Análise Bankinter Portugal
SESSÃO: Ontem, sessão de mais a menos nas bolsas, que voltaram a subir na Europa e nos EUA, embora moderadamente e dando a sensação de que o impulso dos últimos dias se esgotou. Aumentaram as yields das obrigações, parece sensatos após o “mini-rally” do início da semana. Esta manhã, as bolsas na Ásia retrocedem. Trump mudou as suas críticas recentes sobre o presidente da Fed, Powell, e depois de visitar o banco afirmou que não era necessário despedi-lo. Este comentário contextualiza o facto de haver uma reunião da Fed na próxima semana e que, previsivelmente, não baixará taxas de juros. Nós esperamos que a Fed, em 2025, faça apenas um corte de -25 p.b. e que será em setembro. Na Europa, os PMIs melhoraram, entrando em zona de expansão (exceto Industrial), dando mais margem de manobra ao BCE. O BCE manteve as taxas de juros em 2,00%/2,15% Depósito/Crédito, era o esperado, e a conferência de imprensa após o discurso não trouxe novidades. Esperamos um único corte em dezembro de -25 p.b. até 1,75%/1,90%, com o qual finalizará as descidas de taxas de juros. Nos EUA, leitura mista dos PMIs, com Industrial pior do que Serviços, servindo como apoio da economia. Foi publicado um bom dado de Desemprego Semanal que retira argumentos para que a Fed corte taxas de juros a curto prazo. Nas empresas, ressaltamos o comportamento na bolsa de Alphabet (+1%) e Tesla (-8,2%) após publicar resultados.
HOJE:
Ontem, após o fecho das bolsas, publicaram resultados LVMH e Intel (ambos maus, caem em pré-abertura -3,7% e -4,6%, respetivamente) e hoje à primeira hora Volkswagen cortou as guias anuais (cai -3,4% em pré-abertura), e a reação das bolsas será negativa. Estes resultados condicionarão o arranque das bolsas. No resto da sessão, a atenção estará nos dados macro. Na Europa, o Inquérito IFO de Clima Empresarial na Alemanha irá melhorar, mas de forma testemunhal e sem grandes novidades. Nos EUA, os Pedidos de Bens Duráveis retrocederão com força, embora distorcidos pelos Pedidos de Boeing que Trump conseguiu na sua mudança no Médio Oriente. Em qualquer caso, não acreditamos que nenhuma destas notícias seja capaz de direcionar o mercado.
Hoje deverá impor-se a cautela, especialmente tendo em conta que a próxima semana virá acompanhada de uma mistura de dados macro que não convida ao otimismo. A Fed mantém as taxas de juros, inflação americana a aumentar, resultados empresariais (Microsoft, Apple, Amazon…) e a entrada em vigor dos impostos alfandegários impostos pelos EUA ao resto do mundo.
S&P500 +0,1 %; Nq-100 +0,3%; SOX +0,1%; ES50 +0,2%; IBEX +1,3%; VIX 15,4; Bund 2,69%; T-Note 4,40%; Spread 2A-10A USA=+48b; B10A: ESP 3,30%; PT 3,12%; FRA 3,37%; ITA 3,57%; Euribor 12m 2,036% (fut.2,159%); USD 1,176; JPY 172,7; Ouro 3.368$; Brent 69,4$; WTI 66,2$; Bitcoin +0,7% (118.779$); Ether +3,7% (3.740$).
FIM
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