Sou Economista com dois mestrados, cursos de especialização e em Doutoramento. Meu objetivo é analisar a economia, no Brasil e no Mundo, tentar opinar sobre os principais debates da atualidade e manter sempre, na minha opinião essencial, a independência. Não pretendo me esconder em nenhum grupo teórico específico. Meu objetivo é discorrer sobre varios temas, buscando sempre ser realista.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2025
Luiz Alberto Esteves
Autor: Gadi Barlevy, Senior Economist e Economic Advisor no Federal Reserve Bank of Chicago
Data: 23 de dezembro de 2025
A obra apresenta uma análise rigorosa sobre bolhas de ativos e sua interação com a política macroeconômica. Entre os principais pontos:
* Definição e caracterização das bolhas: preços acima do valor presente descontado dos dividendos esperados.
* Revisão histórica de episódios de boom-and-bust, do século XVIII às bolhas recentes (dot-com, imobiliária).
* Discussão sobre condições de impossibilidade e cenários que permitem a ocorrência de bolhas:
* Ineficiência dinâmica
* Fricções nos mercados de crédito
* Informação privada
* Crenças subjetivas
* Risco moral
* Modelos teóricos, previsões empíricas e implicações para política econômica.
Leitura recomendada para profissionais e pesquisadores em macroeconomia, estabilidade financeira e regulação.
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Bankinter Portugal Matinal
Análise Bankinter Portugal
NY +0,8% US tech +1,5% US semis +2,5% UEM +1,1% España +1,2% VIX 16,9% Bund 2,85% T-Note 4,14% Spread 2A-10A USA=+67pb B10A: ESP 3,28% PT 3,13% FRA 3,56% ITA 3,50% Euribor 12m 2,264% (fut.2,462%) USD 1,172 JPY 182,9 Ouro 4.323$ Brent 59,7$ WTI 56,0$ Bitcoin +0,7% (87.074$) Ether +3,4% (2.925$).
SESSÃO: Tíbia e sem direção clara (-0,2%/+0,1%?) depois da forte subida de ontem, principalmente da tecnologia (finalmente, esse movimento tão óbvio quanto esperado!) graças aos resultados e guidance de Micron (+10% ontem) na noite de quarta-feira, mas também a uma inflação americana muito bem publicada ontem (+2,7% a/a vs. +3,1% esperado). O normal será ter um mercado fraco e com pouca atividade, porque temos a Freaky Friday (vencimento de futuros e opções sobre índices e ações) a partir das 11 h na Europa, e 14:30 h em Wall St., portanto, o volume será para a segunda metade da sessão. Além disso, podemos dar 2025 por terminando em termos práticos. A próxima semana provavelmnte terá um tom melhor, porque já qualquer movimento será pensado em como se está a posicionar para 2026, que não oferece de todo mau aspeto, mas deverá ser bastante continuista em positivo, embora claramente menos do que este excelente 2025.
O Japão subiu taxas de juros (+25 p.b., até 0,75%). O BoJ retira da sua mensagem a afirmação de que o PIB e o IPC se estancarão devido aos impostos alfandegários e indica claramente que continuará a subir (textualmente: "Given that real interest rates are at significantly low levels, the BOJ will continue to raise interest rates"), o que é substanciamente mais hawkish/duro do que o que pensamos. Parece abandonar a ideia de que a inflação (agora +3%, tanto Geral como Subjacente) se suavizará para o seu +2% de objetivo, o que é de um pragmatismo esmagador, uma vez que leva nada menos 44 meses acima. Já está na hora de o aceitar abertamente. Principalmente ao ter em conta que a expansão do seu PIB poderá situar-se no intervalo +0,7/+0,8% em 2026/27, portanto pode aguentar taxas de juros um pouco superiores.
Nike 2T bate, mas débil na China (25% das vendas) e cai em aftermarket. FedEx publicou bons resultados, mas quase não se move em aftermarket, porque admite que terá custos extra pela imobilização de aviões após o recente acidente de Boeing. Portanto, hoje, a frente corporativa não ajudará.
