Jairo José da Silva
Golpes de Estado são manobras ilegais para a tomada de controle do Estado e vêm em vários tipos e sabores. Há os amargos e violentos e há os repugnantes e oportunistas.
O golpe desferido pelo STF foi do segundo tipo, o de 64 foi do primeiro. Já o golpe do táxi arrisca ser do tipo ridículo. Ou puramente fantasioso.
Eu não duvido nada que tenha havido militares sonhando com golpe, mas como disse o poeta, há distância entre intenção e gesto.
São duas as precondições de um líder golpista: ter controle de gente e acesso a armas. Ele precisa ter certeza de que a uma ordem sua haverá pessoas armadas sob seu comando dispostas a atirar.
Quais dentre os investigados satisfazem esse critério? Se nenhum, podem engavetar a investigação. Não há tentativa de golpe sem a possibilidade material do golpe. Seria como acusar alguém que apontou o dedo a uma pessoa e disse “bam! bam!” de tentativa de assassinato.
A menos que esse suposto golpe seja só um capítulo de outro, anterior, o golpe do STF.
Aí sim, ele será elevado à categoria de perigo máximo. Com ou sem táxi.
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