sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal


SESSÃO: Ontem, tudo bem, como estimado nos desenvolvimentos mais prováveis e razoáveis. O BCE repetiu em 2,00/2,15% Depo/Crédito, sem orientar sobre movimentos seguintes, e reviu em alta o PIB e a Inflação, portanto foi interpretado como hawkish/duro e o euro depreciou-se desde 1,168/€ até 1,173/€. E a inflação americana aumentou até +2,9% desde +2,7%, sem surpreender positivamente apesar dos bons Preços Industriais publicados na quarta-feira. Sem dano para o mercado, este dedicou-se a subir outra vez. Tanto as bolsas como as obrigações.


Mas o bom tom das obrigações nas últimas horas é mais chamativo do que a subida das bolsas: o T-Note aproxima-se muito de 4% (4,03%), enquanto ITA está prestes a tornar-se a nova FRA: 3,48% vs. 3,43%. Com o diagnóstico sobre ITA a evoluir para melhor e a deterioração política/fiscal de FRA, as obrigações italianas substituem as francesas, pouco a pouco. E o melhor desta convergência de yield é que ocorre principalmente pela redução da italiana e não pela elevação da francesa, que aguenta muito bem e até se reduz um pouco (novamente, os balanços gigantes dos bancos centrais; lembrete: o BCE tem 30% da dívida emitida pelos governos europeus).


HOJE, os futuros vêm a subir um pouco mais (ca. +0,2%). A referência é a Confiança da Univ. de Michigan (15 h), que se espera mais ou menos lateral (58,0 vs. 58,2), mas o mais importante são as suas componentes de expetativas de inflação, que agora estão em +4,8% a 1 ano e +3,5% a 5 anos, que vêm a reduzir-se e sobre as quais não se realizam estimativas. Este dado pode determinar o fecho de uma semana que foi bastante boa para as bolsas (Nova Iorque +1,6%; Semis EUA +4,1%; Europa +1,3%) e que, por isso, seria normal que a sessão de hoje se movesse de mais a menos, inclusive sem motivo que o provoque.


Excecionalmente para uma sexta-feira, após o fecho do mercado, S&P anunciará a sua revisão sobre ESP, que poderá melhorar em algum aspeto, ao julgar pela boa evolução do prémio de risco (57 p.b. vs. 79 p.b. FRA vs. 83 p.b. ITA)… e, caso melhore um pouco, parece o mais provável que seria a sua Perspetiva desde Estável até Positiva, deixando rating em A. E Fitch revê FRA e PT. PT só melhora desde 2018 (quando estaba em BBB e agora em A-), enquanto França só piora desde 2013 (estava em AA+ e agora AA-). FRA poderá piorar e PT melhorar, se mover um pouco. 


CONCLUSÃO: O tom é bom, mas após uma semana tão boa com Michigan apenas às 15 h, deverá decair progressivamente até aplanar ou realizar lucros milimétricos, embora isto não esteja insinuado na pré-abertura. Será um dia de movimentos em intervalos estreitos, pouco interessante. A atenção mover-se-á para a Fed da próxima quarta-feira, que será muito importante porque moverá, pelo menos, -25 p.b. até 4,00/4,25%, mas não é impossível (embora sim improvável) que sejam -50 p.b. e, em todo o caso, a abordagem de Powell será determinante para apreciar em que medida continuará a baixar com base num emprego mais débil. 


NY +0,8% US tech +0,6% US semis +0,6% UEM +0,5% España +0,7% VIX 14,7% Bund 2,65% T-Note 4,03% Spread 2A-10A USA=+49pb B10A: ESP 3,22% PT 3,06% FRA 3,43% ITA 3,48% Euribor 12m 2,168% (fut.2,127%) USD 1,173 JPY 173,0 Ouro 3.652$ Brent 65,9$ WTI 61,9$ Bitcoin +1,3% (115.651$) Ether +2,9% (4.550$) 


FIM

BDM Matinal Riscala

 Esperando Trump

12 de setembro de 2025

Por Rosa Riscala e Mariana CiscatoAtualizado há 5 horas

… A preliminar de setembro do sentimento do consumidor de Michigan nos Estados Unidos e, no Brasil, o volume de serviços em julho são os destaques entre os indicadores, enquanto os mercados se preparam para as decisões do Fed e do Copom, na próxima quarta. Mas hoje repercute a condenação de Bolsonaro a 27 anos e 3 meses e de todos os demais réus no julgamento da trama golpista, encerrado ontem à noite pelo STF. A preocupação é de uma eventual reação do presidente Trump, que já disse ter ficado “muito surpreso e descontente” com o veredito, e também com o movimento da oposição no Congresso, que se articula para pautar um projeto de anistia.


… Por quatro votos a um (Fux foi a única divergência), a Primeira Turma do STF acatou integralmente as denúncias da PGR e o voto do relator, Alexandre de Moraes, condenando o ex-presidente como líder da organização criminosa que tentou o golpe de Estado.


… Como era esperado, Jair Bolsonaro recebeu a maior pena, que será cumprida em regime inicial fechado.


… Os demais réus foram condenados a penas de: 24 anos e 9 meses (general Braga Netto), 24 anos (Anderson Torres e almirante Almir Garnier), 21 anos (general Heleno), 20 anos (general Paulo Sérgio Nogueira) e 17 anos (Alexandre Ramagem), que também perdeu o mandato.


… O réu-colaborador, tenente-coronel Mauro Cid, foi favorecido pelo acordo de delação e cumprirá 2 anos em regime aberto.


… Todos os réus, inclusive Bolsonaro, foram declarados inelegíveis por 8 anos a partir da sentença.


… Além de condenar o núcleo principal do golpe de Estado, o Supremo sentenciou Bolsonaro e os demais sete réus ao pagamento de indenização solidária, por meio de dias-multa fixados individualmente para todos os condenados, que somam R$ 30 milhões.


… O cumprimento das penas não é imediato porque os réus ainda poderão recorrer em um prazo de 15 dias após a publicação do acórdão para a interposição de embargos infringentes e de declaração, que são encaminhados à PGR e voltam para julgamento na Primeira Turma.


EXPECTATIVA COM SANÇÕES – Na primeira reação à condenação de Bolsonaro, o presidente Trump disse que assistiu o julgamento, qualificado por ele como “terrível” e “muito ruim” para o Brasil, afirmando que está “muito descontente” com o resultado.


… “É muito surpreendente que isso tenha acontecido. É muito parecido com o que tentaram fazer comigo, mas não conseguiram. Só posso dizer o seguinte: eu conheci Bolsonaro como presidente do Brasil. Achei que ele foi um bom presidente, é um homem bom.”


… O presidente Trump não respondeu aos repórteres da Casa Branca se pretende decidir novas ações contra o Brasil.


… Aliados de Bolsonaro e seu filho Eduardo esperam novas sanções a autoridades do Supremo e do governo federal, e falam em restrições de mais vistos e de mais punições financeiras, como a aplicação da Lei Magnitsky, que atingiu o ministro Alexandre de Moraes.


… Há ainda conversas sobre suspender algumas das 700 exceções dadas pelo governo americano na tarifa de 50% a produtos brasileiros.


… No X, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, publicou uma mensagem em tom de ameaça após o veredito da Primeira Turma do STF. “Os Estados Unidos responderão de forma adequada a essa caça às bruxas.”


