terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Anderson Correia

 Sobre as Defesas de Tese

Tenho visto muita ineficiência nas defesas de tese. Queria relatar algumas delas aqui e gostaria de saber se vocês já passaram por isso. Acho que isso afeta a qualidade da pós-graduação Brasileira.

Em primeiro lugar, a escolha dos membros da banca, baseada muito no relacionamento e não na competência. Nós temos hoje tantas ferramentas disponíveis para inserir palavras-chave sobre os temas da defesa e encontrar os melhores especialistas, mas tantos orientadores insistem em trazer os amigos e colegas do próprio network, às vezes pessoas que não tem expertise, nem independência para fazer as avaliações do trabalho. E porque não pensar em gente da indústria também?

Sobre o momento da defesa em si, percebo que muitos não entendem seus papéis. Há membros que esquecem que estão ali para avaliar os candidatos e ficam tentando provar que sabem do assunto. Ao invés de fazer perguntas aos candidatos, querem dar uma palestra sobre o tema. Ora, se alguém foi convidado para uma banca, é porque teoricamente é reconhecido. Vejo gente que gasta mais de uma hora na arguição, irritando todo mundo. E o pior é que não faz uma pergunta sequer, nem vai direto ao ponto nos assuntos mais importantes. Faça um favor a todos, se você for convidado para uma banca, fale pouco, pergunte mais e busque avaliar aquilo que está escrito na tese e que foi apresentado: você está em um exame de tese, portanto, seja um examinador. O show não é teu, mas sim do candidato.

Outro ponto, tem gente que não sabe medir a dimensão do trabalho. Querem ineditismo de um trabalho de mestrado. O nome já diz: "dissertação de mestrado", então é para dissertar... As grandes descobertas estarão no doutorado. Não se pode cobrar algo profundo demais de quem fez um trabalho em nível de mestrado, com muito menos tempo e recursos de pesquisa.

Finalmente, sobre as sugestões para a tese. Não é papel da banca reescrever o trabalho, mas avaliá-lo. Se está ruim, que seja reprovado, mas de resto, respeite o trabalho escrito. Tem banca que quer mudar o título da tese, que horror. É uma propriedade intelectual do formando, não deveria ser alterado por pessoal que vem avaliar. E tem gente que fica sugerindo inserir capítulos a mais, ou fundir outros. Membro de banca não é orientador do trabalho. Ficar fazendo estas sugestões é até ofensivo. Um doutorando gasta 4 anos escrevendo um trabalho e vem alguém que nem se envolveu com o estudo sugerindo mutilar o documento. Discordo totalmente.

E o pior de tudo: o orientador traíra. Vê o aluno sofrendo inúmeros ataques da banca e na hora da sua fala, ao invés de defender o orientado e ajudar na explicação, continua os ataques, pulando do outro lado da cerca, como se o trabalho não tivesse nada a ver com ele. Isso é vergonhoso.

Eu já participei de pelo menos umas 100 bancas e vi estas gafes na maioria delas.

Bankinter Matinal Portugal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Hoje serão publicados os PMIs nas principais economias, mas não oferecerão mudanças significativas (provavelmente irão melhorar um pouco) e, por isso, o determinante será o Emprego americano (13:30 h). Sairá o registo de novembro, assim como apenas alguns dados incompletos de outubro, visto que o encerramento do governo americano impediu a recolha desses dados na altura. Isto decidirá o tom final de uma sessão que vem, novamente, fraca (futuros -0,5%/-0,8%), de forma preventiva precisamente perante a incerteza sobre o emprego americano de hoje e as 5 reuniões de bancos centrais entre quinta e sexta-feira. Noruega e Suécia repetirão em 4,00% e 1,75%, respetivamente, passando despercebidos. Mas o Banco de Inglaterra irá fazer um corte de -25 p.b. até 3,75%, o BCE repetirá em 2,00/2,15% (Depósito/Crédito), mas publicará estimativas macro revistas para melhor e pode ser que insinue que o seu próximo movimento será de subida e não de descida, enquanto o Banco do Japão poderá subir +25 p.b. até 0,75% (atribuímos uma probabilidade de 50%, embora o mercado desconte a subida). 


Quando o emprego americano e os bancos centrais tiverem passado, teremos uma sexta-feira com Freaky Fridays (vencimento de futuros e opções sobre índices e ações), portanto, a atividade concentrar-se-á a partir das 11 h, provavelmente com tom em alta para o posicionamento em 2026… mas mercado débil até então.