A UE irá empresar 90.000 M€ à Ucrânia que não deixarão de colocar como garantia os ativos russos em Euroclear (184.000 M€), mas que serão mais dívida europeia convencional (emissão de dívida que será garantida com o orçamento da UE). Isto irá debilitar as obrigações europeias desta semana manhã (elevação de yield), embora possam aguentá-lo agora, porque nestas datas normalmente já não há emissões. Geoestrategicamente, é uma boa decisão, porque a Rússia teria interpretado como apreensão se os ativos russos tivessem sido dados como garantia e isso, além dos problemas legais para a Bélgica (Euroclear está em Bruxelas) por uma possível demanda russa, poderia ter sido argumentado como “casus belli” por parte da Rússia, abrindo-se um cenário diferente, muito mais perigoso para a extensão da guerra para o oeste da Europa.
CONCLUSÃO: Sessão fraca, com a atividade focada na tarde com a Freaky Friday. Certamente aborrecida. O desenvolvimento apresenta-se indefinido, do estilo +0,1%/-0,2%. Na próxima semana, o tom irá melhorar um pouco, porque já qualquer decisão tomada será a pensar na conta de resultados de 2026 e o FOMO (Fear Of Missing Out) continuará a forçar assumir posições bastante longas, porque ficar de fora pode sair muito caro, principalmente se o mercado começar a correr desde janeiro.
FIM
BDM Matinal Riscala
Bom dia mercado.
Sexta-feira,19 de dezembro de 2025.
*Japão sobe juro e Congresso vota Orçamento*
A disposição dos parlamentares para trabalhar em plena sexta-feira, às vésperas do Natal, tem uma razão de ordem prática: sem votar o PLOA, não tem emendas
… O Japão elevou hoje o juro em 25pbs, para 0,75%, nível mais alto em três décadas, em uma decisão amplamente esperada pelo mercado. Trecho do comunicado apontou que a taxa básica pode continuar subindo. Investidores avaliam hoje os comentários do presidente do BoJ, Kazuo Ueda, sobre ajustes adicionais para buscar a taxa neutra. Já nos EUA, o CPI abaixo do esperado estimulou algumas apostas em novo corte em janeiro, enquanto, no Brasil, Galípolo ajudou um pouco, ao comentar que não há uma decisão tomada para o próximo Copom. Em Brasília, o Congresso encerra o ano legislativo com a votação do Orçamento de 2026, em sessão marcada para o meio-dia.
ÚLTIMA SESSÃO – O Congresso transferiu para hoje a votação do projeto de Orçamento para 2026. A peça será analisada às 9h pela Comissão Mista de Orçamento (CMO). Em seguida, às 12h, está marcada uma sessão conjunta de deputados e senadores para analisar o texto.
… A disposição dos parlamentares para trabalhar em plena sexta-feira, às vésperas do Natal, tem uma razão de ordem prática: sem votar o PLOA, não tem emendas. E no ano que vem eles conseguiram emplacar um calendário para receber 55% do valor até o início de julho.
… Com a aprovação das medidas fiscais desta semana, em especial, o corte de benefícios tributários e o aumento da taxação de JCP, fintechs e bets, o governo acredita que fechará as contas de 2026 e cumprirá o piso da meta, que permite um déficit zero.
… Mas, nos cálculos da Instituição Fiscal Independente, para zerar o primário, o governo terá que fazer um esforço fiscal de R$ 26,5 bilhões.
… Relatório divulgado nesta quinta pela IFI aponta que a diferença entre as suas estimativas e da equipe econômica está na projeção para a receita líquida do governo central. A IFI projeta uma receita líquida R$ 60,2 bilhões inferior à apresentada no PLOA 2026.
… Além disso, alerta que o incremento nas receitas de 2026, com R$ 116,4 bilhões obtidos por medidas extraordinárias, dificilmente será mantido nos anos seguintes, já que os efeitos de algumas medidas arrecadatórias tendem a se esgotar ao longo do tempo.
… Nesse contexto, o ministro Fernando Haddad confirmou que está de saída.
… Em encontro de confraternização de fim de ano com jornalistas, ontem, Haddad disse que deixará o Ministério da Fazenda “no mais tardar” em fevereiro, já que tem a intenção de participar do programa de campanha à reeleição do presidente Lula.
… O ministro repetiu que não quer ser candidato a nenhum cargo em 2026, nem senador, governador de São Paulo ou vice de Lula.
… “Manifestei desejo de colaborar com a campanha do presidente Lula, e isso é incompatível com o cargo de ministro da Fazenda. Mas acho bom alguém tomar as rédeas aqui [na Fazenda] porque há providências que precisam ser tomadas no começo do ano.”
