Livros que estou lendo — e que ajudam a pensar melhor o mundo em que vivemos.
O primeiro é Automação e o Futuro do Trabalho, de Aaron Benanav.
Ao contrário do discurso mais comum na literatura atual que discute IA, o livro não parte da ideia de que “os robôs vão roubar todos os empregos”. Benanav faz um movimento mais interessante — e mais incômodo: ele mostra que o problema central do trabalho hoje não é a automação em si, mas a falta de crescimento econômico capaz de gerar empregos em escala.
Segundo o autor, desde os anos 1970 o mundo vive um processo prolongado de estagnação industrial, especialmente nos países centrais. A tecnologia avança, sim, mas não o suficiente para explicar o desemprego estrutural, a informalidade e a precarização que vemos se espalhar globalmente. Em muitos casos, a automação aparece mais como resposta à crise do que como sua causa.
Outro ponto forte do livro é a crítica à ideia de que o setor de serviços poderia substituir indefinidamente os empregos industriais. Benanav mostra como grande parte desses serviços cresce com baixa produtividade, baixos salários e pouca proteção social, o que ajuda a entender por que trabalhar mais nem sempre significa viver melhor.
É uma leitura que ajuda a recolocar algumas perguntas que me inquietam:
1) O que realmente está em crise: o trabalho ou o modelo econômico?
2) Por que crescemos menos e distribuímos pior?
3) Que tipo de futuro do trabalho é possível sem repensar o próprio capitalismo?
Livro direto, provocador e muito atual — especialmente para quem se interessa por trabalho, tecnologia, desigualdade, políticas públicas e globalização.
Ao contrário do discurso mais comum na literatura atual que discute IA, o livro não parte da ideia de que “os robôs vão roubar todos os empregos”. Benanav faz um movimento mais interessante — e mais incômodo: ele mostra que o problema central do trabalho hoje não é a automação em si, mas a falta de crescimento econômico capaz de gerar empregos em escala.
Segundo o autor, desde os anos 1970 o mundo vive um processo prolongado de estagnação industrial, especialmente nos países centrais. A tecnologia avança, sim, mas não o suficiente para explicar o desemprego estrutural, a informalidade e a precarização que vemos se espalhar globalmente. Em muitos casos, a automação aparece mais como resposta à crise do que como sua causa.
Outro ponto forte do livro é a crítica à ideia de que o setor de serviços poderia substituir indefinidamente os empregos industriais. Benanav mostra como grande parte desses serviços cresce com baixa produtividade, baixos salários e pouca proteção social, o que ajuda a entender por que trabalhar mais nem sempre significa viver melhor.
É uma leitura que ajuda a recolocar algumas perguntas que me inquietam:
1) O que realmente está em crise: o trabalho ou o modelo econômico?
2) Por que crescemos menos e distribuímos pior?
3) Que tipo de futuro do trabalho é possível sem repensar o próprio capitalismo?
Livro direto, provocador e muito atual — especialmente para quem se interessa por trabalho, tecnologia, desigualdade, políticas públicas e globalização.
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