quarta-feira, 24 de dezembro de 2025

Alexandre Moraes x Andre Esteves

 *André Esteves, do BTG, é a fonte das matérias contra Alexandre de Moraes*


André Esteves, do BTG, é apontado como fonte de informações que geraram acusações contra o ministro Alexandre de Moraes.

As acusações envolvem suposta pressão de Moraes sobre Gabriel Galípolo e um contrato entre a esposa do ministro e o Banco Master.

A motivação seria uma disputa de mercado entre o BTG e o Banco Master, que culminou na intervenção do Banco Central no Master.

A guerra da Faria Lima está agitando a mídia brasileira nos últimos dias e foi parar no Supremo Tribunal Federal.


O ministro Alexandre de Moraes virou alvo de inúmeras acusações a partir de apurações com base no “ouvi dizer”. Xandão teria, segundo uma primeira matéria da blogueira de O Globo Malu Gaspar, pressionado Gabriel Galípolo para que não interviesse no Banco Master. Antes disso, a mesma colunista já tinha publicado a cópia de um contrato do banco com a esposa do ministro no valor de R$ 3,2 milhões por mês.


O contrato de fato é considerado por advogados com quem o blog conversou fora dos padrões do mercado.


E aí começa toda a saga que vai chegar em André Esteves e no seu BTG. O banco Master, de Daniel Vorcaro, concorria com o BTG no mercado de aplicações e estava pagando taxas absurdas, de até 140% do CDI.


Com isso ampliava seu número de correntistas e fazia o BTG perder. André Esteves passou então a pressionar o Banco Central e a Fazenda para que o Master sofresse intervenção. Havia, de fato, algo muito suspeito e perigoso naquelas operações. Foi quando Vorcaro, em 2024, contratou o escritório de Viviane Barci, a esposa de Alexandre de Moraes.


André Esteves passa a ver então os dedos de Xandão na sua disputa contra o Master. E começa a operar na surdina a disseminação dos tais boatos da Faria Lima contra o ministro.


O Master sofre a intervenção do Banco Central e em tese tudo estaria resolvido. Mas não.


André Esteves começa a achar que Alexandre de Moraes iria se vingar dele. É aí que entra a divulgação do contrato do banco de Vorcaro no blog de O Globo. Como o ataque não teria surtido o efeito desejado, veio a tal pressão a Galipolo na sequência.


Em resumo, não existe nada de republicano nessa caça a Xandão patrocinada pelo PIG, como dizia Paulo Henrique Amorim. Alguns veículos e influencers progressistas acabaram aderindo também, por ingenuidade ou porque têm a mesma fonte do mercado.


Os próximos rounds devem ser sangrentos. O andar de cima decidiu rifar Alexandre de Moraes, como fez com Eduardo Cunha depois do impeachment de Dilma. É preciso saber se ele está preparado para essa guerra ou se acabou se locupletando e ficará isolado. Mas depois disso, se Xandão sair da frente a caravana da “moralidade” provavelmente vai para cima de Flávio Dino, por conta do orçamento secreto, e de Lula. Que segundo matérias com base em ouvi dizer, sabia de tudo. O mesmo método da Lava Jato e do Mensalão está em curso no jornalismo desses dias.


https://revistaforum.com.br/blogs/blog-do-rovai/andre-esteves-do-btg-e-a-fonte-das-materias-contra-alexandre-de-moraes/

Caso MASTER toma rumo estranho

 Caso Master toma rumo estranho


Ao arrogar para si o controle da investigação de Daniel Vorcaro, e ainda sob inexplicável sigilo, Dias Toffoli estimula uma percepção de acobertamento que só degrada a integridade do Supremo

5 dez. 2025
Estadão Editorial

O ministro Dias Toffoli arrogou para o Supremo Tribunal Federal (STF) o controle da investigação de crimes financeiros envolvendo Daniel Vorcaro, dono do Banco Master. Ademais, decretou elevado grau de sigilo aos atos processuais, concentrando em seu gabinete o fluxo de informações sobre o caso. Essa decisão de Toffoli não resiste a um exame jurídico primário, muito menos ao confronto com o ideal de transparência que deve nortear os Poderes da República.

