Vicente Nunes: Contagem regressiva para a prisão de Lula

O ex-presidente Lula recebeu a sentença do juiz Sérgio Moro, que o condenou a nove anos e seis meses de prisão, com a “serenidade de um inocente”, como relatou Márcio Macedo, um dos vice-presidentes do PT. A descrição está bem ao gosto dos fregueses, sobretudo daqueles que saíram às ruas para pedir a não condenação do líder petista. Marketing à parte, o certo é que a sentença de Moro carimbou em Lula o selo da corrupção. Mesmo ainda não sendo preso por “prudência” e para evitar “certos traumas”, conforme destacou Moro em sua sentença, Lula ficou menor. Líder isolado nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República, ele carregará, agora, no currículo, o título de primeiro comandante do país condenado pela Justiça comum. Não é pouca coisa. Lula, como sempre, posará de vítima. E tentará usar o tempo a seu favor, uma vez que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), ao qual caberá ratificar ou não a decisão de Moro, deve demorar cerca de um ano para se posicionar caso mantidos os trâmites normais. Com isso, a decisão sairia no auge das eleições de 2018. 

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