Em relação ao emprego americano de hoje, espera-se debilitamento nos Payrolls (Criação de Emprego Não Agrícola) até apenas 40/50k. Este registo começa a ser decente a partir de 150k. E que a Taxa de Desemprego repita em 4,4%. Mas o melhor que poderia acontecer para que o mercado reagisse em positivo a curto prazo (isto é, hoje ou esta semana) seria que a Taxa de Desemprego aumentasse para 4,5% e que os Payrolls saíssem francamente baixos porque isso reforçaria a expetativa de que a Fed continuará a baixar taxas de juros em 2026 (a sua primeira reunião será a 28 de janeiro), independentemente da influência política ou de quem substitua Powell a partir de maio. 


Mas convém ter cuidado com uma possível interpretação errada por parte dos bancos centrais – particularmente da Fed – sobre os dados de emprego a partir de agora, porque o primeiro impacto da extensão da IA será destruição de emprego, como aconteceu ao longo da história com todas as ruturas tecnológicas... recuperando-se depois esse emprego em escalões superiores de qualificação profissional. É assim desde os “luditas” (por Ned Ludd) do século XIX, no mínimo. E esta será a rutura tecnológica mais rápida de todas (2 anos?), simplesmente porque a última é sempre mais rápida do que a anterior. Numa primeira etapa, as empresas não irão contratar até saberem o alcance dos ganhos de eficácia proporcionados pela IA, para depois voltarem a contratar, mas em perfis adaptados ao uso da IA. E, enquanto isso, os bancos centrais poderão ter uma interpretação errada do emprego e baixar taxas de juros mais do que o tecnicamente correto. Veremos.


CONCLUSÃO: Felizmente, as bolsas continuarão fracas, corrigindo um pouco, até superar o emprego americano e os bancos centrais. Felizmente, porque um hipotético rally de fim de ano depois deste excelente 2025 colocaria os níveis de entrada para 2026 num pequeno compromisso que poderá traduzir-se num arranque de ano complicado. Vamos confiar que as coisas saem bem no final do ano, corrigindo bolsas e obrigações durante toda esta semana, de forma a que a próxima semana mude o tom moderadamente para melhor, ao assumir posições para 2026 desde níveis mais acessíveis.


FIM

Call Matinal 1612

 Call Matinal

16/12/2025

Julio Hegedus Netto, economista

 

MERCADOS EM GERAL

 

FECHAMENTO (1512)

MERCADOS E AGENDA

No mercado brasileiro de segunda-feira (15), o Ibovespa fechou em forte alta, de 1,07%, a  162.481 pts. Já no mercado cambial, o dólar encerrou em leve alta de 0,23%, a R$ 5,42.

 

PRINCIPAIS MERCADOS

Os índices futuros de Nova York em queda terça-feira (16): S&P 500 -0,36% | Dow Jones -0,25% | Nasdaq 100 -0,55% | Stoxx 600 -0.12%.

 

 

MERCADOS 5h30

EUA

 

 

Dow Jones Futuro: -0,27%

S&P 500 Futuro: -0,48%

Nasdaq Futuro: -0,72%

Ásia-Pacífico

 

 

Shanghai SE (China), -1,11%

Nikkei (Japão): -1,56%

Hang Seng Index (Hong Kong): -1,54%

Nifty 50 (Índia): -0,42%

ASX 200 (Austrália): -0,42%

Europa

 

 

STOXX 600: -0,16%

DAX (Alemanha): -0,57%

FTSE 100 (Reino Unido): -0,16%

CAC 40 (França): -0,05%

FTSE MIB (Itália): +0,10%

Commodities

 

 

Petróleo WTI, -1,06%, a US$ 56,22 o barril

Petróleo Brent, -1,01%, a US$ 59,95 o barril

Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, +1,06%, a 761 iuanes (US$ 107,99)

 

NO DIA, 1612

Dia de payroll nos EUA, com expectativa de 50 mil vagas geradas (bem abaixo dos +119 mil anteriores). A taxa de desemprego deve ficar em 4,5% da PEA (era 4,4%). Devemos observar que este indicador é usualmente divulgado às sextas-feiras, o mas depois de um longo shutdown será conhecido hoje (10h30), com dados de outubro e de novembro. Se vier fraco, confirmando a deterioração do mercado de trabalho, deve mexer fortemente com as expectativas do juro, projetadas em 75% em uma pausa do ciclo de quedas desde a última reunião do Fed. Já aqui, a ata do Copom (8h) pode trazer detalhes mais “dovish”, o que sinalizaria chance maior de o BCB cortar a Selic já em janeiro. No Congresso, a pauta econômica avança na última semana do ano legislativo, com a votação dos benefícios fiscais prevista para hoje na Câmara.

