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Bankinter Matinal Portugal

 Análise Bankinter Portugal 


NY +0,5% US tech +0,8% US semis +1,8% UEM +0,3% Espanha +0,1% VIX 16,4% Bund 2,70% T-Note 4,04% Spread 2A-10A USA=+54pb O10A: ESP 3,18% PT 3,01% FRA 3,41% ITA 3,40% Euribor 12m 2,209% (fut.2,306%) USD 1,159 JPY 180,5 Ouro 4.240$ Brent 63,6$ WTI 59,7$ Bitcoin -5,4% (86.242$) Ether -6,4% (2.828$).


SESSÃO: Prováveis dias de transição e com pouca força, após uma sequência prévia rotundamente alcista (Nova Iorque com 5 sessões consecutivas de recuperação) e até chegarem as referências mais potentes da próxima semana. Arrancamos esta semana com a Cyber Monday e teremos inflação europeia amanhã (previsão de manter em +2,1%) e o PCE americano na sexta-feira (+2,8% vs +2,7%) como referências principais. Mas teremos também alguma orientação sobre o emprego (embora não sejam os dados oficiais: Relatório de Emprego ADP +10k vs +42k) e a Produção Industrial nos EUA (previsão de manter em +0,1%), ambos na quarta-feira. Hoje, às 16h, sai o ISM Industrial americano, provavelmente mais lateral e ainda sem atingir a zona de expansão (49,0 vs 48,7).


O mais relevante, contudo, não será tanto o que sairá esta semana, mas sim na próxima, que conta com 3 dias chave: Terça-feira 9: Resultados da Oracle; Quarta-feira 10: Reunião da Fed (atualmente desconta-se um corte de 25pb para o intervalo 3,50%/3,75%, mas veremos, porque os últimos dados de emprego não foram maus); Quinta-feira 11: Resultados da Broadcom (não tão importantes como os da Nvidia, mas muito relevantes).


Depois disso, no dia 18 teremos as reuniões do Banco de Inglaterra (não é impossível que corte taxas, mas é improvável; taxa atual em 4,00%) e do BCE (manterá em 2,00%/2,15%). No dia 19, será a vez do Banco do Japão (BoJ), que não se espera que suba taxas (atualmente em 0,50%), embora há poucas horas Ueda (Governador) tenha dito que considerarão os prós e contras, deixando o mercado desorientado e levando a uma ligeira apreciação do iene (155,6/$ vs 156,7/$). Isto dará alguma dinâmica a um mercado cambial sem movimentos significativos ultimamente.


Os primeiros números de vendas da Black Friday parecem boas, mas seria prematuro tirar conclusões: +9,1% segundo a Adobe e +10,4% segundo a Mastercard. Parecem melhores do que o esperado para toda a campanha de Natal, para a qual a National Retail Federation espera +3,7%/+4,2% (vs +4,3% em 2024)... mas esta estimativa cobre apenas vendas físicas, não online.


CONCLUSÃO: Hoje espera-se uma sessão suavemente em baixa (¿-0,5%?), mas se a correção fosse mais do que suave, seria melhor. Enfrentamos uns dias mornos, com o mercado numa atitude de cautela e espera, até superarmos a Fed no dia 10 e a Broadcom no dia 11. A partir desse momento, o tom seguramente voltará a melhorar porque se imporá uma atitude geral de reposicionamento para 2026.

Pode surgir algum momento de frustração quando a Rússia voltar a deixar claro que não pensa parar, o que deixará Trump especialmente tenso, já que aspira fechar quase qualquer acordo de paz que possa favorecer a sua figura política para as eleições intercalares de novembro de 2026. No entanto, o mercado posicionar-se-á geralmente em posições longas (compradoras) em bolsa e risco geral para 2026, assumindo que a guerra na Ucrânia será de desgaste e longo prazo, pelo que terá de se habituar a conviver com ela. Outra questão é o que possa suceder a muito curto prazo com a Venezuela… que deveria ser iminente e provavelmente negativo para o mercado, embora o seu desenlace se apresente muito arriscado.


FIM

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