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NOTAS DO ALENTEJO

Parece-me claro que o presidente Jair Bolsonaro possui um ministério com algumas excelências (talvez, as que sobraram, depois da saída do super ministro Moro), mas cisma em se guiar pela esquizofrênia de alguns filhos, creio com o maior de acendência, o tal Carlos Bolsonaro, vereador no RJ, na minha opiniçao, com traços de alguma patologia emocional. Completa o time, na coadjuvância, Eduardo e Flavio, este último, com o presidente muito cioso de defendê-lo das "rachadinhas". Dizem que por trás dos filhos predomina o tal “gabinete do ódio, não sei de quem esta denominação.

Enfim, esta me parece ser a estrutura de poder do País, uma família, alguns assessores, e não um competente ministério. Já se começa a observar até algum desconforto por parte de alguns destes ministros. Sim, porque eles se desdobram, se viram e sempre pintam crises, tensões, instabilidades.

E o que dizer do Ministério da Economia? A agenda está posta na mesa e a equipe, com algumas exceções, é de alto nível. Começamos com a reforma da Previdência, que acabou meio pela metade pela não implantação do regime de capitalização, substituição ao regime de acumulação. Algumas coisas saíram, como a Lei de Liberdade Econômica, assim como o esforço do tal “Pacto Federativo”, com “mais Brasil e menos Brasília”, uma brilhante "sacação" do ministro Guedes. O problema é que quando o carismático Guedes chegava às comissões, era atacado por todos os lados, praticamente massacrado, sendo os membros bolsominions das comissões, tímidos, omissos, pouco guerreando. E o que dizer do pobre Sergio Moro? Uma das "jóias da coroa" deste governo, o herói da Lava Jato, totalmente esvaziado nas suas atribuições eq medidas? Sem dúvida. Moro tinha um pacote para acabar com o crime organizado, nem que isso atacasse também os filhos do presidente. Fez bobagem, cana! Só que o presidente foi o primeiro a se posionar dubiamente, indo ao encontro do ministro Toffoli, quando a segunda instância estava sob ataque, assim como o “foro privilegiado”, dentre outras medidas cirúrgicas, para acabar com a impunidade.

Moro foi “fritado” desde o primeiro dia em q assumiu o governo (Coaf, desnomeação de Diretora de Direitos Humanos, retirada de várias medidas do pacote “Combate contra o crime”). Por que?

Simplesmente, porque o presidente se incomodou com o destaque pessoal dado ao juiz. E o mesmo aconteceu com o ministro Mandetta, uma covardia sem tamanho. O ministro era um destaque a mais neste governo. Que bom! Que belo trabalho do Ministro da Saúde, mantendo a população informada, recomendando cautela, isolamento horizontal, claro, até porqque a infra dos SUS é caótica. Mas não...Segundo o presidente, só para ir contra a corrente, “tem q liberar a boaiada”.

E me vem o velho (e bota velho nisso!!) debate sobre sermos (ou não) keynesianos. Parece-me claro que todos somos um pouco keynesianos sim, mas estabelece-se o bom senso de que é importante fazer a “engrenagem econômica” funcionar, sem excesso de areia, ou poeira, não permitindo que as pessoas possam enxergar além. Sim, o keynesianismo, ou mesmo o amadurecimento da social democracia, é uma conquista das sociedades mais democráticas, mas atenção para os excessos, sob o risco de torná-los pesados e pouco geradores de renda e de emprego, resultando num crescimento anêmico. Na europa, há muitos países tentando “dosar” no uso dos instrumentos de políticas públicas, pois em excesso acabam gerando distorções, como a dificuldade na geração de empregos e salários mínimos baixos, pelo risco de inviabilizar a solvência dos Regimes Previdenciários. Importante reforçar também que são tantos direitos trabalhistas, tanto subsídios, que os empregadores acabam não contratando, o que acaba por resultar sim num desemprego crônico, ainda mais no Alentejo.

Por outro lado, deve ser saudado o direcionamento das universidades públicas, todas vivendo em boa parte de doações privadas, recursos públicos e, mesmo na sua auto-sustentação, por matrículas e mensalidades pagas. Já no ensino fundamental ou básico, nada se paga, sendo emocionante observar o zelo e a dedicação dos professores, alunos, administradores, diretores, com a instituição.

Um ótimo exemplo, um case de sucesso.

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