quarta-feira, 14 de maio de 2025

Bankinter Portugal Matinal 1405

 Análise Bankinter Portugal


SESSÃO: Bastante estupendo nas últimas 2 sessões graças à “mudança de modo” (provisória) de impostos alfandegários EUA/CH 10%/30% vs. 145%/125% anterior e ao macro acordo fechado por Trump na Arábia Saudita. Mas convém confiar pouco nestas subidas mais baseadas em mensagens grandiloquentes do que em resultados objetivos (exceto para as empresas de defesa americanas, muito beneficiadas por isto). Porque mais do que algumas empresas continuam a quantificar o impacto negativo dos impostos alfandegários – sejam estes quais forem – nos seus resultados futuros. Esta manhã, Sony: EBITDA’25e apenas +0,3%, com impacto negativo de 680M $. A inflação americana saiu +2,3% vs. +2,4% esperado e anterior, mas a Subjacente continua a ser muito pegajosa em +2,8%, indício de que no 2.º semestre a inflação provavelmente irá piorar em todo o mundo, não apenas nos EUA.


Elevando um pouco a perspetiva, teremos menos PIB, mais inflação, taxas de juros menos baixas (a Fed irá baixar muito pouco, se baixar, e o BCE terá de voltar a subir depois de baixar, se baixar demasiado), riscos elevados devido à geoestratégia e pelas decisões erráticas dos EUA e as estimativas dos lucros empresariais que já começaram a ser revistas em baixa. Para as empresas americanas avaliadas, as revisões são: EPS’25e +8,7% agora vs. +10,5% a 1 de abril vs. +14,0% a 1 de janeiro; EPS’26e +13,7% agora vs. +14,5% a 1 de abril. E para as europeias: EPS’25e +1,9% agora vs. +5,8% a 1 de abril. Isto é, por exemplo, a bolsa europeia leva ca.+10% em 2025, mas a expansão de lucros esperada é de apenas +1,9%. Não parece coerente. Mais sensata parece a lateralidade, no melhor dos casos, de Wall St. Por isso, cuidado com os riscos abertos. Principalmente porque ninguém sabe quase nada fiável e isso significa assumir um prémio de risco superior, o que equivale a avaliações inferiores. E as taxas de juros dificilmente irão compensar isso.


HOJE os futuros vêm tíbios, como em decadência ou aterragem após um par de dias excessivos, com aspeto de retrocessos suaves (-0,2%?). Sai zero macro (a relevante, amanhã nos EUS: Vendas a Retalho, Philly, Empire Manufacturing), portanto o mais importante será o que digam os conselheiros do BCE, Nagel (9 h) e Holzmann (15 h), se se tornam um pouco mais conservadores sobre futuras descidas de taxas de juros, embora seja improvável. Durante a tarde, Waller, Jefferson e Daly da Fed, poderão tornar-se mais austeros sobre taxas de juros.


CONCLUSÃO: Pouca substância para trabalhar. Provável realização de lucros após 2 dias um pouco excessivos, durante os quais as subidas se basearam mais em “relatos” do que “dados”. A benignidade e a complacência do mercado continuam a impor uma mistura entre ceticismo e respeito, porque consideramos que os riscos são assimétricos. Isto é, que a situação é confusa e frágil, de modo que a perda provável se as coisas correrem mal seja maior do que o custo de oportunidade ou a perda de lucro se correrem bem. Hoje o mercado irá descansar para refletir.


S&P500 +0,7% Nq-100 +1,6% SOX +3,2% ES50 +0,4% IBEX +0,8% VIX 18,2% Bund 2,68% T-Note 4,47% Spread 2A-10A USA=+47pb B10A: ESP 3,30% PT 3,19% FRA 3,35% ITA 3,67% Euribor 12m 2,107% (fut.2,148%) USD 1,119 JPY 164,6 Ouro 3.234$ Brent 66,3$ WTI 63,4$ Bitcoin -0,7% (103.905$) Ether -0,7% (2.673$). 


FIM

BDM Matinal Riscala 1405

 *Rosa Riscala: Serviços devem moderar crescimento em março*


… Opep divulga relatório mensal sobre o mercado de petróleo, que se recupera com a trégua nas tarifas entre os EUA e a China, enquanto em NY são destaques as falas de três Fed boys, após a inflação americana ter vindo abaixo do previsto. Aqui, investidores esperam mais balanços, com Eletrobras após o fechamento, e o volume de serviços em março, às 9h, que ainda deve continuar crescendo, mas em ritmo menor, sem muita chance de abalar a expectativa de que o Banco Central encerrou o ciclo de aperto monetário. Essa foi a leitura predominante da ata do Copom no mercado. Apostas de que a Selic não chegará aos 15% ajustaram os juros curtos em baixa, estimuladas também pela queda firme do dólar para R$ 5,60, enquanto o Ibovespa disparava para a pontuação recorde de fechamento.


… Se depender da convicção do Copom de que a atividade cederá, como defendido na ata, nem os serviços, nem as vendas do comércio, amanhã (5ªF), serão empecilhos para interromper as altas da Selic, que deve parar nos 14,75%.


