*Para pensar em upgrade do Brasil, precisamos ver um choque fiscal positivo, diz Fitch*
O diretor sênior da Fitch Ratings, Todd Martinez, disse hoje que a crescente dívida pública do Brasil representa uma restrição a elevações na nota de risco de crédito, ainda que não coloque por hora pressão para downgrades do País. Durante webinar da agência de classificação de risco sobre as economias da América Latina, Martinez mostrou que a dívida do Brasil projetada pela Fitch é a maior entre as grandes economias emergentes. Ao contrário da maioria dos vizinhos da região, para os quais a agência vê uma relativa estabilidade nos resultados das contas públicas, os déficits fiscais devem subir no Brasil em 2025, em razão, principalmente, dos juros mais altos. Em sua apresentação, Martinez ressaltou que o Brasil precisa de um “choque fiscal” para melhorar a nota de crédito. “Não acho que isso [dívida alta] signifique qualquer pressão significativa para baixo na classificação do Brasil por enquanto. Mas, de certa forma, limita o potencial de elevação”, comentou o diretor da Fitch, que é corresponsável pelos ratings soberanos na região. “Para pensar em upgrade, realmente precisamos ver um choque fiscal positivo, melhores números fiscais, assim como um plano que melhore a confiança de todos em torno da consolidação fiscal a médio prazo”, acrescentou.
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