quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Tese de Gabriel Toffano

 


❗ Por que a GLO não vai resolver o problema do Rio de Janeiro


A operação mais letal da história do Rio escancara um modelo de combate ineficiente.

Faltou inteligência para minimizar as mortes, e planejamento para garantir o retorno seguro do trabalhador para casa.

Agora, o governo aposta novamente em uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem) — uma medida que soa enérgica, mas não entrega resultados concretos.

Estudos do pesquisador Gabriel Toffano (UFF) mostram que a presença das Forças Armadas não altera os indicadores de criminalidade. Isso ocorre porque elas não são preparadas para o tipo de enfrentamento urbano que o Rio exige.

A GLO, nesse contexto, é mais simbólica e política do que prática.
Mas há caminhos possíveis.

Combater o crime organizado requer uma estratégia de longo prazo, articulando as três esferas de poder — federal, estadual e municipal.

É preciso asfixiar financeiramente as facções, investir em inteligência policial para reduzir a letalidade e aumentar a eficiência das operações.

O Rio não precisa de mais tanques.
Precisa de planejamento, coordenação e dados — para que segurança pública volte a ser sinônimo de proteção, e não de tragédia.

Call Matinal 3010

 CALL MATINAL 

30/10/2025 

Julio Hegedus Netto, economista

MERCADOS EM GERAL


FECHAMENTO (29/10)

MERCADOS E AGENDA

O Ibovespa, na quarta-feira (29), avançou 0,82%, a 148.632 pontos, com giro de R$ 24,1 bilhões; já o dólar fechou estável, a R$ 5,3595. Na agenda do dia, reuniões do BCE e repercutindo o BoJ, impressões da reunião do FOMC, balanços da Apple, Amazon e Vale e repercussões dos tombos do Bradesco e Meta, além do salto da Alphabet. No Brasil, dentre os indicadores, destaque para os dados do governo central, do Caged e IGP-M.


PRINCIPAIS MERCADOS


Índices futuros dos EUA operam em leve queda nesta quinta-feira (30), com os do mercado europeu também fracos. Investidores seguem atentos à repercussão do encontro entre Donald Trump e Xi Jing Ping. 


MERCADOS 7H00

EUA Dow Jones Futuro: -0,17%

S&P 500 Futuro: -0,03%

Nasdaq Futuro: -0,03%

ÁSIA-PACÍFICO Shanghai SE (China), -0,73%

Nikkei (Japão): +0,04%

Hang Seng Index (Hong Kong): -0,34%

Nifty 50 (Índia): -0,01%

ASX 200 (Austrália): -0,46%

EUROPA STOXX 600: -0,12%

DAX (Alemanha): +0,30%

FTSE 100 (Reino Unido): +0,38%

CAC 40 (França): -0,01%

FTSE MIB (Itália): -0,21%

COMMODITIES Petróleo WTI, -0,79%, a US$ 60 o barril

Petróleo Brent, -0,80%, a US$ 64,40 o barril

Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, +0,38%, a 802,50 iuanes (US$ 113,04)

NO DIA, 3010


Dia de repercutir o que foi dito por Jerome Powell no comunicado de ontem da reunião do Fed, depois do corte de 0,25 pp, a 4,00%. Disse ele que um corte em dezembro está longe de ser uma “coisa certa” e que é preciso acompanhar os dados. Estejamos atentos, no entanto, à repercussão do encontro de Trump com Xi Jing Ping ontem na Coréia. Pelo que se sabe até o momento, novos encontros estão agendados para 2026 e avanços houveram nos impasses em torno da soja comercializada entre ambos e a exploração de terras raras. Enquanto isso, na Zona do Euro, o BCE deve manter o juro em 2%, optando por uma “postura neutra”, mas acreditando em cortes em 2026. Já no Japãp, o BoJ manteve o juro em 0,5%, mas sinalizando alta no futuro. 


Boa quinta-feira a todos!

BDM Matinal Riscala

 *Bom Dia Mercado*


Quinta Feira, 30 de Outubro de 2.025.


*Trump e Xi não se manifestam após conversa*


Na agenda: BCE, BoJ, rescaldo do Fed, balanços da Apple, Amazon e Vale, repercussão dos tombos de Bradesco e Meta no after hours, e salto de Alphabet


… Mais um dia cheio para os mercados globais hoje, mas é claro que o primeiro interesse é a conversa entre Trump e Xi Jinping, que já aconteceu na Coreia do Sul. Não houve pronunciamento dos dois líderes. O presidente americano já embarcou para Washington. Na parte televisionada, o clima pareceu muito amigável, mas os detalhes não foram ainda revelados. Na agenda: BCE, BoJ, rescaldo do Fed, balanços da Apple, Amazon e Vale, repercussão dos tombos de Bradesco e Meta no after hours, e salto de Alphabet. Entre os indicadores, emprego é destaque no Brasil, além do déficit do Governo Central e IGP-M. No Congresso, a agenda fiscal avança, com as medidas da MP do IOF no meio de projetos.