 

Indicadores PMI na Europa:

 

▪️ França: PMI Composto cai para 50,1 pontos, de 50,4 anteriormente, abaixo do consenso; Indústria ficou com 50,6 e Serviços com 50,2 pontos

 

▪️*Alemanha*: PMI composto cai para 51,5 pontos, de 52,4, abaixo do consenso; Serviços ficou com 52,6 e Indústria com 47,7 pontos

 

▪️ Zona do Euro: PMI Composto marca 51,9 pontos, após 52,8, abaixo do consenso; Indústria marcou 49,2 e Serviços, 52,6 pontos

 

▪️ Reino Unido: PMI Composto marca 52,1 pontos, após 51,2 no mês anterior, levemente superior ao consenso; Indústria vai para 541,2 e Serviços, 52,1 pontos

 

Agenda Macroeconômica Brasil

 

Segunda-feira, 15 de dezembro 

Brasil 15: Boletim Focus

Brasil 15: IGP10 de novembro

Brasil 15: 9h: o BCB divulga seu Índice de atividade econômica, o IBC-Br, considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB).

 

 

Terça-feira, 16 de dezembro 

Brasil 16 8h: ata da última reunião do Copom.

EUA 16 10H30: Payroll.

EUA 16 9hs: Vendas de varejo

 

 

Quarta-feira, 17 de dezembro 

Zona do Euro 17: Reunião do BCE

Quinta-feira, 18 de dezembro   

Brasil 18 8h: BCB divulga Relatório de Política Monetária.

EUA 18 9h: Inflação ao consumidor (CPI) de novembro

Reino Unido 18: reunião do Bank of England

 

Sexta-feira, 19 de dezembro 

Brasil 9h: Setor externo de novembro BCB

Japão: Decisão de Política Monetária BoJ

 

 

 

 

 

 

Boa terça-feira a todos!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Call Matinal 1512

 

Call Matinal

15/12/2025

Julio Hegedus Netto, economista

 

MERCADOS EM GERAL

 

FECHAMENTO (1212)

MERCADOS E AGENDA

No mercado brasileiro de sexta-feira (12), o Ibovespa fechou com forte alta, reconquistando o patamar dos 160.509 mil pontos (+0,83%). Na semana, acumulou forte alta de +2,16%; no mês, +1,07%, e no ano, +33,66%. Já no mercado cambial, o dólar encerrou a R$ 5,4108, com leve alta de 0,12% no dia, mas registrou queda de -0,39% na semana; no mês, subindo +1,4% e no ano, caindo -12,45%.

 

PRINCIPAIS MERCADOS

Os índices futuros de Nova York avançam nesta segunda-feira (15), depois das vendas em Wall Street na sexta-feira, desencadeada por preocupações com os resultados das empresas de tecnologia e o elevado nível de investimentos em inteligência artificial (IA).

 

 

MERCADOS 5h30

EUA

 

 

Dow Jones Futuro: +0,31%

S&P 500 Futuro: +0,22%

Nasdaq Futuro: +0,12%

Ásia-Pacífico

 

 

Shanghai SE (China), -0,55%

Nikkei (Japão): -1,31%

Hang Seng Index (Hong Kong): -1,34%

Nifty 50 (Índia): -0,06%

ASX 200 (Austrália): -0,72%

Europa

 

 

STOXX 600: +0,40%

DAX (Alemanha): +0,34%

FTSE 100 (Reino Unido): +0,49%

CAC 40 (França): +0,46%

FTSE MIB (Itália): +0,74%

Commodities

 

 

Petróleo WTI, +0,21%, a US$ 57,56 o barril

Petróleo Brent, +0,16%, a US$ 61,23 o barril

Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, -0,92%, a 753,00 iuanes (US$ 106,74)

 

NO DIA, 1512

Esta semana será intensa com a divulgação de dados macroeconômicos e diversas decisões de política monetária global. Teremos reuniões de política monetária de diversas autoridades pelo mundo: Banco Central Europeu (BCE), Banco da Inglaterra (BoE) e Banco do Japão (BoJ), além dos bancos centrais de Chile (BCRC), Indonésia (BI), México (Banxico), Colômbia (Banco de La Republica), Rússia (CBR) e China (PBoC). Nos EUA, o calendário inclui dados importantes após o shutdown, como o Payroll (emprego) e os índices de inflação CPI e PCE. Teremos também resultados trimestrais esperados de empresas como Accenture (ACN), NIKE (NKE) e FedEx (FDX). Na China serão divulgados a produção industrial e vendas no varejo de novembro, a taxa de desemprego e dados de ativos fixos não rurais, atualizando a situação econômica do país. Na Zona do Euro, espera-se a divulgação de PMIs (índices de Gerentes de Compras), a confiança do consumidor e a inflação (CPI) de vários países, incluindo Alemanha, Reino Unido, Itália, Zona do Euro e França. Finalmente, no Brasil, destaques para o IBC-BR de outubro (prévia do PIB), a ata do Copom e o Boletim Focus semanal.

