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Carta aos Economistas

" Muito importante a carta de banqueiros e economistas ortodoxos sobre a epidemia ano Brasil. Primeiro destaque: não se fala em teto de gastos. Parece que finalmente, pelo menos temporariamente, esse assunto cedeu lugar ao que realmente importa: o combate a pandemia. A responsabilização do Presidente da República pelo descalabro brasileiro é outro ponto essencial, ancorado num diagnostico preciso. As propostas estão corretas, seja aquelas relativa à pandemia; prioridade á vacina, distanciamento social (incluindo lockdowns quando necessários), doação de máscaras mais eficientes à população; coordenação nacional via gabinete específico; seja aquelas referentes à questão social; auxílio emergencial e apoio creditício às PMEs. A carta tem efeitos políticos colaterais importantes: certamente vai isolar ainda mais o governo Bolsonaro, desta feita dos que comandam a economia e as finanças no Brasil."

MACRO MERCADOS SEMANAL, 22/03/2021 - Bolsonarista negacionista “sob pressão”

No seu aniversário ontem (66anos), dia 21/03, o presidente agiu de forma açodada, provocando seus “seguidores”, diante da necessidade de lockdown e na pressão por mais vacinas. Falou que o seu Exercito não ia para as ruas, impedir as pessoas de trabalhar, ameaçou com “Estado de Sítio”, defendeu a “liberdade”, falou que estavam a “esticar a corda” e disse que só “sairia do Planalto se Deus me tirasse daqui”. Em reação, a sociedade organizada segue se mobilizando. Foi publicada uma “Carta dos Economistas”, incluindo vários representantes do mercado financeiro. São gerais as críticas à conduta do presidente no enfrentamento da pandemia. O cerco vai se fechando. Na carta, assinada por figuras expoentes do mercado e do meio acadêmico, como Persio Arida, Affonso Celso Pastore, Gustavo Loyola, Pedro Malan, Armínio Fraga, entre outros, o diagnostico é um só: o enfrentamento da pandemia precisa de seriedade e menos bravatas, não havendo condições de retomada da economia, enquanto não se esta...

"CONVERSANDO" COM UM GRANDE GURU DO MERCADO

“CONVERSANDO” COM UM GRANDE GURU DO MERCADO Tenho feito um exercício intelectual diário, lendo muito, escrevendo sobre os mais diversos temas, refletindo sobre esta terrível pandemiam, seus efeitos na economia, o ambiente político açodado...Tento filtrar muitas coisas. Não tem sido fácil. No momento político em que vivemos, nem sempre fácil de interpretar os fatos, até porque a polarização é uma constante. Ou voce está num lado, ou no outro. Não dá para ser crítico ao que é errado, sem recair na "politização". No "caos de pandemia", se torna essencial um "olhar mais atento" aos avanços na busca da vacina, a opinião dos médicos, dos vários ramos desta área, suas vinculadações, a indústria farmacêutica, os grandes laboratórios. É um esforço multidisciplinar na busca de um olhar mais isento e completo. Mas não tem sido fácil. Talvez nem também para os profissionais do mercado, os gestores, os economistas, os "players", os acadêmicos, etc. Neste ...

Resumo Luis Stuhlberger evento WHG- 18/03

Resumo Luis Stuhlberger evento WHG- 18/03:. BRASIL Pandemia e Vacinação • Tempestade perfeita em 4 semanas: 2ª onda agressiva da pandemia, atrasos na vacinação, aumento rápido da inflação, normalização da taxa de juros e instabilidade política • Gráficos de novas internações diárias no estado de SP e Grande SP (proxy do BR) são reais e assustadores • Revisamos a previsão do PIB de 4,5% para 3,5% devido a nova onda de restrição à mobilidade • Após o evento Lula, aumentou-se a preocupação com a vacina • A aceleração da vacinação, reduzirá a utilização dos leitos de UTI, e consequentemente o número de óbitos. Imaginamos que a partir de Junho, pessoas com idade abaixo de 50 anos começarão a ser vacinadas • Vacina de Oxford que será produzida pela Fiocruz traz mais alento para o mercado, e se for eficien… Inflação • Aumento rápido da inflação, terceiro ponto do perfect storm • BC não previu corretamente o aumento do gastos no setor de bens, e redução de consumo de serviços • Além disso, não...

