segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Gianni Agnelli - Herança

 *Briga por herança na família Agnelli ganha novo capítulo com suposto testamento*


Advogados de Margherita Agnelli, filha do patriarca da Fiat, Gianni Agnelli, apresentaram documento com um novo suposto testamento de seu pai; fortuna do clã é estimada em US$ 14,2 bi pelo Bloomberg Billionaires Index


Briga por Briga por herança na família Agnelli ganha novo capítulo com suposto testamento

Advogados de Margherita Agnelli, filha do patriarca da Fiat, Gianni Agnelli, apresentaram documento com um novo suposto testamento de seu pai; fortuna do clã é estimada em US$ 14,2 bi pelo Bloomberg Billionaires Index


Advogados de Margherita Agnelli, filha do patriarca da Fiat, Gianni Agnelli, apresentaram documento com um novo suposto testamento de seu pai; fortuna do clã é estimada em US$ 14,2 bi pelo Bloomberg Billionaires Index


Bloomberg — A briga de longa data pela herança do falecido patriarca da Fiat, Gianni Agnelli, entre seus descendentes ganhou um novo capítulo.


Um novo documento foi apresentado em um tribunal italiano nesta segunda-feira (29), acrescentando uma ruga à disputa entre Margherita Agnelli, filha de Gianni, e seus filhos John, Lapo e Ginevra Elkann pelo controle do império de negócios da família.


Em uma audiência no tribunal de Turim, os advogados de Margherita apresentaram um documento manuscrito que, segundo eles, seria o testamento de Gianni.


O suposto testamento, datado de 20 de janeiro de 1998, dá a participação de 25% de Agnelli na holding da família, a Dicembre, a seu filho Edoardo, como mostra o documento visto pela Bloomberg News. Edoardo morreu dois anos depois.


O novo documento entra em conflito com uma carta de 1996 que atribui a mesma participação ao neto de Gianni John Elkann, filho de Margherita, de acordo com os advogados dela.


Após a morte de Agnelli em 2003, sua viúva Marella Caracciolo baseou-se na carta de 1996 para transferir cerca de 25% da Dicembre para John Elkann, dando-lhe o controle majoritário dos negócios.


Os advogados dos irmãos Elkann disseram que a cópia do suposto testamento de 1998 apresentada por Margherita não tem relação com as sucessões de Gianni Agnelli ou Marella Caracciolo e, portanto, não altera a propriedade da Dicembre. Eles disseram que Edoardo já havia morrido quando o pai faleceu em 2003.


Os advogados de Margherita alegaram que o documento “constitui um elemento adicional capaz de determinar uma revisão radical da estrutura de propriedade da Dicembre e, em um nível moral, representa a prova de que os últimos desejos de Agnelli foram desconsiderados e traídos”.


Margherita passou cerca de duas décadas contestando o testamento de seu pai, alegando que foram feitas provisões apenas para os três filhos de seu primeiro casamento: John, Lapo e Ginevra Elkann. Ela tem outros cinco filhos de seu segundo casamento, com o ex-gerente da Fiat, Serge de Pahlen.


Ela também argumenta há muito tempo que os acordos de herança anteriores foram falhos e que o patrimônio de seu pai foi mal administrado.


Seus filhos, por sua vez, defendem os acordos que deram a John Elkann o controle da Exor, que é o maior acionista da Stellantis (STLA) e controla a Ferrari e o clube futebol Juventus. A Dicembre controla a Giovanni Agnelli, que detém a participação da família na Exor.


O patrimônio líquido do clã é estimado em US$ 14,2 bilhões pelo Bloomberg Billionaires Index.


John Elkann, que é chairman da Stellantis e CEO da Exor, foi escolhido por Gianni Agnelli na década de 1990 para liderar os interesses industriais da família. A Dicembre continua sendo a peça fundamental para garantir o controle da Exor.


Em julho de 2025, John, Lapo e Ginevra Elkann concordaram em pagar cerca de 175 milhões de euros à autoridade fiscal da Itália para encerrar uma investigação sobre supostos impostos de herança não pagos. O acordo foi concluído sem a admissão de qualquer irregularidade.


Advogados de Margherita Agnelli, filha do patriarca da Fiat, Gianni Agnelli, apresentaram documento com um novo suposto testamento de seu pai; fortuna do clã é estimada em US$ 14,2 bi pelo Bloomberg Billionaires Index


Bloomberg — A briga de longa data pela herança do falecido patriarca da Fiat, Gianni Agnelli, entre seus descendentes ganhou um novo capítulo.


