidade e carisma, mas também à perspicácia da equipe que o rodeia.


Em um dos momentos mais emocionantes do seu discurso de vitória, Mamdani dirigiu-se diretamente ao presidente norte-americano: “Donald Trump, sei que está assistindo. Só tenho estas palavras para você: aumente o volume!” Logo acrescentou: “Se existe alguma forma de aterrorizar um déspota é desmantelando as condições que permitiram que acumulasse poder.”


Nova York já foi governada por brancos e negros, por milionários, por advogados pouco escrupulosos, por todo gênero de políticos profissionais, mais ou menos comprometidos com o sistema. Nunca por um contador de histórias africano, com uma mãe hindu e um pai criado numa família islâmica. Em Zohran Mamdani, a grande cidade reencontra a sua alma mestiça e cosmopolita. A vitória do jovem imigrante ugandês abre uma explosão de luz num tempo sombrio.


E quanta falta nos fazia um pouco de luz!

terça-feira, 11 de novembro de 2025

Debate

 Por estes dias, o Insper promoveu um encontro, capitaneado por André Lara Resende, para lançar o seu livro, Moeda e Ortodoxia, com a participação de Marcos Lisboa, Samuel Pessoa e Pedro Duarte. Foi um debate bem rico, que versou sobre os dilemas de uma taxa de juros muito elevada, e questionamentos sobre sua eficácia, e a situação fiscal que só piora. Vejamos o que foi discutido.


André Lara Resende. Interessante q ele é muito crítico a este arcabouço monetário hoje existente, por não achar razoável um juro real de 9,5%. Acha também q a questão fiscal é um falso problema, visto que como emitimos dívida em moeda nacional é só ir rolando, financiando, empurrando para frente. Tudo bem, Itália, Japão, EUA, fazem o mesmo. Só que lá as políticas públicas conseguem ter uma certa aderência ou credibilidade, ao contrário do Brasil. Me impressiona, portanto, a muito pouca consideração sobre a variável expectacional, visto que a piora da situação fiscal vai tornando a rolagem de dívida algo mais difícil, de menor qualidade, com a maior colocação de títulos com liquidez e prazos imediatos. É inevitável considerar que o perfil da dívida piora, com o aumento desta, de forma perigosa. André Lara não encara isso como problema.


Pedro Duarte. Sobre o panorama da teoria econômica nos anos 50, pode-se colocar alguns pontos de introdução e depois. Parte de Keynes, na sua TGEJM, de 1936, no debate sobre a “armadilha da liquidez”, com a moeda sendo elástica e a política monetária perdendo eficácia. Daí a necessidade de adoção de políticas fiscais a preencherem este vazio, tornando importante a adoção da teoria keynesiana. Na leitura dele, e dos outros também, Keynes montou um arcabouço teórico cercado de suposições, depois organizadas por Hisks e Hansen no famoso ISLM, nos anos 50, e depois daí tudo se transformou. Um desafio aqui é como criar a ponte entre o curto e o longo prazo, no debate sobre o papel da moeda, sua neutralidade no longo prazo e sua importância no curto prazo. Os clássicos não dividiam o papel da moeda no tempo, os keynesianos, sim.


Marcos Lisboa. Acha que estamos caindo então no debate da crise que a ciência econômica atravessa. Os únicos preceitos teóricos q se sustentam são os da microeconômicos, pois com menos variáveis e mais fáceis de serem testáveis empiricamente. A Macro se esgota pela dificuldade de criar modelos “entorno”. A MACRO Keynesiana não passou de um “sonho em noite de verão”, ainda que cercada de suposições. Ou seja, foi o ISLM q tentou dar a teoria keynesiana alguma elegância. Marcos Fernandes, um amigo, discorda. Diz ele, “não acho que macro tenha acabado não… modelos de metas de inflação, com câmbio flutuante, regras de juros que orientam o banco central sai extremamente úteis, tem funcionado bastante bem… por exemplo, acho que a Argentina tá faltando uma política monetária para complementar a política fiscal… isso pra mim vem de lá da macroeconomia tradicional…


Samuel Pessoa. A contribuição de Samuel foi mais marginal, visto ele não se considerar um macroeconomista monetário. Para ele, que o chama atenção, no início do livro, é o debate entre Eugênio Gudin e Roberto Simonsen, considerando o primeiro um grande pensador, meio que injustiçado. Disse Samuel que Gudin, acertadamente, foi o primeiro a pensar a produtividade, no debate público da nossa lúgubre ciência.