A defesa do empresário argumentou que Vorcaro teria mantido negócios com o deputado federal João Carlos Bacelar (PL-BA). Com base nisso, o empresário acionou o STF para tirar o processo da primeira instância da Justiça Federal de Brasília em razão da prerrogativa de foro do parlamentar baiano. O busílis é que o documento que cita Bacelar, como revelou o Estadão, diz respeito a uma transação imobiliária de R$ 250 milhões que nem sequer foi consumada, além de não guardar relação com a investigação de fraude na venda de carteiras de crédito do Banco Master ao Banco de Brasília (BRB), operação suspeita que pode ter injetado R$ 12 bilhões na instituição financeira controlada por Vorcaro.

Mas, abstraindo-se a evidente falta de nexo causal, Dias Toffoli poderia perfeitamente ter mantido no STF somente a investigação de Bacelar, deixando a cargo da primeira instância as providências relativas aos demais investigados sem prerrogativa de foro, como Vorcaro e seus sócios.

Para piorar, ainda há o sigilo inexplicável. O art. 5.º , inciso LX, da Constituição determina com clareza solar que somente a intimidade ou o interesse social legitimam a eventual restrição à publicidade dos atos processuais. Mais abaixo na hierarquia normativa, o Código de Processo Civil enumera as quatro hipóteses em que se admite o segredo de Justiça, a saber: (i) situações em que o interesse público ou social o imponha; (ii) processos de família; (iii) casos que envolvam dados íntimos (como, por exemplo, estado de saúde de uma das partes); e (iv) processos que versem sobre arbitragem.

Ora, enquadrar as atribulações judiciais do sr. Vorcaro em quaisquer das alíneas acima requer uma mui criativa hermenêutica jurídica. A rigor, à luz do interesse público, o caso do Banco Master e seu controlador exige o exato oposto: absoluta transparência.

As peripécias de Vorcaro transbordam de relevância pública. Seus desdobramentos envolvem potenciais impactos financeiros para fundos públicos de aposentadoria, suspeitas de tráfico de influência e indícios de proximidade muito além dos limites republicanos entre o empresário e autoridades dos Três Poderes. Ou seja, é precisamente o tipo de ação que não pode tramitar nas sombras, resguardadas às partes, por óbvio, todas as garantias do devido processo legal.

Some-se a tudo isso dois dados incômodos, que qualquer magistrado minimamente cioso de sua responsabilidade teria considerado suficientes para se declarar impedido. Em 2024, Dias Toffoli participou de um evento empresarial em Londres patrocinado, ora vejam, pelo Banco Master. Até hoje, o ministro não prestou o devido esclarecimento sobre quem custeou suas despesas de viagem. Como se isso não bastasse, a mulher do ministro, Roberta Rangel, foi sócia de um dos advogados que hoje atuam na defesa de Vorcaro perante o Supremo. A simples aparência de parcialidade já seria óbice incontornável à permanência de Dias Toffoli como relator do processo.

Não há razão factual ou jurídica que sustente a manutenção do caso de Vorcaro no STF nem tampouco o sigilo determinado por Dias Toffoli. Há, isso sim, a imperiosa necessidade de que o próprio STF não deixe sua imagem ser tisnada pela suspeita de acomodação de conveniências empresariais ou proteção de relações pessoais mal explicadas.

Este jornal quer acreditar que Dias Toffoli e o Supremo estão tratando do caso do Banco Master de maneira republicana, mas, por ora, a sensação é de que há algo inconfessável sendo escondido dos olhos dos cidadãos. Considerando-se que o sr. Vorcaro habilmente soube cultivar relações com os altos escalões de Brasília, não é uma desconfiança infundada.

Principais competências que os empregadores procuram nos economistas em 2026

 O diploma em economia ainda é um forte diferencial . 

