Lava Jato
🇺🇸🇧🇷 The New York Times
A Lava Jato começou em 2014 e seus investigadores descobriram que "algumas das maiores empresas do Brasil — incluindo um grupo por trás da gigante da carne JBS, da Petrobras e da Odebrecht — estavam pagando propinas para autoridades no poder na América Latina e na África em troca de contratos lucrativos de governos. Descobriram que o esquema envolvia no mínimo US$ 3 bilhões em propinas, muitas das quais eram lavadas através de esquemas como o Lava a Jato de Brasília."
As decisões do STF desfazendo a operação estão tendo uma "reação em cascata na América Latina, levando a anulações de ao menos 115 condenações no Brasil, de acordo com grupos anticorrupção. As reversões também lançam dúvida sobre outros casos no Panamá, Equador, Peru e Argentina, incluindo as condenações de vários ex-presidentes.""O desfazer da Lava Jato é agora uma conclusão triste para uma investigação que foi vista antes como uma mudança de maré para a América Latina, com a promessa de arrancar pela raiz a corrupção sistêmica que havia apodrecido as fundações de governos."
Sobre o Brasil: “Uma das maiores repressões à corrupção na história recente está sendo silenciosamente eliminada. A Suprema Corte do Brasil está descartando evidências importantes, deixando de lado grandes condenações e suspendendo bilhões de dólares em multas”.
"A maioria das decisões para reverter a Operação Lava Jato foram feitas por um único ministro do STF, José Antonio Dias Toffoli."
"Antes de entrar no Supremo, ele trabalhou como advogado para o partido político do sr. Lula e, depois, como conselheiro de Lula enquanto presidente."
"O ministro também foi ligado à investigação que ele agora está desmantelando. Em 2019, Marcelo Odebrecht, o chefe executivo da Odebrecht, gigante brasileira da construção, deu o nome do ministro Toffoli em um depoimento à polícia sobre o esquema de corrupção na empresa, sugerindo que o juiz pode ter tido um papel, de acordo com notícias locais."
"Depois que reportagens o ligaram ao esquema, o ministro Toffoli tomou a decisão muito atípica de conceder ao Supremo a autoridade de abrir seu próprio inquérito a respeito de ataques contra o próprio tribunal."
"Ele chamou a investigação de Inquérito das Fake News, e em um de seus primeiros atos, um ministro seu colega Moraes mandou que uma revista Crusoé censurasse uma reportagem ligando o ministro Toffoli à Lava Jato."
"O ministro Toffoli também suspendeu US$ 3,2 bilhões de multa contra a empresa controladora da JBS. (Críticos notaram que a esposa do ministro Toffoli trabalhou como advogada para a firma de advocacia em outros casos.)"
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