… Alguns fatores elencados durante a reunião seguem dando confiança ao Comitê de que o processo de moderação de crescimento deve ocorrer, após vários anos de surpreendente dinamismo, como analisou o economista Marco Antônio Caruso (Santander).


… Na ata, o Copom afirma que a política monetária restritiva já tem causado impactos no crédito, nas sondagens empresariais, na taxa de câmbio, no balanço das empresas, assim como na moderação de alguns indicadores de atividade e de mercado de trabalho.


… Em particular, no crédito, disse a ata que já se observa alguma inflexão em algumas linhas e, no caso de pessoas físicas, um aumento do comprometimento da renda familiar com o serviço das dívidas pode estar antecipando uma menor demanda por crédito.


… O BC também está certo de que a inflexão no mercado de trabalho deve se aprofundar, em linha com a política monetária restritiva.


… Até mesmo no contraponto hawk, que surgiu no parágrafo da ata que trata do impacto do consignado privado sobre o crescimento, o Copom relativizou, notando que, majoritariamente, é usado para troca de dívidas, com efeito mais comedido sobre a renda.


… Para Marco Antônio Caruso, os maiores destaques da ata foram os parágrafos sugerindo que a política monetária ‘significativamente contracionista’ já tem contribuído e seguirá contribuindo para a moderação de crescimento econômico.


… Ele mantém a projeção de final do ciclo, acreditando que a “barra para manutenção é baixa”, e que os 25pbs só viriam por uma questão do comportamento do dólar, mais do que dos dados da atividade, que, na sua opinião, não vão estar claros até junho.


… Também para Luis Felipe Vital, estrategista-chefe da Warren, a ata significou “o fim do ciclo com juros altos por bastante tempo”.


… A ata confirma o call da gestora: (i) fim de ciclo, ainda que não se descarte ajuste marginal diante de surpresa nos dados; (ii) momento é de aguardar os efeitos do aperto já implementado; (iii) juros elevados por mais tempo, com cortes só no 1º trimestre de 2026.


BRASIL & CHINA – Ministério da Agricultura estima que os cinco novos mercados abertos pela China a produtos agropecuários brasileiros têm potencial de US$ 20 bilhões, incluindo carne de pato, de peru, miúdos de frango, grãos secos e farelo de amendoim.


… Em Pequim, durante encontro de Lula com Xi Jinping no Grande Palácio do Povo, foram assinados os acordos bilaterais que estão sendo comemorados como uma “conquista histórica”, com o maior número de aberturas de mercado para a China de uma única vez.


HADDAD – Ministro da Fazenda recebe hoje representantes da agência de classificação de risco Fitch Ratings, às 15h.


MAIS BLOQUEIO – No Estadão, o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, anunciará um bloqueio de gastos e contingenciamento no primeiro relatório bimestral de avaliação de Receitas e Despesas, a ser divulgado na próxima semana, dia 22.


PAUTA-BOMBA – O STF pautou uma ação que discute a incidência de PIS/Cofins e CSLL sobre os valores resultantes dos atos cooperativos próprios das sociedades cooperativas. A Receita estima que a discussão tem impacto de R$ 9,1 bilhões para os cofres públicos.


… O julgamento foi marcado para a sessão virtual que vai de 30 de maio a 6 de junho.


A FRAUDE DO INSS –Em entrevista à GloboNews, opresidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, afirmou que o governo federal estuda se utilizará recursos públicos para ressarcir as vítimas do esquema fraudulento de descontos indevidos.


… A devolução do dinheiro aos aposentados e pensionistas lesados ainda não tem prazo definido e depende de uma decisão judicial.


MAIS AGENDA – Pesquisa mensal de serviços tem estimativa de expansão pelo segundo mês consecutivo, com a mediana apontando para alta de 0,40% em março, após crescimento de 0,80% em fevereiro, em pesquisa do Broadcast junto ao mercado.


… Segundo economistas, o dado deve ser impulsionado pelos serviços de transportes e pelo desempenho da produção industrial.


… No mesmo horário dos serviços, o IBGE divulgará às 9h a produção industrial regional, cujo dado surpreendeu na semana passada, com crescimento muito acima do esperado, de 1,3% em março. Às 14h30, sai o fluxo semanal cambial do Banco Central.


… Também às 9h, terá início a Conferência Anual do BC, com abertura do diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, com transmissão pelo canal do BC no Youtube. O presidente Gabriel Galípolo continua na China, onde integra a comitiva presidencial.


LÁ FORA – A Alemanha revela nesta madrugada dados de inflação de abril, após forte melhora do índice ZEW nesta 3ªF.


… Christopher Waller é o primeiro Fed boy a discursar (6h15), no Marrocos, seguido por Philip Jefferson (10h10) e Mary Daly (18h40).


… Ainda nos EUA, saem os estoques de petróleo do DoE na semana até 9/5 (11h30).


