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Ata do Copom

Terça-feira foi dia de ata do Copom e também de novas sinalizações do Fed sobre sua política de juros. Em ambas, o que se observou é que, enquanto o presidente Roberto Campos Neto, do BACEN brasileiro, se mostra bem atento, atrás da curva de juro e pronto para ser mais duro se possível, no Fed a leitura segue sendo de aguardar um pouco mais para começar a mudar o ritmo na compra de ativos e no balizamento de juro. Por lá, a leitura é de que a inflação mais elevada agora veio "puxada" pela reabertura da economia, o que gerou algum impacto nas cadeias produtivas, em desbalanceamento, com a escassez de insumos. No Brasil, no entanto, diante da crise hídrica e do receio de uma disseminação da inflação em novo patamar, não resta ao BACEN ser mais duro, ou hawkish como se fala no mercado. Depois da reunião da semana passada, quando o BACEN havia decidido por um ajuste de 0,75 ponto percentual, a 4,25%, muito se comentava que na próxima reunião de agosto o ajuste seria o mesmo, +0,7...

Como é trabalhar na Europa? Tem dicas?, de alguém da rede (Gustavo Miller)

"Se eu ganhasse R$ 1 a cada vez que escuto essa pergunta no inbox do meu LinkedIn, estaria rica (ok, talvez não considerando a cotação atual do Euro). Mas resolvi abrir a primeira edição de minha newsletter com o tema que é hors concours de interação por parte de vocês. E a inspiração é esta notícia da Folha de S. Paulo , que aponta "que se pudesse, quase a metade (47%) dos jovens brasileiros deixaria o país". Quando eu fiz meus primeiros seis meses de Portugal, em 2019, escrevi cá um artigo sobre minhas primeiras impressões . E agora, depois que fiquei mais 1 ano na Alemanha, posso fazer uns comparativos rápidos que talvez ajudem quem estiver lendo a prosseguir ou desistir do desejado sonho de um dia viver e morar no exterior. Família e amigos Sempre digo que virar imigrante é uma grande renúncia. Teus pais vão envelhecer mais rápido, teus amigos vão casar, divorciar-se e ter filhos... E você vai ver tudo isso de longe. É estar em uma festa (pelos Stories) sem ser convi...

DESASTRE: A VOLTA DO PT

Este governo se perdeu, simplesmente isso. Nada mais o q argumentar, nada a contestar.   Sua desastrosa condução na pandemia já resume tudo. Não há atenuantes, nem "nó na lingua". Nada resiste aos FATOS. E as mídias sociais, os jornais, os mostram aos montes. Só os mais fanatizados negam isso.   Claro q qdo assumiu havia uma carga contrária de muitos, que haviam perdido suas "mamatas" com os governos anteriores, muitos jornalistas da Organização GLOBO, por exemplo.   O PT, nunca, partiu para a política da confrontação, do bate-boca, sempre preferindo a "cooptação", de preferêncai dos melhores quadros da "prensa" tupiniquim. Nisso, o fez mto bem. Assumiu o capitão e começaram, gradualmente, as decisões de "cortar" estas mamatas. Fez mal? Claro que não, mas deveria haver critério e um certo cuidado. Deveria ser algo bem discreto.   Além disso, desde que assumiu ingressou numa "vibe" de que todos o queriam sabotar, estavam contra...

MP ELETROBRAS 2

Foi uma semana agitada. Vários eventos ocorreram, CPI da Covid, anuncio de reformulação do Bolsa Família, MP da Eletrobras aprovada no Senado, reuniões do Fomc e do Copom, na qual foram “sinalizadas” condutas mais duras no combate à inflação e no “tapering”, redução da compra de ativos pelo Fed, nos EUA, para os próximos meses. Falemos um pouco mais sobre a “acidentada privatização” da ELETROBRAS. A MP, enviada pela Câmara ao Senado, acabou aprovada em placar apertado, 42 votos a 37, o que demonstra não haver consenso sobre a forma como esta “privatização” foi sendo “conduzida”. Agora, a MP volta à Câmara, por ter sido alterada pelo Senado, lembrando que por ser Medida Provisória possui um prazo até o dia 22 de junho para não “caducar”. No cerne da MP a redução para menos de 50% do controle da estatal pelo governo, hoje dono de quase toda a empresa. Se a MP passar, a participação da União cai a 45%. Lembremos que esta MP nasceu no governo Temer e foi “reformatada” pela equipe do govern...

