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SERÁ UMA TENDÊNCIA OU ALGO TRANSITÓRIO?

Iniciamos esta quinta-feira (dia 13) de olho no PPI de abril nos EUA e também no depoimento do CEO da Pfizer. O depoimento de ontem do ex-secretario de Comunicação foi um desastre completo para a imagem do governo. O cidadão entrou em contradição várias vezes, quis "negar" o que disse na VEJA. Ou seja, foi uma biruta doida e não pegou bem. Sobre o PPI de abril, a expectativa é de desaceleração, mas qualquer resultado inesperado não deve surpreender e pegar, mais uma vez, o investidor de surpresa, já mal humorado pelo CPI de 4,2% pela taxa anualizada. As expectativas de mercado apontam 0,3% em abril, contra 1,0% em março, com perda de ritmo  também no núcleo, 0,7% para 0,4% entre março e abril. Ontem, a surpresa negativa com a inflação ao consumidor (CPI) caiu como uma bomba nos mercados, desencadeando um "sell-off" nas bolsas em NY e detonando vendas dos Treasuries, com os yields de 10 anos encostando nos 1,70%. Para piorar, à tarde, o déficit recorde nos EUA de US$...

CPI DA COVID NO CENTRO DOS DEBATES

  No Brasil, a CPI da Covid no centro das atenções, com o bombástico depoimento de Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação. O que ele dirá? Comprometerá o governo, mais ainda, o ex-ministro Pazuello, chamando-o de incompetente pelas negociações com a Pfizer? Nos EUA, atenção para o CPI, importante para o balizamento de juro do Fed. Estimativas de mercado apontavam alta de 0,2% em abril e 3,6% na taxa anualizada, contra a base fraca do ano anterior. No núcleo, 0,3% no mês e 2,3% na comparação anual.  Aguardemos como o Fed deve reagir, dado o intenso fluxo de recursos para os emergentes e que uma mudança de postura de Jerome Powell tudo pode alterar.  No Brasil, como "pano de fundo", as várias operações de IPOs das empresas, visando se "capitalizar" para o pós pandemia, o aumento nos ingressos externos e no comercial, o superávit da balança causado pelo grande volume de exportações agrícolas para a China. E viva o super ciclo das commodities!  Decorrente disso,...

MACRO MERCADOS DIÁRIO 120521 MAIS SOBRE A ATA DO COPOM

Os mercados continuam operando em torno da trajetória das commodities, com especial atenção para a soja e o minério de ferro no Brasil, e seus possíveis impactos inflacionários. Isso parece ser preocupação no mundo, também no Brasil, sendo que por aqui o BACEN já está agindo, correndo atrás da curva. Nos EUA, no entanto, o debate segue intenso, com o Fed ainda achando faltar muito para o início do ciclo de aperto monetário, já que, na leitura deles, o desemprego ainda é elevado (em torno de 6,1% da PEA) e as pressões inflacionárias, ainda transitórias. Nesta quarta-feira sai o CPI, na quinta, o PPI. Por aqui, o BACEN segue atento. Na ata do Copom, divulgada ontem, o board do banco deixou transparecer que o ciclo de ajustes da Selic, neste ano, deve terminar antes de chegar ao patamar neutro, em torno de 6,5%. Este seria aquele que não desestimula a economia, e mantém a inflação sob controle. Teremos um ajuste de 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Copom, em junho, a 4,25%, out...