AFTER HOURS – Os ADRs do Bradesco chegaram a afundar mais de 6% em Nova York, mas refrearam as perdas para 3,41% no fechamento, apagando todo o ganho de 3,83% que as ações haviam engatado na sessão regular no Ibovespa.


… O ponto do balanço divulgado ontem à noite que assustou investidores foi o salto anual de 20,1% das despesas da instituição financeira com provisões contra devedores duvidosos (PDD), totalizando R$ 8,56 bilhões no período de julho a setembro.


… Já o lucro líquido recorrente, de R$ 6,205 bilhões, veio dentro do esperado, com alta de 18,8% na base anualizada.


… O banco comentará o resultado trimestral em teleconferência aos analistas e investidores às 10h30.


MAGNÍFICAS – Em Nova York, empresa controladora do Google, a Alphabet disparou 6,79% no after hours, após superar as expectativas do lucro líquido (US$ 34,98 bilhões) e da receita (US$ 102,3 bilhões) no terceiro trimestre.


… O lucro ajustado por ação ficou em US$ 2,87, bem acima das estimativas dos analistas da FactSet, de US$ 2,26 por ação.


… “A Alphabet teve um trimestre fantástico, com crescimento de dois dígitos em todas as principais áreas de nossos negócios. Alcançamos nosso primeiro trimestre com faturamento de US$ 100 bilhões”, disse o CEO da empresa, Sundar Pichai.


… Já a Meta, com queda de 83% no lucro líquido do terceiro trimestre (US$ 2,71 bilhões, contra US$ 15,7 bilhões no 3Tri/24), desabou 7,36% no after hours, com ganho por ação diluída de US$ 1,05, ante US$ 6,72 esperado pelos analistas da FactSet.


… A terceira magnífica da noite, a Microsoft, divulgou lucro acima do esperado (US$ 27,75 bilhões) no 1Tri do ano fiscal de 2026, encerrado em setembro, com lucro/ação de US$ 4,13, também acima dos US$ 3,67 esperados por analistas do FactSet, mas caiu 3,98% no after hours.


HOJE TEM MAIS – Após o fechamento do mercado, vêm a Apple (US$ 1,78) e a Amazon (US$ 1,57) – previsões da FactSet.


… Aqui, favorecida pelo minério, a Vale deve apresentar resultados positivos no terceiro trimestre, após o fechamento. No Broadcast, a previsão é de receita líquida de US$ 10,273 bilhões, alta de 7,5% sobre um ano antes.


… Para o Ebitda pró-forma, a média das projeções é de US$ 4,3 bilhões, com alta anual de 14%. Já para o lucro líquido, a estimativa é de US$ 2,4 bilhões, queda marginal de 0,9% contra igual intervalo do ano passado.


… Além de Vale, tem Ambev, antes da abertura, e Gerdau, Marcopolo, Multiplan e Telefônica, após o fechamento.


A DIVISÃO DO FOMC – Os mercados ainda devem repercutir a frustração com Powell, que esfriou o entusiasmo com um novo corte do juro em dezembro, embora hoje o acordo entre China e Estados Unidos seja o highlight que importa, junto com os balanços.


… O voto dissidente do presidente de Jeffrey Schmid/Kansas City, pela manutenção dos juros, foi usado pelo presidente do Fed para destacar o “intenso” debate no Comitê sobre os próximos passos da política monetária e assustar os investidores.


… Jeff foi a surpresa da reunião, e não o Fed boy de Trump, Stephen Miran, que votou pelo corte de meio ponto, como já tinha votado na última vez. Mas a divergência entre os polos extremos projetou um colegiado dividido e com tendência mais conservadora.


… Na entrevista, Powell virou o jogo no mercado ao admitir que há entre os dirigentes do Fed um “forte sentimento” para uma pausa.


… Para alguns membros do Comitê, disse ele, “talvez seja hora de dar um passo atrás e ver se realmente existem riscos de queda para o mercado de trabalho, ou se, de fato, o crescimento mais forte que estamos vendo é real”.


… Mais do que isso, foi bastante assertivo na sua intenção de corrigir as expectativas, dizendo que uma queda em dezembro “está longe de ser uma coisa certa”. No CME Group, essa possibilidade, que estava precificada acima de 90%, foi derrubada para menos de 70%.


… Na Bloomberg, o economista sênior do BofA Securities, Stephen Juneau, reconheceu que Powell foi “mais agressivo do que esperávamos”.


… A Pimco ainda espera um corte de 25pbs em dezembro, mas a economista Tiffany Wilding disse que essa é uma “decisão difícil” e que depende de novos dados que indiquem a deterioração contínua do mercado de trabalho nos Estados Unidos.


… Outros bancos, como Morgan Stanley, ING e Capital Economics, também reafirmaram a expectativa de uma nova redução em dezembro.


… Já a Oxford Economics acredita que o Fed não deve fazer outro corte este ano, e que deve manter as taxas até março de 2026, realizando, então, mais três cortes de 25pbs. O apagão de dados do shutdown, que hoje completa 30 dias, é um empecilho no curto prazo.


