quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Felipe Moura

 ⚖️  *Felipe Moura Brasil:  Resumo do Cenário:*


Voto de Luiz Fux abre margem para Jair Bolsonaro reverter a condenação no futuro, caso as condições políticas se tornem mais favoráveis; e favorece a atual pressão política por anistia no Congresso, turbinando o caldo político e jurídico para a sua aprovação.


A tendência é que a defesa apresente recurso para levar o caso, no mínimo, ao plenário, como defende Fux. E que todas as decisões contrárias do STF - seja rejeitando esse recurso, seja derrubando a eventual anistia, sob alegação de que não vale para crimes contra a democracia - turbinem ainda mais o caldo político, sendo exploradas pelo bolsonarismo como novas provas de perseguição e de associação do Supremo com o governo Lula.


Também se aventa, no momento, a “anistia light”, costurada entre as cúpulas do Congresso e do STF, para reduzir penas dos condenados, sem anular condenações, sobretudo dos líderes, nem a inelegibilidade de Bolsonaro. Seria a famosa “solução intermediária”, uma das formas mais tradicionais de acordão, na República do Escambo brasileira.


Haverá tensão, claro, porque o bolsonarismo já manifestou contrariedade com “anistia light”, dada sua prioridade em aliviar o ex-presidente, que, no entanto, sem melhor alternativa, poderá declarar apoio a outro candidato, na esperança de que futuras mudanças das condições políticas favoreçam o indulto ou a anulação.


https://x.com/FMouraBrasil/status/1965785204435415523

Anderson Nunes

 *TENSÃO GLOBAL, JULGAMENTO NO STF E AMEAÇAS DE WASHINGTON – MC 10/09/25*

*Por Anderson Nunes – Analista Político*


O cenário político nacional direcionam suas atenções para a continuação do julgamento de Jair Bolsonaro no STF e para a divulgação de dados sobre a inflação.


*MERCADOS AGUARDAM DADOS ECONÔMICOS E VOTAÇÃO NO SUPREMO*


O dia se desenrola sob a expectativa da divulgação do IPCA de agosto, com projeções indicando uma possível deflação, o que pode influenciar as futuras decisões de política monetária. Simultaneamente, o ambiente político permanece aquecido com a retomada do julgamento que pode definir o futuro do ex-presidente Jair Bolsonaro.


*JULGAMENTO DE BOLSONARO NO STF*


O Supremo Tribunal Federal prossegue com o julgamento do ex-presidente e outros sete réus. O placar atual é de 2 a 0 pela condenação, com os votos dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino. A sessão de hoje começa com o voto do ministro Luiz Fux.


*INFLAÇÃO DE AGOSTO EM ANÁLISE*


O IBGE divulga hoje o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente a agosto. A expectativa mediana do mercado financeiro aponta para uma deflação de 0,15%, um fator importante para o controle da política de juros.


*EXPORTAÇÕES PARA O CANADÁ ATINGEM RECORDE*


As vendas brasileiras para o Canadá alcançaram a marca histórica de US$ 4,5 bilhões entre janeiro e agosto, uma alta de 15,8% em relação a 2024. O ouro foi o principal produto exportado, representando 42,4% do total.


*PEC DOS PRECATÓRIOS É PROMULGADA*


O Congresso Nacional promulgou a Proposta de Emenda à Constituição que estabelece um limite para o pagamento de precatórios. A medida abre um espaço fiscal de R$ 12 bilhões no Orçamento de 2026, mas já enfrenta questionamentos jurídicos. A OAB acionou o STF contra a proposta.


*TENSÃO DIPLOMÁTICA ENTRE BRASIL E ESTADOS UNIDOS*


O governo norte-americano declarou que não hesitará em usar “força econômica e militar para proteger a liberdade de expressão” no Brasil, em um comentário sobre o julgamento de Bolsonaro. O Itamaraty repudiou a declaração, afirmando que os Poderes instituídos no Brasil “não se intimidarão”. 


*O CONGRESSO DIVIDIDO E AS PAUTAS DO GOVERNO EM RISCO*


O julgamento acentua a polarização no Congresso Nacional. Enquanto a base governista acredita que as acusações bem fundamentadas enfraquecem a articulação por uma anistia, a oposição se mostra confiante de que terá votos para aprovar um projeto nesse sentido, ameaçando travar pautas importantes caso o tema não seja enfrentado. Essa disputa coloca em risco projetos prioritários para o governo, como a isenção do Imposto de Renda. No Senado, Davi Alcolumbre busca uma alternativa que poderia reduzir penas para civis, mas manteria a punição para políticos e militares envolvidos no 08/01.


*RADAR CORPORATIVO*


1. MASTER E BRB: O Banco Central vetou o acordo entre as duas instituições, alegando o chamado “risco de sucessão”. A agência Fitch reagiu revisando a observação de rating de ambos os bancos para negativa.

2. MOTIVA (EX CCR): A concessionária registrou um aumento de 0,3% no tráfego de veículos em suas rodovias em agosto, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, desconsiderando operações encerradas e recém iniciadas.

3. ENGIE BRASIL: Segundo a Bloomberg, a companhia estuda vender uma fatia minoritária de seu negócio de transmissão de energia e já teria contratado o Morgan Stanley para assessorar na potencial transação.

4. APPLE: A empresa lançou a nova linha do iPhone 17, com quatro modelos, incluindo o “Air”, o mais fino já produzido. Também foram anunciados novos modelos de Apple Watch e os fones de ouvido AirPods Pro 3.

5. EMBRAER: A fabricante de aeronaves tem um anúncio importante agendado para hoje em Washington. Especula-se que possa envolver um grande acordo de venda de aeronaves para os Estados Unidos.


O Canal Auxiliando usa as seguintes fontes de notícias: ‘Monitor do Mercado, BDM, Broadcast, Valor Econômico, Folha de São Paulo, Estadão, O Globo, BM&C, B3, Revista Oeste, Poder 360, Money Times, Agência CMA, Agência Brasil, Bloomberg, Infomoney, CNN, The Washington Post, The Wall Street Journal, Fox Business, Reuters, Oil Price, Investing e Yahoo Finance’

BDM Matinal Riscala

 Bom Dia Mercado.