Minhas impressões. Interessante é ver como a nossa lúgubre ciência possui vazamentos, fragilidades retóricas, enfim. André Lara Resende argumenta que é impossível colocar a complexidade de uma sociedade "humana", tantas variáveis, dentro de um modelinho, enquanto Marcos Lisboa contra-argumenta q o debate hoje deve ser o de um modelo teórico que tenha formalização, ou seja, tenha evidência empírica, podendo ser testável.

Bankinter Matinal Portugal 1111

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Fim do encerramento do governo americano, Dia do Solteiro na China, bolsas abertas, mas obrigações fechadas devido ao Dia do Veterano nos EUA e ZEW Sentimento Económico na Alemanha (10 h) a melhorar um pouco (41,0 vs. 39,3). Há alguma confusão em relação à China retomar as exportar de terras raras aos EUA, mas restringir o seu acesso a empresas de defesa, mas parece mais uma forma estética de salvaguarda do que uma restrição efetiva. Por isso, terá escasso impacto negativo. A onda de alívio começou ontem com a perspetiva da reabertura do governo americano empurrar um pouco o mercado ainda hoje.


ONTEM, subida alegre, porque o governo americano irá reabrir e isso permitirá voltar a ter indicadores económicos para nos guiarmos (o que é fundamental para a Fed) e fará com que o consumo privado americano se normalize pouco a pouco, porque os funcionários e semelhantes voltarão a cobrar. Isso é o mais importante. Será votado amanhã, na Câmara de Representantes, e avançará, porque os republicanos têm maioria simples (220 vs. 218 necessários), que é suficiente neste caso (no Senado era necessária uma maioria reforçada e, por isso, os democratas poderiam bloqueá-lo).


Os resultados empresariais continuam a sair bons, apoiando o mercado: nos EUA 16,5% vs. +8,5% 3T 2025 que terminam de publicar estes dias (ca.90% já publicaram). Entre as destacáveis, faltam Cisco (amanhã após o fecho de Nova Iorque; EPS esperado 0,98 $; +7,7%) e, na quinta-feira, Applied Materials (2,107 $; -9,2%). 


A única macro de hoje cedo é fraca: Taxa de Desemprego no Reino Unido 5,0% vs. 4,9% esperado vs. 4,8% anterior, com ganhos pessoais médios a desacelerar (+4,8% vs. +5,0% esperado e anterior). Mas a libra quase não se ressente (0,8797/€ vs. 0,8793/€ ayer). O debilitamento no Reino Unido não é grave e está descontado.


NY +1,5% US tech +2,2% US semis +3% UEM +1,8% España +1,8% VIX 17,6% Bund 2,68% T-Note 4,12% Spread 2A-10A USA=+53pb B10A: ESP 3,18% PT 3,03% FRA 3,44% ITA 3,42% Euribor 12m 2,211% (fut.2,269%) USD 1,155 JPY 178,2 Ouro 4.128$ Brent 63,8$ WTI 59,8$ Bitcoin -1,1% (105.143$) Ether -1,5% (3.559$)


CONCLUSÃO: Melhor sessão europeia do que americana, portanto irá evoluir desde um pouco em alta até plana ou retrocesso milimétrico em Nova Iorque. Irá ressurgir um pouco de cautela pela incerteza derivada de como serão os indicadores americanos agora, que voltarão a publicar-se em uns dias, para saber se reforçam a expetativa de mais descidas de taxas de juros da Fed ou não. O contraste de opiniões dovish/suaves vs. hawkish/duros reativa-se com Musalem vs. Miran, mas sem consequências. O Dia do Solteiro na China passa quase despercebido desde há uns anos, embora antes da pandemia tivesse importância. Atualmente, já não. O ZEW alemão (10 h) irá melhorar um pouco, ajudando a sessão europeia… que tenderá a enfraquecer durante a tarde em Wall St., porque a ausência do mercado de obrigações irá reduzir um pouco a atividade na bolsa. Sessão de trâmite para a reabertura do governo americano, algo que o mercado irá querer comprovar se ocorre entre quinta e sexta-feira. HOJE, bem, mas com pouca vontade, poderíamos dizer. 