… Junto com a decisão de cortar os juros em 25pbs, para a faixa entre 3,75% e 4%, o Fed anunciou que deixará de reduzir seu portfólio de ativos a partir de 1º de dezembro, que ocorre em um ritmo de US$ 5 bilhões por mês. Isso já era esperado pelo mercado.


… A medida encerra um ciclo de enxugamento de liquidez iniciado em 2022 e é vista como um sinal de flexibilização adicional.


… Durante a fala de Powell, dólar e juros ganharam força, enquanto as ações passaram ao negativo (exceção do Nasdaq). A reação foi reproduzida nos ativos domésticos, mas com menos intensidade, já que o cenário externo ainda é favorável aos emergentes (abaixo).


BCE DEVE MANTER JUROS – O Banco Central Europeu deve manter a taxa de juros da Zona do Euro em 2% na reunião desta quinta-feira. Decisão será anunciada às 10h15, com entrevista coletiva da presidente, Christine Lagarde, às 10h45.


… Para a Capital Economics, o BCE continuará adotando postura neutra em relação às perspectivas, “mas acreditamos que reduzirá os juros em 2026”. Já o Rabobank acredita que o ciclo de cortes chegou ao fim, embora espere que Lagarde mantenha todas as opções em aberto.


… Na entrevista, Lagarde pode ser questionada sobre a intervenção do BCE no mercado de títulos francês, cujos spreads estão em níveis recordes diante da turbulência política na França, onde o governo não consegue aprovar o orçamento para o próximo ano.


BOJ – No primeiro minuto desta quinta-feira, o Banco do Japão manteve sua taxa de juro em 0,5%, mas com a sinalização de que poderá decidir uma alta na próxima reunião se a inflação continuar pressionada, especialmente, com o governo expansionista de Sanae Takaichi.


MAIS AGENDA – Tem PIB hoje na França (3h30), Alemanha (6h), Itália (6h), Portugal (8h), México (9h) e na zona do euro (7h), onde saem ainda a confiança do consumidor em outubro e o desemprego de setembro, ambos às 7h.


… No day after do Fed, que deixou em aberto um novo corte do juro em dezembro, falam Michelle Bowman (10h55) e Lorie Logan (14h20). Mas os discursos reservam pouco interesse, porque ainda falta muito para a última reunião.


… À noite (22h30), sai na China o PMI composto de outubro, com os dados de atividade industrial e de serviços.


INDICADORES – Correram boatos ontem nas mesas de operação que o Caged, às 14h30, deve registrar a criação líquida de 155 mil vagas com carteira assinada em setembro. A mediana do Broadcast aponta mais: 169 mil postos.


… Se confirmadas as apostas, o indicador deve registrar maior fôlego contra agosto, quando houve um saldo positivo de 147.358 vagas. As expectativas para a leitura de setembro variam de 130.000 a 247.975 postos de trabalho.


… No contexto fiscal, a perda de arrecadação, somada ao avanço das despesas, deve contribuir para mais um saldo negativo do governo central em setembro, de R$ 15,0 bilhões. O resultado será divulgado às 10h30 pelo Tesouro.


… As projeções no mercado são todas de déficit e o intervalo varia de R$ 16 bilhões a R$ 3 bilhões.


… Às 8h, sai o IGP-M de outubro, que deve cair 0,23%, após alta de 0,42% em setembro, diante do recuo dos preços agropecuários ao produtor. As projeções para a leitura do dado de inflação vão de queda de 0,44% a alta de 0,39%.


… O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de evento da Abramge, em São Paulo, às 15h15.


MEDIDAS FISCAIS – Começam a ser aprovadas na Câmara as medidas derrubadas com a MP 1.303 e que estão sendo incorporadas em projetos de tramitação adiantada, em acordo entre o governo e líderes partidários, com o aval do presidente Hugo Motta.


… Ontem à noite, passou por 286 votos a 146 o projeto da Regularização Patrimonial carregando junto a compensação do PIS/Cofins (isenções tributárias) e o programa Pé-de-Meia, incluídos no texto do relator Juscelino Filho (União), que segue para o Senado.


… Com isso, a União garante parte da arrecadação, mas os deputados retiraram uma medida que limitaria o acesso ao seguro-defeso, relacionando o benefício ao limite orçamentário, o que permitiria combater fraudes e maior controle sobre sua execução.  


… Para este ano, o orçamento do seguro-defeso de R$ 6,4 bilhões já foi integralmente utilizado e a retomada do pagamento integral pode resultar em um bloqueio orçamentário estimado em R$ 2,5 bilhões no próximo relatório bimestral de receitas e despesas, no dia 22/11.


… O montante corresponde aos benefícios que ficaram represados pela regra que restringia as concessões, vigente durante a MP do IOF.


… Do texto aprovado nesta quarta, a principal medida fiscal é a de limitação das compensações tributárias. Só com ela, o governo pretende arrecadar R$ 10 bilhões em 2025 e R$ 10 bilhões em 2026. O impacto total é estimado em R$ 20 bilhões.


… Para a taxação das bets e fintechs, assim como para o aumento do Juro sobre Capital Próprio (JCP), o governo pretende encaminhar um projeto de lei com urgência constitucional, que tem prazo de 45 dias para votação.