… Questionado se o seu secretário-executivo, Dario Durigan, será o novo titular da pasta, Haddad não respondeu, mas disse que tem orgulho da sua equipe e que, ao longo desses três anos, levou os secretários frequentemente para despacharem com o presidente.
… Mais cedo, em café da manhã com a imprensa, Lula disse que gostaria que Haddad fosse candidato em 2026. “Não vou obrigá-lo a disputar as eleições, mas minha vontade seria ver Haddad no Senado e Geraldo Alckmin no governo paulista.”
… Saindo agora, Haddad estaria dentro do prazo de desincompatibilização, que se encerra em abril.
LULA – Na conversa com os jornalistas que cobrem o Planalto, o presidente falou do PL da Dosimetria, do Acordo União Europeia-Mercosul e de juros. “Estou sentindo cheiro de que logo, logo, a taxa de juros vai baixar. Espero que Galípolo esteja sentindo o mesmo cheiro.”
… Lula disse que tem 100% de confiança em Galípolo e jamais faria pressão para que ele tome qualquer decisão.
… “É Galípolo quem tem de tomar a decisão, mas, se ele fizer isso [baixar o juro], vai ser bom pra ele, vai ser bom pra mim, vai ser bom para o Brasil, vai ser bom para a indústria, vai ser bom para o desemprego, vai ser bom para o salário, vai ser bom pra todo mundo.”
… Sobre a aprovação do PL da Dosimetria, que reduziu as penas para os condenados por tentativa de golpe de Estado, o presidente negou acordo com a oposição para facilitar a votação. “Se teve acordo, não fui informado, mas, na hora que chegar à minha mesa, eu vou vetar.”
ACORDO FRUSTRADO –Lideranças da UE não conseguiram desbloquear a assinatura imediata do acordo comercial com o Mercosul, após a Itália unir-se à objeção da França. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, adiou o cronograma ao menos até janeiro.
… A sede da União Europeia foi palco de protestos de agricultores, que bloquearam vias, incendiaram uma praça e entraram em confronto com os policiais, na véspera da Cúpula de Líderes do Mercosul, marcada para este sábado (20), em Foz do Iguaçu (PR).
… O presidente Lula contou ter telefonado para a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, dizendo que ela pediu mais tempo, mais algumas semanas, para tentar convencer o agro italiano de que eles estariam protegidos e com as mesmas regras dos demais.
… Lula havia ameaçado desistir do acordo durante seu governo se os europeus não seguissem o combinado, mas ontem afirmou que pretende levar a posição de bloqueio na Europa aos demais presidentes do Mercosul para decidir o que fazer.
EM STAND BY – Um dos líderes mais poderosos do Centrão e presidente do PP, o senador Ciro Nogueira disse que, se até março, a candidatura de Flávio Bolsonaro não mostrar viabilidade eleitoral, a tendência é de o ex-presidente recuar. “Ele não vai arriscar.”
… Ao Valor, afirmou que o projeto presidencial de Tarcísio não está “enterrado”. “Vai depender da viabilidade eleitoral de Flávio.”
BOLSONARO – O ministro Alexandre de Moraes (STF) autorizou que o ex-presidente conceda entrevista ao portal Metrópoles no dia 23, na sede da Polícia Federal – onde está preso – a partir das 11h. A conversa poderá durar uma hora.
CORREIOS – O Tesouro Nacional aprovou a concessão de garantia da União ao empréstimo de R$ 12 bilhões à empresa pública federal, após avaliar o plano de reestruturação apresentado pela estatal.
MAIS AGENDA – O BC divulga às 8h30 o saldo da conta corrente e o Investimento Direto no País (IDP) de novembro.
… A moderação no saldo comercial deve impulsionar o déficit maior das transações correntes na base anualizada, para US$ 5,05 bilhões (mediana no Broadcast), após saldo negativo de US$ 5,121 bilhões em outubro.
… As estimativas, todas de déficit, variam de US$ 6,60 bilhões a US$ 4,0 bilhões.
… Para o IDP, a mediana indica entrada líquida de US$ 6,35 bilhões em novembro, com uma desaceleração contra o saldo positivo de US$ 10,937 bilhões em outubro. As expectativas vão de US$ 5,1 bilhões a US$ 9,9 bilhões.