FIM

Bankinter Matinal Portugal 1011

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: As dúvidas do mercado sobre o investimento em IA e a possibilidade que exista uma sobreavaliação marcou uma semana passada com quedas na bolsa (Nova Iorque -1,6%, semis -4,0%, Europa -1,7%). Para nós, a probabilidade de enfrentar uma bolha no setor é baixa. Os motivos:


(i) Consideramos questionáveis as avaliações das empresas que tem como único modelo de negócio a IA (OpenAI, Anthropic, Mistral…), mas não as do ecossistema que se desenvolve à volta da IA (Nvidia, ASML, Microsoft, Amazon…). São coisas diferentes. Aconteceu algo parecido em 2000: uma coisa era proporcionar acesso à Internet (Terra, operadoras de telefonia e redes…) e outra era o ecossistema de atividades na Internet (Google, Amazon, Netflix…). O valor do negócio estava nas segundas, não nas primeiras. Atualmente acontece algo parecido. Daí a confusão e as dúvidas. É o caso de OpenAI (desenvolve IA como única atividade), que para a sua hipotética OPV em 2026 passou de uma avaliação de 300.000 M$ (em março) para especular com outra de 1Bn$ apenas seis meses depois. Esta frivolidade com os resultados é o que introduz um receio lógico porque é difícil justificar com uma perspetiva de curto prazo. 


(ii) Essas avaliações têm pouco ou nada a ver com as das empresas que coexistem e criam o ecossistema de IA e que já hoje estão a monetizá-lo (e continuarão a fazê-lo no futuro). Não estão sujeitas a essa incerteza, nem a essas dúvidas: ASML, Nvidia, Microsoft, Amazon. Porquê? A situação de dívida e lucros não tem nada a ver com a de 2000. As empresas do ecossistema de IA geralmente não têm apenas dívida zero, mas têm caixa líquida positiva (enorme em muitos casos) e geram lucros elevados hoje (nada de promessas futuras), em vez de muita dívida e zero benefícios, como acontecia em 2000 com as empresas da Internet. Os ROEs 2026 (Rentabilidade/Recursos Própios) das principais representantes do ecossistema de IA mencionadas antes (ASML, Nvidia, Microsoft, Amazon) são, nessa ordem: 45%, 76%, 27% e 20%. Neste setor, os lucros crescem acima do duplo dígito (BNA26e >30%), igual às carteiras de pedidos e procura de clientes. Em suma, os resultados são convincentes por si só e os múltiplos de avaliação são altos, mas não excessivos (especialmente se ajustados por crescimento). Nada aponta para uma bolha.


(iii) Por último, um fator importante e que não devemos ignorar é alta volatilidade destas empresas. Se observarmos a evolução de 2023, 2024 e 2025(YTD), o setor de Semicondutores subiu +65%, +19% e +39%, respetivamente, mas nos três anos viveram-se períodos pontuais de quedas significativas (-17% em agosto-outubro de 2023 e -16% em fevereiro-abril de 2025). Contudo, o tempo demonstra que se os fundamentos acompanham os níveis de avaliação (como acreditamos que acontece atualmente), as quedas ficam em correções e terminam por recuperar a médio prazo. Neste setor, como em todos os restantes: investimos, não especulamos.


Esta semana, a atenção continuará focada na IA, embora esta manhã tenhamos notícias positivas do lado americano. Durante o fim de semana, foi dado o primeiro passo para a reabertura da Administração após um acordo no Senado pelo mínimo necessário (60 vs. 40) para o financiamento do governo até 30 de janeiro de 2026. Agora, será necessária a aprovação da Câmara de Representantes, em que apenas é necessária uma maioria simples (218 votos) que, em princípio, já teria devido aos republicamos terem 220 assentos. Se for ratificado, só falta a assinatura posterior por parte de Trump.


A reabertura da Administração, a priori, parece estar mais perto, o que daria lugar, entre outros, à nova publicação de indicadores macroeconómicos que ajudariam a dissipar dúvidas sobre a próxima descida das taxas de juro da Fed. Para esta semana, apenas teremos resultados empresariais e a sua temporada termina – à exceção de resultados de NVIDIA (19 de novembro) – com um balança positivo (EPS +16,5% vs. +8,5% esperado). Também teremos o Dia do Solteiro na China (evento online importante), embora acreditemos que o impacto será localizado no setor consumo e com um impacto limitado. 