… Em sua mensagem, Rubio acusou Alexandre de Moraes de fazer “perseguições políticas” e o chamou de “violador de direitos humanos”.


BRASIL REAGE – Também nas redes sociais, o Itamaraty respondeu à ameaça do secretário americano, dizendo que não intimidará a democracia brasileira. “O Brasil continuará a defender sua soberania de agressões e tentativas de interferência, venham de onde vierem”.


… Segundo a nota, “as instituições democráticas brasileiras deram sua resposta ao golpismo”.


… Após a condenação de Bolsonaro, o presidente Lula disse que seu governo não teme novas sanções dos Estados Unidos contra o Brasil, mas prometeu “reagir”, se novas medidas forem tomadas contra a economia e as instituições brasileiras.


… “Nós iremos reagir se medidas forem tomadas. Não tem provocação, qualquer coisa que fizermos será uma resposta à provocação dos Estados Unidos. [Mas] vou adotar todas as reciprocidades que forem necessárias”, afirmou em entrevista ao Jornal da Band.


… Em seguida, Lula voltou a dizer que está disposto a negociar e que não tem interesse em disputas com outros países. “Estou me comportando com muito cuidado e sutileza democrática. Estou à disposição para negociar. Não quero briga com ninguém.”


NEGÓCIOS À PARTE – O secretário Marco Rubio pode até aplicar novas leis Magnitsky, mas os sinais são mais favoráveis para as tarifas, com algumas revisões acontecendo, como a isenção da sobretaxa de parte da exportação de celulose e ferro-níquel do Brasil.


… O MDIC informou, nesta quinta-feira, que os Estados Unidos isentaram a maior parte das exportações brasileiras no setor.


… No ano passado, o Brasil exportou US$ 1,84 bilhão de celulose e ferro níquel aos Estados Unidos, o que representa 4,6% do total exportado para aquele país. Esses itens se somam a outros produtos que já estão fora do alcance das tarifas adicionais.


ANISTIA – Aliados de Bolsonaro veem brecha para pedir a anulação do julgamento no STF, após o voto do ministro Luiz Fux, único a pedir a absolvição do ex-presidente e a afirmar que a Corte não tinha competência para julgar o caso.


… Mas eles preferem trabalhar pela anistia já, cujas negociações estão bastante adiantadas no Congresso.


… Segundo apurou a CNN, o presidente da Câmara, Hugo Motta, se comprometeu com a oposição, em reunião de líderes, a tratar a pauta como prioritária já na próxima semana, garantindo ao menos a votação da urgência do projeto.


… O líder do PL, Sóstenes Cavalcante, reuniu-se ontem à noite com presidentes do União e do PP para tratar do tema. Segundo ele disse ao Globo, a anistia ganha urgência após a condenação de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal.


… Na Folha, bolsonaristas pressionam para que o relator do projeto de anistia seja do Centrão.


… Já no Valor, a ministra Gleisi Hoffmann disse que “votar a anistia logo depois do julgamento é dar um tapa na cara do Supremo”. Segundo ela, o governo é contrário a qualquer modelo de perdão. “Não há negociação, nem para anistia branda, nem para anistia total.”


… Gleisi disse que o governo tem duas prioridades no Congresso na próxima semana: a primeira é impedir a análise da proposta que concede a anistia e a segunda, aprovar a MP da tarifa social da conta de luz, que perde a validade na quarta-feira, 17.


TARCÍSIO – Candidato a substituir Bolsonaro na disputa presidencial do ano que vem, o governador de SP se empenha nas articulações para o projeto de anistia. Na semana que vem, ele volta a Brasília. Esse é o combinado com o Centrão para ganhar o apoio do ex-presidente.


… Após o veredito do STF, Tarcísio disse que Bolsonaro e os réus condenados foram vítimas de “sentença injusta, com penas desproporcionais”.


… “Se não se pode transigir com a impunidade, também não se pode desprezar o princípio da presunção da inocência, condenando sem provas”, escreveu Tarcísio nas redes sociais. “A história se encarregará de desmontar as narrativas e a justiça ainda prevalecerá”.


… Segundo o Estadão, Tarcísio foi aconselhado por auxiliares a submergir e evitar declarações públicas ou entrevistas, depois de ter se excedido no discurso do 7 de Setembro em protesto bolsonarista, na Paulista, quando chamou Alexandre de Moraes de “tirano”.


… Já em clima eleitoral, Lula disse na entrevista à Band que “Tarcísio é serviçal de Bolsonaro e não tem personalidade própria”.


PESQUISAS – Enquanto o STF condenava Bolsonaro, duas pesquisas indicavam melhora na aprovação de Lula.


… No Datafolha, a aprovação do presidente subiu de 29% em julho para 33%, no maior nível desde dezembro de 2024, enquanto a reprovação caiu de 40% para 38% no mesmo período. Já no instituto Ipsos/Ipec, a oscilação foi ainda maior.


… A avaliação positiva de Lula subiu cinco pontos percentuais entre junho e setembro. Para 30%, o governo é ótimo ou bom (era 25%), enquanto 31% avaliam como regular (de 29% em junho) e 38% consideram a gestão ruim ou péssima (de 43% em junho).


… As pesquisas coincidiram com um esfriamento dos negócios no mercado financeiro (leia abaixo).


AGENDA – O IBGE solta às 9h o volume de serviços em julho, que deve emplacar a sexta alta consecutiva, diante da renda em nível historicamente alto. A previsão é de aceleração de 0,3% em junho para 0,4% em julho. 


… As estimativas em pesquisa do Broadcast são todas positivas e variam de 0,1% a 0,8%.


… Na comparação anualizada, a mediana das apostas do mercado indica avanço de 2,8%, repetindo a variação observada em junho. As projeções para esta leitura, também todas de alta, variam de 2,1% a 3,5%.


… Ainda às 9h, saem os dados regionais da produção industrial de julho.


… No câmbio, o BC realiza, às 10h30, dois leilões de linha (até US$ 1 bilhões no total) para rolagem.


LÁ FORA – As expectativas de inflação de 1 ano e 5 anos embutidas na leitura preliminar de setembro do sentimento do consumidor, medido pela Universidade de Michigan, às 11h, não mudam a aposta de corte do juro semana que vem.


… Mesmo eventual pressão nos preços será ignorada pelo Fed, que tem no foco o enfraquecimento do emprego.


… Às 14h, saem os dados americanos da Baker Hughes sobre poços e plataformas de petróleo em operação.


… Os mercados financeiro já amanhecem com o CPI alemão de agosto e a produção industrial de julho no Reino Unido, divulgados às 3h. O BC da Rússia informa, às 7h30, a sua decisão de política monetária.


COADJUVANTE – Apesar de levemente superior ao consenso, a inflação americana do CPI não abalou em nada a certeza de que o Fed vai abrir o ciclo de cortes do juro semana que vem, sob o protagonismo do emprego fraco.


… Dias depois do payroll desaquecido, ontem, veio a surpresa com o auxílio-desemprego, que registrou alta semanal de 27 mil pedidos, para 263 mil, superando bastante a estimativa de que alcançasse apenas 231 mil solicitações.


… O indicador entrou para a coletânea que confirma a fraqueza do mercado de trabalho (enfatizada por Powell em Jackson Hole) e dá ainda mais bala para o Fed justificar o início próximo do processo de relaxamento monetário.