… No final da tarde, o Instituto Americano de Petróleo (API) informou que os estoques de petróleo bruto dos EUA aumentaram em 4,29 milhões de barris na semana passada. Esse seria o maior aumento desde março, se confirmado pelos dados do DoE hoje.


BALANÇOS – O calendário prevê hoje Eletrobras, Eneva, Equatorial Energia, Americanas e Allos, todos após o fechamento dos mercados. Antes da abertura, saem os resultados de Azul e Bradespar, e Telefónica na Espanha.


… Confira abaixo no Em tempo, os balanços de ontem à noite.


O CAMPEÃO VOLTOU – A marca inédita do Ibov, perto dos 139 mil pontos, e o dólar de volta à faixa de R$ 5,60 deram a medida do alto astral que dominou o dia, embalado pela perspectiva para os juros aqui e nos EUA.


… Além de a inflação americana do CPI sob controle em abril ter resgatado a esperança de dois cortes de juros pelo Fed este ano, o mercado gostou da percepção da ata do Copom de que a Selic já pode ter atingido o pico.


… Com um novo recorde histórico de fechamento para chamar de seu, o Ibov saltou 1,76%, a 138.963 pontos, e estabeleceu ainda a nova máxima intraday de todos os tempos, aos 139.419 pontos, com giro de R$ 27,5 bi.


… Para o estrategista Lucas Constantino (GCB), o ânimo não pode ser atribuído só aos eventos pontuais do dia.


… A combinação de câmbio mais favorável, queda das taxas futuras e valuations ainda descontados tem impulsionado a atratividade dos ativos brasileiros e ofuscado a inflação resistente e o juro contracionista.


… Levantamento mensal do BofA mostra que otimismo de gestoras é o maior em oito meses. A parcela de casas que esperam que o Ibovespa rompa os 140 mil pontos este ano mais que dobrou, de 18% em abril para 43%.


… Entre as blue chips, Petrobras ON (+0,59%, a R$ 34,30) e PN (+1,52%, a R$ 32,13) reagiram ao balanço do 1Tri25 e à alta do petróleo. O Brent para julho voltou a subir forte (+2,57%) a US$ 66,63 por barril em Londres.


… Pegou impulso do dólar fraco, que torna a commodity mais barata para compradores com moedas menos valorizadas. Além disso, o primeiro passo da China e EUA em direção a um acordo comercial anima o consumo.


… Seja como for, o petróleo ainda acumula queda de mais de 10% desde o início de abril, quando Trump estava irredutível sobre relaxar a guerra comercial com os chineses e assombrava a demanda pelas commodities.


… Os papéis da Vale (ON, +1,64%, a R$ 55,17) pegaram carona na valorização do minério de ferro (+1,06%).


… Os grandes bancos subiram em bloco, depois de terem testado uma realização no pregão anterior: Itaú PN (+1,23%, a R$ 36,93); Bradesco PN (+2,15%, a R$ 15,22); BB (+2,03%, a R$ 29,66) e Santander (+1,81%; R$ 30,31).


TESTANDO PISOS – Teoricamente, o ciclo de aperto da Selic perto do fim (se já não acabou) é menos vantajoso ao carry trade, mas a chance de que o juro não caia tão cedo (higher for longer) ajuda a manter o real apreciado.  


… Mas em primeiro plano foi a inflação do CPI nos EUA no menor nível em quatro anos que desencadeou ontem vendas generalizadas do dólar, negociado por aqui na cotação mais barata em sete meses, a R$ 5,6087 (-1,32%).


… O índice de preços ao consumidor norte-americano subiu 0,2% em abril, abaixo da previsão de 0,3%, e desacelerou para 2,3% na comparação anual, quando a expectativa era de que se mantivesse estável em 2,4%.


… A inflação sem sustos projeta dois cortes de 25pb cada pelo Fed este ano, a partir de setembro. Mas o timing ainda poderá ser ajustado, se Powell falar amanhã de política monetária, após os progressos dos EUA-China.


… A esperança no fim da guerra comercial e a surpresa positiva do CPI entraram como fatores combinados para continuar derrubando ontem o índice DXY (-0,77%), que por pouco não voltou à linha dos 100 pontos (101,003).


… O iene avançou para 147,46/US$, o euro subiu 0,89%, a US$ 1,1191, e a libra ganhou 0,99%, a US$ 1,3305.


… Foi curioso que os juros dos Treasuries não tenham caído com o CPI comportado. O mercado dos títulos americanos concentrou o risco de que, em algum momento, o protecionismo de Trump ainda bata na inflação.


… A Oxford Economics alerta que o efeito das tarifas deve levar mais tempo para aparecer. A Capital Economics aposta em maio. A taxa da Note-2 anos subiu a 4,011%, de 4,001%, e a de 10 anos avançou a 4,481%, de 4,468%.


… Em linha com o movimento, a ponta longa da curva do DI passou a subir na reta final, enquanto os contratos curtos exibiram viés de queda, repercutindo o dólar a R$ 5,60 e a chance de que a Selic estacione em 14,75%.