MAIS RENÚNCIA – Enquanto aperta de um lado para arrumar receitas, novas propostas preveem mais renúncias fiscais.


… Também nesta quarta-feira, a Câmara aprovou um projeto de lei que institui, a partir de janeiro de 2027, um programa de incentivos à indústria química brasileira e propõe mudanças ao regime especial da indústria química (Reiq).


… A proposta foi aprovada nos termos de um substitutivo do relator, Carlos Zarattini (PT), com renúncia anual de R$ 3 bilhões até 2031, menos pior do que o projeto do deputado Afonso Motta (PDT), que previa impacto de R$ 5 bilhões anuais entre 2027 e 2029.


… Segundo Zarattini, a renúncia prevista no projeto será coberta pela arrecadação proveniente das medidas de defesa comercial, que, segundo ele, geram efeito arrecadatório líquido estimado em R$ 4,5 bilhões por ano.


MUDANÇA NA LDO – O Congresso se reúne hoje em sessão conjunta para votar o projeto que pede alterações na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025 para permitir que a elevação da faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil tenha validade por tempo indeterminado.


… O texto traz um “jabuti” que autoriza despesas com o eventual aumento do número de deputados federais, de 513 para 531, que foi aprovado pelo Congresso, mas acabou vetado pelo presidente Lula. Se passar a emenda, a manobra da Câmara terá dado certo.


MP DO SETOR ELÉTRICO – O senador Eduardo Braga (MDB), relator da Medida Provisória de reforma do setor elétrico, incluiu em seu parecer uma medida que pode aumentar a arrecadação do governo federal com royalties e participações especiais de petróleo.


… Segundo apurou o Valor, ele atendeu a um pedido da Fazenda, introduzindo mudança na regra de cálculo do preço de referência do petróleo, que será feito considerando o valor de mercado do petróleo, gás natural ou condensado, definido como “média das cotações”.


… Atualmente, essa competência é da Agência Nacional de Petróleo e cálculos da Associação Nacional dos Refinadores Privados apontam que a mudança pode gerar uma arrecadação adicional de R$ 83 bilhões aos cofres públicos em uma década.


ISENÇÃO DO IR – A Instituição Fiscal Independente (IFI) reforçou em nota divulgada nesta quarta-feira que há um “risco concreto de perda de arrecadação” com o projeto que aumenta a isenção do Imposto de Renda, apesar de incertezas nas estimativas.


… Os números foram apresentados pelo senador Renan Calheiros (MDB), relator do projeto no Senado, ao ministro Fernando Haddad.


… Na semana passada, a IFI divulgou que o projeto, como foi aprovado na Câmara, tem impacto fiscal líquido negativo de R$ 1 bilhão por ano, principalmente por causa da inclusão da parcela isenta da atividade rural entre as exclusões do imposto mínimo das altas rendas.


MANTEVE A POSE – A frustração com a falta de garantia de Powell sobre um novo corte do juro em dezembro não serviu de obstáculo ao Ibovespa, que continuou quebrando barreiras e estabeleceu mais um recorde duplo.


… Na falta do driver positivo do Fed, a bolsa olhou o copo meio cheio, apostando no sucesso do encontro da madrugada entre Trump e Xi Jinping, além de ter antecipado boas notícias da temporada dos balanços domésticos.


… Pela primeira vez, o índice à vista tocou no patamar dos 149 mil pontos durante o pregão (149.067) e, embora tenha perdido fôlego com a possível pausa do juro americano em dezembro, ainda bancou recorde no fechamento.


… Fechou no nível inédito dos 148.632,93 pontos, com alta de 0,82%, completando uma sequência de três máximas históricas. O volume financeiro superou as médias recentes e bateu em R$ 24,1 bi, revelando ímpeto comprador.


… Ao Broadcast, um profissional do mercado financeiro disse que a empolgação com os sucessivos recordes de alta da bolsa tem levado o investidor a comprar ações de forma mais impulsiva, no otimismo que se retroalimenta.


… De olho em um possível alívio nas tensões comerciais entre a China e os Estados Unidos, os papéis da Vale seguiram à risca a escalada de quase 2% do minério de ferro chinês e engataram alta de 1,82%, para R$ 63,33.


… O impulso tirou o foco da apatia das ações da Petrobras: ON, -0,19%, a R$ 31,94; e PN, +0,10%, a R$ 30,02. Lá fora, o petróleo parou de cair depois de três pregões, com o Brent para dezembro avançando 0,81%, para US$ 64,92.


… A commodity operou entusiasmada pelas negociações comerciais com Pequim e pela queda semanal inesperada de 6,9 milhões de barris dos estoques nos Estados Unidos, contra expectativa de uma redução de só 200 mil barris.


… Horas antes de seu balanço reverter o otimismo no after hours, a ação ON do Bradesco ganhou 2,50% no Ibovespa, a R$ 16,00, e PN subiu 3,23%, para R$ 18,83. Itaú avançou 2,23% (R$ 39,34) e BB ON teve alta de 1,24% (R$ 21,22).