MP DA ELETROBRÁS

Foi uma quinta-feira agitada. Na CPI da Covid, Carlos Wizard, mesmo com Habeas Corpus, não compareceu, mas, meio que "coercitivamente", terá que comparecer em outra data. Em paralelo, Jair Bolsonaro já "anunciou" que o Bolsa Família sofrerá uma reformulação e o novo valor irá variar entre R$ 270 e R$ 300. A MP da Eletrobras foi aprovada no Senado, com placar apertado de 42 votos a 37, mas deve retornar à Câmara, para novas análises. No cerne desta MP, a redução para menos de 50% do controle da estatal pelo governo, hoje dono de quase toda a empresa. Se a MP passar, a participação da União passa a ser de 45%. O prazo para esta MP não caducar vai até o dia 22/junho. MP Eletrobrás. O senador Marcos Rogério apresentou um "substitutivo", alterando alguns pontos da MP, enviada da Câmara, mas não mexendo com os chamados "jabutis", medidas estranhas à proposta original do governo. Dentre estes pontos alterados: (1) ampliação e nova costura regional do vo...

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA, POR DELTAN DALLAGNOL

Deltan Dallagnol, @deltanmd GRAVÍSSIMO: a lei de improbidade administrativa foi grande avanço do combate à corrupção no BR. Analisei as mudanças aprovadas nesta 4ª pela Câmara. São assustadoras. A aprovação desse projeto é o maior marco da impunidade dos atos de improbidade na história. Entenda em 5 pontos. 1) abriu-se janela para pessoas jurídicas burlarem penas; a suspensão/perda da função do agente ímprobo foi limitada; a absolvição criminal por falta de provas terá efeitos cíveis; criou-se sucumbência contra o MP; retirou-se liberdade do juiz para decidir sobre provas etc. Os prazos de prescrição foram encurtados de modo a garantir impunidade em casos complexos. Se a lei valer, as medidas da Lava Jato, que já tramitam há mais de 4 anos, seriam todas encerradas por prescrição, garantindo-se impunidade completa. 2) Partidos políticos passam a ser isentos de qualquer responsabilidade por atos de improbidade, o que extinguiria as ações promovidas pela Lava Jato contra os partidos que s...

MACRO MERCADOS DIÁRIO - O QUE ACONTECEU 17/06/2021

Tivemos dois bancos centrais mais “duros” nos seus comunicados e sinais para o mercado. Embora as decisões de política de juro não tenham surpreendido, o que mobilizou foi o que foi dito nos comunicados, em ambos, numa postura mais dura, mais hawkish , diante do recrudescimento da inflação e do cenário fiscal pior no caso brasileiro. No Brasil, pelo comunicado, o BACEN retirou o termo “parcial”, cobrou do governo uma postura mais atenta no encaminhamento das reformas e na sustentabilidade fiscal.  Para os diretores, “novos prolongamentos das políticas fiscais de reposta à pandemia podem elevar o prêmio de risco do País”. Lembremos que já havia dito o presidente do BACEN, Roberto Campos Neto, que a única forma de “destampar esta panela de pressão” seria avançar na vacinação, o que, no ano passado, foi ignorado pelo presidente, mais preocupado em confrontar e gerar polêmicas políticas inúteis e infantis.  Para RCN, quanto mais avançássemos na vacinação, menos teríamos que gast...