terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Arko Talks 2025

 

Arko Talks 2025 chegou ao fim com grandes reflexões sobre o futuro do Brasil em 2026. 

 

Confira os principais insights dos últimos painéis do evento:

Painel 04 – Agronegócio e Competitividade
No painel dedicado ao agronegócio, o deputado Pedro Lupion, presidente da FPA, destacou que o setor atravessa um dos momentos mais desafiadores dos últimos anos. Custos elevados, crédito caro, gargalos logísticos e insegurança regulatória têm comprimido margens, freado inovação e elevado o endividamento no campo.

 

Ele reforçou a necessidade de preservar instrumentos privados de financiamento, ampliar a capacidade de armazenagem, criar previsibilidade regulatória e avançar em reformas que garantam competitividade ao produtor brasileiro em um ambiente global cada vez mais exigente.


Principais pontos:

  • Custos de produção e juros elevados pressionam a rentabilidade e aumentam o endividamento do setor.
  • Gargalos logísticos e déficit de armazenagem comprometem competitividade e formação de preços.
  • Preservação de LCAs, CRAs e Fiagros é essencial para manter o fluxo de crédito privado ao agro.
  • Novo marco de seguros e previsibilidade plurianual ao estilo Farm Bill são prioridades para reduzir risco e estimular investimento.
  • Regularização fundiária, licenciamento racionalizado e segurança jurídica nas demarcações são vistos como pilares para estabilidade produtiva.
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Painel 05 – Reforma Tributária em 2026

O painel contou com Luiz Gustavo Bichara (Advogado Tributarista), Ricardo Soriano (Ex-Procurador-Geral da Fazenda Nacional),  Luiz Carlos Hauly (Deputado Federal) e Priscilla Faricelli (Demarest Advogados), e apresentou diferentes perspectivas sobre a migração para o novo modelo de IVA. Os debatedores discutiram temas como segurança jurídica, complexidade da transição, possíveis impactos sobre o contencioso tributário, efeitos setoriais e os desafios de regulamentação.

 

Ainda que todos reconheçam a importância da reforma, reforçaram que sua implementação exigirá clareza normativa, coordenação entre os fiscos e medidas complementares para garantir previsibilidade e reduzir riscos para empresas e contribuintes.

Principais pontos:

  • A transição para o IVA ainda carece de regulamentação detalhada, o que pode gerar dúvidas operacionais.
  • Persistem incertezas sobre alíquotas, devolução de créditos e obrigações acessórias.
  • A judicialização tende a aumentar no curto e médio prazo devido à sobreposição de competências e regras novas.
  • Sectores específicos podem enfrentar impactos distintos, exigindo atenção a ajustes e calibragens.
  • Medidas complementares, como transação e arbitragem tributária, podem ajudar a reduzir litígios e dar previsibilidade ao sistema.
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Painel 06 – Eleições 2026: Tendências e Cenários Políticos

O painel reuniu Zeca Dirceu (Deputado Federal), Andrei Roman (Analista Político) e Cristiano Noronha (Vice-Presidente da Arko Advice), para discutir os cenários para as eleições de 2026. Eles analisaram o impacto da conjuntura econômica, o papel da segurança pública como tema central para o eleitorado, a reorganização da direita após a inelegibilidade de Bolsonaro e o surgimento de um eleitor mais racional e menos previsível.

 

Apesar de reconhecerem vantagens estruturais do governo, também destacaram fragilidades, como a erosão da base na classe C e a crescente importância do tema da segurança na disputa eleitoral.

Principais pontos:

  • O presidente em exercício tende a largar como favorito, mas a eleição deve ser competitiva.
  • A segurança pública se tornou a principal preocupação do eleitor, influenciando o debate e fortalecendo pautas da direita.
  • A oposição enfrenta desorganização e dificuldade para consolidar um nome competitivo.
  • Surge um eleitorado mais racional e decisivo, um “swing voter” que pode definir o resultado em 2026.
  • A vinculação entre agenda econômica e segurança ganha espaço no governo e deve influenciar o debate público.
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Encerramento
O painel de encerramento, com William Waack (Jornalista), Gilberto Kassab (Presidente do PSD), Murillo de Aragão (Presidente da Arko Advice) e Marco Bologna (Sócio da Galapagos Capital), trouxe reflexões sobre a crise político-institucional do país, a degradação do debate público e os desafios para formação de lideranças capazes de promover estabilidade.

 

Eles discutiram a fragmentação da centro-direita, o papel das elites, o impacto do expansionismo fiscal e a centralidade da segurança pública no cenário eleitoral. Apesar das leituras distintas, houve consenso sobre a necessidade de reconstruir diálogo e buscar maior equilíbrio entre os poderes.

Principais pontos:

  • A crise institucional é marcada pela falta de representatividade, tensões entre os poderes e polarização crescente.
  • A baixa atuação das elites em temas de interesse coletivo agrava a dificuldade de avançar em reformas estruturais.
  • O voto distrital foi apontado como caminho para melhorar a qualidade da representação política.
  • A segurança pública tende a ser o tema decisivo da eleição de 2026, acima da pauta econômica.
  • O país precisará de liderança capaz de promover acordos amplos e restaurar estabilidade institucional.

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