Um novo documento foi apresentado em um tribunal italiano nesta segunda-feira (29), acrescentando uma ruga à disputa entre Margherita Agnelli, filha de Gianni, e seus filhos John, Lapo e Ginevra Elkann pelo controle do império de negócios da família.


Em uma audiência no tribunal de Turim, os advogados de Margherita apresentaram um documento manuscrito que, segundo eles, seria o testamento de Gianni.


O suposto testamento, datado de 20 de janeiro de 1998, dá a participação de 25% de Agnelli na holding da família, a Dicembre, a seu filho Edoardo, como mostra o documento visto pela Bloomberg News. Edoardo morreu dois anos depois.


O novo documento entra em conflito com uma carta de 1996 que atribui a mesma participação ao neto de Gianni John Elkann, filho de Margherita, de acordo com os advogados dela.


Após a morte de Agnelli em 2003, sua viúva Marella Caracciolo baseou-se na carta de 1996 para transferir cerca de 25% da Dicembre para John Elkann, dando-lhe o controle majoritário dos negócios.


Os advogados dos irmãos Elkann disseram que a cópia do suposto testamento de 1998 apresentada por Margherita não tem relação com as sucessões de Gianni Agnelli ou Marella Caracciolo e, portanto, não altera a propriedade da Dicembre. Eles disseram que Edoardo já havia morrido quando o pai faleceu em 2003.


Os advogados de Margherita alegaram que o documento “constitui um elemento adicional capaz de determinar uma revisão radical da estrutura de propriedade da Dicembre e, em um nível moral, representa a prova de que os últimos desejos de Agnelli foram desconsiderados e traídos”.


Margherita passou cerca de duas décadas contestando o testamento de seu pai, alegando que foram feitas provisões apenas para os três filhos de seu primeiro casamento: John, Lapo e Ginevra Elkann. Ela tem outros cinco filhos de seu segundo casamento, com o ex-gerente da Fiat, Serge de Pahlen.


Ela também argumenta há muito tempo que os acordos de herança anteriores foram falhos e que o patrimônio de seu pai foi mal administrado.


Seus filhos, por sua vez, defendem os acordos que deram a John Elkann o controle da Exor, que é o maior acionista da Stellantis (STLA) e controla a Ferrari e o clube futebol Juventus. A Dicembre controla a Giovanni Agnelli, que detém a participação da família na Exor.


O patrimônio líquido do clã é estimado em US$ 14,2 bilhões pelo Bloomberg Billionaires Index.


John Elkann, que é chairman da Stellantis e CEO da Exor, foi escolhido por Gianni Agnelli na década de 1990 para liderar os interesses industriais da família. A Dicembre continua sendo a peça fundamental para garantir o controle da Exor.


Em julho de 2025, John, Lapo e Ginevra Elkann concordaram em pagar cerca de 175 milhões de euros à autoridade fiscal da Itália para encerrar uma investigação sobre supostos impostos de herança não pagos. O acordo foi concluído sem a admissão de qualquer irregularidade.


-- Com a colaboração de Devon Pendleton.



https://www.bloomberglinea.com.br/2025/09/29/briga-por-heranca-na-familia-agnelli-ganha-novo-capitulo-com-suposto-testamento/

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: A sexta-feira optou pelo desenvolvimento bom (estava 50/50 entre plano e subida) grças ao Deflator do Consumo PCE americano ter saído como esperado (+2,7% vs. +2,6% ant.; Subjacente estável em +2,9%) e, após 3 dias consecutivos a enfraquecer, qualquer notícia não negativa era interpretada como positiva. Isso foi assim apesar da geoestratégia oferecer pior aspeto devido à guerra híbrida que a Rússia já iniciou contra a Europa (ataques aéreos e com drones contra a Polónia, Lituânia e Alemanha; mais cortes de cabos submarinos com a cooperação não reconhecida da China…), procurando uma zona cinzenta de enfrentamento, sem chegar à guerra aberta. Embora Trump diga que espera alcançar um acordo de paz para Gaza com Israel, essa frente já afeta pouco o mercado. Um mercado que vive de costas para uma geoestratégia que a qualquer momento pode cair sobre ele, mas que prefere ignorar. 


