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Mostrando postagens de julho, 2021

FECHANDO A SEMANA

Depois de sinalizações mais neutras do Fed e um PIB norte-americano, no segundo trimestre, mais fraco do que o esperado (6,5% na taxa anualizada) já começamos a fazer as contas para quanto pode ir o dólar nos próximos dias.  Ontem, recuou 0,7%, negociado em torno de R$ 5,08, mas muitos acham haver espaço, ao longo de agosto, para cair abaixo disso de R$ 5,00. Não será surpresa se romper o "piso psicológico" de R$ 4,90. A contribuir para isso, a postura totalmente dovish do Fed, nada sinalizando por agora, dizendo que irá manter a mesma estragégia de afrouxamento monetário, enquanto não enxergar, concretamente, dados que desmintam isso no mercado de trabalho, na inflação e no crescimento. Este, por exemplo, veio mais fraco do que o esperado, na taxa anualizada a 6,5%, quando o mercado esperava acima de 7%. Aguardemos hoje o índice de preço e de gastos e renda dos americanos, importante parâmetro para o Fed, para podermos reunir novas informações e talvez sinalizar o que será ...

REFORMA TRIBUTÁRIA NO RADAR

Passou a reforma tributária na Câmara, mas é sensação que esta é ainda insuficiente para melhor organizar a estrutura tributária do País. Nos parece fraca, mais cheia de "remendos" para retirar recursos do setor financeiro, na ânsia de coletar recursos, em cima dos grandes patrimônios/fortunas do País. No cerne desta segunda etapa, a alteração da alíquota do IRPF, elevando a isenção para R$ 2,5 mil, contra R$ 1,9 mil como era antes, e no IRPJ, a taxação reduzida de 25% para 12,5% até 2023 (ESTA REDUÇÃO FOI CONSIDERADA EXCESSIVA). Foi mantida também a alíquota adicional de 10% para as empresas com lucro acima de R$ 20 mil. Em prosseguimento, o governo federal segue "costurando acordos" para tentar levar adiante estas medidas. O desafio será enfrentar as críticas entre os "entes subnacionais", insatisfeitos com esta versão do relator Celso Sabino. Os estados da Federação calculam perdas entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões para os governadores e prefeitos, en...

O que esperar para os próximos meses?

Chegamos à metade do ano e creio ser importante um balanço do que aconteceu neste período e o que esperar para os próximos seis meses, quiçá, ano que vem.  No mercado, é notório que a bolsa de valores teve um desempenho bem razoável neste período. Foram seis meses no azul, quando o Ibovespa beirou os 130 mil, mas nos últimos dias cedeu diante do açodamento do clima político. O câmbio, que chegou a R$ 5,80 em meados de abril para maio, cedeu bastante diante da manutenção do juro pelo Fed, na tese de que a inflação era transitória, e do lado mais hawkish do banco central brasileiro, elevando o juro de forma mais intensa.  Para os próximos meses achamos que o IPCA deve se manter pressionado até o final de 2022, ainda mais diante do cenário hídrico desfavorável. Achamos que os custos de energia elétrica ainda são um risco de curto prazo, diante da bandeira tarifária Vermelha 2 (mais cara) até novembro, com dezembro retornando para o patamar Vermelha 1 (ainda elevado).  Prevem...

Tapa na cara

 anais do marketing político EX DE BOLSONARO DIZ QUE ELE NÃO SE ELEGE NEM PARA SÍNDICO Marqueteiro encarregado da campanha de 2018 diz que presidente terá votação mais inexpressiva de um candidato à reeleição na América Latina CONSUELO DIEGUEZ Revista Piaui, 09jul2021_16h33 O presidente Jair Bolsonaro não entregou nada do que prometeu na campanha. Depois que virou presidente, está fazendo essa gestão que estamos vendo, sem qualquer realização. Inaugurando caixa d’água, ponte pronta, e outras obras insignificantes. Foi incapaz de comprar uma vacina que foi oferecida a ele mil vezes, incapaz de tocar as reformas. Nem na área de segurança, que era uma de suas maiores promessas, algo foi feito.” A avaliação é de Marcos Carvalho, principal marqueteiro da campanha de Jair Bolsonaro para presidente, em 2018, marcada pelo uso das redes sociais. O candidato apelou para o elogio da ditadura, além do discurso racista e homofóbico. Carvalho afastou-se de Bolsonaro logo após a eleição, antes me...

Como fechou o mercado na semana passada

Na semana passada o mercado fechou em boa alta, mas cauteloso, diante dos acontecimentos na seara política. A CPI da Covid segue capitalizando as atenções, tivemos o super pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro e a abertura de inquérito, por parte da Procuradoria Geral da República. Serão estes fatos, aliás, a nortearem os mercados nesta semana. Na agenda econômica estejamos atentos aos dados das vendas de varejo pela PMC do IBGE, o IPCA e o debate em torno das reformas. No exterior, atenção para a ata do Fomc, os PMIs e os vários balanços corporativos. Na semana, os dados da CAGED vieram positivos, com geração de 281 mil vagas formais em maio, quinto mês seguido na geração líquida positiva de vagas e décimo mês positivo em 11 meses, consolidando uma tendência de recuperação iniciada em meados do ano passado. Por outro lado, pelo IBGE, a taxa de desemprego da PNAD Contínua se manteve elevada, em 14,7% da PEA na média dos três últimos meses, o maior nível registrado de...