NY +0,1% US tech -0,3% US semis -1,0% UEM -0,8% España -1,3% VIX 19,1% Bund 2,69% T-Note 4,14% Spread 2A-10A USA=+54pb B10A: ESP 3,20% PT 3,04% FRA 3,48% ITA 3,44% Euribor 12m 2,21% USD 1,156 JPY 178,1 Ouro 4.075$ Brent 64,1$ WTI 60,2$ Bitcoin +1,7% (106.327$) Ether +0,9% (3.612$)

BDM Matinal Riscala

 Bom dia


*Bom Dia Mercado*


Terça Feira, 11 de Novembro de 2.025.


*Fim do shutdown, ata do Copom e IPCA*


Lula deve sancionar hoje o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda


… Feriado do Dia do Veterano nos Estados Unidos fecha o mercado de Treasuries hoje, mas as bolsas em Wall Street funcionam normalmente e a tendência é de que sigam refletindo o entusiasmo com o fim próximo do shutdown. O projeto para reabertura do governo americano passou ontem à noite no Senado e deverá ser votado na Câmara nos próximos dias. A agenda lá fora é fraca, mas no Brasil é importante para os juros, com a ata do Copom (às 8h) e o IPCA de outubro (9h). No calendário dos balanços, BTG Pactual divulga os resultados antes da abertura. De volta à Brasília, o presidente Lula deve sancionar hoje o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda.


QUEDA FIRME – A esperança de que o BC alivie hoje a mensagem hawkish somou-se à melhora do ambiente externo com o fim do shutdown e apreciação do câmbio às projeções benignas para o IPCA para um pregão de queda firme dos juros, na véspera da ata do Copom.


… A queima dos prêmios de risco mostrou que o mercado não desistiu do primeiro corte da Selic em janeiro e vai buscar na ata sinais de que isso ainda pode acontecer. Há dois pontos importantes a serem observados pelos analistas no documento do BC.


… O primeiro deles diz respeito às explicações para as estimativas da inflação de 2026 (3,6%) e do 2Tri/2027 (3,3%), que passou a ser o horizonte relevante da política monetária. A principal dúvida é: o BC já incorporou o impacto da reforma do Imposto de Renda?


… Se a resposta for positiva, tende a retirar boa parte dos efeitos inflacionários nas projeções futuras, abrindo caminho para as chances de um início antecipado da flexibilização. Mas, se o BC ainda não incorporou o impacto, as projeções futuras do IPCA podem subir mais.


… Na avaliação dos economistas, esse fato pode significar a diferença entre cortar a Selic em janeiro ou em março.


… O Itaú admite que, juntamente com os demais detalhes da ata, o efeito da reforma do Imposto de Renda sobre as projeções de inflação do BC poderá levar a uma reavaliação do call atual do banco, que prevê o início do ciclo de quedas da Selic em janeiro.


… Outra pista, talvez mais assertiva, seria o comentário do BC sobre a leve redução nas estimativas do IPCA para o 2Tri/2027 no comunicado, de 3,4% para 3,3%, segundo observação de Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa, à Agência Estado.


… “Qualquer reconhecimento pelo Copom de que a inflação projetada para o segundo trimestre de 2027, atual horizonte relevante para a política monetária, está ‘ao redor da meta’ pode ser suficiente para o mercado fazer uma leitura mais dovish da ata.”


IPCA – Após a ata do Copom, a divulgação do IPCA de outubro pode continuar ajustando as expectativas; a mediana de pesquisa Broadcast para o índice de inflação é de alta de 0,14%, uma boa desaceleração em relação a setembro (0,48%).


… As projeções para esta leitura, todas de alta, variam de 0,08% a 0,21% e para a inflação em 12 meses, a mediana indica desaceleração de 5,32% para 4,74%. O alívio nas contas de energia elétrica deve garantir a acomodação do IPCA na margem em outubro.


… As tarifas devem ter variação negativa em outubro, por conta da passagem da bandeira vermelha 2 para vermelha 1.