… No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,780% (de 14,805% no pregão anterior); Jan/27, 14,010% (de 14,040%); Jan/29, 13,510% (de 13,465%); Jan/31, 13,690% (13,600%); e Jan/33, 13,770% (13,650%).


OLÉ! – Um dia depois de o Nasdaq ter voltado ao território técnico de bull market, o S&P 500 zerou as perdas do ano, com Wall Street dando demonstrações de força, em meio aos sinais de alívio das tensões comerciais.


… Entre as Sete Magníficas, Amazon (+1,3%), Meta (+2,6%), Apple (+1,02%) e Nvidia (+5,6%) voltaram a brilhar.


… O S&P 500 avançou 0,72% (5.886,54 pontos) e o Nasdaq ganhou 1,61% (19.010,08 pontos). Somente o Dow Jones caiu (-0,64%, 42.140,43 pontos), derrubado pelo tombo de quase 18% das ações da UnitedHealth.


… A seguradora de saúde, com o terceiro maior peso no índice da Nyse, suspendeu a projeção de desempenho (guidance) no ano e anunciou que substituirá seu CEO. Stephen Hemsley assume no lugar de Andrew Witty.


EM TEMPO… JBS teve lucro líquido de R$ 2,9 bilhões no 1TRI25, alta de 77,6% sobre igual intervalo de 2024…


… Receita líquida atingiu R$ 114,1 bilhões, 28% superior ao 1TRI24, com 76% das vendas globais em mercados domésticos e 24% por meio de exportações…


… Ebtida ajustado somou R$ 8,9 bilhões, aumento de 38,9%; margem Ebitda de 7,8% registrou avanço de 0,6 pp s/ 1TRI24, refletindo estratégia de diversificação em proteínas e geografias…


… Companhia registrou um de seus melhores resultados para um 1Tri, desafiando sazonalidade tradicionalmente mais fraca com o menor consumo após festas de fim de ano e o inverno no Hemisfério Norte.


PAGBANK registrou lucro líquido recorrente de R$ 554 milhões no 1Tri25 (+6% em relação ao mesmo período do ano passado). Receita líquida cresceu 13% em um ano e atingiu R$ 4,9 bilhões…


… Empresa planeja distribuir dividendos de 10% do lucro anualmente. Companhia distribuirá o primeiro dividendo de sua história, de cerca de R$ 250 milhões.


NUBANK teve lucro líquido de US$ 557,2 milhões no 1TRI25, alta de 74% na comparação anual. Receita cresceu 40%, para US$ 3,2 bi.


GERDAU aprovou, em reunião de diretoria, a 19ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, em séries única, da espécie quirografária, no valor de R$ 1,375 bilhão.


CVC BRASIL teve lucro líquido ajustado de R$ 24,0 milhões no 1TRI25, salto de 489,7% s/ 1TRI24. Receita líquida cresceu 14,1%, para R$ 362,2 milhões; Ebitda aumentou 21,4%, para R$ 104,7 milhões.


CASAS BAHIA obteve decisão favorável em processo judicial relacionado ao ressarcimento de ICMS-ST, entre 2011 e 2016. A decisão, proferida pelo TJ-SP, autoriza a varejista a compensar créditos tributários de R$ 632 mi.


CURY teve lucro líquido de R$ 233,7 milhões no 1TRI25, alta de 51,7% na comparação anual. Receita líquida cresceu 45,2%, para R$ 1,216 bi; Ebitda ajustado subiu 53,8%, para R$ 289,5 milhões.


RAÍZEN registrou prejuízo líquido de R$ 2,514 bilhões no 4Tri24/25, piora de 186% contra um ano antes. Ebitda ajustado atingiu R$ 1,721 bilhão, queda de 53,3%. Receita líquida cresceu 7,5%, para R$ 57,727 bi…


… A companhia informou que o Norges Bank passou a administrar 67.973.903 ações da companhia. O montante corresponde a 5,002% do total das ações preferenciais.


SLC AGRÍCOLA informou lucro líquido de R$ 510,7 milhões no 1TRI25, alta de 123,1% s/ 1TRI24. Receita líquida cresceu 19,1%, para R$ 2,331 bi; Ebitda ajustado aumentou 34,0%, para R$ 943,6 milhões.


SANTOS BRASIL registrou lucro líquido de R$ 198,5 mi no 1Tri25, alta de 34,3% contra o 1Tri24. Ebitda subiu 54,4% na mesma base de comparação, para R$ 496 milhões…


… Receita líquida atingiu R$ 883,7 mi no 1tri25, avanço de 37% contra um ano antes.


TAURUS registrou lucro líquido de R$ 18,6 milhões no 1TRI25, queda de 1,6% na comparação anual. Ebitda caiu 89,2%, para R$ 7,0 milhões; receita líquida recuou 22,2%, para R$ 349,1 milhões.


ALUPAR. A transmissora de energia recebeu do ONS o termo de liberação definitivo autorizando a operação comercial do reforço das instalações da subestação Manoel da Nóbrega.