Quarta Feira, 10 de Setembro de 2.025.


*Moraes condena, Trump ameaça*

 

... Em meio à escalada dos conflitos geopolíticos no Oriente Médio, após os ataques de Israel ao Catar, e as investidas de Washington contra a Rússia, os investidores globais esperam hoje pelo PPI nos Estados Unidos, que começa a projetar o ritmo de queda dos juros (amanhã sai o CPI). Aqui, a inflação também é destaque com o IPCA de agosto, que vem negativo. No STF, prossegue o julgamento de Bolsonaro com os votos dos ministros Luiz Fux, Carmem Lúcia e Cristiano Zanin. Nesta 3ªF, o voto de cinco horas de Alexandre de Moraes, considerado bem fundamentado, foi concluído com a sentença de condenação de todos os réus, enquanto a Casa Branca mandava alertas de novas sanções.

 

... Questionada pelos jornalistas, a porta-voz, Karoline Leavitt, disse que não tinha “nenhuma ação adicional para antecipar”, mas que é uma prioridade do governo proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo.

 

... Segundo ela, Trump e todos os integrantes do governo levam muito a sério a censura, “razão pela qual tomamos medidas significativas em relação ao Brasil na forma de sanções, garantindo que “países não estejam punindo seus cidadãos dessa maneira”.

 

... “O presidente Trump não tem medo de usar o poder econômico, o poder militar dos Estados Unidos da América.”

 

... A declaração da secretária de Imprensa americana foi considerada “totalmente inadmissível” pela ministra Gleisi Hoffmann.

 

... “Não bastam as tarifas contra nossas exportações, as sanções ilegais contra ministros do governo, do STF e suas famílias, agora ameaçam invadir o Brasil para livrar Jair Bolsonaro da cadeia”, escreveu em suas redes sociais.

 

... Ainda em Washington, o diretor de Assuntos para o Hemisfério Ocidental no Conselho de Segurança Nacional, Michael Jensen, disse em um evento organizado pela Lide que as oportunidades de negócios com o Brasil estão limitadas pelo ambiente político.

 

... Sem citar nominalmente Moraes, Jensen disse que “juízes descontrolados estão prendendo pessoas sem julgamento, tentando tirar direitos constitucionais de cidadãos americanos e roubando dinheiro de empresas dos Estados Unidos”.

 

... Jensen acredita que novas sanções serão decididas após o julgamento, afirmando que o presidente Trump “tem muitas opções na mesa”.

 

... Nos mercados, a expectativa por medidas contra o Brasil mantém a cautela, o que pode ser comprovado pela baixa liquidez (leia abaixo).

 

O JULGAMENTO - Em seu voto, o ministro-relator da ação da trama golpista, Alexandre de Moraes, apontou o ex-presidente Bolsonaro como o líder da organização criminosa, sugerindo responsabilidade e pena maiores em relação aos demais réus.

 

... Uma sequência de fatos relatados foi apresentada para provar que ele sempre agiu em direção a um golpe de Estado, em um plano que previa os assassinatos do presidente eleito Lula, do vice, Geraldo Alckmin, e do próprio Alexandre de Moraes.

 

... O ministro Flávio Dino, que integra a Primeira Turma do STF, deu seu voto a seguir, acompanhando o relator para condenar Jair Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado, mas anotou a participação menor de três dos réus na trama golpista.

 

... Dino ressalvou o deputado Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, o general Augusto Heleno, ex-ministro do GSI, e o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, antecipando que devem receber penas mais brandas.

 

... A sessão de julgamento será retomada hoje às 9h, com o voto do ministro Luiz Fux, que pode trazer alguma divergência em relação à pena. A principal aposta das defesas é de absorver dois crimes (abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado) em um só.

 

... Caso haja condenação, a dosimetria das penas será discutida depois do julgamento do mérito, previsto para a sexta-feira, 12.

 

NO CONGRESSO - O julgamento acentua a polarização entre governistas e a oposição: enquanto deputados do PT dizem ao Valor que a anistia perde força com as acusações “muito bem embasadas” contra os réus, parlamentares do PP e do Republicanos continuam confiantes.

 

... Segundo eles, um projeto de anistia terá votos nas principais bancadas da Casa, seja qual for o texto, mais ou menos abrangente.

 

... O presidente da Câmara, Hugo Motta, diz que não há previsão nem de pauta e nem de relator para a matéria, mas a oposição insiste que o tema precisará ser enfrentado ao fim do julgamento, ou ameaça não avançar em outras pautas relevantes.

 

... Entre as principais preocupações do governo está o projeto de isenção do Imposto de Renda, que, segundo Motta, também não tem previsão. O risco é de que a proposta seja alterada por destaques apresentados no plenário.

 

... No Senado, Davi Alcolumbre disse que segue trabalhando para apresentar uma proposta alternativa ao projeto de anistia aos envolvidos na trama golpista com um texto que atualize a Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito.

 

... Na prática, o texto diminuiria as penas dadas aos civis envolvidos na tentativa de golpe (a massa de manobra), deixando de fora os políticos, como Bolsonaro, militares e agentes das forças de segurança condenados pelo Supremo Tribunal Federal.

 

TARIFA SOCIAL - Presidente da Câmara, Hugo Motta, transferiu para hoje a votação da MP que cria uma nova Tarifa Social de Energia Elétrica e concede gratuidade da conta de luz para famílias em vulnerabilidade social. “Deve ocorrer nesta quarta-feira.”

 

PEC DOS PRECATÓRIOS - Já no Senado, Davi Alcolumbre promulgou a PEC 66, que institui limite para o pagamento de precatórios pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios, além de estipular novo prazo de parcelamento de débitos previdenciários.

 

PLDO - Presidente da Comissão Mista de Orçamento, senador Efraim Filho (União), adiou para a próxima terça, 16, a votação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026, após o relator, deputado Gervásio Maia (PSB), pedir mais uma semana de prazo.

 

MP DO IOF - Ainda no Valor, o relator da MP que traz as medidas alternativas ao aumento do IOF, deputado Carlos Zarattini (PT), disse que vai retirar do texto a tributação das debêntures incentivadas, que “é importante para políticas públicas”.

