Bankinter Matinal Portugal
SESSÃO: Continuamos numa espécie de monotonia suave e consistentemente em alta, com tendência firme para subida continuada enquanto nada estranho acontecer. Que por agora não acontece. Assim, é provável que voltemos a desfrutar de outra subida suave, apoiada pela reabertura do governo americano, marcada ontem à noite por Trump, por uma bolsa japonesa muito animada graças à constante depreciação do yen (ganho de competitividade comercial relativa por divisa), por ter desaparecido o receio de que como serão os resultados americanos de emprego pendentes de publicação (Inquérito ADP saiu bom, a 6 de novembro), pelo preço mais barato do petróleo (Brent -4%) perante estimativas de sobreoferta por parte da OPEP e por uma subida de Cisco de +8% em aftermarket devido a bons resultados e guias graças aos pedidos relacionados com IA.
A reabertura do governo americano fará com que os serviços públicos se restaurem progressivamente, o que significa que os funcionários voltarão a receber (trabalhar), normalizando o Consumo Privado, e que os indicadores macro oficiais voltam a ser publicados. Não existe um medo especial sobre os resultados oficiais de emprego que serão publicados, porque os resultados de elaboração privada que foram publicados não foram maus: Inquérito de Emprego Privado ADP (publicado a 5 de novembro) ofereceu uma criação de +42k em outubro vs. +30k esperado vs. -29k setembro. A abordagem sobre os números do emprego americanos é vitória-vitória, porque se saírem fracos, é bom porque será mais provável que a Fed volta a baixar taxas de juros. Caso saiam decentes, também é bom, porque entende-se que o encerramento do governo americano não afetou o ciclo económico.
Na Austrália saiu um emprego de outubro (00:30 h) inesperadamente bom: Desemprego 4,3% vs. 4,4% esperado vs. 4,5% setembro, criando-se +42,2k empregos vs. +20k esperados vs. +12,8k setembro.
Os únicos resultados fracos vêm do Reino Unido, mas já se sabe que o Brexit irá cobrar, pouco a pouco, uma fatura elevada em PIB, inflação e emprego, portanto não surpreende o mercado: PIB 3T +1,3% vs. +1,4% esperado e anterior; Produção Industrial -2,5% vs. -1,2% esperado vs. -0,5% anterior.
No Japão, Takaichi (PM) afirma que quer que as taxas de juros permaneçam baixas para favorecer o crescimento económico e pede colaboração ao BoJ; o seu governador (Ueda) contestou no Parlamento que está alinhado com o governo para conseguir uma inflação moderada combinada com expansão dos salários. Perante isso, o yen deprecia-se um pouco mais até alcançar os níveis-fronteira de 180/€ e 155/$, onde é provável que o BoJ intervenha para o defender, mas isso é ótimo para a bolsa japonesa (por ganho de competitividade comercial relativa por divisa), que sobe +0,4% e leva +2% esta semana e quase +30% em 2025.
Às 10 h, teremos a Produção Industrial UE provavelmente boa (+2,1% vs. +1,1%). Na abertura de Nova Iorque, publicação de Walt Disney (EPS 1,07 $; +32%) e após o fecho teremos Applied Materials (2,11 $;- 8,4%).
CONCLUSÃO: O saldo líquido de todo o anterior é claramente bom, portanto o pior desenvolvimento razoável para a sessão de hoje é uma subida suave (+0,2%?) que levaria a que Wall St encadeasse 5 subidas consecutivas e 4 no caso europeu. As obrigações também bastante compradas, com a yield da O10A portuguesa abaixo de 3% e o T-Note a aproximar-se de 4%.


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