Ultimamente as bolsas e obrigações evoluem em intervalos muito fechados, sintoma de uma fadida perfeitamente explicável após um verão (na realidade, todo o 2025 até agora) quase exageradamente bom. Esta semana poderá ganhar força pouco a pouco, mas o desenvolvimento final dependerá de como sair o emprego americano (se bom, então mau para o mercado). O risco que pode frustrar essa melhoria progressiva é a possibilidade de que os resultados de emprego/desemprego americano, publicados ao longo da semana (JOLTS ou empregos disponíveis, Inquérito ADP de emprego privado, Criação de Emprego, Taxa de Desemprego) saiam menos débeis do que o esperado ou diretamente bons. 


Recordemos que na semana passada a macro americana surpreendeu positivamente (PIB revisto, Pedidos de Bens Duráveis e até Desemprego Semanal) e este é um antecedente que convém ter em conta, porque agora a macro americana boa é má para o mercado a curto prazo, visto que arrefece as expetativas de taxas de juros inferiores. A economia parece estar melhorar, o que arrefece as expetativas de mais descidas de taxas de juros da Fed e faz com que o mercado consolide em vez de continuar a subir. O protagonismo semanal corresponde ao emprego americano e, se sair melhor (ou menos fraco) do que o esperado, como acontecer na semana passada com o Desemprego Semanal (218k vs. 235k esperados vs. 240,3k anterior), então consolidar seria mais razoável do que subir. 


Na quarta-feira será publicada a inflação europeia provavelmente a subir até +2,2%/+2,3% desde +2,0% e pode ser que isso surpreenda uma parte não maioritária do mercado, adormecendo a esperança de que o BCE aplique uma última descida de taxas de juros antes do fim de 2025. Isso também contribuiria para arrefecer um pouco as bolsas e obrigações. Veremos se assim acontece, embora ao mercado convenha uma fase de descanso, hoje os futuros voltam a vir em positivo (+0,3%/+0,5%)…


ESPANHA. Moody’s e Fitch subiram um escalão, na sexta-feira, os seus respetivos ratings sobre Espanha: Moody’s até A3, perspetiva estável (desde Baa1; perspetiva positiva) e Fitch até A com perspetiva estável (desde A-; positiva).


CONCLUSÃO: Após a subida de sexta-feira, o aspeto é de querer continuar a subir. Hoje não sai nada relevante, portanto, na ausência de notícias relevantes, poderá conseguir. Amanhã veremos, porque começam a sair dados de emprego americanos (JOLTS ou empregos disponíveis), que poderão sair bastante bons e arrefecer o mercado. Mas isso será amanhã. Hoje, inércia um pouco em alta.

NY +0,6% US tech +0,4% US semis +0,3% UEM +1% España +1,3% VIX 15,3% Bund 2,74% T-Note 4,16% Spread 2A-10A USA=+52pb B10A: ESP 3,31% PT 3,17% FRA 3,57% ITA 3,61% Euribor 12m 2,179% (fut.2,308%) USD 1,173 JPY 174,5 Ouro 3.805$ Brent 69,8$ WTI 65,3$ Bitcoin +2,1% (111.705$) Ether +4,2% (4.113$) 


FIM

BDM Matinal Riscala

 BDM - Bom Dia Mercado

29 de setembro de 2025

… Após o PCE de agosto sem surpresas, investidores em Nova York subiram as apostas em novo corte de 25 pbs do juro americano no final de outubro, além de manterem elevadas as chances de outra queda em dezembro. Nesta semana, o payroll de setembro pode ser decisivo para formar unanimidade. Também no Brasil, saem dados do emprego do IBGE e Caged, que seguem fortes e contribuem para a posição de cautela do BC na política monetária. No Congresso, a Câmara deve votar na quarta-feira o projeto de isenção do IR, apesar da chantagem de bolsonaristas pela anistia, enquanto o Planalto ainda aguarda um sinal de Trump para a conversa com Lula.


PAYROLL É DECISIVO – O relatório de emprego de setembro nos Estados Unidos, sexta-feira, é sem dúvida a agenda mais aguardada da semana. A deterioração do mercado de trabalho americano foi o fator que levou o Fed à inflexão da política monetária.


… Nas últimas semanas, no entanto, as falas cautelosas dos Fed boys mais alinhados a Powell, mostrando-se preocupados com a inflação, levaram a um esfriamento das apostas de cortes em série dos juros americanos.


… Na última sexta-feira, o PCE de agosto em linha com o esperado tranquilizou investidores e elevou a expectativa para o payroll. Se os dados vierem fracos, como os mais recentes, os mercados tendem a evoluir para um consenso sobre a queda do juro em outubro.