 

... Pelo texto original do governo, esses rendimentos passariam a ser tributados em 5% de Imposto de Renda na fonte, a partir de 2026. O relator afirmou que conversará com líderes partidários na semana que vem e quer apresentar o seu parecer no dia 16.

 

... Outro ponto que exigirá negociação, na avaliação do relator, é a tributação em 5% no IR de títulos ligados ao agronegócio, que hoje são isentos, como LCA e CRA. Zarattini está em conversas com a Frente Parlamentar do Agronegócio e tentará encontrar um meio termo.

 

TRUMP VS PUTIN - Em pressão contra a Rússia, o presidente Trump pediu à União Europeia que imponha tarifas de até 100% sobre a Índia e a China, como parte de sanções para encerrar a guerra na Ucrânia, segundo apurou o Financial Times.

 

... Uma das fontes disse que Washington estava preparada para “espelhar” quaisquer tarifas impostas pela UE aos dois países.

 

... Nas redes sociais, no entanto, Trump disse que está “ansioso” para falar com seu “grande amigo”, o primeiro-ministro Narendra Modi, para continuar as negociações e resolver as barreiras comerciais com a Índia, punida por comprar o petróleo russo.

 

... Recentemente, os Estados Unidos impuseram uma tarifa adicional de 25% sobre os produtos indianos.

 

... Nesta terça-feira, a Suprema Corte americana aceitou o pedido para julgar o recurso de Trump contra a decisão de um Tribunal de Apelações que considerou ilegais a maioria das tarifas. Também concordou em analisar o recurso em um prazo mais curto do que o normal.

 

TENSÃO GEOPOLÍTICA - Enquanto o investidor monitora a possibilidade de novas sanções dos Estados Unidos à Rússia, o risco de agravamento na situação do Oriente Médio acrescenta uma camada adicional de incerteza no cenário geopolítico.

 

... O ataque de Israel contra o Catar marca um avanço na escalada das tensões na região, prejudicando as chances das negociações com o Hamas, que acusou os Estados Unidos pelo ocorrido em Doha e levou Trump às redes sociais para desmentir a autoria do atentado.

 

... Em publicação na Truth Social, Trump declarou que a decisão foi “tomada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, não foi uma decisão tomada por mim”, embora tenha garantido que episódios semelhantes não voltarão a acontecer.

 

... “Bombardear unilateralmente dentro do Catar, uma nação soberana e aliada próxima dos Estados Unidos, que está trabalhando arduamente e assumindo riscos corajosamente conosco para intermediar a paz, não avança os objetivos de Israel.”

 

... Na mesma mensagem, Trump pediu o fim da guerra com a liberação de todos os reféns, dizendo que já havia conversado com Netanyahu e que ele lhe garantiu que deseja a paz. Trump disse que também falou com o emir do Catar, Tamim bin Hamad al Thani.

 

... Em entrevista, o emir afirmou que continuará os esforços de mediação pela paz na região, mas advertiu que o Catar tem o direito de responder ao ataque em Doha. “Chegamos a um momento crucial. Deve haver uma resposta de toda a região a tais ações bárbaras.”

 

MAIS AGENDA - Pela primeira vez no ano, o IPCA deve registrar deflação, aliviado pela entrada do bônus de Itaipu nas contas de energia elétrica. Após alta de 0,26% em julho, deve recuar 0,16% em agosto, na mediana do Broadcast.

 

... As projeções são todas de queda e variam de 0,27% a 0,07%. A leitura em 12 meses deve desacelerar de 5,23% para 5,09%. Para o acumulado de 2025, a mediana das apostas indica 4,80%, acima do teto da meta, de 4,50%.

 

... A reancoragem da inflação mantém na curva de juros apostas de corte antecipado da Selic, em dezembro, embora o consenso seja de queda só no início de 2026 (janeiro ou março). Hoje, começa o período de silêncio do Copom.

 

... Além do IPCA, o dia reserva os dados semanais do fluxo cambial, às 14h30.

 

LÁ FORA - Nos Estados Unidos, a inflação ao produtor (PPI) de agosto, às 11h, prepara o espírito para o indicador mais importante da semana, o CPI de amanhã, com potencial de projetar quantas vezes o juro do Fed vai cair este ano.

 

... O índice cheio dos preços ao produtor deve subir 0,3% em agosto contra julho e 3,3% na base anual, mesmo ritmo do mês anterior. O núcleo tem previsão de alta de 3,5% (ano a ano), desacelerando contra a leitura anterior (3,7%).

 

... Na sequência, às 11h, saem os estoques no atacado, com estimativa de alta de 0,1% em julho.

 

... No mesmo horário, o Comitê Bancário do Senado vota a indicação de Stephen Miran ao Fed. Se aprovado nesta etapa, o nome do aliado de Trump será enviado para apreciação do plenário da Casa.


... Na noite de ontem, um tribunal federal de Washington decidiu que a diretora Lisa Cook pode permanecer em seu cargo no Fed, apesar de carta de demissão publicada recentemente por Trump sob acusação de fraude hipotecária.

         

... Os estoques de petróleo do DoE, às 11h30, têm previsão de queda de 1 milhão de barris.

 

... Na China, segue reunido hoje o Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo.

 

MAIS CHINA - A inflação ao consumidor (CPI) teve queda anualizada de 0,4% em agosto, pior do que a previsão de -0,2%. O índice de preços ao produtor (PPI) caiu 2,9% e ficou em linha com a previsão dos analistas de mercado.

 

FRANÇA - Presidente Emmanuel Macron indicou o aliado Sébastien Lecornu, ministro da Defesa, ao cargo de primeiro-ministro, um dia após a Assembleia Nacional derrubar o premiê François Bayrou, negando a ele um voto de confiança.

 

... Lecornu já exerceu uma série de funções no governo francês desde a primeira eleição de Macron, em 2017, e assume com a missão de costurar um orçamento com as forças políticas representadas no Parlamento. Ele será o quinto primeiro-ministro em dois anos.

 

ARGENTINA - O presidente Javier Milei garantiu que não pretende alterar o programa econômico em andamento, apesar da derrota do partido governista nas eleições legislativas da província de Buenos Aires, que assolou os mercados locais.