 

 

Agenda Macroeconômica Brasil

 

Segunda-feira, 15 de dezembro 

Brasil 15: Boletim Focus

Brasil 15: IGP10 de novembro

Brasil 15: 9h: o BCB divulga seu Índice de atividade econômica, o IBC-Br, considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB).

 

 

Terça-feira, 16 de dezembro 

Brasil 16 8h: ata da última reunião do Copom.

EUA 16 10H30: Payroll.

EUA 16 9hs: Vendas de varejo

 

 

Quarta-feira, 17 de dezembro 

Zona do Euro 17: Reunião do BCE

Quinta-feira, 18 de dezembro   

Brasil 18 8h: BCB divulga Relatório de Política Monetária.

EUA 18 9h: Inflação ao consumidor (CPI) de novembro

Reino Unido 18: reunião do Bank of England

 

Sexta-feira, 19 de dezembro 

Brasil 9h: Setor externo de novembro BCB

Japão: Decisão de Política Monetária BoJ

 

 

 

 

 

 

Boa semana a todos!

BDM Matinal Riscala

*Rosa Riscala: Juros têm agenda importante aqui e nos EUA*

Vêm aí o payroll e CPI nos EUA, além da ata do Copom

… O primeiro payroll após o shutdown, com dados de novembro e outubro, será conhecido amanhã nos Estados Unidos, e pode confirmar ou mudar as expectativas de uma pausa nas quedas do juro. Também é importante o CPI de novembro, enquanto vários BCs fazem reuniões, entre os quais, BoJ e BCE. Aqui, são destaques a ata do Copom, o IBC-Br e o Relatório de Política Monetária, com o mercado dividido sobre o início dos cortes da Selic em janeiro. Na última semana do ano legislativo, o ambiente de tensão no Congresso pode prejudicar a pauta econômica, que inclui o projeto que reduz os incentivos fiscais, fundamental para o governo fechar o Orçamento de 2026.

ATA DO COPOM – O documento que será divulgado nesta terça-feira (16) deve trazer mais detalhes da avaliação do BC sobre os dados correntes da atividade e da inflação, segundo economistas do mercado consultados pelo Projeções Broadcast.

… Considerações sobre os efeitos da política monetária restritiva na dinâmica do mercado de trabalho também são esperadas.

… Um detalhe semântico que pode significar um início de desaceleração do emprego foi a mudança da expressão para qualificar o mercado de trabalho, que passou de “dinâmico” para “resiliente”. O mercado espera entender esse ajuste no comunicado.

… É claro que quem aposta em um afrouxamento já a partir de janeiro ficará atento a possíveis sinalizações dovish.

… As revisões das estimativas de inflação pelo modelo do Banco Central, reduzidas para 2025 (4,6% para 4,4%), 2026 (3,6% para 3,5%) e o atual horizonte relevante, o segundo trimestre de 2027 (3,3% para 3,2%), já animaram os mais otimistas.

… Com relação à desaceleração da atividade, a ata do Copom pode esclarecer melhor o impacto da política monetária, como ficou demonstrado nos dados mais fracos do PIB do terceiro trimestre – citado no texto do comunicado.

… No Valor, o próximo Copom, nos dias 27 e 28 de janeiro, terá apenas sete diretores, já que o governo não deve indicar agora os dois diretores para substituir Diogo Guillen (Política Econômica) e Renato Gomes (Organização do Sistema Financeiro), que saem no dia 31/12.

MAIS AGENDA – Também o Relatório de Política Monetária (RPM), na quinta-feira, pode ajustar as expectativas para a Selic, além do IBC-Br, o PIB do BC, que pode calibrar o ritmo da atividade. O dado sairá hoje, às 9h.

… Segundo pesquisa do Broadcast, o IBC-Br pode voltar a crescer em outubro, após a queda de 0,24% em setembro. A mediana das estimativas é de expansão de 0,10%. As estimativas variam de recuo de 0,50% a alta de 0,56%.

… Economistas projetam que os resultados do varejo ampliado (+1,1%) e dos serviços (+0,3%) devem puxar o crescimento na margem.

… Ainda hoje, sai o IGP-10 de dezembro (8h), que deve recuar a 0,01%, após alta de 0,18% em novembro, com o recuo dos preços agropecuários. Às 8h25, o mercado acompanha mais uma atualização semanal da pesquisa Focus.

… Os números do setor externo de novembro, na sexta-feira, fecham a agenda dos indicadores.

NA POLÍTICA – Congresso têm agenda cheia na última semana de trabalhos do ano, com temas polêmicos que incluem o PL da Dosimetria, que foi alvo de protestos em várias capitais do País, neste domingo, após ter sido aprovado pelos deputados na calada da noite.

… O projeto está sendo revisado pela CCJ do Senado, que pode votar o texto na quarta-feira.

