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Mostrando postagens de outubro, 2021

Gustavo Franco

Coluna de Gustavo H.B. Franco ex-presidente do Banco Central no Estadão, 301021 O teto de gastos e o precipício Sempre se soube que o teto de gastos (conforme definido na Emenda Constitucional n.º 95 – EC95 de 2016) era uma solução imperfeita e temporária para o problema fiscal brasileiro, e que se destinava principalmente a ganhar tempo para reformas que pudessem consolidar o equilíbrio fiscal. Era uma espécie de congelamento, pelo qual os gastos do governo, por 20 anos, permaneceriam onde estavam em 2016 e cresceriam nos anos a seguir apenas no ritmo da inflação. Era uma resposta emergencial ao furacão fiscal provocado por Dilma Rousseff. Durante alguns anos, o teto não restringiria coisa alguma, pois os gastos orçados iam demorar a chegar no teto, que funcionaria como um precipício, ou uma cerca eletrificada, dos quais não se podia chegar muito perto. O teto em si, esclareça-se, não fazia encolher um único e solitário real da despesa, nem afetava outras obrigações constitucionais. O...

Falando de finanças públicas

O debate em torno das contas do setor público continua a suscitar variadas polêmicas e contraditórios.  Muitos acham que "gasto é vida", num viés mais heterodoxo, havendo espaço para se gastar a vonrade, pois sempre haverá como financiar, bastando emitir títulos, ou mais dívida, ou mesmo moeda; outros, mais cautelosos ou precavidos, acham que é importante que novas despesas "caibam no Orçamento", com cada gasto tendo fonte de recursos como contra parte.  Numa leitura resumida do livro de Fábio Giambiagi, "Tudo sobre o déficit público: o Brasil na encruzilhada fiscal", podemos dizer que o "fio condutor deste tema" é fazer o ajuste fiscal, através do corte de gastos, aumento de impostos, redução de benefícios e incentivos fiscais, além de muita mobilização, informação e educação à sociedade Manter a disciplina fiscal, realizar ajustes, seria um processo de conscientização e educativo. O risco de não fazê-lo seria ver a dívida pública explodir, ver ...

Crônicas lusitanas

Mais sobre os jornalistas. Jornalista tem q ser uma "esfíngie". Não pode mostrar para que lado "pende a biruta". Assim tem que ser. Tem que apurar com o mesmo empenho "situação" e "oposição". Este papo do Millôr, de que "jornalista é sempre oposição, o resto é armazém de secos e molhados"...eu concordo e discordo. Jornalista tem que ser oposição ao questionar, querer saber, mas não fazer oposição ideológica. Não está em pauta, mas sim o evento em análise. Mas isso não rola. Ou se é uma oposição sistemática ou um aderente cego. Para calar esta "oposição", o negócio é agradar, se é q me entendem. Uma breve cronologia do governo Bolsonaro No início, o ministério formado - com algumas exceções, como as desastrosas escolhas na Educação, política externa, etc - até que era razoável. A área econômica, com Guedes, em super poderes, era promissora, assim como a Justiça, com Sergio Moro. O problema é que as "nóias" do presiden...

Reflexões pessoais 3

Um bom jornalista deve ver sempre os dois lados da moeda, investigar a fundo o fato em destaque, e sempre ser o mais rigoroso possível na sua interpretação. Não pode ter lado, no exercídio do jornalismo. Pode ser como pessoa física, nunca como jurídica. E isso se aplica também aos economistas. Quem não se por nesta "metodologia", pode esquecer, não presta para investigar nada. Só ler economistas "desenvolvimentistas", heterodoxos, de esquerda?? Não acho legal. Sobre os programas sociais. Não estou relativizando. CONDENO da mesma forma, os que usam mecanismos de transferência de renda emergenciais, tanto pelo lado da turba petista, como agora por Bolsonaro. Não pode ser um fim em sim mesmo. Deve ser algo emergencial e transitório.  Ambos se fartam de "comprar votos", oferecendo agrados aos "miseráveis" deste pais. Tiro e queda. No petismo foi isso a ser usado, no que mtos "argumentavam" ser um governo preocupado com o "social"....

RECORDANDO PARA NÃO REPETIR VELHOS ERROS

Com o Real, acabaram com 30 anos de hiper indexada e as dificuldades de sair de um regime de inflação aberta monstruosa, como este, era por demais ambicioso....envolvia acabar com o imposto inflacionário, equalizar a gestão pública, reduzir o juro nominal, reestruturar tudo !  O regime cambial teve que passar por uma transição até se tornar flutuante....o crédito doméstico recriado....enfrentamos neste periodo vários choques cambiais pesados, oriundos das crises cambiais na Asia.....e o governo FHC conseguiu evoluir. Tivemos o Proer, pois o "risco sistêmico" entrou na prateleira, pois os bancos se acostumaram em ganhar mto com este floating . Depois, tiveram q se adequar e foi preciosa a contribuição de GFranco, com a fusão em vários bancos, etc. Naquela época, o desgaste do Real, era algo mto perigoso ao risco populista e das promessas fáceis e vãs. Havia sim um receio de q se o PT fosse eleito em 1998 o Real iria para o vinagre, já que o PT se posicionava contrário.  Mas co...