… No melhor preço em três anos e meio, Santander unit emplacou valorização de 1,60%, para R$ 29,83. O lucro líquido de R$ 4 bilhões apurado pelo banco no terceiro trimestre veio 7% acima das estimativas do mercado.


SANGUE-FRIO – Como a bolsa, também o câmbio doméstico pouco se abalou com a cautela redobrada de Powell.


… Em demonstração de resistência à alta em escala global do dólar com o Fed, a moeda americana fechou estável contra o real, cotada a R$ 5,3595. A expectativa positiva para a reunião de Trump e Xi Jinping zerou a pressão.


… Além disso, mesmo que o Fed não relaxe o juro em dezembro, o carry trade persistirá vantajoso ao Brasil.


… Enquanto isso, lá fora, o índice DXY subiu 0,56% e rompeu a linha dos 99 pontos (99,220), depois de a aposta amplamente majoritária do mercado de novo corte do juro americano em dezembro ter sido colocada à prova.


… O iene perdeu 0,49%, a 152,84/US$; o euro caiu 0,49%, a US$ 1,1597; e a libra esterlina recuou 0,70%, para US$ 1,3192, pior nível em três meses, porque a questão fiscal no Reino Unido começa a ser cada vez mais precificada.


… O mercado teme a opção da ministra das Finanças, Rachel Reeves, por aumentar os impostos para cobrir o déficit.


… Na reação imediata aos comentários de Powell, que não nega seu DNA hawkish, as bolsas em NY viraram para o negativo. Mas até o fechamento dos negócios ainda deu tempo de os índices de ações testarem uma acomodação.


… O Dow Jones limitou a queda a 0,16%, a 47.632,00 pontos; o S&P 500 ficou estável, a 6.890,59 pontos; e o Nasdaq avançou 0,55%, para 23.958,47 pontos, com o rali de 3% da Nvidia, única empresa a ser avaliada em US$ 5 trilhões.


… Com o recado de Powell de que um corte em dezembro está “longe de ser uma certeza”, as taxas dos Treasuries dispararam. A da Note-2 anos, mais sensível à política monetária, não subia tanto em um único dia desde julho.


… Saltou para 3,600%, contra 3,486% na véspera. O retorno da Note de 10 anos superou 4%, a 4,069%, de 3,976%.


… Colados aos títulos do Tesouro americano, os juros futuros domésticos incorporaram prêmios de risco.


… O contrato para Jan/27 subiu a 13,860% (contra 13,834% no pregão da véspera); Jan/29 foi para 13,160% (de 13,074%); Jan/31 avançou para 13,435% (de 13,361% no dia anterior); e o Jan/33, a 13,600% (de 13,525%).


NO TARGET – Apesar do ajuste em alta na curva, a percepção positiva sobre a inflação domina a cena. Na onda de revisões para o IPCA, o ASA reduziu a estimativa para 2026 de 4,8% para 4,5%. Para 2025, também espera 4,5%.


… Surgem cada vez mais apostas de que a inflação oficial se acomode no teto da meta (4,5%) ou muito próximo disso, após ter estourado o limite superior da banda de tolerância no ano passado, quando terminou em 4,83%.


… Mediana de pesquisa Broadcast aponta que o IPCA deve fechar 2025 quase dentro da meta, em 4,51%, com a moderação da alta dos alimentos, a apreciação do câmbio e a redução do preço da gasolina aliviando a barra.


… Em paralelo, a desaceleração anima especulações de que o Copom possa antecipar o corte da Selic para janeiro.


COMPANHIAS ABERTAS – PETROBRAS furou dois poços na Bacia Potiguar (RN), na Margem Equatorial, e descobriu indícios de hidrocarbonetos, segundo a diretora de exploração e produção da estatal, Sylvia Anjos…


… De acordo com a executiva, a estimativa de volume requer estudos adicionais, que indicarão a viabilidade econômico-financeira da produção.


MOTIVA registrou lucro líquido de R$ 1,23 bilhão no terceiro trimestre, avanço de 191,8% na comparação anual; Ebitda somou R$ 3,4 bilhões, aumento de 79,1% em relação ao mesmo período de 2024.


ISA ENERGIA registrou lucro líquido regulatório de R$ 550 milhões no terceiro trimestre, alta anual de 27%; Ebitda somou R$ 888 milhões, queda de 7% em relação ao mesmo período de 2024.


LOG CP registrou lucro de R$ 111,4 milhões no terceiro trimestre, alta anual de 14,7%; Ebitda somou R$ 192,8 milhões, crescimento de 41,6% em relação ao mesmo período de 2024.


KEPLER WEBER registrou lucro líquido de R$ 51,6 milhões no terceiro trimestre, queda de 13,5% na comparação anual; Ebitda somou R$ 73,6 milhões, queda de 20,8% em relação ao mesmo período de 2024.


MULTIPLAN anunciou investimento de R$ 65 milhões para expandir BarraShopping e BH Shopping.


WEG. Citi elevou o preço-alvo da ação de R$ 40 para R$ 45 e manteve a recomendação neutra; revisão ocorreu a partir de novas estimativas, após banco se encontrar com a administração da companhia. 