… O câmbio ainda monitora hoje, às 10h30, a realização de dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra), de até US$ 2,0 bilhões no total das operações, que não estão atreladas à rolagem de vencimentos.
… Às 10h, Lula e Haddad participam da cerimônia de encerramento da 12ª edição da Expocatadores, em São Paulo.
LÁ FORA – Nos Estados Unidos, saem as vendas de moradias usadas em novembro (12h) e o sentimento do consumidor medido pela Universidade de Michigan em dezembro, com as expectativas de inflação de 1 e 5 anos.
… Rússia (7h) e Colômbia (15h) decidem juros. O PPI na Alemanha e vendas do varejo no Reino Unido saem às 4h.
AFTER HOURS – Oracle saltou 5,6% no after hours, após o TikTok, controlado pela chinesa ByteDance, vender suas operações nos Estados Unidos para a empresa e à Silver Lake e MGX, para que possa continuar operando no país.
DEIXOU NO AR – Os comentários de Galípolo após a divulgação do RPM confirmaram o viés conservador da política monetária, embora ele tenha dito que não há ainda uma definição sobre o próximo ajuste da Selic em janeiro.
… Galípolo disse que o mercado costuma buscar “dicas em um texto que não tem dica”, em referência à comunicação do Copom. “É por isso que a gente está dizendo que está dependendo dos dados, porque não decidimos o que vamos fazer.”
… “Não há setas e não há portas fechadas”, afirmou, confirmando que um corte em janeiro ainda não saiu de cena.
… Depois dessa fala, os contratos futuros dos juros devolveram parte da pressão e fecharam perto dos ajustes, estimulados também pela esperança de que Tarcísio ainda pode desbancar Flávio na corrida ao Planalto.
… No fechamento, o DI para janeiro de 2027 marcava 13,860% (contra 13,826% no ajuste anterior); Jan/29 voltava a 13,345% (de 13,330% na véspera); Jan/31, a 13,635% (contra 13,631%); e Jan/33, a 13,755% (de 13,724%).
… Apesar de Galípolo ter deixado as opções em aberto, o Citi passou a projetar que a Selic só cairá em março.
… “A comunicação mais recente do Copom contém mensagens claras de que a melhora na perspectiva da inflação ainda é insuficiente para desencadear um corte na taxa Selic no curtíssimo prazo”, afirmou o banco, em relatório.
… No RPM, a projeção para o PIB deste ano melhorou para 2,3% (de 2,0% na estimativa de setembro) e a de 2026 subiu de 1,5% para 1,6%. As projeções estão próximas do boletim Focus, de 2,2% e 1,8% respectivamente.
… Já no câmbio, o dólar chegou a tocar R$ 5,55 sob impacto de nova pesquisa eleitoral AtlasIntel/Bloomberg, que mostrou liderança firme do Lula em todos os cenários. Mas perdeu fôlego e fechou estável (+0,01%), a R$ 5,5237.
CARTA NA MANGA – A percepção de que, se a candidatura de Flávio não vingar até março, o Centrão pode mobilizar o “plano Tarcísio” aliviou a bolsa, que ainda olhou a melhora do DI e a chance de corte do juro pelo Fed com o CPI.
… Após dois pregões seguidos de quedas consistentes, o Ibovespa testou uma recuperação modesta.
… O que se nota é que o mercado ainda mantém a guarda elevada, porque não está nada fácil de absorver os ruídos eleitorais neste final de ano em que os investidores vão ficando sem o tradicional rali do Papai Noel nos negócios.
… O Ibovespa fechou ontem em alta de 0,38%, encostado nos 158 mil pontos (157.923,34), com volume financeiro de R$ 26,2 bilhões. Hoje é dia de exercício de opções sobre ações na bolsa, com as blue chips no foco do game.
… Os bancos, que caíram no pregão anterior com a alíquota maior do IR sobre JCP, conduziram o ritmo de reação: Santander unit (+1,52%; R$ 32,05); Itaú (+0,51%; R$ 39,17); Bradesco PN (+0,44%; R$ 18,33); e BB (+0,19%; R$ 21,59).
… Vale ON exibiu pouco fôlego (+0,26%, a R$ 70,35), se comparada à alta de 1,63% do minério, mas emplacou a quarta alta consecutiva e ajudou o Ibovespa. Já Petrobras virou para o negativo na reta final, apesar do petróleo.
