Trump x Kamala
Eleições EUA: Bolsas de apostas começam a se alinhar à vitória de Kamala Harris
Por Aline Bronzati, correspondente
Nova York, 02/11/2024 - Após prever a vitória do ex-presidente Donald Trump por toda a corrida presidencial nos Estados Unidos, as bolsas de apostas começam a se inclinar a um possível triunfo da vice-presidente dos EUA, Kamala Harris nas eleições americanas, a três dias do pleito.
Na plataforma PredictIt, o otimismo em torno da candidata democrata ultrapassou o do rival, com 53 de chances em 100 contra 52 do republicano. No início da semana, o cenário era outro. Harris contava com 43 de chances em 100 e Trump tinha 61.
Na reta final, porém, as apostas estão voláteis. Tanto que ambos os candidatos aparecem em alguns momentos empatados, com chances de 52 em 100, segundo a PredictIt.
Por sua vez, o sistema da revista britânica 'The Economist' também já aponta Harris à frente, que tem atualmente 52 chances em 100. Trump, por sua vez, aparece com chances de 48 em 100.
"Depois de prever por muito tempo uma vitória de Trump, outros modelos estão tardiamente começando a se alinhar com As Chaves da Casa Branca", diz o historiador Allan Lichtman, referindo-se ao sistema de previsão que desenvolveu, baseado em 13 chaves para determinar o futuro presidente dos EUA.
Ele previu e acertou o resultado de nove de dez eleições presidenciais nos Estados Unidos desde 1984. Sua aposta é uma vitória de Harris. Antes de a candidata entrar na disputa, Lichtman também previa que o presidente dos EUA, Joe Biden, era o favorito para vencer Trump.
Já na Polymarket, as chances de Harris aumentaram, mas Trump continua como favorito. Há pouco, apontavam para 59,5% para o republicano contra 40,6% da democrata. No início da semana, estava em 66% e 34%, respectivamente.
Na Pensilvânia, que pode definir as eleições americanas, Trump tem 47,9% enquanto Harris está com 47,7%, na projeção do FiveThirtyEight.
Reviravolta também nas previsões para as eleições no Congresso dos EUA. O Inside Elections, um provedor de análise eleitoral não partidária, deu aos democratas uma vantagem ao inverter o controle da Câmara pela primeira vez em todo o ciclo, prevendo que o partido de Harris pode ganhar 214 assentos em comparação com 214 para os republicanos e apenas oito vagas classificadas como indecisas. A disputa deve se concentrar na Califórnia, onde há quatro cadeiras incertas.
Contato: aline.bronzati@estadao.com
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