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Fernando Cavalcanti 1

 POR QUE A ESQUERDA SE TORNOU TÃO INSUPORTÁVEL No texto anterior comentei minha perplexidade por perder tantos amigos queridos de esquerda. Sempre por iniciativa DELES. Neste explicarei o que deu o "bug" no computador mental desse pessoal. Resumindo em uma frase, é que a esquerda "clássica" se transformou (talvez fosse mais adequado dizer que se DEGRADOU) em esquerda identitária. Eles mudaram de foco, de paradigma. Para Marx, a grande questão era a classe econômica: burguesia (isto é, os detentores dos meios de produção) "versus" proletariado (os que só contavam com a sua força de trabalho). Atualmente, a dicotomia "patrão contra empregado" foi substituída por "maioria contra minoria"; "Minoria", para esquerda, bem entendido, não é um conceito numérico. Aplica-se a grupos sociais que supostamente são oprimidos por outros. E "maioria" os que os oprimem. "Maioria" seriam os homens, os "brancos", os ...

Fernando Cavalcanti 2

 POR QUE A ESQUERDA SE TORNOU TÃO INSUPORTÁVEL (Parte II: ÉRAMOS TÃO FELIZES) Fiquei agradavelmente surpreso de ver o número de leituras e, mais significativo, de compartilhamentos do texto anterior. Provaram que o assunto é incômodo para muitos, não só para moi. E que explicações sobre ele geram interesse. Parênteses: Na verdade, em redes sociais percebo que o número dos que nos lêem, se se trata de temas polêmicos, é sempre muito superior ao dos que curtem ou comentam. Às vezes vc publica um texto, pensa que passou despercebido, e uns dez anos depois alguém te diz "Ah, mas vc diz que tal coisa é assim e assado...". E vc descobre que ela, SIM, leu aquele seu texto aparentemente obscuro. Apenas não denunciou sua presença com comments ou emojis. Geralmente é porque teve reservas ao que eu disse. Mas gostou de outros pontos. Então ficou indecisa, naquele dilema: "E agora? Boto like ou dislike? Gostei do que Fernando comentou sobre tal ponto, mas  aquelas outras opiniões de...

Captações externas

 *COLUNA DO BROADCAST: EMPRESAS BRASILEIRAS CAPTAM AO MENOR CUSTO HISTÓRICO NO EXTERIOR* Por Cynthia Decloedt  São Paulo, 27/06/2025 - As companhias brasileiras que buscam recursos no mercado de dívida externo estão sendo privilegiadas no movimento de rotação que os investidores estrangeiros estão fazendo em suas carteiras, diminuindo a exposição a ativos norte-americanos e alocando em outros países. O pano de fundo é a queda na frequência de muitas delas nesse mercado, dado que o mercado de dívida local ganhou musculatura e passou a concorrer em prazo e capacidade de absorção de ofertas de montantes elevados de papéis. *QUEM FOI*. Gerdau foi a primeira a cravar no início de junho um custo recorde de baixa em captação feita no exterior por uma empresa brasileira, quando levantou US$ 650 milhões. O feito foi renovado essa semana pela JBS USA, que emitiu US$ 3,5 bilhões em títulos garantidos pela matriz brasileira. Ambas são consideradas companhias de primeira linha e baixo risc...

Investimentos na B3

 *ESPECIAL: INVESTIMENTO ESTRANGEIRO NA B3 NO 1º SEMESTRE É O MAIOR DESDE 2022 E DEVE CRESCER* Por Caroline Aragaki e Maria Regina Silva  São Paulo, 27/6/2025 - O primeiro semestre de 2025 caminha para ser o melhor em termos de ingresso de capital estrangeiro na Bolsa brasileira em três anos. A expectativa é de que o fluxo positivo continue nos próximos meses. A perspectiva de corte dos juros dos Estados Unidos (EUA) a partir de setembro colabora para esse cenário, assim como a percepção de que a política fiscal pode ficar mais restritiva em 2027 com um novo governo.  Até a última quarta-feira (25), o fluxo estrangeiro à B3 de janeiro a junho somava R$ 25,2 bilhões. É o saldo mais positivo para o período desde 2022, quando houve ingresso de R$ 70,5 bilhões. De janeiro a junho do ano passado, o saldo foi negativo em R$ 40,1 bilhões, e em 2023 positivo em R$ 17,0 bilhões.  Embora falte quase um ano e meio para as eleições, a possibilidade de mudança na rota fiscal em u...

Diário de uma vida 1

  Sou "economista raiz", já uns 35 anos de mercado, dois Mestrados, um profissional (com dissertação), um acadêmico (créditos). Comecei um Doutorado em Évora, Portugal, mas bati na parede do excesso de modelos matemáticos. Para isso, era preciso o apoio, ou suporte da universidade, de modelos, q necessitam uma formação sólida prévia. Estou atrás disso, mas confesso q a minha formação acadêmica é mais "histórico descritiva". Tem modelos, mas mais focados em macrométrica. Vivi boa parte da minha carreira numa Consultoria de Mercado de Capitais ("research"), a Lopes Filho & Associados, q atuava de "fora para dentro" do mercado. Não cheguei a trabalhar em instituições financeiras, mas conheci de perto muitas estruturas. Peguei as mudanças do mercado de capitais, com a "desmutualização", em q as corretoras se desvincularam do Ibovespa, q se tornou empresa aberta, a B3, negociada em bolsa de ações. Foi um momento também que a LF tev...

Fabio Alves

 FÁBIO ALVES: A ESTRATÉGIA É DEIXAR LULA SANGRAR ATÉ 2026? A leitura dos investidores, ontem, da derrubada do decreto do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pelo Congresso foi a de que o presidente Lula está fraco politicamente e de que aumentou a probabilidade de uma troca de governo a partir de 2027. Com isso, sem minimizar o impulso de ventos favoráveis do cenário externo ontem, o Ibovespa subiu 1% e o dólar recuou para abaixo de R$ 5,50. Mas qual a leitura política da derrota esmagadora e surpreendente do governo Lula na votação do projeto de decreto legislativo (PDL)? Pode-se colocar na conta já do ciclo eleitoral do pleito presidencial de 2026 a maneira abrupta e um tanto traiçoeira que se deu essa derrota? Qual a estratégia do Centrão, esse bloco heterogêneo de partidos de centro e de direita, em relação ao presidente Lula e ao seu governo daqui em diante? “O Centrão já está mirando 2026 e está deixando Lula sangrando”, diz o jornalista Marcelo de Moraes, ti...

BDM Matinal Riscala

 Bom Dia Mercado. Sexta Feira, 27 de Junho de 2.025. *Mudança da meta entra no debate* … Dia de PCE nos EUA, o índice de inflação predileto do Fed, que pode dar a Trump mais uma chance de criticar Powell por não reduzir os juros, se vier no consenso, de estabilidade em níveis baixos. Ainda na agenda em NY, é importante o sentimento do consumidor de Michigan e a repercussão da notícia de que Washington já fechou um acordo comercial com a China. Aqui, o IGP-M deve ter forte queda em junho, confirmando a evolução benigna dos preços, após o IPCA-15 surpreender abaixo do esperado. Mas a Pnad Contínua deve mostrar um novo recuo do desemprego, reforçando as pressões do mercado de trabalho. Em SP, Haddad dá entrevista à GloboNews, em meio à derrota do governo com a derrubada do decreto do IOF, que esquenta no mercado o debate da mudança da meta fiscal. … Reportagem do Valor apurou como opinião consensual de vários economistas que, sem aumento de impostos, é maior a chance de o governo alte...