Tarcísio de Freitas

 Tarcísio ‘presidenciável’ em NY: consertar o Brasil “não é difícil. Basta mexer algumas alavancas”


Giuliana Napolitano13 de maio de 2025


NOVA YORK – Tarcísio de Freitas dificilmente admitiria, mas está falando como um presidenciável.


Num evento promovido pelo Citi, o governador de São Paulo disse que a agenda para o Brasil é clara. 


“A preocupação comum é a situação fiscal, e sabemos exatamente o que fazer,” disse para uma plateia formada por cerca de 50 CEOs e executivos de grandes empresas brasileiras, além de investidores.


Um dos presentes disse que foi a primeira vez em que o ouviu falar tanto sobre planos para o País. “Mais do que isso seria deselegante.”


Tarcísio listou suas prioridades nacionais: uma reforma orçamentária que desvincule receitas e despesas para liberar recursos para investimentos; a desindexação do salário mínimo; mais privatizações; e a revisão de benefícios fiscais.


tarcisio de freitas


Também defendeu que os programas sociais sejam reformulados para incluir uma “porta de saída” para os beneficiários. “O custo precisa ser decrescente. Existem bons exemplos disso em outros países.”


Sobre a receptividade do Congresso a essas propostas, o governador disse que é preciso dar crédito ao Parlamento que, nos últimos anos, aprovou as reformas trabalhista, tributária e previdenciária, além de projetos como o marco do saneamento e a autonomia do Banco Central.


“Não tem a ver com pessoas, mas com projetos.”


Tarcísio também citou a reorganização fiscal e administrativa de São Paulo – e as iniciativas de atração de investimentos – como exemplos do que pode ser feito em escala nacional. 


“Tínhamos uma meta de R$ 220 bilhões em investimentos com a iniciativa privada. Já contratamos R$ 350 bilhões.”


Para ele, o novo cenário geopolítico é uma “tremenda oportunidade para o Brasil”. “Basta mexer algumas alavancas, não é difícil.”


Para provar o ponto, deu o exemplo da Argentina. “A situação lá era pior. Mas souberam comunicar, tocaram a agenda. Ou seja, é possível.”


A plateia adorou. “Ele tem um plano, falou pelo Brasil,” disse um investidor. “E já provou que sabe executar,” disse outro.


Faltou falar sobre segurança pública – uma derrota em nível estadual e nacional.  


Em conversas paralelas, executivos comentavam que alguns governadores seriam bons candidatos da oposição – além de Tarcísio, Ratinho Júnior e Eduardo Leite.


“Mas é preciso haver uma definição, e rápido, porque existe muita ansiedade em torno do cenário eleitoral,” disse um deles.


https://braziljournal.com/tarcisio-presidenciavel-em-ny-consertar-o-brasil-nao-e-dificil-basta-mexer-algumas-alavancas/

terça-feira, 13 de maio de 2025

Resumo Vinland

 🚨 BOLETIM SEMANAL VINLAND CAPITAL 🚨 

💰Resumo Comitê de Investimento (13/05/2025) 


Nos EUA, as negociações do final de semana apontam para redução substancial das tarifas para China, reforçando o nosso cenário de moderação do crescimento, e não de uma queda mais acentuada da atividade. Além disso, o Fed manteve a taxa de juros parada entre 4,5% e 4,25% a.a., com a indicação de que não tem pressa para ajustar a taxa de política monetária.


No Brasil, o BC subiu a taxa Selic em 50 pbs na reunião da semana passada para 14,75% a.a. e a sinalização aponta para o provável fim do ciclo de alta de juros. O comunicado ressaltou cautela e flexibilidade à frente.


No Book Macro, em juros locais, temos posições aplicadas em juros nominais e reais. Nos juros internacionais, mantemos posições aplicadas em México, tomadas em Polônia e vendidos na inclinação da curva da África do Sul. Em moedas, seguimos com posições táticas de venda de volatilidade em USDBRL. No mercado de crédito, mantemos uma posição reduzida em ativos bancários e emissores corporativos de alta qualidade de crédito, por conta dos spreads apertados. E no mercado de ações, estamos alocados em arbitragens de M&A no mercado local.



Internacional 🌎 


Nos EUA, o número de pedido de seguro-desemprego de 228 mil veio em linha com o esperado e segue rodando em níveis baixos. A inflação e seu núcleo de abril surpreenderam para baixo - o núcleo sem alimentos e energia veio em 0,2% MoM abaixo do esperado de 0,3% com destaque para vestuário e passagem aérea mais fracos. Daqui para frente, vai ser importante acompanhar o impacto da tarifas no núcleo de bens. Em relação à política monetária, o Fed manteve a taxa de juros parada entre 4,25% e 4,50% a.a. e indicou que não tem pressa para ajustar a taxa de política monetária.


Na Polônia, o NBP reduziu a taxa de juros em 50 pbs, para 5,25% a.a., conforme esperado pelo mercado. Entretanto, tanto o comunicado quanto a coletiva de imprensa foram mais hawkish, indicando menos cortes ao longo deste ano do que o esperado anteriormente.