 

... No X, Millei reforçou o compromisso com o equilíbrio fiscal e os ajustes no mercado monetário e reiterou o compromisso com o regime de banda móvel cambial, reforçando ainda o plano de desregulamentação da economia argentina.

 

OPERANDO DO SOFÁ - Ligados na transmissão do julgamento de Bolsonaro, os mercados domésticos operaram no vazio, com a liquidez esvaziada e oscilações limitadas, temendo que o governo Trump possa revidar novamente.

 

... O dólar operou próximo de R$ 5,45 e a bolsa piorou na reta final, terminando perto das mínimas do dia, após a conversa da Casa Branca de que pode usar poderes econômicos e militares para “proteger a liberdade de expressão”.

 

... Desperdiçando a alta das commodities e descolado da apreciação das moedas latinas, o real não teve forças para enfrentar o dólar, que fechou em alta de 0,35%, cotado a R$ 5,4363, próximo da máxima intraday (R$ 5,4394).


... Foi o risco político doméstico que mandou no câmbio aqui, mas também lá fora a moeda norte-americana subiu, apesar de a revisão anual do payroll ter trazido um dos piores ajustes para baixo já registrados pela série histórica.

 

... Foram 911 mil empregos a menos do que o relatado entre abril de 2024 e março deste ano, pelo cálculo preliminar, um resultado ainda mais baixo do que a previsão de queda de 700 mil postos de trabalho.

 

... A Casa Branca se aproveitou do gancho do emprego desaquecido para elevar a pressão contra o Fed.

 

... A porta-voz, Karoline Leavitt (a mesma que transmitiu a ameaça ao Brasil pelo julgamento de Bolsonaro), afirmou que os Estados Unidos precisam de "nova liderança" no Fed e defendeu cortes imediatos da taxa básica dos juros.

 

... O discurso veio alinhado às críticas do secretário do Tesouro, Scott Bessent, de que o Fed "sufoca" o crescimento.

 

... Mas, na ferramenta de apostas do CME, a chance de corte mais agressivo de juro, de 50 pontos, semana que vem continua remota: é de menos de 10%. Deve vir só 25 pontos (91,8%) e depois a mesma dose em outubro (70,8%).

 

... Imune à influência dovish da Casa Branca, o índice DXY fechou em alta de 0,34%, a 97,788 pontos. O euro caiu 0,43%, para US$ 1,1707, com a notícia de que Macron indicou o ministro da Defesa, Sébastien Lecornu, para premiê.


... A libra perdeu 0,18%, a US$ 1,3523, mas o iene conseguiu se sair bem e subiu para 147,46/US$. Segundo a Bloomberg, dirigentes do BoJ acreditam que talvez seja possível elevar o juro básico mais uma vez este ano.

 

... A forte correção em baixa da série anualizada do payroll não derrubou o índice DXY e tampouco as taxas dos Treasuries, que estavam prontas para uma correção, depois de uma sequência de quatro pregões em queda.

 

... O juro da Note de 2 anos recuperou o patamar de 3,500% e subiu para 3,549%, contra 3,494% na véspera. O yield da Note de 10 anos avançou a 4,080%, de 4,041%, e o do T-Bond de 30 anos foi para 4,723%, contra 4,687%.

 

FATOR INIBIDOR - Com os retornos dos Treasuries testando uma realização e o dólar acima de R$ 5,40 com Brasília, não teve muito como o DI fugir de um ajuste, mas os prêmios foram limitados pela esperança de deflação do IPCA.

 

... No fechamento, o contrato de juro para Jan/26 marcava 14,895% (de 14,893% no ajuste anterior); Jan/27, 13,970% (de 13,921%); Jan/29, 13,215% (de 13,177%); Jan/31, 13,490% (de 13,478%); e Jan/33, 13,655% (13,658%).

 

... À espera do IPCA, o C6 Bank manteve em 5% a estimativa para a Selic deste ano, mas já saiu derrubando a de 2026, de 5,7% para 5,2%, citando as expectativas de inflação no Brasil e perceptiva de corte dos juros pelo Fed.

 

... No estilo quanto pior, melhor, as bolsas em NY leram a piora na revisão anual dos dados do payroll pelo copo meio cheio da política monetária, de que está aí mais um motivo para o BC americano estender o ciclo de relaxamento.

 

... O Dow Jones subiu 0,43%, a 45.711,34 pontos; o S&P 500 ganhou 0,27%, a 6.512,61 pontos; e o Nasdaq avançou 0,37%, a 21.879,49 pontos. Apple caiu 1,48%, na estreia do iPhone 17, com novidades na câmera e no design.

 

... Aqui, o Ibovespa registrou instabilidade na reta final, temendo que Trump dê o troco ao Brasil no caso Bolsonaro. Assumindo cautela, fechou em leve queda de 0,12%, a 141.618,29 pontos, com volume financeiro de R$ 18,4 bilhões.

 

... Com exceção das ações do BB, que surpreendentemente descontaram o risco de novas sanções americanas e subiram 1,96%, a R$ 21,36, o restante do setor financeiro teve desempenho negativo, com Trump no radar.

 

... Bradesco PN caiu 0,93%, à mínima de R$ 16,99; Bradesco ON registrou desvalorização de 0,68%, cotado a R$ 14,54; Itaú perdeu 0,86%, valendo R$ 37,85, enquanto Santander recuou 0,21% e fechou no piso do dia, a R$ 28,63.

 

... Parte do estresse na bolsa, porém, foi amenizado pela puxada do petróleo nas ações da Petrobras. ON subiu 1,08%, a R$ 33,55; e PN ganhou 0,78%, a R$ 30,95, com o Brent reagindo à escalada das tensões geopolíticas.

 

... O barril subiu 0,56%, a US$ 66,39, após Israel promover o ataque contra líderes do Hamas no Catar.

 

... Vale caiu 0,30% (R$ 56,19), sem conseguir faturar a forte alta de 2% do minério e nem a melhora do preço-alvo da ação pelo BofA, de R$ 60 para R$ 68 (ON), e do ADR, de US$ 11 para US$ 12 (ADR), com recomendação de compra.