… Isso significa que o dólar poderá entrar em novo canal de baixa, com valorização do câmbio dos emergentes, em especial, do real, com o carry trade mais atrativo incrementando o fluxo estrangeiro e renovando a força do Ibovespa (leia abaixo).


… Antes do payroll, o relatório Jolts com a oferta de empregos (amanhã, terça-feira) e a pesquisa ADP com os empregos no setor privado (quarta-feira) começam a projetar a situação do mercado de trabalho americano.


… Estados Unidos e Zona do Euro terão ainda índices PMI industrial (quarta-feira) e de serviços (sexta-feira).


… Hoje, atenção para as falas de vários dirigentes do Fed: Christopher Waller (8h30), Beth Hammack (9h), John Williams (14h30), Alberto Musalem (14h30) e Raphael Bostic (19h). Às 11h, saem nos Estados Unidos vendas pendentes de imóveis em setembro.


SHUTDOWN – No cenário de fundo, os investidores em Nova York acompanham as negociações da Casa Branca para evitar uma paralisação do governo dos Estados Unidos. Hoje (15h), Trump terá uma reunião com os principais líderes democratas e republicanos.


… O prazo previsto para evitar um shutdown do governo norte-americano encerra-se amanhã, dia 30.


ISRAEL – Trump também receberá na Casa Branca, nesta segunda-feira, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, confiante de que estão nos “estágios finais” as negociações para acabar com a guerra entre Israel e Gaza, como disse ao site Axios.


… O presidente afirmou ainda que Netanyahu está de acordo com seu plano. “O mundo árabe quer paz, Israel quer paz e Bibi quer paz”, concluiu ele, poucos dias depois de o premiê israelense ter dito na ONU que seu governo precisava “terminar o trabalho” contra o Hamas.


… A condição de Israel para a paz seria a desmilitarização de Gaza. O Hamas já rejeitou publicamente a exigência.


GOLDEN WEEK – Na China, os mercados param a partir de quarta-feira, dia 1º, para o feriado prolongado de uma semana.


… No final da noite de hoje, Pequim divulgará os índices PMI industrial e de serviços referentes a setembro.


A CARTA NA MANGA – O vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, que desde o início lidera as negociações sobre as tarifas dos Estados Unidos ao Brasil, admitiu que a Casa Branca ainda não entrou em contato com autoridades brasileiras.


… Em entrevista ao apresentador Datena/Rede TV, Alckmin disse que a sinalização do presidente Trump foi um passo importante. “Agora, temos que dar os outros passos para reduzir a alíquota e para retirar mais produtos dessa alíquota de 50%.”


… Sobre a data para a reunião entre Lula e Trump, Alckmin falou que isso é questão de dias. “Ainda não está marcado, mas estamos otimistas. Há um espaço enorme para avançar em questões não tarifárias, como minerais estratégicos e data centers”, disse o vice.


… No mesmo programa, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, confirmou que o Brasil está aberto a negociar sobre terras raras, assim como Haddad, em entrevista ao Podcast 3 Irmãos: “Os minerais críticos e as terras raras podem ser bases de parcerias.”


… O ministro defendeu o desenvolvimento da cadeia industrial desses setores no Brasil, lembrando que o MME tem batido na tecla de que a simples extração e exportação de minerais não é o objetivo. “A ideia é atrair investimentos sustentáveis para o setor mineral.”


… Há grande expectativa do governo Lula para que seja marcada uma data do encontro com Trump, após o presidente americano ter declarado a intenção de conversar nesta semana, dizendo que havia rolado uma “química” entre eles, no breve encontro nos bastidores da ONU.


… Segundo apurou O Globo, interlocutores do governo acreditam que o encontro pode ocorrer em Roma ou Kuala Lumpur, já que a agenda de Lula prevê eventos na Itália, no dia 13, e na Malásia, no dia 23, e a expectativa é de que Trump também esteja nesses locais.


… A hipótese de o presidente voltar aos Estados Unidos, se for convidado para a Casa Branca ou Mar-a-Lago, não está descartada.


… Neste sábado, em entrevista a uma emissora de TV dos Estados Unidos, o secretário de Comércio, Howard Lutnick, parece ter confirmado a intenção de negociar, ao afirmar que “é preciso consertar o Brasil para que o país deixe de prejudicar os americanos”.