… Já a média dos núcleos de inflação deverá ganhar força na margem no IPCA de outubro, passando de 0,19% em setembro para 0,29%.


… Entre os principais preços na abertura do índice, a estimativa intermediária mostra avanço nos preços livres (-0,01% para 0,25%); alimentação no domicílio (-0,10% para 0,0%); bens industriais (0,06% para 0,17%); serviços (0,13% para 0,40%) e serviços subjacentes (0,03% para 0,33%).


… A expectativa é de recuo apenas para os preços administrados (de 1,87% para -0,20%).


… Para Eduardo Velho, economista-chefe da Equador Investimentos, surpresas com a variação dos alimentos e bens industriais no indicador oficial de outubro podem favorecer as apostas de início do ciclo de flexibilização da Selic em janeiro.


… A semana ainda traz dados importantes da atividade, que podem confirmar a desaceleração e ajustar as apostas para os juros: amanhã, sai o volume de serviços e, na quinta-feira, as vendas no varejo em setembro. Na sexta, o IGP-10 também estará no radar do mercado.


MAIS AGENDA – Do lado da inflação, saem ainda hoje as primeiras prévias de novembro do IPC-Fipe (5h) e IGP-M (8h). O diretor de Organização do Banco Central, Renato Dias Gomes, participa de live sobre os 5 anos do Pix, às 13h45.


… Entre os balanços, além de BTG Pactual, o Banco Pan e a Porto Seguro soltam resultados antes da abertura. Já depois do fechamento, vêm B3, Boa Safra, Cury, CVC, EcoRodovias, Eneva, Gol, Jalles Machado, Taesa e Vamos. No Companhias abertas, os balanços de ontem à noite.


ENCONTRO NO CANADÁ – O chanceler Mauro Vieira espera encontrar-se hoje com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, às margens de uma reunião de ministros das Relações Exteriores do G7, no Canadá.


… A conversa dos dois ainda não foi oficializada entre as diplomacias, mas a expectativa do Itamaraty é que eles possam voltar a conversar para seguir com as tratativas em torno do tarifaço, que esfriaram após a reunião de Lula e Trump.


RIDES AGAIN – Principal ausência da COP, o presidente Trump postou na rede social um vídeo da Fox News com críticas à construção da avenida Liberdade, em Belém. “Devastaram a Floresta Amazônica para fazer uma estrada aos ambientalistas. Isso é um grande escândalo!”.


LULA – Após a abertura da COP30, volta hoje à Brasília para sancionar o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda.


… Segundo informou o senador Jaques Wagner, o presidente Lula também quer se reunir com o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco, antes de anunciar o advogado-geral da União, Jorge Messias, para ocupar a vaga de Barroso no STF.


LÁ FORA – O índice ZEW de expectativas econômicas em novembro da Alemanha (7h) é o único indicador hoje na agenda internacional.


PASSOU NO SENADO – Senadores americanos aprovaram nesta segunda-feira à noite, por 60 votos a 40, o projeto de lei para reabrir o governo dos Estados Unidos, que segue agora para a Câmara, onde deve ser votado ainda essa semana.


… Mais cedo, o presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, havia dito que retomaria as sessões imediatamente após a conclusão dos trabalhos no Senado. Ele afirmou que dará aos deputados um aviso prévio de 36 horas para retornarem ao Capitólio.


… O líder democrata da minoria na Câmara, Hakeem Jeffries, promete resistência, afirmando que seu partido não apoiará “uma promessa, uma esperança e uma oração de pessoas que vêm devastando a saúde do povo americano há anos”.


… Segundo ele, os democratas continuarão lutando para estender os subsídios da Lei de Assistência Médica Acessível.


… O acordo para encerrar o shutdown foi possível após os senadores republicanos se comprometerem a apoiar um projeto para o seguro saúde até dezembro, em substituição ao Obamacare e aos cortes no Medicaid aos americanos de baixa renda.


… Mas, em declaração nesta segunda, Trump disse que quer um sistema “onde pagamos diretamente às pessoas, não às empresas de saúde”.


À ESPERA DOS DADOS – A reabertura do governo é esperada para o final desta semana e as agências estatísticas dos Estados Unidos podem começar a publicar os dados econômicos atrasados dentro de alguns dias após o fim do shutdown.


