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Resumo Vinland

 🚨 BOLETIM SEMANAL VINLAND CAPITAL 🚨 

💰Resumo Comitê de Investimento (13/05/2025) 


Nos EUA, as negociações do final de semana apontam para redução substancial das tarifas para China, reforçando o nosso cenário de moderação do crescimento, e não de uma queda mais acentuada da atividade. Além disso, o Fed manteve a taxa de juros parada entre 4,5% e 4,25% a.a., com a indicação de que não tem pressa para ajustar a taxa de política monetária.


No Brasil, o BC subiu a taxa Selic em 50 pbs na reunião da semana passada para 14,75% a.a. e a sinalização aponta para o provável fim do ciclo de alta de juros. O comunicado ressaltou cautela e flexibilidade à frente.


No Book Macro, em juros locais, temos posições aplicadas em juros nominais e reais. Nos juros internacionais, mantemos posições aplicadas em México, tomadas em Polônia e vendidos na inclinação da curva da África do Sul. Em moedas, seguimos com posições táticas de venda de volatilidade em USDBRL. No mercado de crédito, mantemos uma posição reduzida em ativos bancários e emissores corporativos de alta qualidade de crédito, por conta dos spreads apertados. E no mercado de ações, estamos alocados em arbitragens de M&A no mercado local.



Internacional 🌎 


Nos EUA, o número de pedido de seguro-desemprego de 228 mil veio em linha com o esperado e segue rodando em níveis baixos. A inflação e seu núcleo de abril surpreenderam para baixo - o núcleo sem alimentos e energia veio em 0,2% MoM abaixo do esperado de 0,3% com destaque para vestuário e passagem aérea mais fracos. Daqui para frente, vai ser importante acompanhar o impacto da tarifas no núcleo de bens. Em relação à política monetária, o Fed manteve a taxa de juros parada entre 4,25% e 4,50% a.a. e indicou que não tem pressa para ajustar a taxa de política monetária.


Na Polônia, o NBP reduziu a taxa de juros em 50 pbs, para 5,25% a.a., conforme esperado pelo mercado. Entretanto, tanto o comunicado quanto a coletiva de imprensa foram mais hawkish, indicando menos cortes ao longo deste ano do que o esperado anteriormente.


Na República Tcheca, a inflação de abril surpreendeu o consenso para baixo (1,8% YoY vs. consenso 2,1%). A surpresa foi concentrada em itens mais voláteis, como alimentação e energia, de modo que o núcleo permaneceu acima da meta de 2%. Além disso, o CNB cortou a taxa de juros em 25 pbs, para 3,5% a.a., mantendo um tom cauteloso quanto a possibilidade de cortes futuros. Por fim, a produção industrial surpreendeu positivamente (4,5% YoY vs. cons. 3,1%).


Na Hungria, a inflação de abril surpreendeu para cima (4,2% YoY vs. cons. 4%), influenciado por uma queda menor do que a esperada nos componentes mais voláteis. Nas aberturas, os serviços continuam rodando em nível elevado — próximo a 7,0% YoY — indicando uma economia com elevada persistência inflacionária. Além disso, os dados de vendas no varejo (0,4% YoY vs. cons. 1,7%) e de produção industrial (-5,0% YoY vs. cons. -5,0% YoY) surpreenderam para baixo, evidenciando fraqueza da atividade econômica.


Na África do Sul, a divulgação da produção industrial surpreendeu negativamente (-0,8% YoY vs. cons. 0,8%), influenciada pela queda na produção de derivados de petróleo, como plásticos e produtos químicos.


No México, a produção industrial de março veio mais forte, sugerindo um setor secundário mais forte no 1T do que a estimativa preliminar do PIB. Além disso, a inflação de abril subiu de 3,8% YoY para 3,9% YoY surpreendendo a estimativa dos analistas, enquanto o núcleo aumentou bem de 3,6% YoY para 3,9% YoY, mas em linha com o esperado. O destaque é a decisão política monetária na quinta-feira e é esperado redução da taxa de juros de 9,0% a.a. para 8,5% a.a. e a atenção vai estar sobre a sinalização dos próximos passos da política monetária.


No Chile, a inflação de abril veio abaixo do consenso e caiu de 4,9% YoY para 4,5% YoY. O núcleo também cedeu para 3,5% YoY. Os dados correntes de inflação continuam benignos e as expectativas de inflação dos economistas continuam ancoradas na meta de inflação de 3,0% no horizonte relevante.


Na Colômbia, a inflação e seu núcleo vieram bem mais pressionados. A inflação subiu de 5,1% YoY para 5,2% YoY, enquanto o núcleo sem alimentos e itens regulados passou de 4,8% YoY para 4,9%. Tanto a parte volátil quanto o componente subjacente vieram mais pressionados. Ademais, as minutas revelaram que apesar da decisão unânime de corte de 25 pbs, o Comitê segue dividido e que o lado fiscal deve ganhar importância nas próximas decisões de política monetária.



Cenário Doméstico 🇧🇷


Na atividade, a produção industrial de março veio mais forte surpreendendo as expectativas depois dos dois meses anteriores mais fracos. A alta veio puxada pela produção de bens de consumo, especialmente bens duráveis, semi e não duráveis. 


Na inflação, o dado de abril veio em linha com consenso, mas com a abertura ruim - o núcleo de serviços e industriais vieram mais fortes. A inflação permaneceu em 5.5% YoY, enquanto a média dos núcleos subiu de 5,1% YoY para 5,3% YoY. O quadro inflacionário continua ruim, mas com estabilização em patamares pressionados.


Na política monetária, o Copom aumentou a taxa Selic em 50 pbs para 14,75% a.a. em linha com o amplo consenso. O comunicado trouxe elementos que sugerem o fim do ciclo de aumento da taxa de juros como a retirada da assimetria altista do balanço de riscos para a inflação e prescrição de um cenário com política monetária contracionista por período prolongado.


📈Bolsa📉


Nossas principais teses de investimento, em ordem de relevância, são: 


1. Empresas ligadas ao setor elétrico

2. Empresas de consumo defensivo

3. Empresas ligadas a consumo cíclico com baixa alavancagem

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