Mas, em 2026, ele já não é suficiente por si só . Empregadores que contratam economistas em governos, bancos centrais, consultorias, empresas de tecnologia e do setor financeiro estão convergindo para um perfil claro: alguém que consiga transformar dados em decisões, defender métodos sob escrutínio e comunicar resultados a pessoas sem formação em economia sem perder o rigor.

Essa mudança não é uma moda passageira. Ela reflete a forma como o trabalho econômico é produzido hoje: conjuntos de dados maiores, ciclos de políticas mais rápidos e maiores expectativas de transparência. O resultado é um conjunto de habilidades moderno que combina econometria, engenharia de dados, conhecimento especializado e redação profissional.

A meta para 2026: trabalho reproduzível é um requisito de contratação.

Antes de falarmos sobre técnicas avançadas, comecemos pela nova base de referência . Os empregadores querem economistas cujo trabalho possa ser replicado, auditado e ampliado por outras pessoas. No meio acadêmico, essa expectativa é formalizada. A Associação Americana de Economia exige a disponibilidade de dados e código e realiza verificações de reprodutibilidade antes da aceitação de artigos em seus periódicos. Na prática, essa mentalidade está se espalhando muito além do setor editorial. Instituições de políticas públicas e equipes do setor privado também precisam de análises que resistam a transições, rotatividade de pessoal e revisões de conformidade.

Se você busca uma referência prática sobre como deve ser um trabalho empírico de "nível profissional", o guia de Gentzkow e Shapiro continua sendo um clássico: automatize seu fluxo de trabalho, use controle de versão, estruture seus diretórios e documente as decisões para que os colaboradores possam trabalhar rapidamente sem comprometer os resultados.

Habilidade nº 1: Inferência causal que funciona em contextos do mundo real.

Os empregadores não contratam economistas para fazer regressões. Eles contratam economistas para responder a perguntas como "o que causou o quê" e "o que devemos fazer a seguir". É por isso que a inferência causal continua sendo a pedra angular da economia comercializável em 2026.

  • Alfabetização em identificação: Você consegue explicar as ameaças à validade e como as resolveu, e não apenas citar um estimador.
  • Pensamento experimental: você sabe quando a avaliação randomizada é viável e quando não é, e qual é a segunda melhor opção.
  • Conjunto de ferramentas quase-experimentais: Diferença em diferenças, estudos de eventos, variáveis ​​instrumentais (IV), diferenças aleatórias em diferenças (RDD), controles sintéticos e estratégias de robustez credíveis.
  • Enquadramento da decisão: você traduz as estimativas em implicações, incluindo incertezas, compensações e indicadores de monitoramento.

Em entrevistas, isso se manifesta em perguntas sobre casos práticos e em solicitações do tipo "descreva seu projeto". Os candidatos mais fortes falam com clareza sobre as premissas, as limitações dos dados e o que os faria mudar de ideia.

Habilidade nº 2: Fluência em ciência de dados sem perder a vantagem do economista.

Economistas estão competindo cada vez mais com cientistas de dados pelas mesmas vagas . A estratégia vencedora não é imitar um perfil genérico de aprendizado de máquina, mas sim combinar um sólido planejamento empírico com ferramentas modernas. De acordo com o relatório de perspectivas de habilidades do Fórum Econômico Mundial, IA e big data estão entre as áreas de habilidades de crescimento mais rápido, juntamente com o desenvolvimento de uma maior alfabetização tecnológica. Para economistas, isso se traduz em competência prática, e não em mera propaganda.

  • SQL e pensamento relacional: você pode consultar, unir e validar dados sem depender de exportações manuais.
  • Python ou R em modo de produção: Não apenas notebooks, mas scripts reutilizáveis, ambientes, testes e empacotamento.
  • Engenharia de recursos com discernimento: você cria variáveis ​​que se alinham à teoria e às instituições, e não apenas ao aumento preditivo.
  • Avaliação do modelo: você pode discutir as compensações entre viés e variância, vazamento de informação e por que as métricas de desempenho devem corresponder ao contexto da decisão.