… O BC americano não deixa maior dúvida de que a sua prioridade no momento é recuperar o ritmo da mão de obra, deixando em segundo plano, pelo menos temporariamente, o impacto do tarifaço nas pressões inflacionárias.


… Até mesmo porque, a inflação não tem exibido qualquer choque mais assustador à política protecionista de Trump. O CPI subiu 0,4% na passagem de julho para agosto, pouco acima da alta esperada pelos analistas, de 0,3%.


… Na base anualizada, o avanço de 2,9% veio em linha com as expectativas. O núcleo do indicador registrou crescimento de 0,3% na margem e de 2,9% na comparação anual, também alinhado às projeções de Wall Street.


… O resultado do CPI sem sustos, combinado à deflação do PPI e ao PCE abaixo das estimativas em agosto, dá sinal verde para o Fed concentrar os seus esforços na melhora do emprego, que deve exige cortes em série dos juros.


… O BofA, que até bem pouco tempo atrás descartava um desaperto monetário este ano, agora não apenas espera uma redução em setembro e outra na reunião de dezembro, como cogita também que o Fed possa agir em outubro.  


… Agora, a chance de virem três cortes seguidos supera 80% na ferramenta do CME, de cerca de 60% antes.


… Para a semana que vem, a aposta principal e ampla é de queda de 25 pontos-base (92,7%), com chances isoladas (7,3%) de um ajuste mais agressivo, de 50 pontos-base, apesar das pressões de Trump e de seus aliados sobre o Fed.


… Trump ainda pressiona a Justiça para analisar até segunda-feira, 15, o recurso contra a decisão judicial que impediu demissão de Cook do Fed. A data coincide com a véspera do início da próxima reunião do Fed, na quarta, 17.


… À caça do substituto de Powell, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, teve reuniões nos últimos dias com os ex-dirigentes do Fed Lawrence Lindsey, Kevin Warsh e James Bullard, para acrescentar nomes à lista de cotados.


… Também estão no páreo o diretor do Conselho Econômico, Kevin Hassett, e o atual Fed boy Christopher Waller.


OLÉ! – A perspectiva de retomada do ciclo de cortes pelo Fed, após o jejum desde janeiro, inspirou ontem o bull market nas ações, com recordes nas bolsas em Nova York e no Ibovespa, e levou o dólar a furar o nível de R$ 5,40.


… Na mínima do dia, a R$ 5,3751, a moeda americana chegou a testar o menor patamar em mais de um ano, antes que a melhora na popularidade de Lula apontada pela pesquisa Datafolha precipitasse algum ajuste do alívio.


… No fechamento, o dólar à vista desacelerava a queda de 0,27%, cotado a R$ 5,3922. Seguiu à risca a onda externa: o índice DXY caiu 0,25%, a 97,531 pontos, no dia que reforçou o distanciamento entre as políticas do Fed e do BCE.


… Enquanto o juro americano está muito perto de inaugurar sua sequência de cortes, por outro lado, o mercado já está dando por encerrado o ciclo dovish do BCE, embora Lagarde diga que tudo será decidido a cada reunião.


… Fontes da Bloomberg dizem que o BCE está inclinado a manter taxas de juros inalteradas, exceto em caso de choque econômico. Um corte em outubro está praticamente descartado, apesar de dezembro ainda dar jogo.


… Neste contexto, o euro subiu 0,33%, para US$ 1,1741, e a libra esterlina ganhou 0,37%, a US$ 1,3580.


… Antecipando a sequência de cortes do Fed que vem por aí, as taxas dos Treasuries tocaram no intraday os menores níveis desde setembro. O yield da Note-2 anos fechou a 3,539% (de 3,540%) e o de 10 anos, a 4,021% (de 4,040%).


… Mas aqui a Datafolha melou a curva do DI, que zerou as baixas, descolando-se dos títulos americanos.


… De olho no prestígio de Lula, com a aprovação do governo nos melhores níveis desde dezembro, os juros futuros recolheram o apetite por risco e terminaram em leve alta, na contramão das taxas dos Treasuries e do dólar.


… No fechamento, o DI para Jan/26 marcava 14,895% (contra 14,896% no ajuste anterior); Jan/27 retomou os 14%, a 14,030% (de 13,999%); Jan/29, 13,215% (de 13,186%); Jan/31, 13,465% (de 13,440%); e Jan/33, 13,600% (13,605%).


MEDINDO AS PALAVRAS – Às vésperas do Copom, Lula disse à Band que não iria falar mal publicamente de Galípolo, a quem no passado já chamou de “menino de ouro”, mas cobrou um timing para o Copom começar a baixar a Selic.


… “Galípolo sabe que a taxa de juro está alta, eu sei, todos sabem. Mas vai começar a baixar, talvez ainda este ano.”


… Ainda aproveitou para reforçar as críticas ao mercado financeiro e aos banqueiros por ficarem “nervosos” quando o seu governo anuncia medidas voltadas aos mais pobres e acusou a Faria Lima de estar ligada ao crime organizado.


… A grande maioria das instituições consultadas pelo Broadcast (28 de 38) acredita que a Selic não deve sair de 15% este ano, enquanto uma minoria (10) especula com a possibilidade de o Copom já derrubar o juro em dezembro.  


… Estas apostas minoritárias de corte antecipado respondem aos sinais de desaceleração da atividade econômica e de ancoragem das expectativas de inflação, embora o BC ainda não esteja convencido de que já é hora de aliviar.


… Ontem, na nova edição do boletim macrofiscal, a Fazenda reduziu a previsão para o IPCA deste ano de 4,9% para 4,8% (ainda acima do teto da meta, de 4,5%) e manteve a estimativa para a inflação de 2026 em 3,6%.


… A projeção de crescimento do PIB em 2025 caiu de 2,5% para 2,3%, e para 2026, foi mantida em 2,4%. Os números continuam mais otimistas do que as medianas do último relatório Focus, de 2,16% e 1,85%, respectivamente.


ATAQUE AO CUME – A Datafolha afastou o Ibovespa da marca histórica dos 144 mil pontos no intraday, aos 144.012,50 pontos. Ainda assim, a bolsa renovou recorde de fechamento, aos 143.150,03 (+0,56%).


… Melhor: o volume financeiro cresceu para R$ 24,5 bilhões, comprovando o apetite comprador, embalado pela aposta em mais queda do juro nos Estados Unidos. Foi o terceiro pico do Ibovespa nas últimas duas semanas.


… Confiante de que o ambiente mais positivo, com queda do dólar e inflação sob controle, possa refrear a inadimplência, os papéis dos bancos subiram em bloco e ajudaram a empurrar a bolsa para os recordes duplos.


… Bradesco PN engatou alta de 0,95%, para R$ 17,03; Bradesco ON registrou valorização de 1,04%, a R$ 14,57; BB ON subiu 0,77%, a R$ 22,22, e foi a ação mais negociada; Itaú ganhou 0,18%, a R$ 37,95; e Santander, +1,08% (R$ 28,98).


… Vale desafiou a queda de quase 1% do minério de ferro e avançou 0,78%, negociada a R$ 57,02.


… Já Petrobras não resistiu à realização do petróleo Brent, que interrompeu três pregões seguidos em alta e caiu 1,65%, para US$ 66,37, com temores a respeito dos níveis de oferta da commodity, que podem ficar saturados.


