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Mostrando postagens de julho, 2017

Interessante...

Simbiose de crises

Difícil saber onde vamos parar. Desde a delação da JBS ingressamos num tsunami de denúncias contra o presidente Temer, o que vem minando cada vez mais sua base de apoio. Poucos acreditam que ele saia desta confusão, tal o volume de ataques, inclusive, da grande imprensa, contra o seu governo.  Na semana passada, uma vitória parcial de Temer aconteceu na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) por 40 a 25 votos contrários, mas muitos consideraram-a uma "vitória do Pirro" pois se deu mediante uma intensa barganha de cargos e emendas. Agora, este parecer, mesmo depois de rejeitado, vai para o Plenário da Câmara, onde dois terços do total de votos (513) são necessários para passar e ir para o STF. Neste caso, Temer seria afastado por 180 dias assumindo então o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Pelo andar da carruagem, no entanto, pelas intensas negociações de bastidores, isso pode nem acontecer, embora seja notório o "derretimento" da sua base de sustentação.  P...

Rede Globo endividada...isso ajuda a explicar o posicionamento junto ao governo TEMER

A porta que a inflação baixa abre, por Fernando Montero

O esforço fiscal vem se perdendo numa macro duríssima que a inflação baixa pode reverter. Desinflação, recessão e juros altíssimos é duríssimo ao fiscal. A desinflação, em especial, puxa sobremaneira gastos indexados à inflação passada maior. Uma vez lá, em compensação, a inflação baixa é ótima. Não sugerimos que o crescimento com menos juros fará sozinho o ajuste. Apenas que o PIB e juros que esta inflação baixa permitem ajudará mais que o projetado hoje (muito mais que o projetado ontem...). As contas públicas pioraram, mas suas causas melhoraram: o déficit primário sofre hoje por receitas e não por gastos; sua receita frustra mais por desinflação que pela recessão (sofre pelas duas); e essa recessão é demanda (inflação cai) e não oferta (inflação subiria). O teto constitucional é restrição, cumpra-se ou não; plasmou uma limitação orçamentária onde déficits gigantescos fracassavam; forçando um “crowding in” do setor privado que precisará preencher 7% do hiato do PIB (ciclo) e 5% do...

Economia e política

Estamos vivendo esta simbiose louca entre as várias crises políticas geradas pela Lava-Jato e as outras investigações, na verdade, desde o Mensalão em meados da década passada, e o desempenho da economia.  Desde então, vamos vivendo assim, meio que aos trancos e barrancos, no susto de mais uma investigação, mais uma denúncia, mais um escândalo. Nesta semana não foi diferente. A CCJ avançou com o parecer da denúncia de corrupção passiva  para então ser decidido em plenário.  Neste caso, dois terços são os votos necessários para Michel Temer ir para o cadafalso, julgado por 180 dias e possivelmente não retornando. Em paralelo, tivemos o ex-presidente Lula da Silva, numa longa novela, condenado "oficialmente" pelo juiz Sergio Moro, a nove anos e seis meses. Várias chicanas ainda devem acontecer, até o julgamento dos desembarcadores do 4 TFR daqui a um ano. Aguardemos. 

Modelos Académicos...

"A parte boa da teoria é que ela sempre funciona dentro dos livros. A parte ruim é que ela só funciona nos livros. Nenhum desses acadêmicos saiu dos livros para enfrentar o mercado. Se mais acadêmicos saíssem do mundo das letras para enfrentar a realidade, poderíamos enxergar as teorias de outra forma."

Em estágio crítico, Lava Jato ganhou mais um bom motivo para continuar, diz The Economist

Em edição desta semana, a The Economist ressaltou a condenação de Luiz Inácio Lula  da Silva pelo juiz Sérgio Moro. De acordo com a publicação, o atual estágio da Operação Lava Jato é crítico, não somente por conta da condenação do petista, mas também pelo início dos debates na CCJ da Câmara sobre a denúncia contra Michel Temer Assim, com o establishment político mortalmente ameaçado, as movimentações para que as investigações na Operação Lava Jato sejam reprimidas estão montadas, afirma a publicação. A Economist ressalta as falas da defesa de Lula, que aponta que o petista é vítima inocente de "uma investigação politicamente motivada". Lula permanecerá livre enquanto recorre, mas a sentença torna mais difícil que ele concorra à presidência novamente em 2018. Além disso, também intensificará o debate sobre se Lava Jato age de maneira imparcial ou se é uma "caça às bruxas".  A revista aponta que 157 pessoas foram condenadas até agora, enquanto o STF a...