Os economistas mais empregáveis ​​em 2026 são "bilíngues" em inferência e computação. Eles conseguem construir um fluxo de trabalho eficiente e, em seguida, argumentar se um resultado é credível e relevante para as políticas públicas.

Habilidade nº 3: Alfabetização em IA, governança de modelos e análise responsável.

As ferramentas de IA agora fazem parte do dia a dia do analista. Os empregadores esperam cada vez mais que os economistas compreendam o que esses sistemas podem e não podem fazer. Não se trata de se tornar um engenheiro de IA, mas sim de ser a pessoa que faz as perguntas certas: Quais dados geraram esse resultado? O que falha quando o ambiente muda? Como monitoramos a deriva? Onde o viés pode entrar no fluxo de dados? Os empregadores esperam que os economistas sejam a "bússola ética" do fluxo de dados. Isso exige a combinação de economia comportamental com supervisão de IA.

  • Viés Algorítmico : Identificar onde os dados de treinamento refletem desigualdades históricas e as incorporam nas decisões econômicas.
  • Psicologia do Agente : Entendendo como sistemas baseados em IA, como precificação automatizada ou avaliação de crédito, remodelam o comportamento e os incentivos humanos.
  • Explicabilidade : indo além dos modelos de caixa preta para oferecer transparência baseada na intuição para reguladores, tomadores de decisão e partes interessadas.

Em contextos regulamentados, a discussão se estende à governança: documentação, explicabilidade, validação e a capacidade de defender decisões perante auditores ou a liderança. A vantagem comparativa do economista reside no ceticismo disciplinado, respaldado por mensuração.

Habilidade nº 4: Conhecimento especializado que corresponda ao conjunto de problemas do empregador.

A competência geral é o mínimo exigido. A diferenciação vem do domínio da área. Os empregadores contratam economistas para tomar decisões dentro de sistemas específicos: dinâmica da inflação, risco de crédito, mercados de trabalho, política de concorrência, transições energéticas, sistemas de saúde ou programas de desenvolvimento.

A especialização de maior valor em 2026 tende a compartilhar duas características: primeiro, está fundamentada em instituições e dados concretos, não apenas em teoria; segundo, conecta evidências microeconômicas a implicações macro ou estratégicas.

  • Bancos centrais e reguladores: transmissão monetária, estabilidade financeira, testes de stress, microestrutura de mercado, dados de supervisão.
  • Serviços de consultoria e formulação de políticas: avaliação de programas, política industrial, análise de custo-benefício, restrições das partes interessadas.
  • Setor privado: precificação, estimativa de demanda, experimentação, mensuração causal de intervenções, análise de risco e fraude.
  • Clima e energia: elaboração de políticas de carbono, risco climático, avaliação de investimentos em adaptação, trajetórias de transição.
  • Sustentabilidade e impacto ESG: Dominando a contabilidade de carbono, a modelagem de risco climático e a mensuração do impacto social. Com a obrigatoriedade da divulgação de informações não financeiras, a capacidade de quantificar a "precificação de externalidades" torna-se um nicho de mercado com alta demanda.

Na prática, a questão é simples: um candidato que consegue falar a "língua materna" do empregador na primeira entrevista geralmente tem um desempenho melhor do que um candidato com um perfil mais genérico, mesmo que seu histórico acadêmico seja mais impressionante.

Habilidade nº 5: Comunicação que sobrevive ao mundo real

Os empregadores não querem apenas análises corretas. Eles querem análises que sejam utilizadas. O Manual de Perspectivas Ocupacionais (Occupational Outlook Handbook) lista a comunicação como uma qualidade essencial para economistas, juntamente com as habilidades analíticas. Em 2026, isso é ainda mais verdadeiro, pois os economistas interagem cada vez mais com públicos diversos: executivos, formuladores de políticas, engenheiros, jornalistas e partes interessadas não técnicas.