 

... Analistas do banco disseram que, no cenário desafiador por conta das tarifas de Trump, com desaceleração do crescimento global e riscos geopolíticos, a preferência fica com mineradoras de “robustez operacional”.

 

CIAS ABERTAS - O Valor apurou que o MASTER apresentou ontem ao BC alguns planos alternativos, após o regulador ter barrado o acordo com o Banco de Brasília (BRB). Essas opções, no entanto, ainda não estão finalizadas...

 

... Segundo o jornal, não foi protocolado nenhum novo pedido de operação de compra...

 

... O Globo informou que os diretores do BC afirmaram em reunião nesta terça-feira com o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, que uma das principais razões para a recusa da operação seria o chamado risco de sucessão...

 

... Ou seja, o temor de o BRB ser cobrado por ativos do Master que não seriam adquiridos pelo banco público...

 

... A Fitch Ratings revisou a observação de rating do BRB e do Master para negativa, de evolutiva anteriormente.

 

MOTIVA (ex-CCR) registrou tráfego consolidado em agosto de 86,5 milhões de veículos em suas rodovias, volume 0,3% superior ao atingido no mesmo mês de 2024...

 

... A comparação anual não incluiu a operação da ViaOeste, que teve fim da sua concessão em março deste ano, e as operações das vias Sorocabana e PRVias, iniciadas em março e junho de 2025, respectivamente.

 

ENGIE BRASIL está estudando a venda de uma participação minoritária no seu negócio de transmissão de energia (Bloomberg)...

 

... De acordo com a agência, a companhia contratou o Morgan Stanley para assessorá-la em uma eventual negociação do tipo.

terça-feira, 9 de setembro de 2025

Nada q o $$ não possa comprar

 https://www.conjur.com.br/2025-abr-07/juristocracia-nao-e-democracia/


Sim, a juristocracia não é democracia, pois na juristocracia o poder de decisão é transferido para o judiciário, que governa de facto por meio de um ativismo judicial, em detrimento da vontade popular e da separação dos poderes clássica. A democracia, ao contrário, fundamenta-se na soberania popular e no consentimento dos governados. 


O que é a Juristocracia?

É um regime onde juízes e outros atores da elite jurídico-política assumem funções políticas, substituindo ou limitando os poderes Legislativo e Executivo. 


Não é um sistema de governo, mas uma manifestação de poder judicial que extrapola os limites constitucionais. 


Carateriza-se pela judicialização da política, com o judiciário a intervir em assuntos que não lhe competem, como orçamento, saúde, e políticas públicas. 


Por que a Juristocracia é diferente da Democracia?


Soberania:

Na democracia, a soberania reside no povo; na juristocracia, o poder é exercido por uma elite que não tem representação popular direta. 


Separação de Poderes:

A democracia busca a separação dos poderes, enquanto a juristocracia implica uma transferência desse poder para o judiciário, quebrando o equilíbrio constitucional. 


Participação Popular:

Na democracia, as decisões políticas são tomadas com base no consentimento dos governados; a juristocracia pode diminuir a participação popular. 


Consequências da Juristocracia:

Ameaça ao Estado de Direito e ao controle democrático sobre as decisões políticas. 

Perda do controle sobre as políticas públicas pelo Legislativo e Executivo, cujas decisões podem ser alteradas ou canceladas pelo judiciário. 


A juristocracia é frequentemente vista como uma forma de governo em que o judiciário assume um papel político indevido.

BDM Matinal Riscala

 BDM: Moraes vota hoje em meio a temor de sanções

 

... A agenda esvaziada dos mercados nesta terça-feira deixa o caminho livre para o investidor acompanhar o julgamento de Jair Bolsonaro, que será retomado às 9h, no STF, com o voto do ministro-relator, Alexandre de Moraes. A expectativa de uma condenação é consenso, até mesmo entre seus aliados. O que não se sabe é como Trump reagirá a esse provável resultado. O receio de novas sanções contra o Brasil mantém a cautela, embora a aposta em cortes maiores do juro americano segure um pouco os movimentos defensivos. Entre os destaques, sai a revisão anual do payroll nos EUA, a Apple apresenta o Iphone 17 e a Anfavea divulga vendas e produção de veículos.

 

... No final do dia, em postagem no X, o subsecretário de Diplomacia Pública da Casa Branca, Darren Beattie, trouxe nova ameaça, dizendo que “medidas cabíveis” continuarão a ser tomadas contra Moraes e “indivíduos cujos abusos têm minado as liberdades fundamentais”.

 

... Citando os protestos bolsonaristas do último domingo, Beattie escreveu que as manifestações do 7 de Setembro foram “um lembrete do nosso compromisso de apoiar o povo brasileiro, que busca preservar os valores da liberdade e da justiça”.

 

... Ainda ontem, em reunião do Conselho Superior do Agronegócio, o ex-embaixador Rubens Barbosa, que serviu em Washington e Londres, previu que os Estados Unidos devem impor novas sanções do Brasil ao final do julgamento de Bolsonaro, previsto para sexta-feira.

 

... O clima de apreensão é tanto, que até o visto diplomático concedido pelos EUA para o ministro Haddad, que participará da Semana do Clima em NY entre os dias 21 e 28, virou notícia. No dia 23, é Lula quem viaja, para a abertura da Assembleia Geral da ONU.

 

... No mercado, a tensão foi amplificada pelo tom radical do governador Tarcísio, que discursou na av. Paulista com críticas pesadas a Moraes, em uma guinada eleitoral para a extrema-direita que pode ter comprometido sua imagem e foi considerada um erro.

 

... Muita gente entende que Tarcísio tenha que falar aos bolsonaristas, mas também precisa atrair o eleitor moderado para ganhar.

 

... Pesquisa CNT/MDA divulgada ontem mostrou que Lula derrotaria os adversários em seis cenários testados para o segundo turno, com 45,7% contra Bolsonaro (37,7%) e com 43,9% contra Tarcísio (37,6%). No primeiro turno, Lula teria 35,8% e Tarcísio, 17,7%.

 

... Os resultados frustraram quem espera uma alternância do poder nas eleições presidenciais de 2026.