Na República Tcheca, a inflação de abril surpreendeu o consenso para baixo (1,8% YoY vs. consenso 2,1%). A surpresa foi concentrada em itens mais voláteis, como alimentação e energia, de modo que o núcleo permaneceu acima da meta de 2%. Além disso, o CNB cortou a taxa de juros em 25 pbs, para 3,5% a.a., mantendo um tom cauteloso quanto a possibilidade de cortes futuros. Por fim, a produção industrial surpreendeu positivamente (4,5% YoY vs. cons. 3,1%).


Na Hungria, a inflação de abril surpreendeu para cima (4,2% YoY vs. cons. 4%), influenciado por uma queda menor do que a esperada nos componentes mais voláteis. Nas aberturas, os serviços continuam rodando em nível elevado — próximo a 7,0% YoY — indicando uma economia com elevada persistência inflacionária. Além disso, os dados de vendas no varejo (0,4% YoY vs. cons. 1,7%) e de produção industrial (-5,0% YoY vs. cons. -5,0% YoY) surpreenderam para baixo, evidenciando fraqueza da atividade econômica.


Na África do Sul, a divulgação da produção industrial surpreendeu negativamente (-0,8% YoY vs. cons. 0,8%), influenciada pela queda na produção de derivados de petróleo, como plásticos e produtos químicos.


No México, a produção industrial de março veio mais forte, sugerindo um setor secundário mais forte no 1T do que a estimativa preliminar do PIB. Além disso, a inflação de abril subiu de 3,8% YoY para 3,9% YoY surpreendendo a estimativa dos analistas, enquanto o núcleo aumentou bem de 3,6% YoY para 3,9% YoY, mas em linha com o esperado. O destaque é a decisão política monetária na quinta-feira e é esperado redução da taxa de juros de 9,0% a.a. para 8,5% a.a. e a atenção vai estar sobre a sinalização dos próximos passos da política monetária.


No Chile, a inflação de abril veio abaixo do consenso e caiu de 4,9% YoY para 4,5% YoY. O núcleo também cedeu para 3,5% YoY. Os dados correntes de inflação continuam benignos e as expectativas de inflação dos economistas continuam ancoradas na meta de inflação de 3,0% no horizonte relevante.


Na Colômbia, a inflação e seu núcleo vieram bem mais pressionados. A inflação subiu de 5,1% YoY para 5,2% YoY, enquanto o núcleo sem alimentos e itens regulados passou de 4,8% YoY para 4,9%. Tanto a parte volátil quanto o componente subjacente vieram mais pressionados. Ademais, as minutas revelaram que apesar da decisão unânime de corte de 25 pbs, o Comitê segue dividido e que o lado fiscal deve ganhar importância nas próximas decisões de política monetária.



Cenário Doméstico 🇧🇷


Na atividade, a produção industrial de março veio mais forte surpreendendo as expectativas depois dos dois meses anteriores mais fracos. A alta veio puxada pela produção de bens de consumo, especialmente bens duráveis, semi e não duráveis. 


Na inflação, o dado de abril veio em linha com consenso, mas com a abertura ruim - o núcleo de serviços e industriais vieram mais fortes. A inflação permaneceu em 5.5% YoY, enquanto a média dos núcleos subiu de 5,1% YoY para 5,3% YoY. O quadro inflacionário continua ruim, mas com estabilização em patamares pressionados.


Na política monetária, o Copom aumentou a taxa Selic em 50 pbs para 14,75% a.a. em linha com o amplo consenso. O comunicado trouxe elementos que sugerem o fim do ciclo de aumento da taxa de juros como a retirada da assimetria altista do balanço de riscos para a inflação e prescrição de um cenário com política monetária contracionista por período prolongado.


📈Bolsa📉


Nossas principais teses de investimento, em ordem de relevância, são: 


1. Empresas ligadas ao setor elétrico

2. Empresas de consumo defensivo

3. Empresas ligadas a consumo cíclico com baixa alavancagem

Stephen Kanitz

 *REMEXENDO A HISTÓRIA, entenda a origem da CULTURA DO ÓDIO dos intelectualoides e jornalistas aos MILITARES BRASILEIROS*


Por *Stephen Kanitz*


*A História Não Contada de 1964.*


Por que intelectuais, jornalistas, historiadores, professores e escritores tem tanto ódio dos militares brasileiros? 


*A razão jamais divulgada, até hoje, é essa*, uma aula de realidade.


Uma semana depois de assumirem o governo, os militares patrocinaram uma emenda constitucional que se tornaria o maior erro deles.


Promoveram a emenda constitucional número 9 de 22 Julho de 1964, e logo aprovada 81 dias depois.


Essa emenda passou a obrigar todo jornalista, escritor e professor deste país a pagarem imposto de renda, algo que nenhum destes fazia desde 1934.


Pasmem.


Este é um dos segredos mais bem guardados pelos nossos professores de história, a ponto de nem os novos militares, jornalistas, professores de história e escritores de hoje sabem o que ocorreu de fato.