  • Escreva como um memorando de decisão: título, recomendação, principais evidências, riscos e o que monitorar em seguida.
  • Explique a incerteza: intervalos, pensamento baseado em cenários e quais suposições influenciam o resultado.
  • Raciocínio visual: gráficos claros, tabelas legíveis e consistência narrativa entre texto e evidências.
  • Tradução da política: “O que isso significa para as taxas, orçamentos, famílias ou empresas?” em linguagem simples.

Se o seu trabalho não puder ser resumido claramente em um documento de uma página, muitos empregadores presumem que você não o domina completamente. A comunicação não é um mero complemento. Ela faz parte da profissão.

Habilidade nº 6: Resolução adaptativa de problemas e julgamento profissional

O trabalho recente da OCDE sobre competências enfatiza a resolução adaptativa de problemas: a capacidade de atingir objetivos em situações dinâmicas onde o método de solução não é óbvio. Essa é uma descrição adequada da maioria das funções em economia aplicada. Projetos reais envolvem dados imperfeitos, requisitos variáveis ​​e restrições institucionais.

Os recrutadores observam o discernimento em situações de incerteza: como você escolhe um método quando o tempo é limitado, como valida informações inconsistentes e como decide o que é "bom o suficiente" sem comprometer a integridade.

Habilidade nº 7: Navegando na Economia Política e na Regulação Global

Em um modelo teórico, a solução ideal é fácil de encontrar. No mundo real de 2026, mesmo a análise mais rigorosa é limitada pelas realidades institucionais e geopolíticas . Os empregadores buscam cada vez mais economistas com Inteligência em Economia Política, que é a capacidade de compreender como o poder, as políticas públicas e os mercados se interconectam.

  • Alfabetização geopolítica: À medida que as cadeias de suprimentos globais priorizam a resiliência em detrimento da eficiência, os economistas precisam levar em conta os riscos geopolíticos. Isso envolve quantificar como as políticas industriais, as tensões comerciais ou as mudanças regionais impactam as decisões estratégicas de longo prazo.
  • O cenário regulatório: Com a maturidade da Lei de Inteligência Artificial e dos mercados globais de carbono, os economistas precisam construir modelos que levem em consideração a conformidade. É necessário entender não apenas o que os dados dizem, mas também o que a lei permite, especialmente em relação à privacidade de dados e aos padrões de relatórios ESG.
  • Viabilidade Institucional: Uma recomendação só é útil se for politicamente viável. O economista moderno identifica vencedores e perdedores para sugerir estratégias que estejam alinhadas aos interesses das partes interessadas e às restrições institucionais.

Os economistas mais bem-sucedidos reconhecem que os mercados não existem isoladamente. Eles são moldados tanto por regras institucionais e políticas humanas quanto pelas leis da oferta e da demanda.

Como comprovar essas habilidades aos empregadores em 2026

Os empregadores não contratam apenas potencial. Contratam evidências. Os candidatos que conquistam ofertas de emprego geralmente apresentam provas em três formatos: um projeto reproduzível, uma amostra de escrita e uma narrativa clara.

  • Um projeto de portfólio reproduzível: um repositório com um README claro, um pipeline automatizado e resultados que se regeneram de ponta a ponta.
  • Exemplo de texto focado em tomada de decisão: um memorando de duas páginas que transforma uma análise em uma recomendação, escrito para um leitor não especializado.
  • Narrativas prontas para entrevistas: uma história sobre rigor (como você garantiu a credibilidade), uma sobre impacto (como seu trabalho mudou uma decisão) e uma sobre colaboração (como você lidou com as restrições).

É aqui que muitos candidatos falham. Eles listam habilidades, mas não conseguem demonstrá-las rapidamente. Em 2026, a maneira mais rápida de se destacar é tornar seu trabalho fácil de analisar.

Em resumo, as contratações de economistas para 2026 estão em foco.

O mercado recompensa economistas que sejam rigorosos e operacionais . O conjunto de habilidades mais requisitado não é uma técnica isolada, mas sim um conjunto profissional: raciocínio causal sólido, domínio de dados, conhecimento responsável de IA, domínio da área e comunicação clara. Desenvolva essas habilidades de forma consistente e você será competitivo em toda a academia, instituições políticas e no setor privado.

