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Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: De novo, compra de bolsas e obrigações ontem. O mais importante: a estabilização no formato recuperação suave das obrigações (redução de yields), porque isso afasta a possibilidade de um ajuste brusco do mercado. Os bancos centrais voltam a atuar como anjos da guarda das obrigações quando estas sofrem. Não se pode garantir que isto seja assim, mas é a alternativa mais provável. 


Good vibes today. Arrancamos o dia com Broadcom a subir +4,6% em aftermarket depois de publicar, ontem à noite, no fecho de Nova Iorque, resultados 2T e guidance 3T melhores do que o esperado. E com o Japão a subir quase +1% depois de Trump assinar, ontem, a ordem executiva de reduzir os impostos alfandegários sobre os automóveis japoneses desde 27,5% até 15% e prometer (?) não aplicar impostos alfandegários na aeronáutica. Já se sabia, mas a execução elimina incertezas. Mazda +3%, Nissan +2%, Toyota +1,5%... A chave será o emprego dos EUA de hoje, às 13:30h: Payrolls ou Criação de Emprego Não Agrícola 75k vs. 73k; Desemprego 4,3% vs. 4,2%. O melhor desenvolvimento seria alguma debilidade que reforçasse a expetativa de que a Fed continuará a baixar taxas de juros além da sua reunião de 17 de setembro, para a qual estão absolutamente descontados -25 p.b., até 4,00/4,25%. Este desenvolvimento é provável, porque ontem o Inquérito ADP de Emprego Privado saiu fraco: 54k vs. 68k esperado vs. 106k anterior.


EMPRESAS: Além de Broadcom, ontem Sanofi -9% por un fracasso no seu novo medicamento para eczema, e Lululemon -16% em aftermarket após rever em baixa o seu guidance para 2025 pela 2.ª vez. 


MACRO: Um par de dados fracos publicados à 1.ª hora, embora com pouca influência. Alemanha: Pedidos à Fábrica -3,4% vs. -0,6% esperado vs. +1,7% anterior. Reino Unido: Vendas a Retalho +1,1% vs. +1,3% esperado vs. +0,9% anterior.


POLÍTICA: O LDP governante no Japão votará, na segunda-feira, se Ishiba, atual PM, continua ou não. Poderá ser substituído por Takaichi, crítico com as subidas de taxas de juros do BoJ e mais dovish que Ishiba; isto é, fiscalmente mais laxo. Isso é mau para as obrigações japonesas, que têm vindo a sofrer por isso (O30A 3,24%), e depreciação para o yen (173/€). Mas poderá terminar por favorecer o PIB e a bolsa.


CONCLUSÃO: É provável que as bolsas aguentem o fecho semanal a subir (+0,2%/+0,4%?), como ontem ou um pouco menos, graças a Broadcom, Japão e emprego americano. A atenção estará na provável queda do governo na França na segunda-feira (moção de confiança) e na reunião do BCE na quinta-feira (repetir em 2,00/2,15%), e no aumento da inflação dos EUA até +2,9% desde +2,7%. Esse será um fluxo de notícias pior, portanto na próxima semana, o tom deverá ser menos firme. 


NY +0,8% US tech +0,9% US semis +1,3% UEM +0,4% España +0,6% VIX 15,3% Bund 2,71% T-Note 4,15% Spread 2A-10A USA=+57pb B10A: ESP 3,31% PT 3,14% FRA 3,49% ITA 3,60% Euribor 12m 2,190% (fut.2,183%) USD 1,165 JPY 172,7 Ouro 3.531$ Brent 67,1$ WTI 63,5$ Bitcoin -0,1% (110.709$) Ether +1% (4.369$). 


FIM

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