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Dora Kramer

 O parco poder da bravata Dora Kramer Folha de S. Paulo, domingo, 27 de julho de 2025 A realidade adversa e contundente: o poderio dos EUA não se compara à capacidade do Brasil de retaliar   Depois de breves momentos de relativa contenção e alguma calmaria, o presidente Luiz Inácio da Silva (PT) voltou a adotar o tom de enfrentamento com Donald Trump. Usou a figuração do jogo de truco para indicar que dobraria a pedida de mão, caso o norte-americano resolva impor sanções ainda mais gravosas que a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Lula falou como se houvesse paridade de forças entre os dois países. O discurso pode funcionar no palanque e daria ganhos sólidos ao autor, se ele fosse um candidato de oposição. Na boca de um presidente da República, pretendente à reeleição, soa como uma temeridade completamente descolada dos fatos. A realidade é adversa, mas dela não se pode escapar: o poderio dos Estados Unidos e a ausência de limites de seu atual mandatário são incomparáve...

Imbróglio Master BRB

 https://oglobo.globo.com/blogs/lauro-jardim/post/2025/07/como-a-analise-sobre-polemica-transacao-entre-brb-e-master-divide-diretoria-do-bc.ghtml *Como a análise sobre polêmica transação entre BRB e Master divide diretoria do BC* Por Lauro Jardim No processo de análise da polêmica transação entre o BRB e o Master, há uma divisão na diretoria do BC. Renato Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro, é contra a aprovação da operação. Aílton Aquino, diretor de Fiscalização, mostra-se a favor. Um dos itens polêmicos que envolve a transação entre os dois bancos é uma compra de carteira de créditos do Master pelo BRB no fim de 2024. Um volume alto, de cerca de R$ 10 bilhões. O BC abriu dois processos administrativos sobre essa transação. A propósito, o BC é independente, mas o governo acompanha com especial preocupação a decisão final da autoridade monetária.

A vergonha de um presidente

 Não sou judeu, mas faço minhas as palavras do Alex Pipkin. 👇👏 A Vergonha de um Presidente — e o Orgulho de Ser Judeu Alex Pipkin, PhD Antes de qualquer rótulo político ou ideológico, sou judeu. E isso basta para me revoltar diante da perversidade normalizada que voltou a assombrar o mundo. Em 2025, o antissemitismo — que nunca morreu — saiu definitivamente do armário. Ele desfila com cinismo por universidades, fóruns multilaterais, redes sociais e — no caso brasileiro — pelos corredores do Itamaraty, sob a tutela de Lula e seu assessor, o diplomata Celso Amorim. É preciso nomear as coisas pelo nome. O presidente condenado por corrupção, reincidente na demagogia e no populismo de esquina, protagonizou mais uma infâmia diplomática: retirou o Brasil do quadro de países signatários da IHRA, a Aliança Internacional em Memória do Holocausto. O gesto não é simbólico. É ideológico. É profundamente antissemita. Jean-Paul Sartre, ainda que um coletivista, foi lúcido ao identificar que o a...

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal  SESSÃO: Ontem, sessão de mais a menos nas bolsas, que voltaram a subir na Europa e nos EUA, embora moderadamente e dando a sensação de que o impulso dos últimos dias se esgotou. Aumentaram as yields das obrigações, parece sensatos após o “mini-rally” do início da semana. Esta manhã, as bolsas na Ásia retrocedem. Trump mudou as suas críticas recentes sobre o presidente da Fed, Powell, e depois de visitar o banco afirmou que não era necessário despedi-lo. Este comentário contextualiza o facto de haver uma reunião da Fed na próxima semana e que, previsivelmente, não baixará taxas de juros. Nós esperamos que a Fed, em 2025, faça apenas um corte de -25 p.b. e que será em setembro. Na Europa, os PMIs melhoraram, entrando em zona de expansão (exceto Industrial), dando mais margem de manobra ao BCE. O BCE manteve as taxas de juros em 2,00%/2,15% Depósito/Crédito, era o esperado, e a conferência de imprensa após o discurso não trouxe novidades. Esperamos um...

BDM Matinal Riscala

 *Rosa Riscala: Brasil abre diálogo* … À espera do Fomc, na próxima semana, as bolsas em NY repercutem o tombo das ações da Intel no after hours, após o salto de 81% no prejuízo do 2Tri. Hoje, não há balanços previstos nos Estados Unidos. Aqui, tem Usiminas antes da abertura e, entre os indicadores, as contas do setor externo em junho e o IPCA-15 de julho, que volta a acelerar às vésperas do Copom. Mas a notícia que pode injetar ânimo nos investidores foi dada por Alckmin, quando os mercados já estavam fechados. Só ontem ele informou que teve uma “longa” conversa, no sábado, com o secretário de Comércio americano, Howard Lutnick, abrindo um canal de diálogo que pode evitar a tarifa de 50% imposta ao Brasil. MINERAIS CRÍTICOS – É ainda só uma esperança, mas não deixa de ser um avanço, já que o governo brasileiro não havia conseguido driblar, até agora, o bloqueio da Casa Branca às inúmeras tentativas de estabelecer uma negociação. … Alckmin deu uma coletiva no final do dia, quando r...

Fernando Schuller

 2022 𝗢 𝗟𝗢𝗡𝗚𝗢 𝗔𝗣𝗥𝗘𝗡𝗗𝗜𝗭𝗔𝗗𝗢 Por Fernando Schüler Jordan Peterson escreveu uma carta que correu mundo, dias atrás, renunciando à sua atividade como professor, na Universidade de Toronto. Ele faz uma dura crítica à imposição dos novos códigos de “diversidade, inclusão e equidade” na vida acadêmica. Na prática, a intromissão de uma retórica política, exaustiva e unilateral, em um lugar onde deveria valer a ciência e o livre pensamento. Ele fala dos processos seletivos politicamente enviesados, dos professores levados a fazer cursos para curar “preconceitos implícitos”, do conservadorismo taxado como psicopatologia pelos novos “psicólogos sociais” e do clima persecutório, onde “meus alunos são inaceitáveis em parte porque são meus alunos, por causa de minhas inaceitáveis posições filosóficas”. No Brasil, há claros sinais de fumaça nessa direção. Tempos atrás, acompanhei um desses grupos, na internet, no qual professores de uma universidade pública discutiam se era o caso...

Celso Ming

 Celso Ming: A espada de Trump sobre o Brasil O dia 1º de agosto (mês do desgosto) está logo aí e, até lá, não há muito o que fazer para enfrentar a barbaridade do tarifaço do presidente Donald Trump. Não há abertura para negociação comercial, até porque a questão de fundo não é comercial, é política. Nem mesmo a primeira carta do presidente Lula, enviada por ocasião do anúncio do tarifaço anterior, de 10%, mereceu resposta. Quem recebeu uma carta especial de Trump, com apoio e tudo mais, foi o ex-presidente Bolsonaro. A revogação dos vistos dos ministros do STF é outra demonstração de que o Brasil está sendo castigado para livrar a cara de Bolsonaro. Há outras alegações para a pancada, todas políticas: de que o presidente Lula vem provocando o império com acenos ao inimigo Irã, ou que está empurrando os países membros do Brics a escantear o dólar como moeda para liquidação de contas entre eles. Como  Trump é dado a “recuetas”, há quem espere uma redução do tarifaço, fixado em...