Pular para o conteúdo principal

Postagens

Ser independente

Um grande texto do Bolivar Lamounier, postado no meu grupo do Face, Economia Plural, me fez refletir sobre alguns aspectos do debate hoje existente no País.  Gosto do debate, tenho opinião formada sobre muitos temas, produto de reflexões e observações ao que acontece no Brasil e, principalmente, no mundo, para não cair na armadilha do provincianismo. Sim, porque considero que muitas vezes nós, brasileiros, nos perdemos em picuinhas, fofoquinhas, sobre eventos locais, e o presidente Jair Bolsonaro estimula, contribui para isso.  Muitas vezes, porém, acho que as pessoas se guiam pelo que está pautado na grande mídia. São os grandes editores da grande "prensa" a definirem que passos devemos dar, o que devemos pensar, se discordar fosse possível. Os posicionamentos da impresa pautam e formam opinião entre as pessoas.  Não me pauto pela "prensa" alguma, me trazendo um certo desconforto ter que concordar com muitas coisas escritas nos jornais. Antes, eu pensava qu...

Doc "O Código Bill Gates" por Cora Ronai

A série "O código Bill Gates", da Netflix, é uma ode à versão revista e atualizada do homem mais rico do mundo, agora uma espécie de supercidadão global preocupado com o meio ambiente e as multidões necessitadas. Dirigidos por Davis Guggenheim, que ganhou um Oscar em 2007 por "Uma verdade inconveniente", os três episódios da série falam quase superficialmente da Microsoft, e tocam o mínimo possível em... bom, verdades inconvenientes.  Em foco, a Fundação Bill e Melinda Gates e os seus principais desafios, como a erradicação da polio, um sistema eficaz de saneamento e usinas nucleares eficientes e seguras. Há longas conversas com Bill Gates, é claro, e com Melinda. E mais família e amigos e cientistas diversos que atestam, todos, a genialidade do protagonista -- cuja excelente forma física, aliás, também é exibida, em longas caminhadas, partidas de tênis e uma bela cena final de canoagem ao entardecer. O contraditório passa longe da série, que funciona como u...

Leiam Paulo Gala. Muito bom.

O lobby da “concorrência” matou a Gurgel?; A turbina de um avião e as vantagens comparativas de um país; De ventiladores a turbinas: a empresa “brasileira” Celma; Qual é o tamanho do setor público no Brasil?; A grande maquila da economia do Mexico; Como a industrialização levou a Bélgica a riqueza (com 11 milhões de pessoas exporta hoje mais do que Brasil). Paulo Gala/ Economia & FinançasGraduado em Economia pela FEA/USP. Mestre e Doutor em Economia pela Fundação Getúlio Vargas FGV/EESP de São Paulo, onde é professor desde 2002. Foi gestor de fundos multimercado e renda fixa, hoje CEO e Economista da Fator Administração de Recursos/FAR

Tamanho do setor público. Qual o ideal?

Qual é o tamanho do setor público no Brasil?  24/02/2020  Paulo Gala *escrito com Daniel Bispo O Brasil é um dos países que menos têm funcionários públicos em relação ao número de trabalhadores total em comparação com o mundo desenvolvido, os últimos dados referem o Brasil com cerca de 11,9% dos seus empregados trabalhando para o governo. Enquanto que na Noruega e na Dinamarca, a cada três trabalhadores, pelo menos um deles é funcionário do Estado, no Brasil, temos um funcionário do estado a cada 9 trabalhadores. Essa tendência verificada nos países escandinavos se repete na maior parte dos países de alta complexidade econômica, pois 18,1% de todos os trabalhadores da OCDE também são funcionários do governo. Os Estados Unidos tem 15,3% de seus trabalhadores como funcionários do Estado. O Chile tem uma taxa de funcionalismo público praticamente igual à brasileira. Outra variável interessante é quanto o governo de cada país gasta para manter seus funcionários públicos. ...

MERCADOS CAEM VIOLENTANENTE COM CORONAVIRÚS. - NECTON | COMENTÁRIO ANDRÉ PERFEITO

MERCADOS CAEM VIOLENTANENTE COM CORONAVIRÚS. - NECTON | COMENTÁRIO ANDRÉ PERFEITO Os mercados mundiais  caem fortememte hoje com a perspectiva que o coronavirus está fora de controle. O índice alemão, DAX, cai 3,96% as 12:07 e os futuros nos EUA caem por volta de 2,5%. Se o mercado está reagindo ao vírus a boa notícia é que devemos ver uma realização rápida uma vez que este tipo de evento tende a bater forte e de uma vez nos mercados, mas a medida que os suportes sejam rompidos o medo pode avançar entre os investidores realimentando a crise. Do ponto de vista macroeconômico sugerimos fortemente uma postura defensiva mantendo os recursos líquidos ou que procurem fazer posições vendidas através de derivativos. Para maiores detalhes procurem nossa mesa de produtos estruturados na quarta-feira. Vamos monitorar a situação para avaliar com maior detalhe a abertura do mercado brasileiro no pós carnaval.

O capitão e os abutres

Gustavo Franco foi cirúrgico quando argumentou que o maior problema no momento são as pedras deixadas no caminho pelas intervenções desastradas do capitão junto à mídia. Não adianta. Ele pode falar meia dúzia de frases coerentes, mas se escorregar numa citação é esta que esta "prensa" vai destacar. O patrulhamento é intenso e diário. Primeira decisão a ser tomada é acordar, passar pelo "quebra queixo" e deixar os jornalistas no ar, saudando os eleitores e não falando nada. Segunda decisão , retomar com os brefings do general Rego Monteiro, então porta-voz, acabando com estas fofoquinhas e "pombos sem asa" que ele vive jogando no ar. Terceira decisão, para não chamarem ele de autoritário, realizar uma entrevista ao vivo uma vez por semana, todas as sextas feiras sobre os principais eventos da semana, tanto dentro do governo como fora. Quarta decisão , colocar os ministros para destacar tudo de bom que o governo fizer. Garanto que o filtro da "...

REGINA DUARTE

Regina Duarte O Globo 23 Feb 2020 GUSTAVO FRANCO economia@oglobo.com.br Acontece com muitos economistas, não há nada especial comigo, os amigos perguntam direto: —O que é preciso para fazer a economia decolar? De tanto ouvir a mesma pergunta, tão importante, afligindo tanta gente, e na impossibilidade de conseguir a atenção de quem pergunta para a dissertação necessária para a resposta, bolei uma resposta simples e enigmática: —Regina Duarte! Não, não é para substituir o ministro Paulo Guedes, que andou enfrentado uns solavancos na semana que passou. Mas é para contar uma história. Começa com uma pergunta difícil: como conciliar a enorme e generalizada demanda por otimismo na economia com a imensa contrariedade política que o próprio presidente parece empenhado em cultivar? Bem, o presidente reconhece a importância dos imperativos da economia, que funcionam mais ou menos como a meteorologia para o tráfego aéreo. Não dá para desafiar, mas depende do presidente. Algun...