… A Câmara realiza esforço concentrado com previsão de votar a cassação do mandato de Alexandre Ramagem (PL), o PL Antifacção, já aprovado pelo Senado, e a PEC da Segurança Pública. Há ainda a possibilidade de ser analisada a cassação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL).

… No domingo, a deputada Carla Zambelli entregou sua renúncia à Câmara, após o plenário salvar o seu mandato e o STF cassar a decisão.

… O governo prioriza a votação do projeto de revisão de incentivos fiscais e da Lei Orçamentária Anual – que parlamentares não querem deixar atrasar para não ter impacto na execução das emendas. A sessão conjunta do Congresso está prevista para quinta-feira (18).

… Na reunião de líderes convocada para hoje (16h) pelo presidente da Câmara, Hugo Motta, o deputado Mauro Benevides Filho (PDT) apresentará seu parecer às alterações promovidas pelo Senado no texto da regulamentação da reforma tributária.

LULA – O presidente realiza na quarta-feira a última reunião ministerial do ano, na Granja do Torto, quando deve fazer um balanço das principais entregas do governo. Na quinta, está previsto um café da manhã de Lula com a imprensa.

… No sábado (20), o presidente participa da Cúpula do Mercosul, em Foz do Iguaçu, quando espera assinar o acordo com a União Europeia.

… A França está pressionando a UE e os países do Mercosul a adiarem a reunião, ou adiarem a assinatura do acordo comercial.

… Para o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, se o acordo Mercosul-UE não for assinado agora, será “logo em seguida”.

STF – Plenário virtual inicia hoje (11h) sessão extraordinária para julgar as ações que discutem o marco temporal para a demarcação de terras indígenas, sob relatoria de Gilmar Mendes. O julgamento se estenderá até o dia 18.

LÁ FORA – O payroll (amanhã) e a inflação ao consumidor CPI de novembro nos Estados Unidos (quinta-feira) são os principais destaques da semana internacional, além das decisões de política monetária do BoE, BCE, Banxico (na quinta) e BoJ (sexta).

… A decisão do Banco do Japão será monitorada com atenção redobrada, já que pode marcar uma alta na taxa de juros.

… Nesta segunda, a confiança empresarial das grandes indústrias japonesas atingiu o nível mais alto em quatro anos no trimestre encerrado em dezembro, segundo a pesquisa Tankan, a +15%, contra +14 no trimestre anterior.

… O resultado reforça as expectativas do mercado de que o BoJ aumentará as taxas de juros esta semana.

… Também na sexta, os BCs da Rússia e da Colômbia decidem juros.

… Ainda nos Estados Unidos, na terça-feira, saem as vendas no varejo de outubro, e, na sexta-feira, as vendas de moradias usadas em novembro e o índice final de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan de dezembro.

… Preliminares dos índices PMI de dezembro medem a atividade global amanhã na Alemanha, Zona do Euro, Reino Unido e Estados Unidos. No Japão, o PMI da S&P Global/Jibun Bank sai hoje à noite e é importante às vésperas do BoJ.

HOJE – A atividade Empire State/Fed de Nova York (10h30) tem previsão de queda para 10,5 em dezembro, de 18,7 em novembro. Às 12h, sai o índice de confiança das construtoras americanas NAHB, com estimativa de estabilidade em 38 em dezembro.

… Dois dirigentes do Fed têm falas públicas agendadas para hoje: Stephen Miran (11h30) e John Williams/Fed Nova York (12h30).

… Na quarta-feira, Christopher Waller, John Williams e Raphael Bostic já terão os dados do payroll para comentar.

CHINA HOJE – Dois indicadores de atividade econômica divulgados nesta segunda-feira sinalizaram perda de fôlego. A produção industrial desacelerou de 4,9% em outubro para 4,8% em novembro, na base anualizada, frustrando a previsão de 5%.

… As vendas no varejo chinês saíram de 2,9% para 1,3% de um mês para o outro, bem abaixo do consenso de 2,9%.

… No próximo domingo (21), o PBoC chinês decide a taxa de referência de longo prazo (LPRs) de um ano e cinco anos.

ELEIÇÃO NO CHILE – O candidato de extrema-direita José Antonio Kast venceu o segundo turno da corrida presidencial (58,18% dos votos), neste domingo, derrotando a candidata da coalizão governista, a comunista Jeannette Jara (41,82%).

HASSETT OU WARSH – Um dos dois candidatos à sucessão de Powell, Kevin Hassett disse em entrevista neste domingo à CBS que submeteria as opiniões de Trump aos membros do Fed, mas que eles poderiam rejeitá-las, se assim desejassem, quando decidissem sobre juros.

… Os comentários de Hassett vêm à tona enquanto Trump faz entrevistas finais com potenciais substitutos para o atual presidente do Fed e defende que um corte drástico da taxa básica de juros, “para 1% ou menos”.

