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Mostrando postagens de 2020

2022 É LOGO ALI

Muito se comenta que a eleição de 2022 está sendo, precipitadamente, antecipada. Isso é o que acha, por exemplo, o vice-presidente general Hamilton Mourão. Uma voz lúcida, porém dissidente neste governo. Acha ele que não seria o momento para já começarem as disputas e ataques visando 2022.  Claro que não dá para esperar nada diferente de Jair Bolsonaro e João Dória, protagonistas desta "contenta". E logo na proximidade do calendário de vacinação, ou com a tal da "vacina chinesa" Coronavac na berlinda, além de várias outras, como a russa, a americana, a inglesa...  Achamos ser, absolutamente, injustificada a postura de ambos os atores da cena, Bolsonaro, ideologizando tudo, se sentind perseguido, e contrário à vacina chinesa, e João Dória, querendo aprová-la à "toque de caixa", mesmo sem a "terceira etapa de testagem".  Achamos que tanto o capitão, como Dória, estão tendo uma conduta temerária neste episódio. Algo totalmente arriscado.  Há inclusi...

O QUE NOS RESTA

  Por estes dias tentei transitar por um grupo na Internet, liderado por um economista heterodoxo famoso. Para quê! Tentei questionar certos mantras desta turma. Sim, porque me parece que todos se guiam por alguns pilares do pensamento "mais a gauche". Um deles é de que o Estado é "Deus Pai", todo poderoso, todo protetor, nos seus vários tentáculos. Quem pensa diferente, é logo taxado. Você é ortodoxo, é liberal... Para eles, o Estado é empreendedor, promove o crescimento, protege os mais pobres, tem mil e uma utilidades e serve também para dar nacos de poder para a classe política. Estatais, então, são o alvo preferido, sendo evidência, que todos os desvios nascem nestes locus. Serve também para a concessão de linhas de pesquisa, e várias vantagens ou sinecuras, aos servidores, que lá ingressam, ou por indicação política, ou, muito meritório, por concurso. Nada contra. Muitos atravessam meses estudando para alguns concursos, todos, em sua maioria, correndo atrás da...

QUEIMANDO PONTES

Prestes a completar dois anos de mandato, é importante que traçemos um painel sobre o que foi o governo Bolsonaro até o momento. Primeiro, faremos uma análise dos movimentos do presidente na política, depois, tentaremos encontrar elos da gestão Paulo Guedes na área econômica. Na política, são váriados os "fios desencapados". A começar pelas várias movimentações erráticas do presidente em busca de apoio, sua saída intempetiva do PSL, seu esforço fracassado de fundar um novo partido, o "Aliança pelo Brasil",  enfim, sua total inapetência para a construção de pontes, para uma maioria "folgada" e poder tocar sua agenda de reformas ou projetos. Acabou ele totalmente refém do deputado Rodrigo Maia, do DEM, presidente então da Câmara dos Deputados. Muito se comenta que se trava aqui uma "luta surda", visando 2022, já que são correntes as opiniões dos que acham que Maia também tem pretensões para 22. Vários foram os embates e desencontros, com boa parte ...

NOTAS DO ALENTEJO: ELEIÇÃO MUNICIPAL

Definido o quadro eleitoral dos municípios, depois da eleição de domingo, algumas conclusões devem ser feitas.  esta eleição municipal foi um "duro" aviso ao presidente Jair Bolsonaro e seus assessores. Conquistaram espaço mais os partidos de centro, como o DEM, PSDB, MDB e PP. Candidatos mais experientes e ligados ao centro, superaram os candidatos de esquerda, muitos, meio aventureiros, outros, bem inexperientes. Bolsonaro foi um dos derrotados, assim como as esquerdas e o PT, em particular, personalizado por Lula da Silva;  Bolsonaro, nas sua paranóia, parece-nos ser um capítulo à parte. Sim, porque ele não aceita ninguém q o contrarie e diga certas verdades. E parte do problema está nesta arrogância, neste papo furado de "ungido". Parte disto, talvez, devido a este picaresco "gabinete do ódio", coordenado pelo filho Carlos Bolsonaro. Nossa opinião é de que isto é um desastre em termos de estratégia política, assessoria de comunicação ou relação com a s...