 

... Em Brasília, o governo opera para evitar que a turbulência política não prejudique a sua agenda no Congresso. Na reunião com os ministros, nesta segunda-feira, Gleisi Hoffmann pediu aos ministros do Centrão que retomem seus mandados temporariamente.

 

... A cobrança é direcionada principalmente aos ministros parlamentares do PP e União Brasil, que resistem em sair, mesmo após as cúpulas de seus partidos terem rompido com governo: André Fufuca (Esporte), Celso Sabino (Turismo) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos).

 

... Os ministros da Pesca, André de Paula (PSD), e de Cidades, Jader Filho (MDB), também devem reassumir as vagas na Câmara, enquanto no Senado, a ajuda deve ser de Renan Filho, de Transportes, e Simone Tebet, do Planejamento - ambos do MDB.

 

... Participantes da reunião relataram à Coluna do Estadão que há um temor no Planalto de que propostas do governo sejam derrotadas por poucos votos, em meio ao ambiente político conflagrado com o julgamento de Bolsonaro e a pressão pela anistia.

 

... Na votação recente da PEC dos precatórios, o governo conseguiu derrubar um destaque do PL por só um voto.

 

... A atenção será redobrada nas votações da isenção do IR, PEC da Segurança e das MPs do Gás do Povo e da redução da conta de luz.

 

A CRISE NA FRANÇA - O presidente Emmanuel Macron deve anunciar ainda nesta semana o substituto de François Bayrou, que perdeu uma votação de confiança parlamentar (por 364 votos contra 194) convocada por ele mesmo.

 

... Segundo relatório da Eurasia, o tamanho da derrota de Bayrou fortaleceu pressões da extrema-direita e da esquerda radical por eleições antecipadas e até pela renúncia do presidente. Mas Macron “recusará ambos os caminhos”.

 

... Deve pedir ao novo premiê que busque um acordo com os socialistas para viabilizar um orçamento menos ambicioso de corte de déficit.

 

... No final do primeiro trimestre de 2025, a dívida pública francesa era de 3,346 trilhões de euros, ou 114% do PIB.

 

NO JAPÃO - A mudança no governo japonês não deve impedir o BoJ de manter o ciclo de alta de juros, na visão da Capital Economics.

 

... “Os mercados parecem preocupados que o sucessor do primeiro-ministro Shigeru Ishiba pressionará por juros baixos, mas os precedentes disponíveis sugerem que o Banco do Japão não seria facilmente coagido”, avaliou a consultoria em relatório.

 

... Ishiba anunciou sua renúncia no fim de semana após a derrota do Partido Liberal Democrata (LDP) nas eleições da Câmara Alta em julho. A escolha do novo líder do partido, e próximo premiê, está marcada para 4 de outubro.

 

E NA ARGENTINA - O presidente Javier Milei reuniu duas vezes o seu gabinete na Casa Rosada, nesta segunda-feira, após a dura derrota eleitoral do governo nas eleições deste domingo na província de Buenos Aires.

 

... Nesse contexto de forte tensão política, o La Nación apurou que não deve haver mudanças na equipe governamental.

 

... O revés eleitoral impôs uma sessão de nervosismo nos mercados argentinos, em meio às incertezas sobre a agenda de estabilização fiscal.

 

... O índice Merval da Bolsa de Buenos Aires fechou em queda de 13,25%, enquanto em Nova York o tombo dos ADRs argentinos chegou a se aproximar de 25%: BBVA (-24,41%), Supervielle (-23,97%), Banco Macro (-23,57%) e Grupo Financiero Galicia (-23,57%).

 

... No câmbio, o dólar se aproximou do teto fixado pelo regime de banda móvel, atualmente em 1.470 pesos argentinos. No final da tarde, a moeda americana subia a 1.423,4953 pesos, uma alta acima de 4% sobre o fechamento de sexta-feira.

 

... No mercado paralelo, o dólar blue avançou ao maior nível em mais de um ano, a 1.385 pesos, de acordo com o Ámbito Financiero.

 

HOJE - No final do dia, o secretário de Finanças, Pablo Quirno, anunciou no X uma série de leilões para esta terça-feira, incluindo a oferta de Lecaps em pesos, títulos do Tesouro em pesos e de títulos denominados em dólares americanos.

 

MAIS AGENDA - Dia fraco de indicadores começa com a primeira prévia de setembro do IPC-Fipe, às 5h. Já às 10h, saem os dados da Anfavea de produção e vendas de veículos em agosto, além dos dados industriais da CNI (julho).

 

... Às 15h30, Galípolo recebe o presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, para tratar de assuntos institucionais, após o Banco Central ter reprovado a operação envolvendo a compra da instituição pelo BRB, na semana passada.

 

... Nos Estados Unidos, depois do payroll fraco de agosto, sai a revisão anual preliminar do relatório de emprego, às 11h. No Reino Unido, em meio à crise fiscal, a ministra das Finanças, Rachel Reeves testemunha na Câmara, às 7h30.

 

... O BC do Chile divulga, às 18h, sua decisão de política monetária e, na China, paralelamente ao Congresso Nacional do Povo, saem no final da noite, às 22h30, os indicadores de inflação do CPI e do PPI relativos ao mês de agosto.

 

NA DEFESIVA - O perigo de o governo Trump impor novas sanções ao Brasil com o fim do julgamento de Bolsonaro levou os bancos a caírem em bloco e precipitou uma realização do Ibovespa depois dos recordes inéditos.

 

... Além da resposta à cena política, os papéis do setor financeiro reproduziram ainda o Pix parcelado.

 

... Segundo a Fitch, a modalidade pode intensificar a concorrência com cartões de crédito, remodelar o setor de pagamentos e estimular a inovação fintech, impulsionando uma competição com os bancos tradicionais.

 

... Sem apetite para risco, BB ON perdeu 0,95%, a R$ 20,95, e passou a acumular perdas de 10% no ano. Itaú caiu 0,47%, a R$ 38,18; Bradesco PN, -0,52%, a R$ 17,15; Bradesco ON, -0,48% (R$ 14,64); e Santander, -1,71% (R$ 28,69).