… Petrobras ON recuou 1,05%, para R$ 34,05, enquanto os papéis PN perderam 0,38%, cotados a R$ 31,39.


… Na cola do Fed, o Dow Jones cruzou a barreira inédita dos 46 mil pontos, em alta expressiva de 1,36%, a 46.108,00 pontos. Também nas melhores marcas de todos os tempos, o S&P 500 ganhou 0,85%, aos 6.587,47 pontos.


… O Nasdaq avançou 0,72% e estabeleceu a sua mais nova máxima histórica aos 22.043,07 pontos.


CIAS ABERTAS – PETROBRAS participará do leilão de reserva de capacidade em elaboração pelo governo federal, afirmou a diretora-executiva de Transição Energética e Sustentabilidade da companhia, Angélica Laureano…


… A executiva disse que a estatal deve colocar produtos com etano no mercado “em curto espaço de tempo”.  


TELEFÔNICA. Conselho de Administração aprovou o pagamento de JCP no valor de R$ 400 milhões, o equivalente a R$ 0,1247 por ação, com pagamento até 30 de abril de 2026; ex em 23 de setembro. 


TIM. Conselho de Administração celebrou contratos relacionados ao projeto de autoprodução de energia.


SANTOS BRASIL informou, por fato relevante aos investidores, que a controladora CMA Terminals Atlantico adquiriu 42,07% das ações da companhia em OPA, por R$ 5,2 bilhões, e assumiu 93,07% do capital social.


AOS ASSINANTES DO BDM, BOM DIA E BONS NEGÓCIOS!

Bolsonaro nao vale uma missa

 Bolsonaro não vale uma missa


Os partidos devem refletir se vale a pena ampliar as tensões institucionais, paralisando o País neste momento importante, só para livrar da cadeia um desqualificado como o ex-presidente


10 set. 2025

Estadão Editorial 


Ao aceitar pagar o preço de se converter ao catolicismo para ser coroado rei da França, o protestante Henrique de Navarra, em 1593, saiuse com esta: “Paris bem vale uma missa”. E Jair Bolsonaro, vale uma missa?


Em outras palavras: vale a pena ampliar as tensões institucionais e paralisar o avanço de projetos importantes para o Brasil só para tentar livrar da cadeia um completo desqualificado como Bolsonaro?


Parte considerável do establishment político parece considerar que sim. Bolsonaro é muito útil para essa turma, pois desde as eleições de 2018 provou-se capaz de eleger muita gente só ao abrir a boca e declarar apoio. Nem sempre foi assim: recordese que na campanha de 2018, mesmo aparecendo bem nas pesquisas de intenção de voto, Bolsonaro teve de se abrigar num partido nanico, o PSL, para disputar a Presidência, porque a maior parte do Centrão estava na coligação do tucano Geraldo Alckmin, que terminou o primeiro turno com vergonhosos 5% dos votos. Antes visto como tóxico, Bolsonaro, após o estrondoso triunfo de 2018, passou a ser tido como a grande liderança de uma direita que até então não se assumia publicamente como tal. Não é algo trivial, num país em que chamar alguém de direitista era (e para muita gente continua a ser) equivalente a xingar de reacionário e golpista.


Bolsonaro, portanto, foi uma espécie de libertação. Deu corpo e voz a uma multidão de eleitores que gostariam de se assumir orgulhosamente de direita e não tinham representantes na política tradicional que refletissem essa aspiração. Os partidos invertebrados que farejam o poder logo perceberam que havia um grande mercado do voto pronto para ser conquistado, e Bolsonaro era o produto ideal: boquirroto, indiferente a partidos e saudoso da ditadura militar – considerada uma “era de ouro” que precisava ser resgatada antes que a baderna esquerdista terminasse de destruir o Brasil. Quando se provou extremamente competitivo contra o demiurgo Lula da Silva e o poderoso PT, Bolsonaro ganhou status de “mito”, que conserva até hoje.


O problema de ganhar uma eleição para presidente, contudo, é que o vencedor precisa governar, e Bolsonaro até então havia sido apenas um deputado do baixíssimo clero que só administrava os lucrativos negócios da família com rachadinhas e compra e venda de imóveis em dinheiro vivo. Sem qualquer experiência executiva e sem nenhum cacoete democrático, Bolsonaro não passou de um histrião, incapaz de articular qualquer pensamento coerente para conduzir o Brasil. O resultado disso foi um governo desastroso, irresponsável durante a pandemia e que não entregou quase nada do que prometeu, notabilizando-se apenas pelas crises institucionais que criou. De quebra, ressuscitou Lula da Silva.


Sua grande marca no governo foi o golpismo, do qual resultaram os planos para se aferrar ao poder com a ajuda de militares, culminando no famigerado 8 de Janeiro. Só isso deveria bastar para desmoralizar Bolsonaro perante os partidos que, malgrado tenham lucrado muito ao se associarem ao expresidente, bem ou mal precisam da plena democracia para existir e atuar. Hoje, estar com Bolsonaro equivale a considerar a ruptura democrática como algo moralmente aceitável.


Definitivamente, Bolsonaro não vale essa missa. Mas, ao que consta, ganhou impulso a pressão política pela aprovação de uma anistia ao ex-presidente, ao mesmo tempo que cresce no Congresso a ameaça de emparedar ministros do Supremo Tribunal Federal. Ou seja, pretende-se perdoar um golpista declarado, que nada de bom fez para o País, e punir os magistrados que, malgrado seus abusos e erros, fizeram seu trabalho em defesa da democracia.


Aqui não cabe ingenuidade: nenhum dos empenhados em livrar Bolsonaro e em constranger o Supremo está minimamente interessado em preservar a democracia e as liberdades. O que eles querem é conservar o potencial eleitoral que a marca Bolsonaro representa – e, de quebra, impedir que o Supremo complique a vida dos muitos parlamentares que se lambuzam de emendas ao Orçamento sem prestar contas a ninguém. •

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

José Casado

 FUX PERDOA BOLSONARO E CULPA BRAGA NETTO EM PLANO DE ASSASSINATO

Condenação do ex-presidente está por um voto. Ex-candidato a vice é o primeiro general acusado, preso e julgado por golpe. Deve terminar a semana condenado

José Casado – Veja, 11/09/25


O juiz Luiz Fux falou por quase doze horas ao votar no julgamento de Jair Bolsonaro e aliados acusados de crimes contra Constituição, entre eles, tentativa de golpe de estado. 


Foi uma das mais longas, contundentes e pacíficas manifestações de divergência no Supremo Tribunal Federal. 


A partir das 14 horas desta quinta-feira (11/9) será possível saber se convenceu ou não os demais juízes sobre a teoria do erro de jurisdição ou, nas suas palavras, a “incompetência absoluta” do STF para julgar Bolsonaro e aliados. 


Fux, por enquanto, é um voto isolado pela absolvição de Bolsonaro. Está vencido por Alexandre de Moraes e Flavio Dino. Faltam votar Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. 


Seria preciso mais um voto pela absolvição de Bolsonaro, que é acusado de cinco crimes diferentes, para o caso ser discutido no plenário de onze juízes. Nada indica que isso vá acontecer. 


O mais provável é a definição ainda hoje de maioria para a condenação do ex-presidente. 