Nacional desenvolvimentismo ou a agenda de reformas?

Este debate acadêmico sobre o "nacional desenvolvimentismo", ou "neo-desenvolvimentismo", dos campineiros (Beluzzo e Bresser) e economistas da UFRJ, nos remete sim aos descaminhos das políticas PÚBLICAS, ao populismo demagógico e à busca de saídas "rápidas" para as crises que nos acometem, de tempos em tempos, pelas mais variadas razões. Muitos, nestas correntes, acham que o principal motivador para os nossos problemas é a chamado câmbio real "fora do lugar", o que nos tira competitividade e capacidade de "penetrar" em certos mercados. Na leitura deles, basta uma forte puxada na taxa, uma desvalorização nominal cambial mesmo, para nos tornarmos mais competititivos. Seria este, então, o caminho mais rápido para o aumento "artificial" da competitividade externa, sem passar pelo penoso politicamente e longo processo de ajustes necessários, com ganhos de produtividade, pelo aumento da eficiência no setor produtivo e redução do Cus...

Como a desvalorização do real empobrece o País, por Fabio Pina e André Saccanato

  Quase todos conhecem o lado positivo da desvalorização cambial. As empresas, a agricultura e os produtos nacionais ficam mais competitivos lá fora, porque os preços em reais ficam excepcionalmente mais baratos em dólar. Em que pese a inflação brasileira ser maior do que a americana, esta diferença não é suficiente para reverter todo o efeito da valorização nominal do dólar frente ao real de quase 200% desde 2007, por exemplo. Entretanto, também há um lado sombrio deste processo. Isso é facilmente perceptível naquela famosa frase: “Antes, quando ia para os Estados Unidos, conseguia comprar coisas muito baratas e, hoje, não vale mais a pena”. Você pode responder: “Mas isso atinge apenas quem pode viajar, classe média alta e classe alta”. Não é bem assim. Como os importados sofrem aumento de preços para todos nas prateleiras, o consumo de produtos nacionais cresce, e estes também têm a mesma variação no preço e atingem, indiscriminadamente, todas as classes, mesmo muitas vezes não s...

RUMOS DO DEBATE

  Me causa um profundo desconforto os rumos que o debate econômico vem tomando no Brasil nos dias de hoje. Muitos se aproveitam por desferir pesados petardos sobre o ministro Paulo Guedes, não considerando suas dificuldades políticas em transitar num ambiente pantanoso e cercado de maledicências. Isso porque sabemos como o capitão atrapalha nas suas variadas intervenções retóricas, o que gera ruídos e certa má vontade da mídia. Soma-se a isso os inconfenssáveis interesses dos congressistas, nem sempre mto claros sobre a boa governança do País.  Para esclarecer, não me considero nem um liberal ortodoxo, um cara que defende o mercado totalmente desregulado, sem intervenção do Estado, como também não acho necessária esta defesa tola por um "keynesianismo irresponsável", que se espalha pelas universidades públicas e tem como "mantra" elevar, de forma ilimitada, os gastos públicos, a estimular a demanda, mas não se atenta para a reversão de expectativas. Na opinião deste...

DESALENTO

Desde que o presidente Jair Bolsonaro assumiu estão procurando "pêlo em casca de ovo" para pegá-lo. Embora reconhecendo seu pavio curto e pouca habilidade para a liturgia do cargo, é de se notar a "sanha" inquisitória, a total antipatia de parte da sociedade com o governo, e o que representa e seus movimentos.  Agora parece que acharam...O "aspone" Queiroz, um "faz-tudo" da família, foi pego numa casa de um advogado da família em Atibaia. Seu crime, atuar na arrecadação da tal "rachadinha". Prática comum nas casas legislativas de todo o Brasil.  Todos (ou quase todos) contratam para os seus gabinetes, mas se aproveitam e criam um mecanismo de arrecadação, recolhendo parte dos proventos destes contratados. Algo  pernicioso, anti-ético e amoral, mas prática comum e longe de um escândalo de corrupção. Realmente, sendo irônico, é um crime muito sério. Só observamos a total distorção dos acontecimentos. O caso da LAVA JATO, o maior es...

