Bankinter Portugal Matinal 2511

 Análise Bankinter Portugal


SESSÃO: Nova Iorque está há 5 sessões a subir, com a volatilidade em baixa, fixando-se em ca.15%, que é muito pouco. Isso marca tendência de consolidação em positivo, assumindo todos os riscos abertos, incluindo geoestratégia mais tensa. As obrigações reagiram muito bem nas últimas horas à designação do novo Secretário do Tesouro com Trump, Scott Bessent, porque poderá servir de contenção a este sobre dívida e défice fiscal. E P. Lane (BCE) afirmou que “a política monetária não deverá permanecer restritiva durante muito tempo”, insinuando descidas de taxas de juros… que o mercado já tem descontadas, em declarações que, em todo o caso, deverão apreciar um pouco o euro e animar as bolsas europeias. 

 

Na prática, esta semana tem apenas 3 dias úteis, porque Nova Iorque está fechada na quinta-feira (Ação de Graças) e na sexta-feira só abre a meia-sessão (Black Friday). Quarta-feira será o dia de maior interesse do ponto de vista macro (a temporada de publicação de resultados terminou com um saldo de EPS +8,4% vs +5,1% esperado, em empresas americanas), porque será publicado o Deflator do Consumo Privado (PCE) americano, previsivelmente a aumentar, tanto na Taxa Geral (+2,3% desde +2,1%) como na Subjacente (+2,8% vs +2,7%). E o mercado não irá gostar muito disso, porque contribuirá para arrefecer as expetativas de descidas de taxas de juros da Fed, cujo nível terminal (isto é, Taxa Diretora, uma vez terminado o trabalho) acabamos de rever em alta até ao intervalo 3,50/3,75% - 3,75/4,00% desde 3,00/3,25% estimado antes da vitória de Trump.  

 

Em paralelo e para fechar a semana em todos os sentidos, na sexta-feira sairá uma inflação europeia muito provavelmente também a aumentar até +2,3% desde +2,0%, inclusive a Taxa Subjacente (+2,8% vs +2,7%, exatamente igual à americana). Nesse dia teremos sessão normal na Europa, mas só meia-sessão em Nova Iorque, portanto a atividade será baixa, de pouco volume. Isso significa que a Europa sentir-se-á um pouco desorientada e o aumento da inflação poderá afetar mais do que o normal umas bolsas que provavelmente tenderão a dar 2024 quase por terminado, com tendência a realizar lucros de forma preventiva e para um hipotético reposicionamento para 2025 desde preços mais atrativos dentro de uns dias. É provável que durante uns dias se imponha uma sensação de retirada parcial, porque o custo de oportunidade parece baixo: há pouco a ganhar e talvez um pouco mais a perder, com riscos assimétricos. Mas nada de mais, antes uma falta de incentivo e de vontade de correr riscos perante uma inflação que aumenta, umas taxas menos baixas e um prémio de risco superior por geoestratégia. Porque hoje poderá, ainda, subir um pouco. 

 

S&P500 +0,4% Nq-100 +0,2% SOX -0,2% ES-50 +0,7% IBEX +0,4% VIX 15,2% Bund 2,25% T-Note 4,34% Spread 2A-10A USA=+0pb B10A: ESP 2,98% PT 2,74% FRA 3,06% ITA 3,51% Euribor 12m 2,489% (fut.2,042%) USD 1,045 JPY 161,5 Ouro 2.667$ Brent 74,7$ WTI 70,7$ Bitcoin -0,9% (98.282$) Ether +0,3% (3.386$). 

 

FIM

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