… Veja o contexto da declaração: “Temos um punhado de países para consertar, entre eles, Suíça e Brasil. Eles têm um problema. Índia também. São países que precisam reagir corretamente aos Estados Unidos. Abrir seus mercados, parar de tomar ações que nos prejudiquem.”


… Parte do governo, porém, mantém um otimismo realista, lembrando que Trump tem uma atitude “errática” e sempre pode mudar de opinião.


MAIS AGENDA – Assim como nos Estados Unidos, também aqui o mercado de trabalho será destaque, com acompanhamento dos juros.


… Os números de agosto do Caged, hoje às 14h30, devem continuar crescendo, mas, segundo o ministro Luiz Marinho, em ritmo abaixo de julho (129,7 mil vagas). Já o mercado espera um resultado maior, com a criação de 182 mil vagas – em pesquisa Broadcast.


… Amanhã (terça-feira), sai a taxa de desemprego na Pnad Contínua, que atingiu a mínima histórica de 5,6% no trimestre até julho.


… Ainda nesta segunda-feira, o IGP-M de setembro (8h) deve desacelerar para 0,32% (mediana), após alta de 0,36% em agosto, refletindo o retorno dos preços industriais ao terreno negativo. As projeções são todas de alta, de +0,20% a +0,47%.


… Às 8h35, sai a pesquisa Focus, com a atualização das projeções do mercado sobre inflação, PIB, Selic e câmbio, e, às 9h, o BC divulga o resultado da pesquisa Firmus do terceiro trimestre, com as projeções e perspectivas de empresas não-financeiras.


… O lançamento oficial da pesquisa Firmus será às 10h na sede do BC em São Paulo, com abertura do presidente Gabriel Galípolo e a participação do diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, que falará sobre a pesquisa e perspectivas econômicas (10h20).


… Ainda nesta segunda-feira, o BC publicará as estatísticas de crédito do mês de agosto (8h30), com entrevista coletiva às 10h30.


CONTAS PÚBLICAS – Já o Tesouro divulgará hoje (17h) as contas do Governo Central de agosto, que devem registrar déficit de R$ 20,25 bilhões (mediana), com a perda de força da arrecadação e o avanço das despesas discricionárias no segundo semestre.


… O resultado consolidado de agosto será divulgado amanhã (terça-feira).


… Finalmente na sexta-feira, encerrando a agenda cheia da semana, sai a produção industrial de agosto no Brasil.


ITAÚ MACRO VISION – O presidente do Banco Central participará hoje de um painel sobre política monetária no evento do Itaú, às 11h. Também Fernando Haddad comparece ao Itaú Macro Vision 2025, mais cedo, às 9h. Ambos com transmissão pelo Youtube.


STF – O ministro Edson Fachin assume nesta segunda-feira a presidência do Supremo Tribunal Federal pelo próximo biênio, em substituição a Luís Roberto Barroso. O vice-presidente da Corte será Alexandre de Moraes. A cerimônia está prevista para começar às 16h.


… A posse de Fachin terá a presença do presidente Lula e de várias autoridades dos Três Poderes.


NO CONGRESSO – Destaque da semana é a votação do projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, que o presidente da Câmara, Hugo Motta, garantiu pautar na quarta-feira (1º de outubro).


… O relator do texto, deputado Arthur Lira (PP), disse que ainda poderá haver reunião de líderes antes da votação para discutir ajustes finais ao texto. Lira tem avisado que o debate será “difícil”, pois não há unanimidade em torno das medidas de compensação.


… Já o projeto da anistia a condenados por tentativa de golpe e pelos atos do 8 de janeiro perdeu força, mas ainda promete barulho.


TARCÍSIO – O governador deve visitar hoje o ex-presidente Jair Bolsonaro em sua casa em Brasília, onde cumpre prisão domiciliar. No encontro, Tarcísio de Freitas deve definir se será ou não candidato à presidente em 2026, ou se disputará a reeleição em São Paulo.


REVIRAVOLTA – A aposta em mais dois cortes do juro americano este ano, que começava a sair de cena, voltou a ganhar terreno na sexta-feira, com o ajuste na precificação despertado pelo PCE e por comentários dos Fed boys.


… Diante da inclinação dovish, por aqui, o dólar à vista parou de subir depois de dois pregões, caiu 0,49%, cotado a R$ 5,3360. Devolveu parte da alta recente e limitou a valorização acumulada na semana passada a 0,32%.