… Petrobras PN cedeu 0,58%, a R$ 30,90, e ON perdeu 0,25%, a R$ 32,45, mesmo com o Brent em leve alta de 0,23%, a US$ 59,82, diante de potenciais sanções americanas, caso Moscou não aceite o acordo de paz na Ucrânia.
… Outro ponto de atenção foi o efeito na oferta global do bloqueio de navios petroleiros da Venezuela.
LEVANTOU A LEBRE – Ainda que de forma marginal, o CPI americano abaixo do esperado ampliou a chance de corte do juro em janeiro, de 24,4% para 27,7% na ferramenta do CME, contra a aposta principal de pausa (72,3%).
… Está lançada a semente da dúvida. A próxima rodada de indicadores será importante para medir se a precificação mais dovish se consolida ou se o mercado vai continuar mais inclinado a acreditar em manutenção pelo Fed.
… Comentou-se bastante ontem que o dado de inflação veio poluído pelo shutdown, já que a coleta da inflação ao consumidor (CPI) foi retomada apenas na metade de novembro, o que dificultou a interpretação dos números.
… O mercado pode ter que esperar até a publicação dos dados de dezembro, no próximo mês, para verificar se a desinflação é para valer ou se houve uma distorção estatística. Ainda assim, o indicador não foi desprezado.
… A inflação do CPI subiu 0,2% entre setembro e novembro (outubro não foi coletado) e 2,7% no comparativo anual. Ambos os resultados ficaram abaixo do que analistas de mercado esperavam, de 0,3% e 3,1%, respectivamente.
… O núcleo avançou 2,6% na base anual, menor nível de inflação desde o início de 2021.
… Em meio ao processo de sucessão do comando do Fed, Trump não esconde que o escolhido à cadeira de Powell será alguém que dê preferência a juros mais baixos. O nome promete ser anunciado nas próximas semanas.
… Trump disse ontem que, além de Kevin Hassett e Kevin Warsh, está cotando o diretor do Fed Christopher Waller, a quem qualificou de “ótimo”, e a vice-presidente de Supervisão da instituição, Michelle Bowman (“fantástica”).
… Entre os favoritos na corrida, Hassett afirmou que o Fed tem “muito espaço” para flexibilizar a política monetária. Já para o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, o juro pode cair se a inflação estiver voltando para 2%.
… Combinada ao CPI mais baixo que o esperado, a reação das techs deu impulso ao Nasdaq (+1,38%), que recobrou os 23 mil pontos (23.006,36). O Dow Jones subiu 0,14%, a 47.951,85 pontos, e o S&P 500, +0,79%, a 6.774,76 pontos.
… As ações da Micron Technology saltaram 10,21% com o lucro do primeiro trimestre fiscal, que superou as estimativas do mercado e deixou em segundo plano as preocupações recentes com o endividamento da Oracle.
… O CPI fraco derrubou as taxas dos Treasuries: Note-2 anos a 3,457% (de 3,484%) e 10 anos, 4,115% (de 4,152%).
… Já o índice DXY fechou com viés de alta (+0,06%), a 98,427 pontos, porque o euro caiu 0,11%, a US$ 1,1724, depois de o BCE ter mantido os juros inalterados e Lagarde ter dito que todas as opções permanecem sobre a mesa.
… A libra esterlina oscilou levemente para cima (+0,08%), a US$ 1,3382, diante do placar apertado da decisão do BoE (5 x 4) por corte do juro, que sinaliza a resistência hawkish. Já o iene caiu a 155,63 por dólar antes da reunião do BoJ.
CIAS ABERTAS NO AFTER – PETROBRAS celebrou novos contratos de longo prazo com a Braskem, tendo em vista a proximidade dos vencimentos dos contratos vigentes, com valores somados de US$ 17,84 bilhões…
… Companhia disse que vazamento de gás que ocorreu nesta quinta-feira (18) na plataforma P-40 não tem relação com a greve dos funcionários, iniciada na segunda-feira (15) (Valor)…
… Segundo a estatal, o sistema detectou o vazamento de gás, que foi imediatamente controlado de forma segura pela equipe a bordo da plataforma, localizada na Bacia de Campos.