… Dados sobre empregos e inflação de setembro devem ser publicados rapidamente, mas relatórios importantes de outubro e novembro podem não estar disponíveis antes da reunião de dezembro do Fomc, nos dias 9 e 10.


… Autoridades do Fed, incluindo o presidente Jerome Powell, economistas e investidores lamentaram repetidas vezes nas últimas semanas a falta de dados econômicos oficiais usados para tomar decisões. Muitos diziam estar “no escuro” ou “às cegas”.


… Para analistas, o relatório de empregos de setembro, que inclui o payroll, será o primeiro documento pós-paralisação que o público verá. Deve ser publicado três dias após a reabertura do governo, já que estava praticamente pronto antes do shutdown.


… Outros dados de setembro, incluindo vendas no varejo, dados da balança comercial e o índice de preços das despesas de consumo pessoal, também serão divulgados rapidamente, assim como dados oficiais sobre pedidos iniciais e contínuos de seguro-desemprego.


… Já os dados econômicos de outubro serão mais difíceis de produzir porque o fechamento impediu as agências de realizar, coletar e processar respostas de pesquisas e verificações de preços durante o mês. Isso pode levar a atrasos mais longos.


… O Morgan Stanley, por exemplo, espera os relatórios de emprego de outubro e novembro no dia 8 de dezembro, a tempo do próximo Fomc, mas acredita que os dados de vendas no varejo e de inflação de outubro só devem ser publicados às vésperas do Natal.


NÃO LARGA O OSSO – Logo agora que o shutdown pode se resolver, o Ibovespa não quis desperdiçar a chance de esticar os recordes. Bateu asas e voou pela primeira vez até a faixa dos 155 mil pontos, escrevendo novos topos.


… Sem parada, emplacou a 14ª valorização consecutiva, sendo a 11ª marca histórica de fechamento em sequência.


… O índice fechou em alta de 0,77%, aos 155.257,31 pontos, após alcançar novo pico intraday, de 155.601,15 pontos. O giro ficou em R$ 20,1 bilhões e tem sido bancado mais firmemente pelos estrangeiros. O Brasil voltou à moda.


… Em reportagem de Altamiro Silva Junior no Broadcast, fontes da equipe econômica avaliam que pelo menos três fatores comprovam o interesse renovado do capital externo pelo País, que tem aproveitado para faturar a liquidez:


… 1) o sucesso na emissão de títulos sustentáveis (green bonds) do Tesouro semana passada, com captação de US$ 2,25 bi a juros de 5,75%, equivalentes a países investment grade, e demanda sete vezes superior ao livro de ofertas.


… 2) o Ibovespa que não para de bater recordes é outra prova que confirma o apetite dos gringos pelo Brasil.


… E 3) o Credit Default Swap (CDS) de cinco anos, que mede a percepção de risco do País, acumula queda de 5,5% em um mês, a 146 pontos, depois de ter superado os 200 pontos entre abril e maio com o tarifaço imposto por Trump.


… “Há uma sensação agora de não querer perder a oportunidade com o Brasil. É o fear of missing out, mas precisamos ver se não pode ser uma euforia só de curto prazo”, alerta o executivo de um banco estrangeiro.


… O principal receio do mercado sempre é de como o governo vai endereçar os ruídos fiscais em 2026.


… Enquanto o ano eleitoral não chega, segue o baile na bolsa. Se não precipitar hoje uma correção, o Ibovespa já vai igualar a marca de 15 altas ininterruptas registrada mais de três décadas atrás, quando nascia o Plano Real.


… Vale ignorou ontem a apatia do minério (-0,07%) e subiu 0,66%, a R$ 65,21. Petrobras, que já tinha brilhado no pregão anterior, emplacou a sexta alta seguida: ON, +0,88%, a R$ 34,58; e PN, +0,56%, a R$ 32,36.


… Acompanhou o maior apetite por risco do petróleo com o possível fim da paralisação do governo Trump. O contrato do Brent para janeiro registrou valorização de 0,67%, negociado a US$ 64,06 por barril na ICE londrina.


… Os bancos também foram bem: Bradesco PN, +1,87%, a R$ 19,08; Bradesco ON, +1,56%, a R$ 16,24; Santander, +0,80%, a R$ 32,65; e Itaú, +0,67%, a R$ 40,44. Só BB ON caiu (-0,48%; R$ 22,78), temendo pelo balanço de amanhã.