VITTIA concluiu o quarto programa de recompra de ações. Ao todo, foram adquiridas 3.217.500 ações ordinárias, o equivalente a 71,5% do limite aprovado e a 2,1% do capital social da companhia…


… O conselho aprovou ainda a criação do quinto programa de recompra de ações, que permitirá a aquisição de até 4.500.000 ações ordinárias, o equivalente a 3% do total emitido e 9,5% das ações em circulação no mercado…


… A empresa informou também que pagará R$ 9,5 milhões em JCP, a R$ 0,064 por ação; ex na próxima terça-feira.

Bankinter Portugal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Temos, desde ontem à noite, muitas referências/eventos de diferentes sinais que se reequilibram entre si, sendo a maioria bastante bons, portanto a sessão poderá ser mista no arranque, mas melhorar depois, apesar de acusar algum mal de altitude pelos níveis alcançados. 


Ontem, o Canadá baixou taxas de juros em -25 p.b., até 2,25%, e depois a Fed (18 h; -25 p.b. até 3,75/4,00%, embora Miran, o último “ligado” a Trump, tivesse votado -50 p.b. e Schmid sem alterações), sendo o mais relevante, como esperado, que Powell deixasse em suspenso se voltarão a baixar ou não na reunião de 10 de dezembro, embora insinuasse que talvez não o façam pela indisponibilidade de indicadores macros perante o encerramento parcial do governo. Além disso, muito importante embora passe despercebido para a maioria dos mortais, que a Fed indicasse no próprio comunicado, sem deixar dúvidas, que dará por terminada a redução do balanço a 1 de dezembro. Este último é dovish/suave e joga a favor da liquidez no mercado (bom para as obrigações e bolsas) e um pouco também para os bancos. Nova Iorque fechou totalmente plana, mas a tecnologia continuou a subir.


Esta manhã, recebemos mais informações do que podemos assimilar de forma fiável, com um elevado fluxo de resultados corporativos. O mais destacável é que o Japão repete taxas de juros em 0,50%, e isso faz com que o yen se deprecie um pouco mais (178,3/€ e 153,4/$) para desgosto de Trump/EUA, que o PIB 3T FRA saiu melhor do que o esperado e quase bom para os padrões franceses (+0,9% vs. +0,6% esperado vs. +0,7% 2T), que Meta e Microsoft publicaram resultados corretos ou um pouco bons, mas caem -7,4% e -4% em aftermarket porque terão de investir mais do que o que pensavam, que Alphabet com resultados e negócio cloud bons (quase +7% em aftermarket)… e, principalmente, que o desenvolvimento da reunião Trump/Xi foi ajustado ao que estimávamos ontem, não sendo destrutivo, mas quase construtivo, porque parece que fecham uma espécie de convivência tensa (que não um acordo formal) por 1 ano, que se traduz nos EUA a reduzirem o seu imposto alfandegário médio para 47% desde 57%, e não aplicará 100% em troca da China comprar soja e outros produtos agrícolas americanos, além de relaxar as restrições às suas exportações de terras raras e travar o envio de fentanil (sem explicar como, nem em que medida em nenhum dos casos, apesar dos EUA reduzirem o imposto sobre o fentanil de 20% para 10%). Comprometeram-se a falar, no futuro, sobre os chips Blackwell de Nividia (os mais evoluídos), mas não trataram do assunto… o que deverá ser interpretado como uma pequena vitória americana.


NY 0% US tech +0,4% US semis +1,8% UEM 0% España +0,4% VIX 16,9% Bund 2,62% T-Note 4,07% Spread 2A-10A USA=+48pb B10A: ESP 3,14% PT 3,00% FRA 3,40% ITA 3,39% Euribor 12m 2,187% (fut.2,192%) USD 1,162 JPY 178,3 Ouro 3.972$ Brent 64,6$ WTI 60,1$ Bitcoin -2,1% (110.739$) Ether -2,7% (3.914$)


CONCLUSÃO: Os futuros aguentam bem e é provável que a sessão evolue desde débil (-0,2%?) para neutral ou até testemunhalmente positiva. O BCE irá repetir taxas de juros em 2,00/2,15% (13:15 h) e teremos publicações de Apple, Amazon e Western Digital, e de muitas mais menos relevantes. As próximas 48 h deverão ser dedicadas a digerir o imenso fluxo de informação, principalmente em resultados corporativos e bancos centrais, embora com tendência a reagir bastante em positivo, sendo a única restrição o mal de altitude pelos novos máximos. Continuamos a desejar, como afirmámos na segunda-feira, que a semana lateralize e assente, mas receamos que isso não irá acontecer, como também afirmámos… a melhor prova disso é que os semis americanos levam +5% na semana e as tech +3%, com alguma correção milimétrica nas obrigações (yields um pouco superiores).


FIM

quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Adriano de Aquino Leonardo Correa

 O Rio de Janeiro,em especial a capital carioca, ha decadas se tornou um laboratorio experimental para políticas públicas de altissimo risco.

As consequências agora explodem para o mundo.