PETRORECÔNCAVO aprovou a distribuição de R$ 300 milhões em dividendos, o equivalente a R$ 1,0239 por ação, com pagamento em três parcelas iguais, em dezembro de 2026, 2027 e 2028; ex em 8 de janeiro.
CSN MINERAÇÃO. Conselho de Administração aprovou a aquisição de até 11,17% do capital da concessionária ferroviária MRS Logística , atualmente detido pela controladora CSN, pelo preço total de até R$ 3,35 bilhões.
USIMINAS. O executivo Thiago da Fonseca Rodrigues apresentou sua renúncia ao cargo de diretor vice-presidente de finanças e relações com investidores da companhia, com efeitos a partir de 1º de fevereiro…
… O Conselho de Administração elegeu Diego Eduardo García para assumir o posto na data de saída de Fonseca.
BRADESCO aprovou o pagamento de R$ 3,9 bilhões em JCP complementar, sendo R$ R$ 0,3511 por ação ordinária e R$ 0,3863 por ação preferencial, com pagamento até 31 de julho de 2026; ex em 30 de dezembro.
ITAÚ aprovou um aumento de capital de R$ 12,847 bilhões, mediante a capitalização de valores registrados nas reservas de lucros; operação será feita com bonificação em ações, à razão de 3%…
…Assim, serão emitidas 321.170.947 de novas ações, sendo 163.623.582 ordinárias e 157.547.365 preferenciais…
… Os papéis serão atribuídos aos acionistas com base na posição do dia 23, na proporção de três novas ações para cada cem ações possuídas…
… Para acionistas que desejarem transferir frações de ações, isso poderá ser feito entre 2 de janeiro e 2 de fevereiro; depois disso, eventuais sobras serão separadas, agrupadas em números inteiros e vendidas em leilão na B3.
C&A. O conselho de administração aprovou o pagamento de JCP no valor de R$ 158 milhões, a R$ 0,5215 por ação. O pagamento ocorrerá em 2026, com base na posição acionária de 23 de dezembro deste ano. Ex em 26/12.
COGNA aprovou a distribuição de dividendos intermediários que somam R$ 208,1 milhões, sendo uma parcela de R$ 120 milhões e outra de R$ 88,1 milhões…
… Serão pagos R$ 0,0661 em 13 de fevereiro de 2026 e R$ 0,0485 em 20 de dezembro de 2028…
… Além disso, o conselho de administração da empresa também aprovou um aumento de capital de R$ 626,9 milhões, com emissão de 187,6 milhões de ações bonificadas, na proporção de uma para cada dez ações…
… O crédito das novas ações ocorrerá em 30 de dezembro; com a operação, o capital social da companhia passará a ser de R$ 8,29 bilhões.
ODONTOPREV informou que recebeu comunicado sobre reorganização interna do grupo Bradesco…
… A Bradesco Gestão de Saúde passou a deter 53,54% do capital social da Odontoprev, equivalente a 292,2 milhões de ações ON, após cisão parcial da Bradesco Saúde, aprovada pela ANS esta semana…
… Anteriormente, a Bradesco Saúde era acionista direta da Odontoprev e controlada da Bradesco Gestão; segundo a companhia, atualização da posição acionária não altera o controle final nem estrutura administrativa da Odontoprev.
CEMIG aprovou a distribuição de R$ 677,4 milhões em JCP, o equivalente a R$ 0,2368 por ação, com pagamento em duas parcelas, uma até 30 de junho e outra até 26 de dezembro de 2026.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2025
Produtividade é a saída
O mundo está girando (e rápido): o Brasil vai acompanhar ou ficar para trás? 🌎🇧🇷
Acabei de ler uma análise excelente de Marcello Estevão (IIF) sobre a reorganização silenciosa, mas decisiva, da economia global. A mensagem é clara: o dinheiro não sumiu, ele apenas mudou de endereço e de critérios.
Enquanto o crescimento mundial se estabiliza em torno de 3,1%, o que acontece "por baixo do capô" é uma mudança tectônica. A China perde dinamismo estrutural, enquanto países como Índia, Vietnã e México ganham tração via nearshoring e serviços digitais.
🚀 O que isso significa para o Brasil?
O artigo destaca um paradoxo brasileiro:
✅ Temos a faca e o queijo: Fundamentos externos sólidos, exportações diversificadas, reservas amplas e um sistema financeiro sofisticado.