MACRO MERCADOS DIÁRIO 11/05/2021 - DIA DE ATA DO COPOM

Iniciamos esta terça-feira atentos ao que será dito na ata do Copom, embora já pareça consenso a estratégia de “ajustes parciais” do Banco Central, pelo menos até a Selic atingir 5,5% e depois se “aguardar como a atividade econômica deve transcorrer, assim como o ciclo de vacinações”. Sobre a pandemia, há um certo desconforto no ar, pois não conseguimos ainda sair das 750 mil aplicações diárias de vacina. No balanço do dia 10 são 889 óbitos diários, acumulando 423 mil até o momento. A média de novos casos segue estabilizada, mas hoje o total foi muito influenciado pelo Paraná. São 25.200 novos casos e 13,5 milhões de recuperados. Como dito acima, na vacinação não estamos bem. Estacionamos em 750 mil doses diárias, e deveríamos estar no dobro disso. A China está vacinando mais de 7 milhões por dia, a Índia e os EUA 2 milhões e a Alemanha 800 mil. Israel já terminou o ciclo de vacinações e ao que parece, retorna a vida normal, mesmo que num novo olhar, pela ausência de mortes e novos...

TERÇA-FEIRA NO MERCADO

Nos EUA, a inflação continua no radar dos investidores, no Brasil o câmbio segue “derretendo”, dado o carry trade em curso e o ingresso de recursos externos, devido às concessões, fusões e exportações de agronegócio. Por outro lado, seguem as incertezas fiscais e os ruídos políticos. Nesta terça-feira, atenção para a ata do Copom e o IPCA. O IPCA deve registrar algo em torno de 0,3% a 0,4%, num ritmo de desaceleração, mas em 12 meses ainda muito elevado. Sobre a ata, o segredo será saber o que o Bacen deve decidir da sua “normalização parcial” da taxa Selic, quando boa parte do mercado esperava que a expressão fosse retirada na reunião do dia 5. O Copom de junho deve registrar mais um ajuste de 0,75 ponto percentual, a 4,25%, depois mais um, de 0,75 p.p., e outro, de 0,5 p.p., até a Selic fechar o ano em 5,5%. Na 2ª feira, em NY havia uma releitura do payroll (266 mil), considerando que os números fracos podem ter sido distorcidos pelo auxílio garantido pelo pacote fiscal de Biden,...

MACRO MERCADOS DIÁRIO 07/05/21 - MAIS DO MESMO

Parece que a quinta-feira repetiu o restante da semana, com o mercado atento ao que seria dito pelos ministros da Saúde convocados, neste caso, o médico cardiologista e atual ministro Marcelo Queiroga na CPI da Covid 19, e mais sobre a “precificação”, ou absorção pelo mercado, do que foi decidido na reunião do Copom de quarta-feira.  Nada de grandes novidades. Sobre a CPI, novamente, não trouxe grandes revelações e manteve percepção de que a CPI ainda carece de maior embasamento técnico na área de saúde e infectologia. Os senadores envolvidos pouco sabem sobre medicina. O depoimento do ministro Queiroga consolidou um braço que será central para estratégia do grupo majoritário da CPI, capitaneado por Renan Calheiros: a tese de que o Planalto, por iniciativa pessoal do presidente Bolsonaro, montou uma espécie de "gabinete paralelo", visando passar por cima do ministério da Saúde.  Segundo um membro da CPI o “3º dia de CPI está encerrado. Ficou claro um roteiro trágico e repetit...

MERCADOS EM MAIO

Chegamos ao segundo relatório sobre as perspectivas dos mercados em maio. A análise "top down", de "cima para baixo" ("top down approach”), segue como ferramental recomendada, pois permite aos investidores um olhar, primeiro, do ambiente macroeconômico como um todo (doméstico e global), depois, mais de setores e empresas. Neste, é possível observar as oportunidades, a serem "garimpadas", no mercado de capitais.   De antemão, consideramos MAIO, no mercado de capitais brasileiro, mais um mês desafiante, o que deve demandar uma postura mais CONSERVADORA dos investidores na alocação de recursos. De antemão, dependendo do ritmo das vacinações, achamos que os lockdowns localizados devem começar a se afrouxar, até pouco estaremos diante da redução do número de óbitos. Isso, no entanto, não deve afastar o fato de que teremos ainda um período de transição em que todo o cuidado será necessário. O tripé isolamento social, uso de máscara e álcool gel, continuará...