No Econ-Jobs.com , essas tendências se refletem na linguagem dos anúncios de emprego: reprodutibilidade, padrões de codificação, comunicação com as partes interessadas e mensuração aplicada não são mais "diferenciais". São essenciais para a vaga.

Fontes selecionadas

  1. Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA, Manual de Perspectivas Ocupacionais: Economistas
  2. Associação Econômica Americana, Política de Disponibilidade de Dados e Código
  3. Gentzkow & Shapiro (2014), Código e Dados para as Ciências Sociais: Um Guia Prático
  4. Fórum Econômico Mundial (2025), Relatório sobre o Futuro do Trabalho 2025
  5. OCDE (2025), Perspectivas de Competências da OCDE 2025

Carlos Alberto di Franco

Moraes: a imprensa recuperando sua capacidade investigativa

O noticiário recente recoloca no centro do debate um tema sensível: a relação entre poder, interesses privados e transparência institucional. O contrato milionário firmado pelo escritório de advocacia da esposa do ministro Alexandre de Moraes com o banco Master, a decisão do ministro Dias Toffoli de avocar para si o processo e impor sigilo absoluto, e, agora, a informação de que o próprio Moraes teria intercedido pessoalmente em favor do banco junto ao Banco Central do Brasil, compõem um conjunto de fatos que exige atenção máxima.

Não se trata, desde logo, de afirmar culpa ou antecipar juízos. Trata-se de reconhecer que os indícios divulgados são graves e, se confirmados, apontariam para condutas incompatíveis com a liturgia do cargo e com os princípios republicanos. A eventual atuação de um ministro do Supremo em favor de um banco privado, sobretudo em contexto que envolve interesses familiares, demanda apuração rigorosa.

É precisamente nesse ponto que o jornalismo recupera sua função essencial. Quando autoridades silenciam, oferecem respostas tardias ou se refugiam em explicações confusas, cresce a responsabilidade da imprensa. O sigilo, embora legítimo em situações específicas, não pode servir de biombo permanente para afastar o escrutínio público de atos que tocam o coração das instituições.

O velho e bom jornalismo investigativo não condena; investiga. Não milita; apura. Não se satisfaz com versões oficiais frágeis nem com narrativas convenientes. Seu compromisso é com os fatos, com a verdade verificável e com o direito do cidadão à informação de qualidade.

Em democracias maduras, ninguém está acima do questionamento público. A credibilidade das instituições não se protege com silêncio ou opacidade, mas com transparência, esclarecimentos objetivos e apuração séria. Se há dúvidas relevantes, que sejam dissipadas à luz do dia. Quando o poder se fecha, a imprensa precisa abrir. É assim que se preserva a verdadeira democracia e se honra o jornalismo.

Wilson Lima, do O ANTAGONISTA

 É HORA DO IMPEACHMENT DE ALEXANDRE DE MORAES?