A ESPERANÇA É A ÚLTIMA QUE MORRE – Galípolo continua insensível à melhora da dinâmica da inflação, como se viu pelo tom superconservador do comunicado do Copom. Mas para o mercado o jogo só acaba quando termina.


… Até que a ata seja decifrada hoje, nada está perdido ainda e o corte da Selic em janeiro segue no páreo.


… No clima de que tudo pode dar certo, os juros futuros caíram de ponta a ponta ontem, com a apreciação do câmbio ajudando a compor o ambiente de otimismo já garantido pela confiança de solução política para o shutdown.


… O Broadcast destacou que o contrato de DI para janeiro de 2029 não encerrava abaixo dos 13% há um ano. Caiu a 12,955%, contra 13,068% no pregão anterior. O vencimento para janeiro de 2027 marcou 13,825% (de 13,874%).


… Janeiro de 2031 fechou na mínima do dia, a 13,250% (de 13,375%); e Jan/33 afundou a 13,430% (de 13,554%).


… Sem grandes novidades, o boletim Focus não trouxe alterações nas medianas das estimativas do mercado para o IPCA deste ano (4,55%, acima do teto da meta, de 4,50%), de 2026 (4,20%), de 2027 (3,8%) e de 2028 (3,50%).


… No câmbio, o dólar caiu pela quarta sessão seguida diante do real e passa agora pelo teste dos R$ 5,30. Terá força para furar este nível ou encontrará aí o piso? Ontem, fechou em baixa de 0,53%, a R$ 5,3073. No mês, recua 1,36%.


… O real esteve entre as cinco moedas com melhores desempenhos do dia. No acumulado do ano, já subiu 14,12%.


… Mas 2026 promete ser um ano difícil e desafiador. “Depois da impressionante valorização de 2025, é natural que perca fôlego em 2026 com os cortes de juros [pelo Copom] e as incertezas eleitorais”, projeta o Commerzbank.


… Lá fora, todo mundo continua ansioso para que o shutdown acabe de uma vez por todas e libere os indicadores que estão represados, para o mercado poder calibrar com maior precisão as apostas para o ciclo de cortes do Fed.


… Apesar do discurso cauteloso de Powell e de muitos de seus colegas, o mercado continua bastante confiante de que o juro ainda vai cair em dezembro: 63,5% de chance na ferramenta do CME, contra 36,5% de manutenção.


… Mary Daly defendeu ontem que a política monetária “está em um bom lugar” e que o nível atual “deve seguir restritivo para pressionarmos a inflação para baixo”. Alberto Musalem também ressaltou a pressão inflacionária.


… Mas Nova York quis é se esbaldar com a promessa de que a paralisação do governo está com os dias contados.


JÁ FOI LONGE DEMAIS – Diante dos esforços políticos para acabar com o mais longo shutdown da história, as bolsas americanas foram dominadas pelo apetite por risco e as ações de tecnologia esqueceram o risco da bolha da IA.


… O Nasdaq avançou 2,27%, a 23.527,17 pontos; o S&P 500 ganhou 1,54%, a 6.832,43 pontos; e o Dow Jones subiu 0,81%, para 47.368,63 pontos. As ações da Alphabet (+4,04%), Nvidia (+5,79%) e Meta (+1,62%) deslancharam.


… Esvaziado o estresse, a taxa da Note-2 anos subiu a 3,590% (de 3,556%) e de 10 anos, a 4,115% (de 4,091%).


… Só o câmbio operou morno, com o DXY de lado (-0,01%, aos 99,589 pontos), assim como o euro (-0,02%, a US$ 1,1565). A libra subiu 0,17%, a US$ 1,3183, à espera de indicadores na semana, e o iene caiu para 154,05 por dólar.


COMPANHIAS ABERTAS – SABESP teve lucro líquido reportado de R$ 2,159 bilhões no 3TRI, queda de 64,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Com ajustes, o lucro líquido somou R$ 1,284 bilhão, alta anual de 9,5%…


… A receita líquida de serviços de saneamento ajustada foi de R$ 5,468 bilhões, crescimento de 0,1% em base anual. O Ebitda totalizou R$ 3,069 bilhões, montante 70,6% menor do que o registrado um ano antes…


… Com ajustes, o Ebitda totalizou R$ 3,206 bilhões, alta de 14,7% em comparação em igual período de 2024.


