"Uma das coisas mais nojentas e revoltantes destes tempos em que vivemos no Brasil é o aparecimento do jornalista chapa-branca. Alguns por oportunismo ou ganância (ou querer se dar bem na vida), mas são minoria. A maioria é por formação mesmo, por força da impregnação ideológica de que foram vítimas em universidades colonizadas pela esquerda populista e iliberal.
O jornalista chapa-branca é sempre um agente corruptor, não só da dignidade da profissão, mas também dos mecanismos de freios e contrapesos da democracia (mecanismos nos quais a imprensa livre cumpre um papel fundamental). Não se trata de ter uma opinião ou posição política - direito que todos, jornalistas ou não, devem ter - e sim de distorcer as notícias e falsificar as interpretações para servir a um projeto de conquista de hegemonia sobre a sociedade a partir do Estado aparelhado por um partido.
No Brasil, sob o comando lulopetista, o jornalista chapa-branca adquiriu, entretanto, outro status: passou a fazer parte, organicamente, do sistema ampliado de governança do governo. Se não fosse ele - essa espécie de "comissário" partidário na imprensa - a aceitação do governo e a popularidade do presidente estariam muito abaixo dos patamares revelados pelos institutos de pesquisa de opinião.
Augusto Franco no X.
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