Atuação do ministro em prol do Banco Master e dualidade na condução da Ação Penal do Golpe mostram a verdadeira faceta do magistrado.
Wilson Lima para O Antagonista:
“Em um país sério, as revelações feitas pela colunista do jornal O Globo Malu Gaspar segundo as quais o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes teria atuado em prol do Banco Master, banco este que tem um contrato multimilionário com sua esposa, Viviani Barci de Moraes, ensejariam nada mais, nada menos, que um processo de impeachment.
Em um país sério, esse tipo de revelação também seria a manchete dos principais sites e veículos de notícia, com repercussão em tempo real. Salvo o próprio O Globo e este portal, poucos foram os veículos de imprensa que trataram o tema com a devida importância que ele demanda. Um silêncio ensurdecedor.
É escandaloso, para dizer o mínimo, imaginar que um ministro do STF tenha procurado o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, pelo menos quatro vezes – três por telefone e uma pessoalmente – para tratar da venda picareta do Banco Master para o Banco Regional de Brasília (BRB).
Moraes era acionista? Tinha interesse em comissão? Virou Relações Institucionais do Banco Master e não deixou isso claro para a sociedade? Ou deu apenas uma “forcinha” para a esposa? Esposa essa que tinha um contrato de R$ 129 milhões com o Master – contrato esse que não se sabe se foi pago em sua totalidade.
O ex-juiz Marcelo Bretas faz, nas redes sociais, uma ponderação importante sobre esse caso. Na visão dele, no mínimo, no mínimo, a situação pode configurar crime de advocacia administrativa. Ato esse que se configura ao “patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário”.
Alexandre de Moraes: dois magistrados em um
Mas não fiquemos apenas neste caso. Moraes, o fiscal da democracia e da moralidade política nacional, atuou nos holofotes para condenar Jair Bolsonaro e sua turma por atos antidemocráticos. Ao ex-presidente impôs uma pena de 27 anos e três meses.
Na semana passada, ao julgar o núcleo do qual fez parte Filipe Martins, Moraes afirmou: “O abrandamento das penas, depois do devido processo legal e da ampla defesa, enviaria à sociedade o recado de que o Brasil tolera novos flertes contra a democracia”.
Mas fora dos holofotes, no entanto, Moraes – conforme regiraram alguns veículos como Folha e O Globo – atuou pela aprovação do PL da dosimetria, quase como se fizesse um mea-culpa pelo trabalho questionável à frente da ação penal do golpe.
Em um país sério, esse tipo de postura é sim passível de impeachment de ministro do STF. O problema é que ainda estamos longe de ser um país sério.”

Elio Gaspari

 A íntegra: A bancada silenciosa do STF

Resistência a código de conduta se manifesta apenas em off, sem que ministros coloquem a cara a tapa

Elio Gaspari

A manifestação de cinco ex-presidentes do Supremo Tribunal Federal favoráveis à criação de um código de conduta para os atuais ministros da corte foi um tiro certeiro contra a bancada que combate a ideia.


Estranha bancada. Manifesta-se com a capa ectoplásmica do off, pela qual sua opinião é divulgada, mas sua identidade é preservada. Foi assim que surgiu a notícia segundo a qual Fachin estaria isolado ao propor o código. Tudo bem, a maioria dos ministros pode não gostar da ideia, mas eles não põem a cara na vitrine. Salvo engano, a única resistência pública à ideia partiu do ministro Alexandre de Moraes, mesmo assim, numa fala de 2024:


"Acho que não há a mínima necessidade, porque os ministros do Supremo já se pautam pela conduta ética que a Constituição determina."


Entre os cinco ex-presidentes do STF que defendem a conveniência de um código de conduta (Rosa Weber, Celso de Mello, Ayres Britto, Marco Aurélio Mello e Carlos Velloso), nenhum celebrizou-se pela presença em farofas. Sinal de que essa vulnerabilidade é coisa recente, estimulada por arrogantes exageros. Primeiro naturalizou-se a conduta de viajar em jatinhos de empresários para assistir a partidas de futebol.


Em seguida, foi-se adiante, viajando com o advogado de um banqueiro quebrado. Onde vai parar essa liberalidade, ninguém sabe, porque, como diria Alexandre de Moraes, não há a mínima necessidade, pois a Constituição já tratou da "conduta ética" dos ministros.


A sucinta Constituição proposta pelo historiador Capistrano de Abreu dizia:


Artigo 1º: Todo brasileiro deve ter vergonha na cara.

Artigo 2º: Revogam-se as disposições em contrário


A adoção de um código de conduta merece ser discutida às claras, com nomes e sobrenomes. Vilegiaturas, parentelas e ligações perigosas não podem ser preservadas no escurinho de Brasília. Nunca será demais repetir a lição de Louis Brandeis (1856-1941), da Suprema Corte dos Estados Unidos: "A luz do Sol é o melhor desinfetante".