Ontem, Fux foi decisivo à maioria para condenar Walter Braga Netto por tentativa de abolição do estado de direito. 


Para o juiz, ele “planejou e financiou o início da execução de atos destinados a ceifar a vida do relator desta ação penal, Alexandre de Mores, sendo que o intuito criminoso somente não foi alcançado pela eventualidade de ter sido abruptamente suspensa uma sessão do plenário desta corte, prejudicando a preparação dos executores do crime”. 


Braga Netto foi ministro da Defesa, chefe da Casa Civil e, em 2022, candidato a vice-presidente de Bolsonaro pelo Partido Liberal. 


É o primeiro general de quatro estrelas (na reserva) acusado, preso preventivamente e julgado. 


Deve terminar a semana condenado por conspirar para um golpe de estado, com tentativa de assassinato de autoridades. 


Confirmada a sentença judicial, vai enfrentar um processo de expulsão do Exército com desfecho desonroso previsível: perderá posto e patente e será transferido da folha de militares da reserva para a listagem de “mortos-vivos”, ou “mortos fictícios”.

Ana Steiner

 Estou aqui ouvindo a decisão do Ministro Luiz Fux


E confesso que ouvindo esse homem falar , algo me chamou a  atenção . Os detalhes dos argumentos , a bagagem , e o embasamento Jurídico é impressionante . 


Deu uma verdadeira aula hoje na sua decisão . 


O mais interessante  que comparando as falas de Alexandre Moraes ontem e Fux hoje , você percebe uma  diferença  gritante entre um Juiz de carreira , concursado que possui um notável saber Jurídico,  de um juiz indicado e apadrinhado.


Então , fiquei curiosa sobre o conhecimento desse homem e fui procurar o currículo de Fux , veja isso: 


Luiz Fux —-  bacharel (1976) e doutor (2009) em direito . 

Foi advogado da Shell do Brasil de 1976 a 1978, promotor de justiça do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro de 1979 a 1982 e ingressou, no ano seguinte, na carreira da magistratura fluminense por meio de concurso público, tendo sido juiz de direito de 1983 até 1997, quando foi promovido a desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. 


Em 2001, foi indicado pelo presidente FHC  ao cargo de ministro do Superior Tribunal de Justiça, ali permanecendo até 2011, ano em que foi indicado pela presidente Dilma Rousseff ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal.. 

Teve mais  uma série de cargos além de professor e outros … 

E se alguém falar mal da posição desse ministro , realmente não tem NENHUM conhecimento JURÍDICO  . E  a opinião é puramente ideológica e não jurídica .  

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Oracle reativou em positivo as expetativas sobre a monetização da IA, subindo ontem +36% e juntando-se à categoria de empresas que avaliam 1Bn$ (0,922BN$ ontem) depois de publicar +359% na sua carteira de pedidos por contratos com os grandes da IA. O seu efeito de arrasto sobre os semicondutores (EUA semis +2,4%) foi do melhor que poderia ter acontecido ao mercado. Principalmente por isto, as bolsas voltaram a aguentar em positivo, continuaram a ser compradas obrigações (inclusive apesar da proximidade do aumento da inflação americana, que sairá hoje) e a curva americana 10A-2ª continuou a aplanar para ca. 50 p.b. vs. 60 p.b. há uns dias, o que implica uma mudança de tendência realmente importante… para melhor no que diz respeito ao tom geral do mercado. A yield da O10A francesa não se deteriora (3,45%), sendo Itália a que melhora (3,49% vs. 3,60% sexta-feira passada), reduzindo a sua para acompanhar França (ITA 3,49% vs. FRA 3,45%). Isto é, as obrigações italianas converteram-se numa alternativa melhor do que as francesas… Itália é a nova França. 


Finalmente, quinta-feira! O dia mais esperado da semana porque será a reunião do BCE e o aumento da inflação americana. Está 100% descontado que o BCE irá repetir em 2,00%/2,15% (Depósito/Crédito), portanto a única coisa relevante será a mensagem de Lagarde… provavelmente continuísta e sem insinuar nenhuma descida de taxas de juros futura. Ou sim. Esta possível insinuação é o importante. 


Espera-se que a inflação americana aumente até próximo de +3% (+2,9% vs. +2,7%), mas depois da publicação de uns Preços Industriais inferiores ao esperado (+2,6% vs. +3,3% esperado e anterior), pode ser que o número seja melhor do que o esperado, o que voltaria a alimentar o mercado com o que mais precisa para subir: reforço das expetativas de descidas de taxas de juros por parte da Fed. Irá reunir-se na quarta-feira da próxima semana e estão descontados -25 p.b., mas já não se descartam -50 p.b. E se a inflação sair hoje inferior às expetativas, as bolsas e obrigações relançar-se-iam. Principalmente Nova Iorque, que já realizou o catch-up à Europa (YTD +11,1% vs. +9,5%, com semis EUA +19,6%), mas que poderá continuar a adiantar-se de forma ainda mais confortável. A depreciação do USD, provável inclusive até 1,25/€ ao longo dos próximos meses, é um inconveniente, mas não é, de forma alguma, um fator dissuasor. Mas se a inflação americana sair perto de +3%, então o tom do mercado pioraria, fechando a semana com debilidade. Isso era o mais razoável no início da semana, mas não agora após os bons Preços Industriais de ontem. 


CONCLUSÃO: O tom de arranque é misto, mas, na realidade, quer subir. A sua subida dependerá da inflação americana, às 13:30 h. Talvez um pouco também do tom de Lagarde/BCE, mas isso é o menos provável. O importante é que não há nenhuma crise de obrigações (obrigado, bancos centrais), que Itália substitui a França e que o emprego e os preços nos EUA parecem evoluir a favor de mais descidas de taxas de juros da Fed, que é o que o mercado anseia agora para continuar com o bom tom. Pode ser que a sessão evolua de menos a mais.


NY +0,3% US tech +0,04% US semis +2,4% UEM -0,1% España +1,3% VIX 15,4% Bund 2,65% T-Note 4,05% Spread 2A-10A USA=+51pb B10A: ESP 3,23% PT 3,07% FRA 3,46% ITA 3,49% Euribor 12m 2,160% (fut.2,127%) USD 1,168 JPY 172,6 Ouro 3.632$ Brent 67,4$ WTI 63,5$ Bitcoin +2,1% (114.184$) Ether +2,6% (4.420$) 


FIM

BDM Matinal Riscala

 Bom Dia Mercado.


Quinta Feira, 11 de Setembro de 2.025.


*Fux fortalece pressão de Trump e anistia*

 

... Reunião do BCE deve manter juro da Zona do Euro em 2% hoje, com entrevista de Lagarde. Nos Estados Unidos, a expectativa é para o CPI de agosto, após o recuo dos preços ao produtor reforçar apostas em mais cortes do juro americano, que estão sustentando recordes das bolsas em NY, apesar das tensões geopolíticas. Aqui, com a deflação do IPCA menor que a esperada, o mercado reduziu as chances de o Copom antecipar a queda da Selic. Nesta quinta, saem vendas do varejo, enquanto o julgamento de Bolsonaro entra na reta final, com os votos de Carmem Lúcia e de Cristiano Zanin, a partir das 14h, depois que Fux absolveu o ex-presidente de todas as acusações.