… Na sexta-feira, Trump declarou que “certamente deveria ter um papel nas conversas com o chefe do Fed” sobre as taxas de juros. A frase foi essa: “Eu me saí muito bem. Ganhei muito dinheiro, sou muito bem-sucedido. Acho que minha voz deve ser ouvida.”

… Ainda na sexta, o WSJ noticiou que Kevin Warsh, pesquisador da Hoover Institution, de tendência conservadora, e ex-governador do Fed, seria o favorito de Trump para substituir Powell, cujo mandato termina em maio do ano que vem.

UCRÂNIA – Zelensky terá nova reunião com europeus nesta segunda-feira, em Berlim, para discutir o plano de paz revisado, que prevê a entrada da Ucrânia na União Europeia a partir de janeiro de 2027 e conta com o apoio de Bruxelas e dos Estados Unidos.

… Encontro do presidente ucraniano hoje será com o chanceler alemão, Friedrich Merz, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.

ROLANDO A QUÍMICA – Semanas após Trump aliviar o tarifaço contra o Brasil, a derrubada na sexta-feira das sanções pela Lei Magnitsky contra Moraes consolidou a percepção no mercado de que a relação com os Estados Unidos se normaliza.

… Contagiado pela notícia, o Ibovespa acelerou os ganhos à tarde e superou os 161 mil pontos no pico intraday (161.263,40), antes de se acomodar para o fechamento em alta de 0,99%, a 160.766,37 pontos, com giro de R$ 23 bi.

… Pouco a pouco, o índice à vista da bolsa doméstica vai testando uma recuperação, depois do choque com a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro, que provocou uma queima rápida de pontuação dos recordes na faixa dos 165 mil.

… Confiante, apesar de 2026 ser marcado pela volatilidade eleitoral, o BB Investimentos projeta o Ibovespa em 186 mil pontos no fim do ano que vem, com “oportunidades interessantes” na bolsa para quem busca exposição a risco.

… Papel diretamente mais afetado mais pela notícia da Magnitsky, BB ON subiu 0,60%, a R$ 21,70. Bradesco, com a perspectiva do rating elevada de venda para neutra pela Fitch, ganhou 1,20% (ON; R$ 16,03) e 0,65% (PN; R$ 18,66).

… Itaú PN registrou valorização de 0,89%, a R$ 39,76. Só Santander unit destoou no setor: -0,09%, a R$ 31,95.

… Petrobras ignorou a queda do petróleo e também contribuiu para o bom humor na bolsa. ON ganhou 1,22%, a R$ 33,28, e PN, +1,06%, a R$ 31,59. Lá fora, o contrato do Brent para fevereiro caiu 0,26%, a US$ 61,12 por barril.

… A commodity terminou a semana com queda superior a 4%, diante do temor renovado de excesso de oferta. O Commerzbank nota que o petróleo vai encerrando o ano cerca de US$ 10 mais barato do que no início de 2026.

… Resistentes a qualquer movimento mais expressivo de realização, os papéis da Vale zeraram as perdas (-0,06%, a R$ 68,61) de quase 1% observadas mais cedo e caminham para o final de 2025 com alta acumulada próxima de 40%.

… Como a bolsa, também o câmbio tem buscado se recobrar do impacto de toda a turbulência em Brasília, que levou o dólar a encostar em R$ 5,50 no começo da semana passada com o ruído da pretensão política da família Bolsonaro.

… Na sexta-feira, já estava de volta a R$ 5,4105. Apesar de Moraes ter saído da “lista negra” dos Estados Unidos, a novidade influenciou menos a moeda norte-americana, que vive o momento sazonal de remessas ao exterior.

… Mas a pressão foi pequena e o dólar limitou a alta a 0,11%. Lá fora, o DXY teve ganho marginal de 0,05%, a 98,399 pontos, sem influência dos Fed boys, porque ainda falta muito tempo para a próxima reunião de política monetária.

… O foco se desvia agora para os encontros desta semana do BCE, BoE e BoJ. Diante da contração inesperada do PIB do Reino Unido em outubro, de 0,1% pelo segundo mês seguido, não se descarta um corte do juro pelo BC inglês.

… A libra caiu 0,16%, a US$ 1,3370, o euro fechou estável (+0,04%, a US$ 1,1743) e o iene recuou a 155,87 por dólar.

… É quase unânime a expectativa de que o juro japonês suba de 0,5% para 0,75%, após o presidente do BoJ, Kazuo Ueda, ter praticamente telegrafado este movimento. Mas o ritmo de novas altas dependerá dos próximos dados.

DEDO NO GATILHO – Aqui, a curva a termo espera pela ata do Copom e Relatório de Política Monetária (RPM) para projetar o início do ciclo de corte da Selic. O jogo continua sendo jogado, mas março ainda desponta na frente.