O silêncio da bancada desconfortável com um código de conduta é o sinal mais gritante da sua conveniência, para não dizer necessidade. A imagem do Supremo passa por um lamentável processo de erosão. Houve tempo em que o Supremo era conhecido por suas decisões. Hoje, são mais frequentes as reportagens que tratam de condutas discutíveis.


Os ministros Edson Fachin e Cármen Lúcia são defensores da adoção de um código de conduta. É provável que sejam acompanhados por outros três colegas. É certo que pelo menos três detestam a ideia de limitações às próprias condutas.


Fachin teve o cuidado de blindar-se levantando a possibilidade da inspiração no código da Corte Constitucional alemã. Não citou a corte americana. Pudera, desde que o grande Antonin Scalia deu-se às farofas, a corte desprezou o julgamento de suas condutas. O juiz Clarence Thomas tem uma mulher que pinta e borda. Isso para não mencionar que, desde 1991, quando ganhou a cadeira, raramente abriu a boca, mesmo nas reuniões secretas.


Fachin defende a necessidade de um código de conduta. Até agora, não apareceu um só argumento contra, mas a insatisfação é silenciosa.

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


NY +0,4% US tech +0,4% US Semis +0,6%  UEM +0,1% Espanha +0,1% VIX 14,0% -1pb. Bund 2,86%. T-Note 4,17%. Spread 2A-10A USA=+63,1pb O10A: ESP 3,29%  ITA 3,55%. Euribor 12m 2,27% (fut.12m 2,41%). USD 1,18. JPY 184,2. Ouro 4,484$. Brent 62,4$. WTI 58,4$. Bitcoin -0,6% (87.661$). Ether -0,5% (2.973$)


SESSÃO: Ontem, as bolsas encerraram em alta (Nova Iorque +0,5%, Europa +0,1%) naquela que, na prática, foi a última sessão de 2025. No plano macroeconómico, destacou-se a publicação de um PIB do 3.º trimestre de 2025 francamente positivo. E não apenas por ter superado amplamente as expectativas do mercado (+4,3% t/t anualizado vs +3,3% estimado vs +3,8% anterior), mas também porque a composição do crescimento demonstra que a economia americana atravessa um bom momento — com o PIB sustentado pelo Consumo Privado e pela Investimento (em especial na área da IA) e com uma contribuição positiva do Setor Externo. No entanto, o cenário do 4.º trimestre poderá ser um pouco diferente, sobretudo devido ao encerramento parcial da administração pública. Veremos... Também foi divulgada a Confiança do Consumidor de dezembro (89,1 vs 91,0 estimado vs 92,9 anterior, revisto de 88,7), que piorou, mas essencialmente devido à revisão em alta do mês anterior, tornando a leitura algo ambígua. Em todo o caso, o mercado interpretou ambas as referências de forma positiva, o que impulsionou novamente as bolsas.  


Hoje, os futuros apresentam-se estáveis (+/- 0,1%) e tudo indica que essa será a tónica dominante da sessão. Para além da ausência de indicadores macro relevantes, as bolsas negociam apenas meia sessão, tanto na Europa como nos EUA. Amanhã não haverá negociação nem de ações nem de obrigações, e na sexta-feira apenas os mercados dos EUA e do Japão estarão abertos. O mercado dá, portanto, o ano como encerrado, sendo agora momento de preparar o posicionamento para 2026. O contexto mantém-se favorável ao mercado, com potenciais de valorização entre +9% e +17%. As razões: (i) o ciclo económico atual é expansivo, (ii) a inflação permanece ligeiramente acima do desejável, mas não preocupante, (iii) os lucros empresariais apresentam crescimentos de dois dígitos (+12% na Europa e +13% nos EUA), e (iv) as taxas de juro nos EUA estão em trajetória descendente.

BDM Matinal Riscala

 *Bom Dia Mercado.* Sexta Feira, 26 de Dezembro de 2.025. *Bolsonaro oficializa Flávio e mantém crise* ​ BC divulga nota de crédito de novem...