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Estadão

 Coluna do Estadão: Escândalo do INSS faz base de Lula temer CPI e 'marca da corrupção'

22:40 23/04/2025 


A segunda baixa no alto escalão do governo em duas semanas por suspeita de mau uso de dinheiro público levou auxiliares do presidente Lula a temer que a oposição emplaque uma CPI e cole no Planalto a “marca da corrupção”. O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido nesta quarta-feira, 23, por suposta participação em uma fraude de R$ 6,3 bilhões por descontos indevidos em benefícios de aposentados. Horas antes, a Justiça já havia determinado seu afastamento do cargo e a Polícia Federal visitara seu apartamento funcional, onde apreendeu seu celular. A operação envolveu 700 policiais em 14 unidades da Federação. Stefanutto tentou ficar no comando da instituição, mas, após ordem de Lula para sair, se demitiu e disse a aliados que vai se defender.


LARGADA. O deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) começou nesta quarta mesmo a coletar assinaturas para a abertura da CPI do INSS na Câmara. São necessários 171 apoios para protocolar.


PÓLVORA. Segundo uma liderança da base governista no Senado ouvida pela Coluna, o Planalto “apaga um fogo e surge outro”. O receio é que a população volte a associar os mandatos petistas à corrupção - o PT já carrega o histórico do mensalão e do petrolão, que incluiu a prisão de Lula.


ABRIL VERMELHO. A ofensiva bolsonarista sobre o escândalo do INSS aproveita um momento delicado para o governo: megaoperação da PF, demissão de Juscelino Filho do Ministério das Comunicações após denúncia da Procuradoria-Geral da República, queda livre na popularidade de Lula e avanço no Congresso do projeto de lei da anistia aos condenados pelos atos do 8 de Janeiro. Tudo isso neste mês.


RÉDEA. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, entrou em cena e garantiu que o Ministério das Comunicações fique com o União Brasil, apesar da irritação do Planalto com a recusa do líder do partido, Pedro Lucas Fernandes. O senador indicou para a pasta o presidente da Telebras, Frederico de Siqueira Filho, nome fora do Congresso.


DEPENDÊNCIA. Aliados de Lula dizem que ele não tem condições de “brigar com o Davi” porque precisa do senador para ter governabilidade. Só restou ao presidente aceitar a indicação.


MOTIVO. Ao rejeitar o convite de Lula, Pedro Lucas fez também um cálculo político regional. Ele não quis ficar na “rebarba” de Juscelino Filho. Os dois são rivais no Maranhão, e a comparação entre as gestões seria inevitável. Enquanto o ex-ministro teve mais de dois anos para fazer entregas, o deputado teria menos de um, dizem aliados.


INVESTIMENTO. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sancionou nesta quarta lei que autoriza a concessão do sistema de Travessias Hídricas para a iniciativa privada, como antecipou a Coluna. A expectativa é de gerar R$ 1 bilhão em recursos para modernizar o serviço de transporte por balsas e embarcações.


PROTOCOLO. A Comissão Eleitoral da Fiesp confirmou nesta quarta a composição da chapa única encabeçada por Paulo Skaf, com outros 131 nomes entre vices, diretores e conselheiros. A votação, em agosto, definirá a diretoria para o quadriênio 2026-2029.


PRONTO, FALEI!

Tereza Cristina

Senadora (PP-MS)

“Desde 2023, tenho dito que o arcabouço fiscal não se sustentaria. O resultado está aí: o ‘déficit zero’ previsto para o Orçamento de 2026 é uma ficção!”


CLICK

Sóstenes Cavalcante

Líder do PL na Câmara

Com Caroline de Toni (PL-SC) e outros deputados durante vigília em frente ao hospital onde o ex-presidente Jair Bolsonaro está internado, em Brasília

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