NATURA registrou prejuízo líquido de R$ 1,926 bilhão no terceiro trimestre, montante 71,2% menor que os R$ 6,694 bilhões apurados no mesmo período de 2024…


… Ebitda recorrente somou R$ 577 milhões, queda de 33,7% na comparação anual.


AZZAS registrou lucro líquido recorrente de R$ 201,3 milhões no terceiro trimestre, alta anual de 22,9%. Ebitda ajustado recorrente somou R$ 476,7 milhões, em linha com um ano antes, quando alcançou R$ 476,8 milhões.


MBRF registrou lucro líquido de R$ 94 milhões no terceiro trimestre, queda anual de 62%; Ebitda consolidado ajustado somou R$ 3,503 bilhões, recuo de 8,6% em relação ao mesmo período de 2024.


BRASKEM e o governo de Alagoas celebraram termo de acordo relacionado ao evento geológico ocorrido no Estado, prevendo pagamento total de R$ 1,2 bilhão, dos quais R$ 139 milhões já haviam sido pagos.


… O ADR da Braskem saltou 4% no after market, na reação positiva dos estrangeiros ao acordo com Alagoas.


PETRORECÔNCAVO. Cobas aumentou participação na companhia para 5,02% do total de ações ordinárias, passando a deter 14.735.900 de papéis do tipo.


ITAÚSA registrou lucro líquido recorrente de R$ 4,120 bilhões no terceiro trimestre, alta anual de 6%. Retorno patrimonial recorrente (ROE) ficou em 18,5%, ante 18% no mesmo período de 2024…


… Endividamento líquido somou R$ 697 milhões, queda de 26% na comparação com o mesmo trimestre de 2024.


EVEN registrou lucro líquido consolidado de R$ 90 milhões no 3TRI, revertendo prejuízo de R$ 110 milhões reportado no mesmo período de 2024.


GRUPO SBF registrou lucro líquido de R$ 86 milhões no terceiro trimestre, queda anual de 35,7%; Ebitda somou R$ 242,6 milhões, recuo de 10,8% em relação ao mesmo período de 2024.


MOVIDA registrou lucro líquido de R$ 70 milhões no terceiro trimestre, queda de 10,5% na base anual. Ebitda somou R$ 1,478 bilhão, crescimento de 18,5% em relação ao mesmo período de 2024.


JSL registrou lucro líquido de R$ 18,1 milhões no 3TRI, queda de 58,7% na comparação anual; Ebitda somou R$ 518,9 milhões, alta de 15,3% em relação ao mesmo período de 2024.


SÃO MARTINHO registrou lucro líquido de R$ 176,4 milhões no segundo trimestre do ano safra 2025/26, queda de 5,9% contra um ano antes. Receita líquida recuou 11,3%, para R$ 1,7 bi, e Ebitda ajustado caiu 13,4%, a R$ 816,9 mi…


… O Conselho de administração aprovou a oitava emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em série única, no valor total de R$ 500 milhões.


OI informou que vai adiar a publicação dos resultados referentes ao 3TRI, originalmente prevista para amanhã; empresa não divulgou a nova data…


… Ministério das Comunicações disse que vai avaliar decisão judicial sobre falência da companhia expedida ontem…


… Anatel ressaltou que serviços de utilidade pública prestados pela empresa serão mantidos a despeito do decreto de falência.


ZAMP. Conselho de Administração aprovou pedido de conversão do registro de companhia aberta na CVM de categoria A para B.


REDE D’OR vendeu a Maternidade Star, de São Paulo, para a Atlântica D’Or, joint-venture entre o grupo e a Bradesco Seguros, por R$ 223 milhões…


… Rede D’Or aprovou a 38ª emissão de debêntures simples, no valor de R$ 3,5 bilhões.


AZUL apresentou documentos no contexto do processo de Chapter 11 conduzido perante a Justiça dos EUA.

Diário de um economista de mercado

 Diário de um economista de mercado 30 anos de mercado - algumas lições São quase 30 anos de mercado, entre idas e vindas. Destes anos todos...