⚠️ Mas travamos no básico: A incerteza fiscal persistente amplia o prêmio de risco e dificulta a conversão desse cenário favorável em investimento interno real.
3 Lições Cruciais do texto:
1. O capital ficou seletivo: O dinheiro agora persegue previsibilidade macroeconômica e segurança jurídica. Não basta ter mercado, é preciso ter regras claras.
2. A nova fronteira é tecnológica: Para atrair investimentos em IA, Data Centers e chips, precisamos alinhar urgentemente nossa política energética e digital.
3. Não precisamos ser perfeitos: O mundo não exige um cenário externo perfeito, mas exige um plano realista de produtividade e previsibilidade fiscal.
💡 A conclusão é direta: "Ficar parado custa caro". O tempo para decidir como vamos participar desse novo ciclo global — se como protagonistas ou coadjuvantes — está se encurtando.
O que vocês acham? A agenda fiscal e de produtividade do Brasil está no ritmo necessário para capturar essas novas oportunidades? 👇
Jacques Wagner
Em meio às articulações nos bastidores em torno da aprovação do PL da Dosimetria, o líder do governo no Senado Federal, Jaques Wagner (PT-BA), pediu a parlamentares da oposição para “amolecer o coração” em torno da indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para o Supremo Tribunal Federal (STF) – que ainda precisa ser confirmada pela Casa. Jaques Wagner disse a pelo menos dois colegas que havia feito “um gesto” ao não colocar empecilhos na aprovação do PL da Dosimetria, que acabou aprovado sem dificuldades pela Casa nesta quarta-feira (17), com 48 votos favoráveis e apenas 25 contrários – todos os nove senadores do PT rejeitaram o texto, que deve encurtar o tempo de prisão de Jair Bolsonaro e resultar na liberdade de centenas de outros condenados pelo Supremo nas investigações dos atos golpistas do 8 de Janeiro. Em troca, pediu aos oposicionistas para “amolecer o coração” com Messias, que enfrenta forte rejeição na Casa, especialmente da tropa de choque bolsonarista. Messias foi chefe de gabinete de Wagner. Em público, o líder do governo disse que pediu apoio da oposição para a análise de um texto considerado prioritário pela equipe econômica, que trata do aumento da tributação de bets e fintechs. O petista afirmou à imprensa que fez o acordo com a oposição sem consultar o presidente Lula ou a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann – e afirmou que “quem tá na política tem que se arriscar”. A oposição vê Messias como “quadro ideológico” do PT e “homem de confiança” de Lula e Dilma Rousseff e pretende constrangê-lo na sabatina revisitando um dos episódios mais emblemáticos da Operação Lava-Jato: a divulgação de um áudio, de março de 2016, em que Dilma avisa Lula que “Bessias” vai lhe entregar o termo de sua posse como ministro da Casa Civil. A nomeação de Lula acabou suspensa pelo ministro do STF Gilmar Mendes, o que pavimentou o caminho da queda do governo Dilma. ‘Peru de Natal’ A postura de Wagner de não criar empecilhos para a aprovação do PL da Dosimetria foi duramente criticada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), integrante da base lulista na Casa. “Estou exercendo o meu quarto mandato nesta Casa. Mas nunca vi, numa questão transcendental como essa, alguém, em nome do governo, fazer um acordo e dar peru de Natal ao golpismo”, disse Renan. Para superar resistências internas no Senado, aliados de Messias acreditam que ele vá contar com um apoio importante, mas silencioso para conseguir a aprovação: o da bancada evangélica do Senado. Um estudo do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), aponta que a bancada evangélica saltou de 7 para 13 senadores entre as eleições de 2018 e 2022. Conforme informou o blog, lideranças evangélicas apostam na indicação de Jorge Messias para reforçar o “bloco conservador” do Supremo – e, assim, impedir o avanço do que chamam de “pauta de costumes”, como a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação, o uso de banheiro por transexuais e a proibição da presença de crianças e adolescentes em paradas do orgulho LGBTQIA+. Caso supere a resistência no Senado e obtenha os 41 votos necessários para confirmar a sua indicação, Messias ocupará a vaga aberta com a saída de Luís Roberto Barroso, que decidiu antecipar a aposentadoria em outubro. Pesa a favor de Messias o histórico de votações no Senado. Na história da República, apenas o presidente Floriano Peixoto teve indicações rejeitadas pela Casa — cinco ao todo, todas em 1894, entre elas a do médico Barata Ribeiro, que batiza rua no bairro de Copacabana, no Rio.
