"" *A despedida insólita de um aspone excêntrico*
Musk, que deixa de comandar ao trabalho de sapa que vinha conduzindo desde janeiro, é apenas o desvario mais evidente de uma tropa de assessores excepcionalmente desqualificados para as funções que mal exercem, sempre vigiados e totalmente submissos a outros desvarios próprios ao ignorante, incompetente e malvado chefe que desgoverna uma grande nação.
Seus eleitores, fascinados com a conversa enganosa da restauração de glórias antigas, não atilam adequadamente sobre o mal que os atingem, mas é preocupante para o mundo que os plutocratas econômicos e os grandes caciques políticos não sejam capazes de atuar de modo decisivo para conter a sanha destrutiva do personagem.
É evidente a todos os observadores mais atentos que o ególatra no poder está destruindo tudo o que o império construiu pacientemente (e com alguns golpes por vezes mais contundentes) ao longo das últimas oito décadas, inclusive a sua capacidade de liderança.
Forças adversas contemplam o desmantelamento do multilateralismo perpetrado pelo megalomaníaco como forma indireta de reforçar o seu próprio poder sobre instituições e mecanismos de relações internacionais, abrindo espaço para a tal “nova ordem global multilateral” que pretendem criar.
Vai deixar terra arrasada atrás de si.
Do ponto de vista das potências médias que contemplam o trabalho de destruição da ordem em vigor, algumas se coordenam entre si para reforçar a capacidade de resistência, embora algumas outras, mal avisadas por suas lideranças ignorantes ou mal instruídas pela diplomacia profissional, insistem em se aliar a um ou aos dois impérios alternativos.
A história não se repete; ela pode até rimar, como pretendem alguns. Mas, dado seu caráter insólito e totalmente imprevisível, ela pode dar alguns soluços bizarros, sob a ação de fatores contingentes, como os que atualmente se apresentam, sob a forma de cleptocratas imperiais e agressivos e de auxiliares solícitos insuspeitados."
Embaixador Paulo Roberto Almeida
Brasília, 31/05/2025
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