Lula: 'quem acha que é meu fim vai quebrar a cara'

Já em campanha, Lula deu o tom da campanha para 2018.  Além do processo do triplex, o ex-presidente Lula,71, ainda responde a outras quatro ações na Justiça, sob acusação de crimes como corrupção, obstrução de Justiça e lavagem de dinheiro.  Um dos processos está sob a batuta de Moro: Lula é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro de propina da Odebrecht , em caso também investigado na Operação Lava Jato.  Segundo o Ministério Público Federal, o ex-presidente se beneficiou de cerca de R$ 12 milhões em vantagens indevidas pagas pela empreiteira na compra de um terreno que seria destinado ao Instituto Lula. O petista nega qualquer acerto ilícito e diz que o terreno jamais pertenceu ao instituto, mas foi apenas visitado durante a escolha de um imóvel para a instituição. A ação ainda está em fase de instrução.

Mercado financeiro aumenta projeção de déficit nas contas públicas este ano

Instituições financeiras consultadas pelo Ministério da Fazenda aumentaram a previsão do déficit primário do governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central), neste ano, de R$ 142,051 bilhões para R$ 145,268 bilhões, valor acima da meta do governo de déficit de R$ 139 bilhões. A projeção consta da pesquisa Prisma Fiscal , elaborada pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, com base em informações de instituições financeiras do mercado. O resultado foi divulgado hoje (13). Para 2018, a estimativa de déficit ficou em R$ 129 bilhões, contra R$ 127,446 bilhões, previstos no mês passado. A projeção da arrecadação das receitas federais, este ano, ficou em R$ 1,340 trilhão, contra R$ 1,345 trilhão, previsto no mês passado. A pesquisa apresenta também a projeção para a dívida bruta do governo geral, que na avaliação das instituições financeiras, deve ficar em 75,6% do Produto Interno Bruto (PIB), ante a previsão anterior de 75,47% para este ...

Na Editora Abril, o fim do almoço grátis

Em busca de uma saída para prejuízos sucessivos e uma dívida monstruosa, a Editora Abril parece ter ouvido o conselho de Jeff Bezos, que – além de criar a Amazon - fazer o jornalismo se lucrativo mesmo com a internet.    Sem alarde, nos últimos dois meses, a maior editora de revistas do Brasil cortou o almoço grátis e passou a exigir que os leitores paguem pelo conteúdo disponível nos sites de quatro de suas principais publicações.   A iniciativa começou na Quatro Rodas e na Superinteressante entre o fim de maio e começo de junho, e passou a ser adotada nas últimas semanas por Exame e VEJA.com – as duas joias da casa, que somam 16,1 milhões e 17,7 milhões de visitantes únicos por mês, respectivamente.   Agora, 'na faixa', só mesmo o aperitivo: os leitores têm direito a 15 matérias gratuitas por mês – número que deve ser, em breve, reduzido para 10. Para acessar mais conteúdo, precisam pagar uma assinatura: que varia de R$ 10,90 (Superi...

Vicente Nunes: Contagem regressiva para a prisão de Lula

O ex-presidente Lula recebeu a sentença do juiz Sérgio Moro, que o condenou a nove anos e seis meses de prisão, com a “serenidade de um inocente”, como relatou Márcio Macedo, um dos vice-presidentes do PT. A descrição está bem ao gosto dos fregueses, sobretudo daqueles que saíram às ruas para pedir a não condenação do líder petista. Marketing à parte, o certo é que a sentença de Moro carimbou em Lula o selo da corrupção. Mesmo ainda não sendo preso por “prudência” e para evitar “certos traumas”, conforme destacou Moro em sua sentença, Lula ficou menor. Líder isolado nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República, ele carregará, agora, no currículo, o título de primeiro comandante do país condenado pela Justiça comum. Não é pouca coisa.   Lula, como sempre, posará de vítima. E tentará usar o tempo a seu favor, uma vez que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), ao qual caberá ratificar ou não a decisão de Moro, deve demorar cerca de um ano para se posi...