Marcelo Guterman
Em engenharia existe um negócio chamado “fator de segurança”. O engenheiro faz todos os cálculos estruturais com base na melhor técnica, e depois aplica um “fator de segurança” para eventos extremos. Assim, por exemplo, ao construir uma ponte, os cálculos incluem a passagem de muitos veículos ao mesmo tempo e ventos fortes. O “fator de segurança”, por sua vez, pode incluir a passagem de vários caminhões super-pesados ao mesmo tempo.
Não precisa ser expert em engenharia para sacar que, quanto maior o fator de segurança, mais caro fica o projeto. Assim, se o fator de segurança incluir a possibilidade de um terremoto, a ponte ficará muito mais segura e, também, muito mais cara. Esse gasto adicional não faz sentido, se o histórico de terremotos na região da ponte for zero. Seria um desperdício de recursos.
Vamos ao caso da Enel em São Paulo. A empresa tem um problema de engenharia a resolver: como dimensionar a sua equipe de manutenção de modo a maximizar o seu lucro? Uma equipe muito pequena levará à cassação da concessão por não cumprir as metas de performance do regulador. Uma equipe muito grande (com um “fator de segurança” muito alto) levará a resultados financeiros insatisfatórios para os acionistas da empresa.
A julgar pelos indicadores da Aneel, a Enel vem se saindo bem. Desde 2018, quando assumiu a concessão em São Paulo, seus indicadores de interrupção de serviço estão dentro dos limites estabelecidos pelo regulador. E, em 2024, se não ficou entre as melhores distribuidoras do país, seu indicador de desempenho ficou dentro do aceitável (veja gráficos anexos).
O que vem acontecendo? Eventos climáticos extremos vêm ocorrendo com mais frequência, exigindo uma equipe de manutenção maior. A questão, para a empresa, é se esses eventos são suficientes para mexer o ponteiro dos indicadores cobrados em seu contrato, e se, mesmo que sejam, as multas por não cumprimento são maiores do que os gastos para a contratação de mais equipes.
Tudo isso é engenharia. Só que a coisa extrapolou o campo técnico e transbordou para o campo político. Até Tarcísio de Freitas, que é engenheiro e conhece todo o raciocínio acima, se juntou às vozes populistas que exigem o fim da concessão da Enel, mesmo a empresa cumprindo as metas determinadas pelo regulador.
Claro que se pode argumentar que são essas metas que estão erradas. O contrato é falho, e deixa margem para as concessionárias prestarem um serviço porco e não serem punidas. Pode ser. Mas é bom ter em mente que a introdução de metas mais rígidas (um “fator de segurança” maior) exigirá mais investimento por parte das concessionárias, com o custo sendo repassado para a conta de luz. “Ah, mas já pagamos uma fortuna pela eletricidade, merecemos um serviço melhor”. Pois é, aparentemente não, se considerarmos que os indicadores atuais estão sendo cumpridos, mas se mostram insuficientes.
Aparentemente, a política se sobreporá à boa técnica, e a ENEL será gentilmente convidada a vender a sua concessão para outra empresa. Uma candidata natural é a Equatorial, que, coincidentemente, assumiu a concessão da Enel em Goiânia, em 2023, cedendo à pressão política do governador Ronaldo Caiado. No gráfico abaixo, note como a Equatorial-GO é uma das duas concessionárias de grande porte que não cumpriu as metas da Aneel em 2024, sendo a segunda pior do país. Aparentemente, a troca da Enel não resolveu o problema, mas nunca que Caiado assumirá essa derrota.
PS.: a esquerda vem faturando em cima dos problemas da Enel, colocando o caso como um exemplo de como a privatização prejudica a população. A maximização do lucro estaria no cerne do problema, o que não aconteceria com uma empresa estatal. Como se a contabilidade deixasse de funcionar para estatais. Na improvável hipótese de que uma estatal oferecesse serviços melhores que uma empresa privada, esses serviços custariam mais caro por definição (fora a camada de inchaço de funcionários e corrupção), o que exigiria ou tarifas maiores ou o socorro periódico do Tesouro para equilibrar as contas. Os Correios estão aí para não deixar dúvidas.
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