EDUCAÇÃO III

Importante uma breve abordagem sobre o estado dos cursos de Economia nas universidades públicas brasileiras. Falarei das que eu mais conheço, ou estudei, mesmo que brevemente, UFRJ e UFF. Minhas experiências nestas duas instituições foram breves, mas intensas. Importante destacar a excelência acadêmica em muitas áreas, mas não ignorando, ou deixar de comentar, o crescente aparelhamento na área de humanas. Na UFF, onde fiz o mestrado acadêmico, me chamou atenção na Economia Política, o predomínio de abordagens marxistas, ou "marxianas", aqueles que lêem os "grundises" (do original alemão). Tantos e tão diversos pensadores, formuladores teóricos de uma ciência nascente e cheio de energia e vieses, e nós apenas lendo Karl Marx (um clássico meio decadente?)!! Seria tolerável uma aberração destas? A impressão que eu tinha é que ali eu não estava para estudar, mas fazer militância, ou sofrer uma "lavagem cerebral", como tantos tolos alunos que se g...

EDUCAÇÃO II

Aqui em PORTUGAL (estou numa pequena cidade de 50 mil habitantes, chamada Évora, mas muito tranquila) as experências vêm sendo bem marcantes. Cheguei aqui ao fim de 2018 para o início do Doutoramento. Estou em tema de tese sobre SUSTENTABILIDADE DE DÍVIDA PÚBLICA NO LONGO PRAZO, versando sobre a experiência de dez países menos desenvolvidos nesta área. Quero dizer que estava meio à meia bomba, mas deu uma boa retomada por estes dias de pandemia. Meu interesse? Meu enriquecimento intelectual e a arte de iniciar um pouco na área de pesquisa científica de verdade. Em paralelo, venho acompanhando, discretamente, a evolução do meu jovem filhote de 17 anos, Bruno, no seu objetivo de integrar na universidade. E muito venho me emocionando com a dedicação dele (é claro) e dos professores (formadores) pelos objetivos do seu aluno. Que diferença para a primeira escola onde meu filho estudou parte da sua formação em JACAREPAGUÁ, RJ!! Meu filho estuda numa escola pública aqui em Évora. Sua e...

EDUCAÇÃO I

Soube hje que a UCAM está em "recuperação judicial". Surpresa nenhuma diante das péssimas administrações do passado. Até houve algum esforço de recuperação nos últimos três anos, mas aí a "porta já estava arrombada". Triste porque era uma instituição centenária, que merecia melhor trato no seu patrimônio e na sua filosofia de ensino, e onde eu fiz, qdo respeitável, parte da minha formação. No entanto, sempre foi gerida de forma personalista e familiar. Não poderia mesmo dar certo. Apenas recordando que lá voce assina a carteira de trabalho, mas nunca recebe o que a legislação trabalhista define como obrigação do empregador. Nos ultimos anos, vinham tentando "arrumar a casa", mas a torpeza de algumas diretorias anteriores deteriorou de tal foram a gestão da casa, que se tornava impossível esta recuperação. Estavam quase descredenciados pelo MEC como universidade. E isso não acontece só lá. Dentre as universidades privadas, só posso con...

NOTAS DO ALENTEJO

Parece-me claro que o presidente Jair Bolsonaro possui um ministério com algumas excelências (talvez, as que sobraram, depois da saída do super ministro Moro), mas cisma em se guiar pela esquizofrênia de alguns filhos, creio com o maior de acendência, o tal Carlos Bolsonaro, vereador no RJ, na minha opiniçao, com traços de alguma patologia emocional. Completa o time, na coadjuvância, Eduardo e Flavio, este último, com o presidente muito cioso de defendê-lo das "rachadinhas". Dizem que por trás dos filhos predomina o tal “gabinete do ódio, não sei de quem esta denominação. Enfim, esta me parece ser a estrutura de poder do País, uma família, alguns assessores, e não um competente ministério. Já se começa a observar até algum desconforto por parte de alguns destes ministros. Sim, porque eles se desdobram, se viram e sempre pintam crises, tensões, instabilidades. E o que dizer do Ministério da Economia? A agenda está posta na mesa e a equipe, com algumas exceções, é de alto ...