… No Valor, agentes do mercado avaliam que, diante do nível ainda muito alto dos juros, não se descarta que o BC faça cortes mais agressivos em 2026 do que o mercado estima neste momento (Selic a 12,2% no boletim Focus).

… Na sexta-feira, os contratos futuros dos juros registraram queda firme, no apetite por risco com a Magnitsky.

… Na agenda dos indicadores, o IBGE informou que o volume de serviços subiu 0,3% em outubro frente ao mês anterior, em linha com a previsão. Foi o 9º resultado positivo seguido, período em que acumulou alta de 3,7%.

… O dado veio um dia depois de as vendas do varejo restrito terem contrariado a previsão de queda e registrado avanço de 0,5% em outubro, indicando que a eficácia da política monetária está demorando a alcançar a atividade.  

… No fechamento, o contrato do DI para janeiro de 2027 caiu para 13,635%, na mínima do dia (contra 13,747% no ajuste anterior); Jan/29 recuou a 13,015% (de 13,163%); Jan/31, a 13,315% (13,440%); e Jan/33, 13,450% (13,559%).

… O ímpeto de queda contrariou a orientação externa das taxas dos Treasuries, que subiram, apesar de o fantasma do estouro da bolha da inteligência artificial ter voltado a assustar as empresa de tecnologia e as bolsas americanas.

… O rendimento da Note de dois anos avançou a 3,528% (de 3,525% na véspera) e o de 10 anos foi a 4,192% (de 4,144%). Não houve corrida de proteção aos Treasuries, mesmo com o investidor fugindo do mercado de ação.

… A Broadcom desabou 11,43%, depois de informar projeção de venda de chips abaixo do esperado. Houve ainda relatos na imprensa de que a Oracle, que levou um tombo de 4,61%, atrasará a entrega de data centers da OpenAI.

… Passando por correção após os recordes de fechamento da véspera, o Dow Jones caiu 0,51%, aos 48.458,05 pontos, e o S&P500 recuou 1,07%, aos 6.827,41 pontos. O Nasdaq perdeu 1,69%, aos 23.195,17 pontos.

CIAS ABERTAS NO AFTER – FUP confirmou greve de funcionários da PETROBRAS a partir desta segunda-feira; empresa diz que segue à aberta às negociações.

CORREIOS. Cinco bancos fecharam proposta para emprestar R$ 12 bilhões aos Correios: BB, Caixa, Bradesco, Itaú e Santander participarão da operação, com custo de 120% do CDI e garantia do Tesouro.

REDE D’OR aprovou a distribuição de R$ 400 milhões em JCP (R$ 0,1812 por ação) e R$ 5,62 bilhões em dividendos intermediários (R$ 2,5481 por ação), ambos com pagamento em 30 de dezembro…

… Também serão distribuídos R$ 2,1 bilhões em dividendos intercalares (R$ 0,9517 por ação), com pagamento também em 30 de dezembro; ex em 19 de dezembro para todos.

CASAS BAHIA. O conselho de administração aprovou, no contexto do Plano de Transformação da Estrutura de Capital, a realização da oferta pública de distribuição de debêntures da 11ª emissão, no valor de até R$ 3,950 bilhões.

PETZ aprovou o cancelamento da totalidade das ações mantidas em tesouraria, sendo 11.600.015 de papéis, sem redução do valor do capital social…

… Em razão do cancelamento, o capital social da companhia, de R$ 1,72 bilhão, passará a ser dividido em 451.139.910 de ações ordinárias.

LOCALIZA informou que o conselho de administração aprovou o 17º programa de recompra de ações e a distribuição de JCP R$ 0,515 por ação. Os papéis passarão a ser negociados ex na próxima quinta-feira.

MOTIVA definiu o dia 19 de dezembro como a data para o pagamento dos R$ 294,24 milhões em dividendos intermediários anunciados inicialmente em 5 de dezembro.

CEMIG. O conselho de administração aprovou um investimento de R$ 44 bilhões para o ciclo 2026/2030.

ENERGISA informou que adquiriu a totalidade das ações preferenciais de emissão da controlada Energisa Participações Minoritárias (EPM) que pertenciam ao Itaú Unibanco, por R$ 1,034 bilhão.

ENGIE BRASIL aprovou a distribuição de R$ 100 milhões em JCP, o equivalente a R$ 0,0875 por ação, com pagamento em 31 de dezembro; ex em 19 de dezembro.

TIM anunciou a terceira emissão de debêntures simples não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em série única, no valor de R$ 1,4 bilhão.

AZUL informou que o Tribunal dos Estados Unidos aprovou o seu plano de reorganização, etapa decisiva para a conclusão de seu processo de reestruturação. O plano recebeu mais de 90% dos credores elegíveis.

