sexta-feira, 11 de novembro de 2016

ORTODOXOS E HETERODOXOS

A Ciência Econômica, para o bem, ou para o mal, permite a existência de diferentes correntes teóricas. Basicamente, de um lado, os keynesianos, com suas nuances, do outro, os neo-clássicos, também com suas variantes. Traduzindo, teríamos os heterodoxos e os ortodoxos. 
Passados séculos na evolução do pensamento eco, é triste constatar, no entanto, como estas duas correntes se escondem nos seus pedestais e pouco avançam no debate econômico....
Depois do Plano Real, com o bem sucedido processo de estabilização, pensava "cá com os meus botões", que polêmicas sobre como operar o mix de políticas econômicas, com a fiscal e a monetária, complementares e efetivas, estariam superadas. De um lado, o BACEN, como "guardião da moeda" e na fiscalização do sistema financeiro, do outro, o Tesouro, evitando descontrole das contas públicas, sob a égide da LRF....Em torno disso, a necessidade de preservar o tripé de política eco, com câmbio flutuante amortecendo volatilidades, a LRF, mantendo a disciplina fiscal, e o sistema de metas de inflação, na perseguição ao centro da meta de 4,5%.
Qual a minha surpresa, na gestão Dilma, tudo isto acabou abandonado, em nome de uma heterodoxia infantil e tosca. Todos os nossos ensinamentos nestes 50 anos de combate à inflação e estabilização econômica, acabaram abandonados e inventaram a tal "nova matriz macro"....Todo o amadurecimento em torno da teoria econômica e de certo princípios básicos para o bom funcionamento da economia, acabaram abandonados ou jogados no lixo....

Agora estamos tentando restabelecer certa racionalidade na gestão pública, com a Reforma da Previdência e a PEC do teto das despesas, ambas medidas consideradas urgentes. Não cabe mais este debate estéril entre ortodoxos e heterodoxos. Tem q ser feito e fim de papo. 

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