Análise Bankinter Portugal
SESSÃO: O evento do dia é o Japão, com a vitória de Takaichi, primeira mulher a ser PM: depreciação do yen, porque é improvável que o BoJ suba taxas de juros, subida de Defesa (Mitsubishi +12%) e Nuclear (Japan Steel, fornecedor), subida da bolsa, queda das obrigações a longo prazo… O impacto induzido sobre as bolsas é positivo, em termos gerais.
JAPÃO. O PLD no poder, no Japão, elegeu Takaichi, uma mulher pela primeira vez na história, para substituir Ishiba. Na prática, significa que dará prioridade à Procura Interna e atividade, sem dar por garantido que a inflação esteja vencida, portanto é menos provável, a partir de agora, que o BoJ volte a subir taxas de juros (0,50% agora); e o yen depreciou-se até 176,1/€ vs. 172,3/€ na sexta-feira, à primeira hora (150,3/$ vs. 147,8/$), enquanto Tóquio sobe nada menos que +5% e a sua yield aumenta (queda de preço) até 3,28%, que é recorde histórico e mais ou menos igual à ALE.
Arrancamos esta semana com os futuros sobre bolsas alegres (ca.+0,3%), apesar da Administração Americana continuar parcialmente fechada, mas com a expetativa de algum acordo de paz em Gaza que contribui para apoiar esse aumento dos futuros, porque consolida a ideia de que o prémio de risco por geoestratégia tende a zero. As obrigações quase não se movem, deslocando-se em intervalos extremamente estreitos. E o petróleo sobe ca.+1% porque este fim de semana a OPEP+ acordou aumentar produção menos do que o esperado (+137.000b/b vs. +500.000b/d).
Teremos macro de relevância média ou baixa, mas começarão a ser publicados os primeiros resultados americanos do 3T’25: hoje, Constellation Brands, e na quinta-feira teremos Delta, PepsiCo e Vendas de TSMC (que publicará resultados completos na quinta-feira, 16). Darão um passo de maior intensidade, especialmente no setor financeiro, a partir de segunda-feira (13) da próxima semana: C.Schwab nesse dia; Blackrock, Wells Fargo, JPMorgan, Goldman, Citi e J&J na terça-feira (14); BoA e Morgan Stanley na quarta-feira (15)…
CONCLUSÃO: De momento, hoje continuará a subir. As referências imediatas são uma reabertura improvável a curto prazo da Administração Americana e os primeiros resultados trimestrais americanos, que deverão voltar a ser suficientemente bons (EPS 3T esperado +8,8% e 4T +7,7%) e que continuarão a dar apoio a um mercado que se ressente a tomar lucros. Nada parece opor-se ao ritmo do mercado, embora o otimismo geral gere algum respeito.
NY +0,01% US tech -0,4% US semis -0,6% UEM +0,1% España +0,6% VIX 16,7% Bund 2,70% T-Note 4,15% Spread 2A-10A USA=+56pb B10A: ESP 3,23% PT 3,09% FRA 3,51% ITA 3,55% Euribor 12m 2,224% (fut.2,281%) USD 1,172 JPY 176,1 Ouro 3.932$ Brent 65,4$ WTI 61,7$ Bitcoin +3% (123.559$) Ether +1,1% (4.525$)
FIM
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