INTERCEMENT BRASIL informou que o Cade aprovou sem restrições a conversão de créditos de credores financeiros no plano de recuperação judicial.

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


NY -1,1% US tech -1,9% US semis -5,1% UEM -0,6% España -0,2% VIX 15,7% Bund 2,86% T-Note 4,17% Spread 2A-10A USA=+66pb B10A: ESP 3,31% PT 3,17% FRA 3,57% ITA 3,55% Euribor 12m 2,294% (fut.2,479%) USD 1,174 JPY 182,0 Ouro 4.344$ Brent 61,4$ WTI 57,7$ Bitcoin -3% (89.776$) Ether -3,6% (3.138$).


SESSÃO: Sell-off sobre tecnologia na sexta-feira, francamente exagerado. O motivo foi a publicação de resultados de Oracle na quarta-feira (muita dívida e certamente o elo mais fraco das empresas tecnológicas avaliadas) e o seu contágio injustificado sobre Broadcom, que publicou na quinta-feira. O mercado vai testando a solidez de determinados ativos num ano excelente, como já o fez com o ouro há umas semanas… para decidir depois que o deixaria continuar a subir. O único problema são as criptos, porque, no final, termina sempre por se impor o senso comum sobre os ativos que não se podem avaliar. Esse é o elo mais débil do mercado. E na tecnologia é Oracle, mas não Broadcom nem as restantes. Por isso, o forte golpe de sexta-feira (semis -5,1%) às portas do fecho de 2025 muito provavelmente é uma oportunidade para comprar mais baratos em vez de se assustar e reduzir a exposição por precaução. Porque não existe nenhum problema sobre a tecnologia avaliada, embora haja sobre Oracle e sobre a IA ainda não avaliada, como OpenIA, Anthropic, etc. Mas simplesmente porque as suas ambições de sair na bolsa em 2026 a preços dificilmente justificáveis deveriam ser corrigidas. 


Esta madrugada, publicação de um Tankan 4T 2025 japonês quase bom (15 vs. 14), vários indicadores na China que reforma a ideia de perda de ritmo perigoso (Vendas a Retalho +1,3% desde +2,9%; Preços Habitação -2,4% desde -2,2%...) e alguns indícios inflacionistas nos Preços Grossistas na Alemanha, mas ainda em níveis reduzidos e nada problemáticos (+1,5% vs. +1,1%). E os futuros sobre as bolsas vêm a subir (ca.+0,4%) depois do exagerado golpe na sexta-feira. Parece que o mercado se limpa um pouco antes de voltar a tomar impulso, o que é muito bom. É improvável que esta semana seja má, porque já resta posicionar-se para 2026. Assim que passarmos pelas reuniões dos bancos centrais de quinta e sexta-feira, recuperaremos o ritmo. 


Noruega e Suécia irão repetir em 4,00% e 1,75%, respetivamente, passando despercebidos. Mas o Banco de Inglaterra irá cortar -25 p.b., até 3,75%, o BCE repetirá em 2,00/2,15% (Depósito/Crédito) mas irá publicar estimativas macro revistas para melhor e pode ser que insinue que o seu próximo movimento será de subida e não de descida, enquanto o Banco do Japão poderá subir +25 p.b. até 0,75% (atribuímos uma probabilidade de 50%, embora o mercado desconte a subida). É provável que o emprego americano de amanhã saia débil, reforçando novamente a expetativa de mais descidas de taxas de juros da Fed e que isso impulsione moderadamente Wall St. Neste contexto, continuaremos a considerar os retrocessos como oportunidades para comprar mais barato para 2026. Esta quarta-feira iremos publicar a nossa Estratégia de Investimento 2026 (em espanhol; brevemente em português) na qual argumentamos a favor de uma continuação expansiva, tanto de ciclo económico como de mercado. Continua a valer a pena assumir riscos.


CONCLUSÃO: Hoje, subida insegura após o golpe de sexta-feira, mas recuperação. A semana irá ganhando vontade com o passar do tempo, mas principalmente depois do emprego americano provavelmente fraco amanhã, e com um pouco mais de autoconfiança depois da reunião, na quinta-feira, do BoE e do BCE. O mais provável é que a semana evolua de menos a mais e termine a impor-se uma realização de posições para 2026 baseada no FOMO, em que não se pode ficar de fora enquanto nada grave ou estranho acontecer, muito que os riscos geoestratégicos ou as dúvidas sobre tecnologia estejam ativos.


FIM

BDM Matinal Riscala

 *Bom Dia Mercado.* Sexta Feira, 26 de Dezembro de 2.025. *Bolsonaro oficializa Flávio e mantém crise* ​ BC divulga nota de crédito de novem...