Ainda que o potencial produtivo carioca tenha sido esmagado ao longo de décadas por políticas públicas irresponsáveis, a cidade ainda é o principal foco de ressonância cultural do país.
Haja vista que a 'influencia cultural carioca' -agora -se reflete nos combates urbanos de ontem que despertaram preocupações nas demais capitais do país, temerosas de que a 'influencia' do modelo carioca de narco terrorismo,que já se expandiu para cidades do sudeste,norte e nordeste, sigam o exemplo da criminalidade carioca.
A decadencia do Estado se manifesta de diversas formas e diferentes frentes. O Rio, outrora centro financeiro e cultural atrativo onde atuavam grandes bancos,corretoras e pregões vultosos, no seu apogeu ergueu o prédio da Bolsa de Valores na histórica Praça 15. Com anos de desleixo a região tornou-se uma especie de shopping center para pequenos negócios, centenas de lojas fechadas e ruas inundadas de camelôs. Um projeto 'experimental' pretende retorna-la ao que era no passado. Com uma nova marca- Base Exchange,liderado pela Americas Trading Group e financiamento do fundo Mubadala Capital-Emirados Arabes, o predio da Bolsa surge como um foco de esperança de que a cidade volte a ser atrativa para investidores internacionais. Porém, críticos mais realistas acham que será um desafio difícil de superar pois não se trata apenas de rebatizar e reabilitar uma instituição. É importante que seu entorno reflita segurança,dinamismo e prosperidade. Hoje, o centro da cidade, com seus predios históricos,teatros,centros culturais, bares e restaurantes, após as 17:00, parece cenário de uma cidade fantasma. O atraente cinturão litorâneo, onde as clases privilegiadas se abrigam, aos poucos começa a ser rompido por turbas barbaras.Enquanto a periferia se expande, fornecendo mão de obra para serviços gerais mas,seus moradores, gente trabalhadora, só pode ter acesso aos serviços públicos e aos terminais urbanos com passaporte carimbado pelo comando narco terrorista-verdadeiros 'controladores das comunidades'- para transitar nas regiões onde ha uma tenue presença do Estado mas, nenhuma garantia real de retorno seguro. As reações irascíveis dos 'projetistas' do caos carioca à guerra urbana deflagrada ontem, se explica pelo fato de transcender suas expectativas de controle sobre as ocorrências nos seus redutos eleitorais.
O texto a seguir: "Estado de Direito sob fogo cruzado", de Leonardo Corrêa, é um testemunho pessoal e temporal do empurrão para o abismo profundo que o experimentalismo populista/demagógico vem praticando ha anos na sociedade fluminense.
* * * "A situação no Rio é complicadíssima. Me lembro, com riqueza de detalhes, de dias que me marcaram. Em um deles, voltando do escritório tarde da noite, vi balas tracejantes passarem por cima do meu carro no viaduto Paulo de Frontin. Em outro, nos escondemos no fundo do Esch Café, enquanto bandidos trocavam tiros de fuzil na Dias Ferreira — a rua mais charmosa do Leblon. Não se vê isso na Oscar Freire, nem na Faria Lima. Saí do Rio, entre outros motivos, para escapar dessa guerra urbana que transformou a rotina em trincheira. Mas quem ficou, vive hoje o ápice daquilo que o Estado preferiu ignorar: a falência da ordem.
O que acontece no Rio não é fruto de improviso, mas o desfecho lógico de uma omissão prolongada. Por anos, o Governo Federal abdicou de qualquer protagonismo na segurança pública, delegando o caos aos estados e às prefeituras, como se a barbárie fosse um problema local. E o Supremo Tribunal Federal, por sua vez, foi além da omissão: escolheu a interferência errada, enfraquecendo a ação policial no momento em que o Estado mais precisava afirmar sua autoridade.
A decisão da ADPF 635, a chamada “ADPF das Favelas”, é o marco simbólico dessa inversão. Sob o pretexto de proteger vidas, o STF proibiu operações policiais genéricas e transformou a atuação das forças de segurança em um ato quase ilícito. Como escrevi em A República e o Intérprete, o Supremo criou uma norma ex nihilo — sem base textual, sem respaldo constitucional, e com efeitos devastadores. A consequência foi previsível: o Estado recuou, o crime avançou, e o Rio virou o laboratório de um idealismo jurídico que substituiu o dever pela culpa.
Hoje, quando as forças estaduais são obrigadas a agir com contundência, é porque não há mais alternativa. O Governo Federal — que deveria coordenar políticas nacionais, controlar fronteiras e investir em inteligência — desapareceu. É um governo que prefere debater narrativas e “defesa da democracia” enquanto a democracia se dissolve nas vielas da Penha. Quando o poder central abandona o país real, o governador é deixado sozinho para enfrentar o impossível: restaurar a autoridade em meio ao desamparo institucional.

O Governo do Rio fez o que o dever impunha. Enfrentou o crime onde o Estado já havia sido expulso. Não por voluntarismo, mas por necessidade. Não é o Estado que declarou guerra — é o crime que há décadas está em guerra contra o Estado. E, diferentemente de Brasília, o Rio não tem o privilégio de fingir que essa guerra não existe.