 

A SURPRESA – Já se esperavam algumas divergências de Fux, mas o voto do ministro superou todas as expectativas, questionando não só as preliminares, mas o próprio mérito da ação golpista e a competência do Supremo Tribunal para realizar o julgamento.

 

... Luiz Fux ficou no ar mais de 13 horas. Seu voto começou às 9 da manhã e, após algumas interrupções, a longa sessão foi encerrada às 22h45. Os colegas da Corte davam sinais visíveis de cansaço e insatisfação, evitando o olhar direto, em meio a bocejos e distrações.

 

... O sinal de que viria a absolvição para o ex-presidente Jair Bolsonaro não demorou. Para Fux, Bolsonaro não pode ser condenado por tentativa de golpe de Estado simplesmente porque “não seria possível que tentasse depor o próprio governo”.

 

... Sobre o 8 de Janeiro, disse que Bolsonaro não pode ser responsabilizado por crimes cometidos por terceiros, assim como acredita que ele não teria controle sobre os manifestantes que ficaram semanas nos acampamentos em frente aos quartéis.

 

... Para Fux, a PGR não conseguiu provar que Bolsonaro sabia da Carta aos Comandantes, que pressionava as Forças Armadas para aderirem ao golpe de Estado. E sobre a minuta do golpe, disse que teve “muitas versões” e que Bolsonaro “não deu andamento ao plano”.

 

... “Embora Bolsonaro tenha aventado a decretação de estado de sítio ou a GLO, nada disso saiu da mera cogitação”. Em relação ao plano “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato de Lula, Alckmin e Moraes, Fux disse que as provas eram “insuficientes”.

 

... O advogado de Bolsonaro disse que Fux acolheu na íntegra todas as teses da defesa.

 

... Foram horas contestando os cinco crimes denunciados da PGR e, ao final, Bolsonaro foi absolvido de todos eles, causando euforia aos seus aliados e até a esperança de uma anulação do julgamento, se e quando a ordem política mudar.

 

... No UOL, o jornalista Jamil Chade disse que o governo Trump e conselheiros da Casa Branca comemoraram o voto de Fux, avaliando que foi “além do esperado” ao pedir a anulação do processo contra Bolsonaro e os sete réus do núcleo principal.

 

... Acredita-se que, embora o voto não impeça uma provável condenação, os argumentos de Fux serão usados pelos Estados Unidos. Segundo a avaliação de diplomatas americanos, Fux legitimou a posição de Trump de adotar sanções contra membros do STF.

 

... No Congresso, o voto de Fux tende a animar os aliados de Bolsonaro e a oposição a pressionarem pela Lei da Anistia.

 

... Mas, a par da repercussão política, as coisas devem seguir exatamente como estavam antes de Fux, inclusive os riscos de novas sanções contra o Brasil pelo presidente Trump após o fim do julgamento, previsto para esta sexta-feira, 12.

 

OS OUTROS RÉUS – Luiz Fux condenou Mauro Cid, o réu colaborador, e o general Braga Netto por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, absorvendo a acusação de golpe de Estado, o que reduzirá a pena total de ambos.

 

... Foram absolvidos de todos os crimes Augusto Heleno, Almir Garnier, Paulo Sérgio Nogueira, Anderson Torres e Alexandre Ramagem.

 

AS PENAS – O julgamento de Bolsonaro e mais sete réus na ação da trama golpista deve ser concluído amanhã, sexta-feira, quando será discutida a dosimetria das penas. As punições serão individuais e a expectativa é de que sejam fixadas entre 25 e 30 anos de prisão.

 

... Nessa sessão, será decidido não só o período de tempo, mas o regime em que as penas devem ser cumpridas e as condições de progressão.

 

... Para essa definição, os ministros realizam uma votação para tentar obter um consenso sobre a pena de cada réu. Se não houver consenso, o colegiado da Primeira Turma elabora o chamado voto médio, um meio termo entre os votos dos integrantes.

 

... No caso de Bolsonaro, apontado como chefe da organização criminosa pela PGR e pelo relator da ação, a pena pode ser maior. Já a colaboração com a Justiça do ex ajudante de ordens Mauro Cid, em acordo de delação, pode funcionar como atenuante.

 

NO CONGRESSO – O senador Eduardo Braga (MDB), relator do segundo projeto para regulamentar a reforma tributária, adicionou regras sobre a cobrança da Contribuição Sobre Bens Serviços e do Imposto sobre Bens e Serviços sobre os FIIs e os Fiagros.

 

... Segundo ele, as regras atendem uma demanda da equipe econômica, que definiu limites para a isenção desses tributos.

 

... Na Câmara, foi aprovado requerimento de urgência para um projeto que exclui do cômputo dos limites de despesas primárias as despesas temporárias com educação pública e saúde previstas na Lei do Fundo Social, alterando a Lei do Arcabouço Fiscal.

 

... Mais uma vez, o presidente Hugo Motta tirou da pauta a MP da Tarifa Social de Energia Elétrica, que amplia o benefício para 17,1 milhões de famílias. A Medida precisa ser aprovada até 17 de setembro para não caducar.

 

TENSÃO NO CATAR – O presidente Donald Trump teve uma conversa “acalorada” com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, segundo altos funcionários da Casa Branca informaram ao The Wall Street Journal.

 

... Trump expressou profunda frustração por ter sido pego de surpresa pelo ataque de Israel ao Hamas, no Catar, e teria dito a Netanyahu que a decisão não foi sábia. O presidente ficou irritado ao saber do ataque através dos militares dos EUA, e não de Israel.

 

... Além disso, o ataque atingiu um aliado de Washington, que está mediando negociações para encerrar a guerra em Gaza.

 

... Mas Netanyahu está resoluto e, nesta quarta-feira, foi às redes sociais para dizer que o Catar e “todas as nações que protegem terroristas” devem expulsá-los ou trazê-los para a justiça. “Caso contrário, nós faremos isso [atacar].”

 

... O premiê começa o vídeo relembrando os ataques da Al-Qaeda em território americano 24 anos atrás e disse que Israel tem o seu “próprio 11 de setembro”. “Em 7 de outubro [de 2023], terroristas islâmicos cometeram a pior selvageria contra o povo judeu desde o holocausto.”

 

... Segundo ele, assim como os Estados Unidos, Israel agora está “caçando os terroristas que cometeram esse crime hediondo, onde quer que estejam (...) e o fizemos no Catar, que dá a eles um abrigo seguro, protege terroristas, financia o Hamas e dá tudo para eles”.

 

... A ofensiva atraiu fortes críticas de países do Oriente Médio e de aliados ocidentais, como a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que prometeu buscar sanções e suspensão de acordo comercial com Israel, devido à guerra na Faixa de Gaza.

 

INCURSÃO NA POLÔNIA – Em outra frente, a escalada das tensões geopolíticas foi ampliada com a Rússia, que violou o espaço aéreo da Polônia.

 

... Trump reagiu na Truth Social, questionando: “O que há com a Rússia violando o espaço aéreo polonês com drones? Aqui vamos nós”, escreveu o presidente em uma mensagem cifrada, sem dar detalhes.

 

... No Financial Times, a incursão no espaço aéreo polonês pela Rússia levou caças da Otan a decolarem e abaterem alguns dos projéteis, o que representou a primeira vez que a aliança militar liderada pelos americanos se envolveu diretamente nas movimentações bélicas russas.

