Pular para o conteúdo principal

Corrupção destrói o ambiente de negócios

 

Antes de falar em corrupção, lembre-se: ela começa muito antes do dinheiro mudar de mão.

A corrupção que destrói culturas, equipes e países não nasce no ato.
Ela nasce na narrativa interna.

Ela nasce na frase que o brasileiro (e não somente ele!) repete para si mesmo quando enxerga uma vantagem rápida:

— “É só hoje.”
— “Todo mundo faz.”
— “Ninguém vai perceber.”
— “É só dessa vez.”

E é justamente aqui que a ciência é implacável:

📊 Em 35 países avaliados, o Brasil está entre os que menos confiam nas instituições.
(OECD Trust Survey – 2024)

📊 78% dos brasileiros acreditam que “se não fizer, será passado pra trás”.
(FGV/IBRE – Percepção de Justiça e Confiança Social)

📊 72% admitem flexibilizar regras quando o benefício pessoal é imediato.
(Transparência Internacional – 2024)

Esses números mostram algo mais profundo do que um problema ético:

A corrupção sempre começa antes do comportamento.
Ela começa na forma como a mente distorce a realidade para justificar o próprio interesse.

É o autoengano que cria a brecha.
É a narrativa que autoriza.
É a racionalização que normaliza.

Nenhum brasileiro (ou qualquer outra pessoa no mundo) acorda e decide “ser corrupto”.
Ele só autoriza uma exceção.
Depois outra.
E outra.
Até que o cérebro para de distinguir certo de conveniente.

E o resultado é devastador:
• relacionamentos se tornam transações
• equipes perdem confiança
• empresas criam microcorrupções internas
• o país paga juros sociais altíssimos

Mas aqui vem o ponto mais importante — o que ninguém fala:

Quando você vence o autoengano, você elimina 90% da corrupção que aconteceria na sua vida, no seu trabalho e no ambiente ao redor.

Corrupção não é um ato.
É um estado mental que precede o ato.

E mudar esse estado é o único caminho real de transformação.

Se este conteúdo fez sentido para você, compartilhe — não para concordar comigo, mas para elevar o nível das conversas no Brasil.

Liderança começa quando alguém decide pensar melhor que a média.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Livros

  " O livro de Marshall B. Reinsdorf e Louise Sheiner oferecem, em The Measure of Economies: Measuring Productivity in an Age of Technological Change, uma análise pertinente e necessária ao panorama económico contemporâneo. Este trabalho, publicado em 2024, desafia os métodos tradicionais de medição do PIB, argumentando que as práticas do século XX são inadequadas para avaliar a produtividade no contexto do século XXI, marcado pela transformação tecnológica. Com capítulos assinados por peritos em economia, a obra não se limita a apresentar os problemas inerentes às práticas actuais, mas propõe alternativas inovadoras que abrangem áreas como a economia digital, os cuidados de saúde e o ambiente. A estrutura é equilibrada, alternando entre a crítica aos métodos estabelecidos e as propostas de solução, o que proporciona uma leitura informativa e dinâmica. Um dos pontos fortes deste livro é a sua capacidade de abordar questões complexas de forma acessível, sem sacrificar a profundidad...

Guerra comercial pesada