Análise Bankinter Portugal
NY +0,8% US tech +1,5% US semis +2,5% UEM +1,1% España +1,2% VIX 16,9% Bund 2,85% T-Note 4,14% Spread 2A-10A USA=+67pb B10A: ESP 3,28% PT 3,13% FRA 3,56% ITA 3,50% Euribor 12m 2,264% (fut.2,462%) USD 1,172 JPY 182,9 Ouro 4.323$ Brent 59,7$ WTI 56,0$ Bitcoin +0,7% (87.074$) Ether +3,4% (2.925$).
SESSÃO: Tíbia e sem direção clara (-0,2%/+0,1%?) depois da forte subida de ontem, principalmente da tecnologia (finalmente, esse movimento tão óbvio quanto esperado!) graças aos resultados e guidance de Micron (+10% ontem) na noite de quarta-feira, mas também a uma inflação americana muito bem publicada ontem (+2,7% a/a vs. +3,1% esperado). O normal será ter um mercado fraco e com pouca atividade, porque temos a Freaky Friday (vencimento de futuros e opções sobre índices e ações) a partir das 11 h na Europa, e 14:30 h em Wall St., portanto, o volume será para a segunda metade da sessão. Além disso, podemos dar 2025 por terminando em termos práticos. A próxima semana provavelmnte terá um tom melhor, porque já qualquer movimento será pensado em como se está a posicionar para 2026, que não oferece de todo mau aspeto, mas deverá ser bastante continuista em positivo, embora claramente menos do que este excelente 2025.
O Japão subiu taxas de juros (+25 p.b., até 0,75%). O BoJ retira da sua mensagem a afirmação de que o PIB e o IPC se estancarão devido aos impostos alfandegários e indica claramente que continuará a subir (textualmente: "Given that real interest rates are at significantly low levels, the BOJ will continue to raise interest rates"), o que é substanciamente mais hawkish/duro do que o que pensamos. Parece abandonar a ideia de que a inflação (agora +3%, tanto Geral como Subjacente) se suavizará para o seu +2% de objetivo, o que é de um pragmatismo esmagador, uma vez que leva nada menos 44 meses acima. Já está na hora de o aceitar abertamente. Principalmente ao ter em conta que a expansão do seu PIB poderá situar-se no intervalo +0,7/+0,8% em 2026/27, portanto pode aguentar taxas de juros um pouco superiores.
Nike 2T bate, mas débil na China (25% das vendas) e cai em aftermarket. FedEx publicou bons resultados, mas quase não se move em aftermarket, porque admite que terá custos extra pela imobilização de aviões após o recente acidente de Boeing. Portanto, hoje, a frente corporativa não ajudará.
A UE irá empresar 90.000 M€ à Ucrânia que não deixarão de colocar como garantia os ativos russos em Euroclear (184.000 M€), mas que serão mais dívida europeia convencional (emissão de dívida que será garantida com o orçamento da UE). Isto irá debilitar as obrigações europeias desta semana manhã (elevação de yield), embora possam aguentá-lo agora, porque nestas datas normalmente já não há emissões. Geoestrategicamente, é uma boa decisão, porque a Rússia teria interpretado como apreensão se os ativos russos tivessem sido dados como garantia e isso, além dos problemas legais para a Bélgica (Euroclear está em Bruxelas) por uma possível demanda russa, poderia ter sido argumentado como “casus belli” por parte da Rússia, abrindo-se um cenário diferente, muito mais perigoso para a extensão da guerra para o oeste da Europa.
CONCLUSÃO: Sessão fraca, com a atividade focada na tarde com a Freaky Friday. Certamente aborrecida. O desenvolvimento apresenta-se indefinido, do estilo +0,1%/-0,2%. Na próxima semana, o tom irá melhorar um pouco, porque já qualquer decisão tomada será a pensar na conta de resultados de 2026 e o FOMO (Fear Of Missing Out) continuará a forçar assumir posições bastante longas, porque ficar de fora pode sair muito caro, principalmente se o mercado começar a correr desde janeiro.
FIM
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