... Sob o ajuste negativo dos bancos e vindo dos topos históricos na sexta-feira, o Ibovespa chamou uma correção moderada e caiu 0,59%, abaixo dos 142 mil pontos (141.791,58). O giro não deu para nada: menos de R$ 17 bilhões.

 

... As ordens de vendas na bolsa foram limitadas pelas posições nas blue chips das commodities. As ações da Vale subiram de leve (+0,25%), para R$ 56,36, acompanhando a alta de 0,64% do minério de ferro no mercado chinês.

 

... Na cola do petróleo, Petrobras ON registrou valorização de 0,88%, para R$ 33,19, e PN subiu 0,39%, a R$ 30,71.

 

... As perspectivas de novas sanções do Ocidente à Rússia, depois do forte ataque à Kiev no fim de semana, deram impulso ao Brent, que se recuperou parcialmente da perda de 2,22% do pregão anterior e subiu 0,79%, a US$ 66,02.

 

... A decisão da Opep+ de elevar a oferta em 137 mil bpd não conseguiu derrubar o barril, porque ficou abaixo dos 144 mil bpd dos dois meses anteriores e a aposta é de que a produção real seja inferior ao volume prometido.

 

... Em Wall Street, o destaque ficou com o Nasdaq, que subiu 0,45% e renovou o recorde histórico de fechamento, aos 21.798,70 pontos, puxado pelas gigantes de tecnologia e pelos cortes de juros pelo Fed no radar do investidor.

 

... O Dow Jones fechou em alta de 0,25%, aos 45.514,95 pontos; e o S&P 500 subiu 0,21%, aos 6.495,15 pontos.

 

NÃO ABALA - Mesmo que a inflação americana do CPI surpreenda para cima na próxima quinta-feira, não será isso que comprometerá a aposta praticamente unânime de corte de juro pelo Fed na reunião da semana que vem.

 

... No máximo, um dado forte nos preços esvaziará a especulação de um relaxamento monetário mais agressivo, de 50 pontos, neste momento em que o governo Trump vem forçando a barra para o Fed ser o mais dovish possível.

 

... Aliado da Casa Branca, Stephen Miran terá a sua indicação para o Fed votada amanhã pela Comissão Bancária do Senado. O aval do colegiado é um passo obrigatório antes de submeter o nome ao plenário da Casa.

 

... Dependendo do ritmo da tramitação, ele já poderá estrear daqui a sete dias no encontro de política monetária.


... Já na lista dos cotados para substituir Powell no ano que vem, o assessor econômico da Casa Branca Kevin Hassett defendeu a independência do Fed em entrevista à CBS, mas recomendou mente "aberta para novas políticas".

 

... Observou ainda que o BC americano deve se livrar do modo "ortodoxo que levou a erros no passado", ressaltou que a inflação americana caiu consideravelmente e que o mercado já precifica três cortes de juros até o fim do ano.

 

... Em nova rodada de queda, a taxa da Note de 2 anos caiu abaixo de 3,50%, para 3,494% (contra 3,525% na sexta-feira do payroll), o rendimento de 10 anos recuou para 4,041% (de 4,088%) e o de 30 anos, a 4,687% (de 4,768%).

 

... Com o início do ciclo de relaxamento do Fed à vista, o índice DXY caiu 0,32%, a 97,454 pontos, e teria caído mais, não tivesse o dólar saltado contra o iene, que fechou cotado a 147,36/US$, diante da renúncia de Ishiba.

 

... A pressão inflacionária permanece no radar como um desafio ao BC japonês. Pouco menos de um ano atrás, quando Ishiba assumiu, o índice anualizado de preços ao consumidor (CPI) estava em 2,3%. Em julho, já superava 3%.

 

IL EST TOMBÉ - Na outra crise política, da França, o premiê François Bayrou caiu, após ficar apenas nove meses no cargo. Momentaneamente, o euro chegou a recuar, mas logo recuperou terreno e subiu 0,37%, a US$ 1,1766.


... A derrota no voto de confiança já estava precificada, justificando a reação sem sustos no câmbio. Bayrou alerta que o país está "se afogando em dívidas", mas que a oposição continua rejeitando as propostas de cortes de gastos.

 

... A queda do dólar lá fora afastou por aqui a moeda americana das máximas do dia, quando flertou com R$ 5,45.

 

... Mas não conseguiu apreciar o real, desconfortável com o risco de retaliação de Trump, à espera do desfecho do julgamento de Bolsonaro. Travado na estabilidade, o dólar à vista fechou em leve alta de 0,09%, cotado a R$ 5,4173.


... Apesar da tensão política, o recuo das taxas dos Treasuries ajudou os juros futuros a se acomodarem na B3. Também a expectativa de deflação do IPCA de agosto, amanhã, pode ter contribuído para manter a curva do DI flat.

 

... A projeção entre os participantes do mercado financeiro é de deflação de 0,15% para o indicador oficial de inflação. Se confirmada, será a primeira leitura negativa do índice em um ano e a maior em três anos.

 

... O boletim Focus mostrou ontem estabilidade nas expectativas de inflação para este ano (4,85%) e queda marginal nas projeções para a mediana do IPCA em 2026 (de 4,31% para 4,30%) e para 2027 (de 3,94% para 3,93%).


... No fechamento, o contrato do DI para Jan/26 marcava 14,895% (contra 14,891% no ajuste anterior); Jan/27, 13,945% (de 13,929%); Jan/29, 13,190% (estável); Jan/31, 13,485% (de 13,511%); e Jan/33, 13,660% (de 13,704%).

 

CIAS ABERTAS - MARFRIG e BRF fixaram data de fechamento da incorporação de ações no próximo dia 22; a partir de 23 de setembro, os papéis da Marfrig passarão a ser negociados sob o ticker MBRF3.

 

COGNA EDUCAÇÃO comunicou que fará o resgate antecipado facultativo total das debêntures da 9ª emissão, a ser liquidado no próximo dia 15.

 

SUZANO concluiu a recompra das sênior notes em circulação, emitidas pela Suzano Austria GmbH, com juros de 5,750% ao ano, vencimento em 2026, e as sênior notes, com juros de 5,500% ao ano, vencimento em 2027.