É curioso ver agora ministros e porta-vozes federais expressando “preocupação humanitária” com as operações. Onde estavam quando as facções instalaram tribunais paralelos e cobravam pedágio do cidadão para permitir a passagem pela própria rua? Onde estavam quando a Constituição — aquela que lhes confere autoridade — foi rasgada, fuzil por fuzil, dentro das comunidades? É fácil defender “direitos humanos” de longe, na segurança dos gabinetes climatizados. Difícil é viver onde o direito humano mais básico — o de não morrer a caminho do trabalho — virou luxo.

O Estado de Direito não se preserva com retórica. Preserva-se com autoridade legítima, com coragem institucional e com o dever cumprido. O Rio, abandonado, tenta agora fazer o que o país inteiro deveria ter feito há anos: reerguer o império da lei sobre o terreno do medo. E faz isso sozinho, sem a cobertura política nem o amparo moral de quem deveria liderar a nação.
O que se passa hoje nas ruas cariocas não é uma tragédia isolada. É a imagem mais nítida do que acontece quando o Estado prefere a pose ao dever, a vaidade ao governo e a censura à autoridade. O Governo Federal e o Supremo criaram o vácuo — o Rio apenas tenta sobreviver dentro dele." Leonardo Corrêa

Índice de competitividade

 


De acordo com o estudo da Tax Foundation, Índice de Competitividade Fiscal 2025, divulgado em Portugal pelo Instituto +Liberdade, o sistema fiscal português foi o que melhorou mais entre os países da OCDE desde a edição do ano transato.


Face ao país líder do índice (a Estónia, que representa a pontuação 100), a pontuação portuguesa foi a que mais subiu entre os 38 países da OCDE analisados. Para além disso, Portugal subiu duas posições face ao ranking de 2024, ultrapassando a 🇪🇸 Espanha e a 🇵🇱 Polónia.

A melhoria foi mais notória na categoria “rendimentos singulares”. Nessa categoria, Portugal subiu cinco posições (de 26.º para 21.º), sobretudo devido ao facto de ter baixado a taxa de imposto sobre mais-valias de longo-prazo de 28% para 19,6%. A descida das taxas de IRS também terá certamente contribuído para a melhoria da classificação do sistema fiscal português nesta categoria. No âmbito das empresas, o relatório destaca também a redução da taxa máxima de imposto sobre as sociedades de 31,5% para 30,5%. Para 2025, Portugal também tornou a sua dedução de juros nocionais mais generosa, um incentivo fiscal para empresas que permite uma dedução sobre o património líquido.

No entanto, Portugal continua na cauda da OCDE na competitividade fiscal, sendo o 6.º pior classificado (5.º pior na Europa). Portugal está na segunda metade da tabela (ou seja, entre os menos competitivos) nas 5 áreas analisadas: impostos sobre as empresas, sobre os rendimentos singulares, sobre o consumo, sobre a propriedade e tributação internacional.

🇵🇱 Polónia, 🇸🇰 Eslováquia e 🇫🇷 França foram os países com pior progressão ao longo do último ano.

📌 Consulta o resumo anotado, em português, do Instituto +Liberdade através do link no 1º comentário.

Marcelo Guterman

 Se a polícia, depois de um ano de investigações, conseguisse da justiça mandatos de prisão para a grande família Guterman, certamente não haveria mortos ou feridos na operação. Ok, não somos tantos, a operação seria menor, mas a resistência seria, no máximo, uma corrida à pé para se esconder em algum lugar.

Já a família Comando Vermelho resistiu com armamento pesado e drones com bombas. A manchete do Estadão fala em criminosos, o que já é um grande avanço em relação à palavra normalmente usada, suspeitos. Parece que o uso de drones letais foi demais até para os militantes das redações.
Os “especialistas”, como de costume, criticaram a operação. Esperavam exatamente o quê? Mal comparando, essas críticas têm a mesma natureza, e são produzidas pela mesma matriz ideológica, das críticas ao exército israelense em sua ação em Gaza. Do outro lado, há um exército covarde, que usa civis como escudos humanos. A escolha é entre a inação ou a tentativa de livrar o território desses criminosos, com os seus inevitáveis custos humanos. Trata-se de guerra, e guerra não é bonita.
Sentados em seus escritórios com ar-condicionado, os “especialistas”cagam regras, enquanto policiais arriscam suas vidas para livrar um território das mãos dos criminosos. Como se a escolha pelo confronto fosse a preferencial, e não o último recurso. Certamente houve erros operacionais, o que é inevitável em uma operação desse porte, mas as críticas se dirigem à operação em si e não aos seus erros.
Claro que começou o embate político, com o PT e as esquerdas do lado errado da história, cobrando histericamente a conta das mortes da operação. Termos como “chacina” e, até, “genocídio” aparecem nos blogs mais radicais. O governador Cláudio Castro deve estar esfregando as mãos diante dessa reação. Afinal, é à população do Rio que ele deve satisfações, não aos “especialistas” ou à esquerda. Pessoas como a professora Suellen, entrevistada na reportagem, e que afirma que “os criminosos dominaram a região” e que “utilizaram drones contra os policiais e a população”. Não há dúvida de quem está ao lado de quem.

Fabio Alves