Itaú cresce em Miami como opção dos brasileiros ao caos no país

O Itaú Unibanco diz que sua unidade de private banking em Miami está crescendo apesar da crise política no país de origem - ou por causa dela.   Em cenários ruins, o crescimento acontece pela diversificação, diz Carlos Constantini, presidente do Itaú U.S., em entrevista em Miami. Investidores latino-americanos buscam alternativas para salvar os fundos; enviar recursos para o exterior e ter diferentes moedas sempre foi uma alternativa para diversificar, diz ele.   Os ativos  do Itau U.S. quadruplicaram na última década. Ag ora administra por volta de US$ 12 bilhões, mais que os US$ 10,8 bilhões do fim do ano passado, de acordo com uma apresentação do banco. Para abrir conta no private banking do Itaú em Miami, clientes brasileiros, geralmente, precisam de pelo menos R$ 5 milhões para investir, sendo US$ 1 milhão ou mais alocado nos EUA.  Bancos privados offshore crescem em bons e maus cenários, diz Constantini. 

Lula é condenado a 9 anos e poucos. Mercado dispara.

Sergio Moro: renovam-se as esperanças

“O sucessivo noticiário negativo em relação a determinados políticos, não somente em relação ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, parece, em regra, ser mais o reflexo do cumprimento pela imprensa do seu dever de noticiar os fatos do que alguma espécie de perseguição política a quem quer que seja. Não há qualquer dúvida de que deve-se tirar a política das páginas policiais, mas isso se resolve tirando o crime da política e não a liberdade da imprensa.”

Renovam-se as esperanças

Sempre acordamos com a alma renovada. Tem sido difícil nos últimos tempos, mas sempre tentando, sempre renovando as esperanças. Nesta quarta-feira  não foi diferente, ainda mais depois da aprovação da Reforma Trabalhista no Senado na noite da terça-feira (dia 11). Tudo bem. Foi uma reforma à meia bomba. Poderia ter sido mais contundente, atacando mais diretamente a arcaica Legislação Trabalhista do País, fruto da herança getulista dos anos 40, e o excesso de direitos, sem contrapartidas, garantidos pela Constituição de 1988.  Mas menos mal.  Foi a possível diante do conturbado momento político em que vivemos. Acabaram aprovados 100 pontos da CLT, mas sem a retirada dos mais anacrônicos diretos. Temos no País um cipoal de proteções ao trabalhador que só encarecem sua contratação. Somos um dos países com a mais rígida legislação trabalhista do mundo. Incrível! É um cinturão de seguridade social de país nórdico, carga fiscal na mesma toada, mas serviços públicos pres...

Meirelles articula mais autonomia no BNDES em eventual governo Maia, diz Folha

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, busca mais autonomia da equipe econômica para não desembarcar em um eventual governo de Rodrigo Maia,  aponta o jornal Folha de S.Paulo  na edição deste domingo (9). Uma das condições, teria dito Meirelles a investidores e aliados, seria um tipo de autonomia “ampliada” que incluiria a decisão sobre a escolha da cúpula do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Na última sexta-feira (7), dois diretores da instituição, Vinícius Carrasco, da área de Planejamento e Pesquisa, e Cláudio Coutinho, da área de Crédito, Financeira e Internacional, pedira demissão a pós o atual presidente do banco e sucessor de Maria Sílvia, Paulo Rabello de Castro, criticar a Taxa de Longo Prazo (TLP), que, a partir de 2018, substituirá a atual Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), usada pelo banco em suas operações.

Sai Temer, entra Maia...

Não dá para brigar com os fatos, com as evidências. Parece óbvio para todos que o governo Temer está nos seus estertores. Como Maia responderá se for o escolhido? Será que ele manterá o núcleo duro da equipe econômica? Qual o seu envolvimento com a LAVA-JATO? Será que o PT se contentará com esta transição de poder até fins de 2018 ou estará aprontando mais um bote sobre o "novo" presidente tampão Rodrigo Maia? Todos sabemos q o q interessa para o PT é emergir no caos...no "quanto pior melhor". Eu nunca me iludi em relação a eles...