 

... Para Ben Hodges, ex-comandante-geral do Exército dos Estados Unidos na Europa, Moscou deve ter percebido que ainda “não aprendemos com o que a Ucrânia vem enfrentando há anos (...) Não estamos absolutamente preparados para isso... e agora eles estão à nossa porta”.

 

... Na França, o presidente Emmanuel Macron reiterou o apoio da França à Polônia, dizendo que o país está de prontidão para contribuir ainda mais com o fortalecimento da defesa aérea polonesa e a segurança do Flanco Oriental da Otan.


... “Essas incursões são intoleráveis e fornecem mais uma demonstração da postura escalatória da Rússia”, escreveu Macron na rede X. Outros líderes, como o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, demonstraram apoio à Varsóvia.

 

... Em resposta, a Rússia alegou que a Polônia está “espalhando mitos” e que o ataque não incluiu o território polonês.


FED – Republicanos do Senado pretendem confirmar a nomeação temporária de Stephen Miran para a diretoria do Federal Reserve já na próxima segunda-feira, de acordo com fontes do site Politico, a tempo da reunião de política monetária do dia 17.

 

... Em paralelo, a Casa Branca entrou com apelação contra a decisão da juíza Jia Cobb, da Corte Distrital de Washington, que concedeu liminar à diretora do Fed Lisa Cook, suspendendo os efeitos da carta de demissão de Trump, em 25 de agosto.

 

CPI & FED – O dado americano mais importante da semana sai às 9h30. A mediana no Broadcast aponta alta de 0,3% na inflação ao consumidor em agosto, maior que em julho (0,2%). A taxa anual deve acelerar de 2,7% para 2,9%.

 

... O núcleo do CPI deve manter o ritmo de alta de 0,3% na margem e 3,1% na base anualizada.

 

... Apesar da aposta de aumento no dado cheio, o indicador não abala a convicção do mercado de corte de juro pelo Fed em 25 pontos semana que vem, embora deva esvaziar a especulação de queda mais agressiva, de 50 pontos.

 

... Um resultado em linha com as estimativas manterá a probabilidade majoritária na ferramenta de apostas do CME de uma flexibilização monetária acumulada de 75 pontos este ano, ou seja, três cortes de 25 pontos cada.

 

... Só mesmo um CPI muito pressionado é que tenderia a reduzir a precificação total para apenas duas quedas, neste momento em que o Fed está priorizando a resposta ao mercado de trabalho mais desaquecido nos Estados Unidos.

 

... Desde Jackson Hole, Powell já havia sinalizado o foco na mão de obra. Ainda hoje, também às 9h30, o auxílio-desemprego deve confirmar este esfriamento, com previsão de queda semanal de 6 mil pedidos, para 231 mil.

 

... Quanto ao BCE, às 9h15, o consenso entre os analistas é de juros inalterados. Meia hora depois da decisão, às 9h45, em coletiva de imprensa, Lagarde deve indicar que os próximos passos estarão condicionados aos dados.

 

... A atualização das estimativas de crescimento da economia e da inflação devem trazer apenas ajustes marginais, mas o BCE deve lidar nos meses à frente com riscos distintos: desaceleração da atividade e risco fiscal na França.

 

... Ainda hoje, a AIE solta logo cedo, às 5h, o relatório mensal sobre petróleo e o BC da Turquia decide juro, às 8h.

 

AQUI – A Selic em nível restritivo deve pesar sobre os segmentos do comércio sensíveis ao crédito e levar a mais um recuo das vendas no varejo restrito, de 0,3% em julho, na margem, após recuo de 0,1% em junho. O dado sai às 9h.

 

... O intervalo das estimativas no Broadcast para esta leitura vai de queda de 0,8% até alta de 0,5%.

 

... Na comparação com o mesmo mês do ano passado, porém, a mediana indica alta de 0,8%, acima da expansão de 0,3% observada em junho. As projeções para esta leitura, todas de alta, variam de 0,1% a 2,4%.

 

... Já as vendas do varejo ampliado devem crescer 0,8% em julho, após queda de 2,5% em junho. Na comparação com julho de 2024, porém, a mediana indica contração de 1,6%, após crescimento de 3% em junho.

 

... Ainda às 9h, o IBGE divulga o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola em agosto.

 

IMPORTOU O ALÍVIO – Ainda que o investidor precise do tira-teima do CPI hoje para ganhar maior convicção de que o choque das tarifas de Trump, até aqui, não assusta a inflação americana, a deflação do PPI alegrou ontem o mundo.


... Por aqui, o Ibovespa voltou a flertar com os picos históricos, enquanto o dólar chegou a furar momentaneamente o nível de R$ 5,40, com o real ajudado também pelo petróleo, que emplacou a terceira valorização consecutiva.

 

... Na mínima do dia, a moeda americana bateu R$ 5,3991, mas desacelerou parte do fôlego de queda, para fechar em baixa de 0,54%, a R$ 5,4069. O câmbio é embalado pelo ânimo de cortes em série dos juros pelo Fed.

 

... Gestor da Galapagos Capital, Jorge Dib disse ao Valor que a precificação do relaxamento monetário nos Estados Unidos torna caro ao investidor se posicionar para o pior cenário do mercado cambial no final do ano.

 

... Normalmente, o último trimestre é marcado pela saída de fluxo de capital do País, o que gera pressão no dólar. Mas o horizonte dovish para o Fed promete mudar bastante o panorama para o câmbio nos próximos meses.

 

... Segundo Dib, já no curtíssimo prazo, a moeda americana pode visitar a casa dos R$ 5,30. Ele considera improvável que o Fed corte os juros menos do que três vezes e também não aposta em deterioração política e fiscal no Brasil.

 

... “Essa combinação [de fatores de riscos] é a mais provável atualmente? Acho difícil. Vale se posicionar para esse cenário? É caro demais, porque nosso carry trade [diferencial de juros] é pesado”, avalia o gestor da Galapagos.

 

... No Broadcast, o gestor Eduardo Aun (AZ Quest) concorda que o carrego é muito elevado e ofusca o estresse sobre o real do fluxo cambial, que está negativo em US$ 16,627 bilhões no ano, diante da fuga pelo canal financeiro.


... Com a Selic a 15%, ninguém está podendo apostar muito contra a moeda brasileira. Ontem, a equação do PPI mais baixo que o esperado lá fora com o IPCA mais elevado aqui reforçou a oportunidade de lucro no diferencial de juro.

 

... A chance de um corte antecipado (dezembro) pelo Copom, que já era minoritária na curva do DI (35%), perdeu ainda mais adeptos (25%), depois de a deflação do IPCA em agosto, de 0,11%, ter frustrado a previsão de -0,16%.


... Segundo a Agência Estado, o índice de difusão aumentou de 50% em julho para 57% no mês passado e, pelos cálculos do BV, a média dos núcleos inflacionários acelerou entre um mês e o outro, de 0,27% para 0,30%.

 

... Os serviços perderam fôlego, de 0,59% para 0,39%. Mas em 12 meses, a inflação do setor subiu de 6,00% para 6,16%, observou o Barclays, que espera o início do ciclo de relaxamento da Selic só em março do ano que vem.


... Sob a pressão do IPCA, a ponta curta do DI exibiu viés de alta. Já os juros longos seguiram o recuo das taxas dos Treasuries com a queda inesperada do PPI americano, de 0,1% em agosto, contra expectativa de alta de 0,4%.