 

ZAMP concluiu OPA para migração de registro e saída do segmento básico da B3.

 

APPLE. Realiza hoje (14h de Brasília) o lançamento da linha iPhone 17: iPhone 17, 17 Air, 17 Pro e 17 Pro Max. A principal mudança será a troca do modelo Plus pelo Air, mais fino, e a ampliação do uso do embedded SIM (eSIM)...

 

... Os preços devem partir de US$ 799 no modelo básico, chegando a US$ 1.249 no 17 Pro Max. As vendas em lojas começarão no dia 19.

 

AOS ASSINANTES DO BDM, BOM DIA E BONS NEGÓCIOS!

Dessfios das Cias aéreas

 ✈️ Por que as companhias aéreas têm tanta dificuldade em lucrar?


As empresas do setor enfrentam um verdadeiro campo minado de desafios:


🔹 Custos fixos altíssimos – combustível, manutenção e frota representam despesas pesadas e constantes.

🔹 Concorrência acirrada – a disputa entre companhias pressiona tarifas para baixo.

🔹 Demanda instável – crises econômicas, eventos globais e fatores externos afetam diretamente o fluxo de passageiros.

🔹 Tributação e regulações – impostos elevados e regras rígidas pesam ainda mais no caixa.

🔹 Sazonalidade – muitas vezes o lucro só aparece na alta temporada.

🔹 Endividamento em dólar – aliado a falhas de gestão, aumenta a vulnerabilidade financeira.


💡 O resultado? Um setor estratégico, mas de margens extremamente reduzidas e constantemente exposto a riscos.


👉 Você acha que as passagens aéreas no Brasil refletem esses desafios ou existe espaço para melhorar a eficiência das companhias?

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: A incerteza de hoje devido à revisão da série histórica da Criação de Emprego nos EUA (Payrolls), às 15 h, fará com que as bolsas enfraqueçam depois da boa sessão de ontem, com subidas de bolsas e obrigações, que voltaram a reduzir drasticamente as suas yields, apesar de França, Japão e restantes incertezas políticas. As obrigações parecem imunes a todos os problemas políticos/fiscais: a O10A francesa reduziu ontem a sua yield desde 3,45% até 3,41% enquanto Bayrou perdeu a moção de confiança. Mais uma vez, cumpriu-se o que comprar assim que houver um desfecho, desde que seja o esperado, bom ou mau. 


O mais importante HOJE: o BLS (Bureau of Labor Statistics) poderá rever os Payrolls entre abril 2024 e março 2025 entre -0,4M e -1,0M. Quando reviu 12m até março 2024 foi -0,6M. E quando reviu maio/junho 2025 em -0,258M. Então, Trump despediu a responsável do BLS. Isso foi em julho. Não faz muito tempo que começou a confusão com esses dados. Por isso, quando na passada sexta-feira os Payrolls de agosto saíram apena 22 k, o mercado reagiu entre cético (é fiável) e alegre (a Fed irá baixar mais, porque o emprego está a debilitar-se), mas no final não soube qual a reação correta. Os fatores por trás de uma criação de emprego inferior podem ser a atual rutura tecnológica da IA/Iag, que potencia a eficácia pelo emprego de tecnologia avançada, como ocorre há uns anos, e as restrições à imigração, que travam o crescimento demográfico, o fator mais clássico e simples de apoio da Procura Final em qualquer economia.


Embora continuemos à espera do mais importante desta semana, que sairá na quinta-feira (BCE e aumento da inflação americana), a revisão do emprego americano hoje é relevante. Embora o mercado não saiba como interpretar os dados, independentemente dos que sejam publicados, porque pensará que talvez não sejam fiáveis. Ou talvez aqueles que deixam de ser fiáveis sejam os que saem todos os meses, porque depois são revistos para algo completamente diferente. Qual pode ser o impacto prático hoje? Provavelmente, se a revisão em baixa se aproximar e/ou superar -1M, então seria igual o ceticismo, porque o mercado interpretaria que a Fed poderia ver-se obrigada a decidir sobre uma descida de taxas de juros de -25 p.b. ou de -50 p.b. na reunião de 17 de setembro (agora 4,25/4,50%). E começar a descontar -50 p.b. em setembro e mais descidas posteriores devido a um emprego abalado seria, em princípio e a muito curto prazo, bom para as bolsas e obrigações… MAS, numa segunda reflexão, não seria estranho que a interpretação se tornasse negativa ao pensar que a situação se tornou mais complicada do que o conveniente e encaixável em positivo. 

  

CONCLUSÃO: Passamos de França ao emprego americano revisto. Parece provável que se imponha algum respeito e que as bolsas europeias retrocedam um pouco (-0,2%?), sendo Wall St. uma verdadeira incógnita dependente da revisão do emprego. Se sair em cerca de -0,4M/-0,8M, a reação seria bastante positiva, porque seria interpretado que um debilitamento aceitável tornaria a Fed mais flexível. Mas se sair -1M ou superior, a reação pode ser diferente e negativa, com quedas de bolsas, mas não de obrigações, que sairiam beneficiadas de uma expetativa mais agressiva sobre descidas de taxas de juros. Será uma sessão emocionante. E o aumento da inflação americana de agosto, que sairá na quinta-feira, poderá complicar ainda mais as coisas quanto a saber quanto dano sofre o ciclo americano e em que sentido interpretá-lo. O mais lógico seria que o tom do mercado se complicasse a partir de hoje.


NY +0,2% US tech +0,5% US semis +0,8% UEM +0,8% España +1% VIX 15,1% Bund 2,64% T-Note 4,05% Spread 2A-10A USA=+55pb B10A: ESP 3,23% PT 3,06% FRA 3,41% ITA 3,50% Euribor 12m 2,184% (fut.2,127%) USD 1,176 JPY 173,1 Ouro 3.657$ Brent 66,5$ WTI 62,7$ Bitcoin +0,9% (111.949$) Ether +0,4% (4.307$) 


FIM

Produtividade é a saída

  O mundo está girando (e rápido): o Brasil vai acompanhar ou ficar para trás? 🌎🇧🇷 Acabei de ler uma análise excelente de Marcello Estevã...