Análise Bankinter Portugal
NY -0,35%, US TECH -0,50%, US SEMIS -0,24%, UEM +0,10% ESPAÑA +0,1% VIX +4,41% +0,6PB. BUND 2,83%, T-NOTE 4,11%, SPREAD 2A-10A USA=+65,5PB O10A, ESP 3,25%, ITA 3,50%. EURIBOR 12M 2,26% (FUT.12M 2,39%). USD 1,177. JPY 183.7. OURO 4.371$. BRENT 61,8$. WTI 57,96$. BITCOIN +0,2% (87.413,1$). ETHER +0,4% (2.946,5$).
SESSÃO: Ontem realização de lucros em Nova Iorque (-0,3%) e Europa praticamente plana. Tudo isto numa sessão sem grandes referências macroeconómicas, com o foco concentrado no frente geoestratégico: (i) Continuam as negociações para um acordo de paz entre Rússia/Ucrânia, mas as cedências territoriais permanecem o ponto de discórdia. Além disso, ontem a Rússia denunciou um suposto atentado contra a residência de Putin por parte da Ucrânia e avisou que revê a sua posição negociadora. Neste contexto, parece complicado alcançar um acordo a curto prazo. (ii) Os EUA intensificam os ataques na Venezuela. Trump afirma ter intervindo um cais supostamente usado para narcotráfico, na primeira operação terrestre em Venezuela reconhecida pelos EUA. E (iii) a China realiza manobras militares perto de Taiwan. Tudo isto levou a algum refúgio em obrigações: T-Note -1,8pb até 4,11%, Bund -3,2pb até 2,83%, embora surpreendentemente o ouro caísse -4,4% até 4.332$, após atingir máximos na semana passada (+18% na semana, +31% no mês).
Hoje nova jornada de transição, sem grandes referências numa semana a meio gás. Principalmente porque amanhã (Passagem de Ano) a Europa fecha às 14h e na quinta-feira (Ano Novo) não há mercados. Provavelmente as Minutas da Fed (reunião de 10 de dezembro) de hoje (20:00h) serão o mais relevante, embora seja pouco provável que tragam novidades. Na última reunião, a Fed cortou -25pb até 3,50%/3,75%, reveriu em alta as previsões de crescimento e anunciou a compra de Letras do Tesouro para manter liquidez suficiente no sistema. Agora o foco está em saber quem será o sucessor de Powell a partir de maio. O anúncio pode ser a surpresa da semana. Kevin Hassett, Diretor do Conselho Económico da Casa Branca, continua o favorito nas sondagens, embora Waller ou Warsh também estejam na lista. Em qualquer caso, será alguém inclinado a continuar a baixar as taxas, pelo que estimamos 3 cortes de taxas em 2026 — sempre que o emprego se deteriore mais do que o antecipado — até níveis de 2,75%/3,00%.
Em conclusão, hoje nova jornada de transição, com lateralização na ordem de -0,2%/+0,2%, volumes reduzidos e alguma consolidação, com o olhar já posto em 2026.
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