No Brasil, Até a Direita É de Esquerda
Aqueles que acham que a Direita irá vencer “o sistema” e as eleições em 2026, tomem um calmante e leiam.
No Brasil, os rótulos políticos são uma farsa.
Aquilo que se vende como “direita” nada mais é do que uma máquina de poder estatizante, travestida de moralismo conservador, retórica liberal e verniz católico.
Basta um arranhão na superfície e se revela o que ela realmente é: uma esquerda disfarçada, dependente do Estado, populista, patrimonialista e antimeritocrática.
Lula, o sindicalista, só chegou à Presidência graças a um empresário que se fantasiou de vice-presidente: José Alencar. O mercado aplaudiu.
Alencar queria salvar sua empresa, nem isso conseguiu. Seu filho virou Presidente da FIESP. Skaf outro Presidente da Fiesp se candidatou governador pelo Partido Socialista. Nem escondem mais.
Quando Lula voltou em 2022, graças a Geraldo Alckmin , um político da velha guarda paulista, simpatizante do Opus Dei, injustamente considerada Extrema Direita.
No Brasil, a esquerda governa com o aval da “direita”.
As grandes famílias empresariais brasileiras que posam com medalhas de “empreendedorismo” , não são capitalistas. Até ajudam vide Meirelles, Furlan , Gerdau, A Globo.
A Extrema DIreita vive de empréstimos subsidiados do BNDES, renúncias fiscais, tarifas protecionistas e contratos públicos.
Bancam think tanks de Esquerda, patrocinam pautas ESG, e falam em “inclusão” para agradar, porque sabem que o dinheiro virá do contribuinte, não do mérito.
Um empresariado de Direita pediria menos Estado, menos impostos, mais competição, fim da apropriação de nossas contribuições previdenciárias.
No Brasil, eles pedem mais favores, mais proteção, mais intervenção. Isso não é capitalismo. É socialismo para os ricos.
Tarcísio de Freitas, hoje apresentado como o “nome técnico da nova Direita a”, fez sua carreira no governo Dilma Rousseff. .
Que tipo de “funcionario publico ” mesmo sendo de direita aceita convite para servir no núcleo duro do petismo?
Não há dúvida que Tarcísio seria muito melhor que Lula, mas com um Estado literalmente quebrado, obras não é a prioridade.
Metade da classe média brasileira, a mesma que diz odiar o PT, vive do Estado. São funcionários públicos com estabilidade, aposentadorias especiais e salários acima da média.
Essa base “conservadora” luta contra qualquer reforma: da previdência, da educação, da administração pública.
São contra o mérito, contra a eficiência, contra a concorrência.
Um Estado grande não existe sem uma classe média que o defenda com unhas, dentes e greves.
A melhor evidência é a idolatria da Direita com Fernando Henrique Cardoso, o ícone do “centro-direita” acadêmico brasileiro, que sempre se declarou social-democrata, sua esposa se declarava comunista .
Seu governo expandiu programas sociais, criou agências reguladoras inchadas e consolidou a ideia de que tudo se resolve com mais Estado.
A Direita simplesmente não existe.
Enquanto a esquerda possui um brilhante estrategista que é José Dirceu, que por 30 anos prepara o desfecho em 2026, a Direita não tem um estrategista, uma think tank, um porta-voz, todos quietos e envergonhados.
Acho que José Dirceu teme demais um resurgimento de uma Direita no Brasil ou no mundo. Passamos o ponto de não retorno. Ele é a pessoa para se escutar daqui para frente.
O Brasil não tem uma Direita e uma Esquerda.
Tem duas esquerdas: uma escancarada e revolucionária, e outra engravatada, institucional e dissimulada.
Se você não pretendem mudar e ficar no Brasil, pelo menos acorde. Se prepare para mais do mesmo. Conselho de amigo.
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