Além de serem isentos do IR, jornalistas tinham financiamento imobiliário grátis, vôos de avião grátis, viviam como reis.


*Nenhum livro de história, nenhum jornalista de esquerda* jamais irá lhes lembrar que o Artigo 113, 36 da Constituição de 1934 e repetido no  artigo 203 da constituição de 1946, rezava o seguinte.


Art. 203:

“Nenhum imposto gravará diretamente a profissão de escritor, jornalista ou professor.”  


*Por 30 anos foi uma farra, algumas faculdades "vendiam" diplomas de jornalista “até arcebispo era jornalista.”* 


Por 30 anos esse favoritismo classista era um nó na garganta de nossos médicos, enfermeiras, bombeiros, engenheiros, advogados, odontologos, farmacêuticos, políciais, psicólogos, arquitetos e militares, que se sacrificavam pelos outros sem reconhecimento.


*Que mérito especiais tinham esses privilegiados*? 

Além de poderem chantagear os governos, que muitos faziam.


Especialmente os privilegiados de esquerda, pois o Imposto de Renda é o imposto que por definição distribui a renda dos mais ricos para os mais pobres.


*Hipocrisia intelectual maior não há*.


Até a família Mesquita entrou na justiça pleiteando a isenção dos lucros do Estadão, alegando que os lucros advinham de suas profissões de jornalistas.


Só que com esta medida os militares de 1964 antagonizaram, em menos de dois meses de poder, toda a elite intelectual deste país.


Antagonizaram aqueles que, até hoje, fazem o coração e as mentes dos jovens.


“Grande parte dos jornalistas que tiveram suas crônicas coletadas para este livro, Alceu de Amoroso Lima, Antônio Callado, Carlos Drummond de Andrade, Carlos Heitor Cony, Edmundo Moniz, Newton Rodrigues, Otto Lara Resende, Otto Maria Carpeaux, entre outros, foram aqueles que logo se arrependeram do apoio dado ao golpe.”


Essa gente apoiou a luta pela democracia, ela só se tornou golpe depois da PEC que tirou seus privilégios classistas.


“Os Jornalistas apoiaram abertamente o regime, mas antes dele fazer aniversário de um ano, já eram adversários do regime que ajudaram a instalar”, continua Alzira Alves.


Só por que mexeram no bolso dos jornalistas e historiadores, dos intelectuais a professores, numa medida justa, democrática, e que combateu a má distribuição da renda, que esses canalhas incentivavam.


Se os militares fossem de fato de direita, como jornalistas, professores de história e escritores não pararam de divulgar, eles teriam feito o contrário. 


Eles se incluíram nesta lista classista.


Mas foram éticos e não o fizeram.


*Jornalistas também não pagavam imposto predial, imposto de transmissão1, imposto complementar2, isenção em viagens de navio, transporte gratuito ou com desconto nas estradas de ferro da União, 50% de desconto no valor das passagens aéreas e nas casas de diversões.* 

Eram tratados de forma diferenciada das demais profissões. Tinham incontáveis privilégios.


Devido a estas isenções na compra de casa própria, a maioria dos jornalistas tinha pesadas dívidas, e a queda de 15% nos seus salários causou problemas financeiros.


*O tal “golpe” que os militares causaram foi, na realidade esse.*  


Contra os que se achavam intelectuais e não contra a nação.


*Para que nenhuma dúvida ficasse, eu me dei ao trabalho de ir buscar na internet as Constituições Federais de 1934 e a de 1946 e você poderá confirmar nos links a seguir*


*CF de 1934*

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao34.htm


*CF de 1946*

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao46.htm.....*REMEXENDO A HISTÓRIA, entenda a origem da CULTURA DO ÓDIO dos intelectualoides e jornalistas aos MILITARES BRASILEIROS*


Por *Stephen Kanitz*

Ata do Copom

 *Necton Markets | Ata da 270ª reunião do Copom*


*_Tão dovish quanto o comunicado_*


Após um comunicado bastante _dovish_, a ata da reunião de maio do Comitê de Política Monetária (Copom) deu continuidade ao tom empregado na decisão e deve não só impulsionar a visão de que o ciclo de aperto já teria se encerrado na ocasião, como também dar corpo às discussões sobre o início de uma distensão monetária ainda este ano, não obstante a desancoragem significativa das projeções do próprio comitê para o horizonte relevante da política monetária (4T26). Destacamos os parágrafos do documento que corroboram nosso entendimento abaixo.


*Parágrafo 6.* A mudança na ordem dos temas analisados na reunião, com o cenário internacional ficando em primeiro lugar e a inflação corrente, em último, sintetiza a prioridade que o comitê parece estar dando para cada assunto. Levada às últimas consequências, a alteração pode indicar uma mudança importante na função de reação da autoridade monetária - que pode estar mais atenta aos sinais vindos da atividade e do mercado de trabalho do que dos preços, por exemplo. Nem sempre a ordem dos fatores não altera o produto.