MACRO MERCADOS DIÁRIO 1903 - Pandemia e recuperação

MACRO MERCADOS DIÁRIO Sexta-feira, 19/03/2021 Pandemia e recuperação Fed "dovish", Banco Central brasileiro "hawkish". Dosagens de ambos na política de juros, são decisivas nos próximos meses. No Brasil, inflação “na veia” e crescimento anêmico; nos EUA, inflação “controlada” e crescimento forte. No diferencial de ambos, a aplicação mais rápida das campanhas de vacinação. No exterior, o atraso destas acabou derrubando, na quinta-feira, a cotação do barril de petróleo, pressionou os yelds dos treasuries americanos e as bolsas de valores. Daí a urgência da vacinação. Talvez esta seja a “linha de corte” na análise dos países que estão voltando a crescer e a “respirar” alguma normalidade, mesmo que diferente do passado. Não achamos que tomou vacina, tudo volta ao normal. Não! Pelo contrário. As pessoas devem começar a “desconfinar” aos poucos, gradualmente, até que tudo funcione em “rotina” e na medida do possível. Aqui vai uma recomendação à todos! Não deixem de usar...

MACRO MERCADOS DIÁRIO 1803 - Surpresa no Copom, como previsto no Fomc

MACRO MERCADOS DIÁRIO Quinta-feira, 18/03/2021 Surpresa no Copom, como previsto no Fomc Acabaram indo “atrás da curva” os diretores do Banco Central brasileiro. Como a taxa vinha “atrasada”, real negativa frente aos índices de preço, e observando um descasamento nos prêmios exigidos pelo mercado para a rolagem da dívida, optou-se por elevá-la em 0,75 ponto percentual, a 2,75%. No Fed, não tivemos surpresas, com o presidente Jerome Powell reafirmando sua postura “dovish” e defendedo uma “política acomodatícia” num cenário mais promissor para a economia norte-americana. Como dizem no mercado, o BACEN resolveu “ancorar as expectativas”, fez o que deveria ser feito, dada a trajetória da inflação, impactada pelo câmbio mais depreciado e “commodities” em trajetória explosiva, com especial atenção para os preços dos combustíveis. Mesmo considerando este ambiente inflacionário desafiadore a economia ainda rodando no negativo, no que muitos chamam de “estaglação”, os diretores do banc...

MACRO MERCADOS DIÁRIOS - DUAS REALIDADES

Em semana de reunião do Copom e do Fomc é importante um olhar sobre como será a atuação de cada uma das autoridades monetárias, em universos e momentos muito distintos. No Copom, a pressão pela elevação da taxa Selic é uma realidade, sendo muitos os que criticam a manutenção nos 2% anuais. Nos EUA, o “bolsão de liquidez” que se transformou o país angustia a muitos, que já enxergam o fantasma da inflação no horizonte, além do estouro de bolhas. Estas duas realidades, situações totalmente distintas, merecem ser analisadas. Nos EUA, o Fed deve optar pela manutenção da taxa de juros de curto prazo, Fed Funds, em patamar baixo, o que preocupa, diante do mega pacote anunciado por Joe Biden, com o objetivo de manter a economia norte-americana “rodando”. O pacote chega a US$ 1,9 trilhão, 15% do PIB, e tem como “carro chefe” uma “bolsa” de US$ 1,4 mil a quase todos os americanos, a ser paga no final de semana, algo mais do que suficiente para evitar o desemprego. Isso, aliás, é uma questão, poi...