 

... Na comparação anual, houve avanço de 2,6%, também abaixo da projeção de 3,3%. O núcleo do PPI também surpreendeu, ao registrar queda de 0,1% na margem, quando o mercado financeiro estimava aumento de 0,3%.


... No fechamento, o DI para Jan/26 subiu a 14,900% (de 14,898% no ajuste anterior); Jan/27, a 14,005% (de 13,957%); e Jan/29, a 13,200% (13,192%). Já o Jan/31 caiu a 13,455% (13,466%); e Jan/33, a 13,620% (13,635%).


DISSIDÊNCIA TRIPLA – Imaginando que o CPI traga hoje boas surpresas, como fez o PPI, a Capital Economics acredita que três votos dentro do Fed por um ajuste de 50 pontos no juro possam roubar as manchetes na semana que vem.

 

... Trump já conta com Christopher Waller e Michelle Bowman como aliados para impor ritmo mais dovish à política monetária e agora pode ver realizado seu desejo de emplacar o estreante Stephen Miran ainda este mês no Fed.

 

... Antecipando-se ao CPI, os juros dos Treasuries já saíram caindo ontem com o PPI. A taxa da Note de 2 anos cedeu para 3,540%, contra 3,549% no dia anterior; e a de 10 anos recuou para 4,040%, de 4,080% no pregão da véspera.

 

... Embora o desfecho provável para o juro americano seja de corte, o DXY fechou em queda marginal de 0,01%, a 97,780 pontos, porque o euro não deixou o índice cair tanto, na véspera da reunião de política monetária do BCE.  


... A moeda do bloco europeu recuou 0,11%, para US$ 1,1701. A libra esterlina operou praticamente estável, em leve alta de 0,03%, valendo US$ 1,3530, e o iene registrou valorização contra o dólar, negociado a 147,41/US$.

 

... Além do horizonte de flexibilização do Fed, também o boom da inteligência artificial inspira apostas positivas para as bolsas em Nova York. O Barclays espera que o S&P 500 chegue aos 7 mil pontos no final do ano que vem.

 

... Ontem, subiu 0,30%, aos 6.532,04 pontos, engatando novo recorde histórico de fechamento, assim como o Nasdaq, que teve leve alta de 0,03%, aos 21.886,06 pontos. Já o índice Dow Jones caiu 0,48%, aos 45.490,92 pontos.

 

... Destaques da sessão, as ações da Oracle brilharam, com um salto de quase 36%. A empresa viu a sua carteira de pedidos triplicar no segundo trimestre, em meio a um aumento da demanda por inteligência artificial.

 

... Sem querer ficar para trás, o Ibovespa revisitou a faixa dos 143 mil pontos na máxima do dia (143.181,59). Mas perdeu parte do pique até o fechamento, quando exibia alta de 0,52%, a 142.348,70 pontos, com giro de R$ 18,5 bi.

 

... Segue orbitando próximo do topo histórico da última sexta-feira, dia em que investiu aos 142.640,14 pontos.

 

... Ontem, a disparada do petróleo puxou Petrobras: ON ganhou 2,56%, a R$ 34,41; e PN subiu 1,81%, a R$ 31,51. A escalada de tensões geopolíticas levou o contrato do Brent para novembro a engatar alta de 1,65%, a US$ 67,49.

 

... Vale subiu 0,69%, a R$ 56,58, embalada pelo anúncio de corte na previsão de “capex” (investimento) para este ano, que passou ao intervalo de US$ 5,4 bilhões a US$ 5,7 bilhões, contra a expectativa anterior de US$ 5,9 bilhões.

 

... Pelos cálculos do Itaú BBA, esta novidade, junto com a valorização do minério de ferro, eleva a chance de a mineradora pagar dividendos extraordinários ainda este ano, de US$ 500 milhões, e mais US$ 1 bilhão em 2026.


... Entre os papéis dos bancos, a MP da renegociação das dívidas de produtores rurais impulsionou as ações do BB, que saltaram 3,04%, a R$ 22,05. Itaú ficou praticamente estável, em leve alta de 0,08%, cotado a R$ 37,88.

 

... Bradesco ON registrou desvalorização de 0,83%, a R$ 14,42, e Bradesco PN perdeu 0,71%, a R$ 16,87.


CIAS ABERTAS – O BTG Pactual afirmou, por meio de comunicado ao mercado, que não está diretamente envolvido em qualquer negociação envolvendo a compra de participação na COSAN...

 

... A resposta veio após pedido de esclarecimento da CVM a notícias de que, para reduzir o endividamento, o Grupo Cosan está vendendo ativos e buscando sócios, e que André Esteves poderia ter participação importante.

 

PETROBRAS concluiu oferta de títulos no mercado de capitais externo no valor de US$ 1 bilhão com vencimento em 2030 e US$ 1 bilhão com vencimento em 2036, por meio da subsidiária integral Petrobras Global Finance B.V...

 

... Segundo a companhia, a operação apresentou o menor diferencial de taxa (spread) sobre os títulos da República desde 2006 para o título com vencimento em 2036 e o menor desde 2002 para título com vencimento em 2030...

 

... Além disso, foi o menor diferencial de taxa sobre os títulos do Tesouro norte-americano desde 2011 para o título com vencimento em 2036 e o menor desde 2001 para título com vencimento em 2030...

 

... A empresa informou ainda que realizou testes para a produção de SAF, o combustível sustentável de aviação na Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP)...

 

... Em nota, a Petrobras informou também que lançou ontem um edital para investimento de R$ 21 milhões em projetos socioambientais nos Estados de São Paulo e Rio Grande do Sul para combate à crise climática.

 

ALPARGATAS. Acionistas aprovaram em assembleia geral extraordinária proposta de redução do capital social da companhia em R$ 850 milhões, sem o cancelamento de ações e com restituição de capital aos acionistas...

 

... Com a redução, o capital social da Alpargatas passará de R$ 3.938.257.381,33 a R$ 3.088.257.381,33; debenturistas da empresa já haviam dado anuência prévia à proposta, em assembleia realizada em 5 de setembro.

 

ONCOCLÍNICAS informou que seu conselho de administração recebeu carta da Starboard Asset comunicando o interesse em realizar "potencial transação para reestruturação financeira".

 

IRB. A S&P elevou os ratings de crédito de emissor de longo prazo e de emissão atribuídos ao IRB e às suas debêntures de ‘brAA+’ para ‘brAAA’ na Escala Nacional Brasil. A perspectiva do rating de emissor permanece estável.

 

INVEPAR e sua controlada Linha Amarela (Lamsa) prorrogam por mais 12 dias acordo de suspensão de dívidas com credores, ou seja, até 22 de setembro. No último dia 2, as partes já tinham prorrogado o prazo por 10 dias.

 

CAIXA SEGURIDADE. O conselho de administração destituiu Felipe Montenegro Mattos do cargo de diretor presidente e elegeu o diretor de Finanças e RI, Edgar Vieira Soares, para ocupar interina e cumulativamente o cargo.

 

CEMIG quer colocar a usina hidrelétrica Três Marias no leilão de reserva de capacidade e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), disse o vice-presidente de Geração e Transmissão, Marco Soligo.

 

LIGHT. Carf deu decisão favorável para anular autuações fiscais de R$ 2,4 bilhões.

Fabio Alves