❗ Por que a GLO não vai resolver o problema do Rio de Janeiro
A operação mais letal da história do Rio escancara um modelo de combate ineficiente.
Faltou inteligência para minimizar as mortes, e planejamento para garantir o retorno seguro do trabalhador para casa.
Agora, o governo aposta novamente em uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem) — uma medida que soa enérgica, mas não entrega resultados concretos.
Estudos do pesquisador Gabriel Toffano (UFF) mostram que a presença das Forças Armadas não altera os indicadores de criminalidade. Isso ocorre porque elas não são preparadas para o tipo de enfrentamento urbano que o Rio exige.
A GLO, nesse contexto, é mais simbólica e política do que prática.
Mas há caminhos possíveis.
Combater o crime organizado requer uma estratégia de longo prazo, articulando as três esferas de poder — federal, estadual e municipal.
É preciso asfixiar financeiramente as facções, investir em inteligência policial para reduzir a letalidade e aumentar a eficiência das operações.
O Rio não precisa de mais tanques.
Precisa de planejamento, coordenação e dados — para que segurança pública volte a ser sinônimo de proteção, e não de tragédia.
Comentários
Postar um comentário