O fim do Temer, pelo INFOMONEY

Em uma semana, a figura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) evoluiu visivelmente como alternativa para o mundo político e o mercado com a inviabilidade de Michel Temer  na presidência. O atual presidente  da Câmara dos Deputados, tem operado com parlamentares e feito sucessivos acenos ao mercado - esses foram os pilares que apoiaram o projeto do peemedebista um ano atrás com o impeachment da Dilma.  Reforçando a imagem de cumpridor de acordos, o deputado tem contado até mesmo com a boa vontade de membros da oposição.  Para a base da coalizão , a promessa é a manutenção de Meirelles  no comando do Ministério da Fazenda e da agenda  de reformas econômicas em curso, assim como de quadros da política que atualmente ocupam pastas na gestão peemedebista -- com a exceção dos palacianos. A escolha de Sergio Zveiter (PMDB-RJ) para a relatoria da denúncia contra Michel Temer apresentada pelo procurador-geral RODRIGO JANOT  é sintomática da p...

Exclusivo: leia trecho da biografia não autorizada de Marcelo Odebrecht, por Gustavo Kahil

Odebrecht durante uma dos seus depoimentos à Justiça O empresário Marcelo Odebrecht está no centro da maior crise econômica e política da história recente do país. Ele e a sua construtora viram de perto a sede dos políticos por propinas e decidiram participar da festa. O crescimento foi espetaculoso, assim como a sua queda. Hoje, preso, Marcelo não sabe como será o seu futuro. Mais ou menos como o Brasil. Os jornalistas Marcelo Cabral e Regiane Oliveira investigaram a vida do  "Príncipe"  e contam com um olhar documental e amplo, em 416 páginas, a história de um "bom pai" que se corrompeu até ser condenado como líder de quadrilha. Abaixo, um trecho da obra separado pelos autores para o  Money Times : O LEGADO DE MARCELO ODEBRECHT Trecho retirado do livro  O Príncipe  – Uma biografia não autorizada de Marcelo Odebrecht, lançado na semana passada pelos jornalistas Marcelo Cabral e Regiane Oliveira Se o futuro da Odebrecht pessoa jurídica é nebulos...

A agonia de Temer

A situação do presidente se torna cada vez mais insustentável. Ele entra em campo, convoca deputados e renova promessas de liberação de emendas para conter debandadas no Congresso. Mas delações como a de Eduardo Cunha e de Lúcio Funaro e uma possível deserção do PSDB voltam a embaçar o cenário. Rodrigo Maia já se insinua ao cargo.

Mais uma semana tensa e intensa...

Mais uma semana intensa nos mercados, com os imbróglios políticos se impondo ao dia a dia da economia, dos mercados e da sociedade como um todo.  Em Brasília o espaço de manobra do presidente Temer se torna cada vez mais estreito. As articulações em torno do nome de Rodrigo Maia na hipótese de eleição indireta são crescentes.  Ao que tudo indica Temer deve perder na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o que será um indicativo de que não será fácil para o presidente Temer obter os 172 votos necessários para arquivar o parecer do relator Sergio Zveiter do PMDB.  Considerado independente e mais próximo de Maia, tudo leva a crer que ele deve transitar de forma favorável a aceitar a denuncia de "corrupção passiva".  Devemos elencar que sendo aceita a acusação de corrupção passiva e aceito o parecer de Zveiter na CCJ será muito difícil ele fugir de uma votação desfavorável na Câmara. Sendo derrotado, acabará afastado por 180 dias, para deliberações no STF se...

CNH vencida agora pode ser usada como documento de identidade

Em Ofício Circular emitido na última quinta-feira (29), o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) determinou que a C arteira Nacional de Habilitação vencida agora pode ser utilizada como documento de identidade em todo o território nacional. O documento só poderia ser usado com tal finalidade durante o período de validade.

Merval Pereira

"A essa altura, uma solução menos traumática como a substituição de Temer pelo presidente da Câmara Rodrigo Maia por seis meses pode dar tempo ao tempo, e à base aliada o fôlego para se reagrupar. Há negociações nos bastidores nesse sentido, inclusive para tentar recuperar a viabilidade da reforma da Previdência, que a esta altura está praticamente descartada", diz o colunista Merval Pereira, que, em ge ral, traduz o que pensam os donos da Globo A julgar pela coluna de Merval Pereira, a Globo pretende substituir Michel Temer por Rodrigo Maia, para que, assim, seja possível levar adiante as reformas econômicas. Confira abaixo um trecho de sua coluna: A essa altura, uma solução menos traumática como a substituição de Temer pelo presidente da Câmara Rodrigo Maia por seis meses pode dar tempo ao tempo, e à base aliada o fôlego para se reagrupar. Há negociações nos bastidores nesse sentido, inclusive para tentar recuperar a viabilidade da reforma da Previdência, que a esta altura...