*Parágrafo 7.* Apesar de reforçar que o cenário internacional marcado pela maior incerteza exige mais cautela na gestão dos juros, o comitê passa a prever uma desaceleração ainda mais intensa da economia americana. A expectativa soa como uma aposta arriscada, oposta à cautela recomendada pelo próprio comitê, em um vetor de desinflação cuja materialização pode muito bem nunca ocorrer. 


*Parágrafo 8.* A exemplo do ocorrido no comunicado, o comitê se mostra mais convicto sobre a desaceleração da economia doméstica à frente, na comparação com as últimas comunicações oficiais. A maior confiança sobre a perda de dinamismo no cenário prospectivo se mantém mesmo “após vários anos de surpreendente dinamismo.”


*Parágrafo 9.* Destaque do documento, o parágrafo explicita a convicção do comitê sobre a política monetária estar suficientemente restritiva, não obstante o juro neutro com o qual o Banco Central trabalha estar bastante defasado e a inflação corrente não dar sinais claros de convergência. Ainda, crava que os efeitos dos juros contracionistas já são sentidos nos _soft_ e nos _hard data_ - uma afirmação no mínimo controversa - e indica uma aposta na continuidade de tal dinâmica. Possivelmente o parágrafo mais _dovish_ da ata.


*Parágrafo 11.* Ao analisar o cenário de crédito, o Copom passa a incorporar os efeitos do consignado privado em suas projeções, mas assume que o programa terá como efeito principal a substituição de “dívidas caras” por “dívidas baratas”, sem impulsionar o consumo - premissa bastante branda, que acaba por minimizar um dos principais riscos inflacionários presentes no cenário doméstico. 


*Parágrafo 14.* Embora ressalte que o cenário de inflação de curto prazo segue adverso, inclusive com a materialização de alguns dos riscos altistas mapeados nas últimas comunicações, a avaliação do cenário de inflação é algo mais benigna, com o comitê retirando a menção ao possível estouro da meta em junho.


*Parágrafo 16.* O destaque reside no fato de trazer poucos esclarecimentos sobre a caracterização do balanço de riscos como neutro, um dos pontos mais esperados na ata (e considerados mais _dovish_ no comunicado da decisão de maio).


*Parágrafos 21 e 25.* Como no comunicado, a decisão de abandonar o _guidance_ e retomar uma postura totalmente dependente dos dados soa _dovish_ por abrir a porta para uma manutenção da Selic na próxima reunião do Copom, de junho - que cravaria o encerramento do ciclo, não obstante uma desancoragem relevante das projeções de inflação do próprio comitê para o horizonte relevante (4T26). Mencionar o estágio “avançado” do ciclo reforça a visão de que o ciclo de aperto já pode ter sido encerrado.


*Gustavo Gonzaga*

*Necton Investimentos*

Bankinter Portugal Matinal 1305

 Análise Bankinter Portugal


SESSÃO: As bolsas subiram ontem com força (EUA +3,3% e Europa +1,6%) após o acordo do final de semana entre os EUA e a China, que implica baixar os impostos alfandegários para 30% para produtos chineses, e 10% para produtos americanos (vs. 145% e 125% anterior). É, sem dúvida, uma boa notícia que aproxima posturas, mas não se pode perder a perspetiva… A situação alfandegária continua a ser pior do que no início da guerra comercial e isso afeta o crescimento económico e as expetativas de resultados empresariais. Contudo, as bolsas não só superaram os níveis do “Liberation Day” (2 de abril), mas também os de dia 4 de março, dia em que foram anunciados os primeiros impostos alfandegários. Acreditamos que o mercado peca por otimismo.


Hoje deveremos ver alguma correção nas bolsas, embora moderada, já que os indicadores adiantados continuam a gerar a falsa expetativa de melhoria na frente macro. Espera-se uma forte recuperação do ZEW alemão, até +11,3 em maio desde -14,0 anterior, condicionada pelo otimismo dos acordos comerciais e formação de governo na Alemanha sobre o sentimento dos investidores institucionais alemães. Por outro lado, nos EUA, teremos o IPC de abril, que se espera que repita tanto na taxa geral como na subjacente (+2,4% e +2,8% a/a, respetivamente). Contudo, os banqueiros centrais têm vindo a avisar sobre as pressões inflacionistas a médio prazo, derivadas da guerra comercial.


Em suma, consideramos excessiva a euforia das bolsas e não vemos grandes catalisadores nas próximas semanas, quando finalizada a temporada de resultados e após a moderação das tensões comerciais. Portanto, as bolsas deverão tender a corrigir nas próximas semanas.


S&P500 +3,26% Nq100 4,02% SOX +7,04%  ES-50 +1,6% VIX 18,39% -3,51pb. Bund 2,64%. T-Note 4,46%. Spread 2A-10A USA=+46,4pb B10A: ESP 3,27%  ITA 3,67%. Euribor 12m 2,07% (fut.12m 2,1%). USD 1,111. JPY 164,3. Ouro 3.253,79$. Brent 64,75$. WTI 61,76$. Bitcoin -0,16% (102.522$). Ether -1,3% (2.454$).


FIM

Fabio Alves