… O fôlego da queda na última sessão foi insuficiente para a moeda furar novamente a marca de R$ 5,30, como visto três dias antes, quando voltou para R$ 5,2791. Seja como for, só de o real ter se apreciado já foi importante.


… Agora é acionar a contagem regressiva para o payroll, que pode dar o start para o câmbio testar novos patamares, porque um aumento no diferencial dos juros do Brasil e dos Estados Unidos deve continuar fazendo toda a diferença.


… Na sexta-feira, o dólar seguiu à risca a tendência externa. Lá fora, o índice DXY caiu 0,41%, aos 98,152 pontos.


… A retomada da chance de cortes em série do juro pelo Fed roubou as forças do dólar contra seus principais rivais: euro, que subiu 0,35%, a US$ 1,1705; a libra esterlina, que avançou 0,48%, a US$ 1,3407; e o iene (149,51/US$).


… A convicção do mercado sobre uma redução acumulada de 50 pontos-base do juro pelo Fed ainda estava abalada pela leitura final do PIB forte do segundo trimestre nos Estados Unidos e pelos discursos cautelosos de Powell & cia.


… Mas a aposta foi recuperada, de 60,5% para 65,0% na ferramenta do CME, pela inflação americana sem sustos.


… Índice de preços olhado mais de perto pelo Fed, o PCE veio em linha com o esperado, tanto no índice cheio, que registrou alta anualizada de 2,7% em agosto, quanto no núcleo, que subiu 2,9%. Na margem, o PCE avançou 0,2%.


… Outro indicador também favoreceu a recuperação da aposta de que o juro vai cair em outubro e dezembro:


… O sentimento do consumidor americano, medido pela Universidade de Michigan, recuou de 58,2 em agosto para 55,1 em setembro e decepcionou a previsão dos analistas do mercado financeiro, de que cairia menos, para 55,9.


… Além disso, dois Fed boys contrariam a cautela recente manifestada por Powell e outros colegas sobre o futuro da política monetária. Tom Barkin apoiou uma “tesourada” para manter o mercado de trabalho americano saudável.


… De seu lado, fazendo jus à sua fama dovish, Michelle Bowman voltou a alertar que um ajuste nos juros pode ter que ser feito em um ritmo mais rápido e em grau maior nas próximas reuniões, se a fraqueza do emprego persistir.


… No trecho mais sensível dos Treasuries às decisões de política monetária, a taxa da Note de 2 anos caiu para 3,644%, contra 3,660% na véspera. Mas a queda foi pequena, sinalizando que o mercado ainda não está tão seguro.


… Os yields do contratos mais longos subiram: 10 anos, a 4,182%, de 4,171%; e 30 anos, 4,757%, de 4,747%.


XEROX – Aqui, a curva do DI operou rigorosamente igual aos Treasuries, com os contratos mais longos em alta

e os curtos em baixa (por causa do efeito do PCE e dos comentários dos Fed boys no alívio do câmbio).


… Fiel à comunicação conservadora exibida pelo Copom, Guillen disse em evento que o mercado de trabalho segue “resiliente e dinâmico” e que o BC continua desconfortável com as expectativas inflacionárias desancoradas.


… O discurso sem novidades reforça a expectativa de que a Selic permaneça em 15% por período prolongado.  


… Relatos ao Broadcast de economistas que participaram na sexta-feira de reuniões com diretores do BC indicam desconforto do mercado com a inflação, sobretudo de serviços, e expectativa de desaceleração do PIB no 3Tri.


… A avaliação é de que o BC só deve começar a cortar o juro no primeiro ou até segundo trimestre do ano que vem.


… Na reta final do pregão da curva do DI, a Aneel informou ter decidido implementar a bandeira tarifária vermelha patamar 1 para as contas de energia em outubro, uma redução contra a vermelha patamar 2 vigente em setembro


… Para Eduardo Velho, economista-chefe da Equador Investimentos, considerando o peso do item energia elétrica sobre o IPCA, a novidade da Aneel é deflacionária sobre o índice de outubro, reestimado de +0,42% para +0,24%.


… Também a Quantitas reduziu a sua projeção para a inflação oficial no período, de 0,29% para 0,22%.


… No fechamento, o DI para Jan/26 marcava 14,895% (contra 14,898% no ajuste anterior); Jan/27, 14,015% (de 14,067% na véspera); Jan/29, 13,225% (de 13,257%); Jan/31, 13,435% (de 13,425%); e Jan/33, 13,540% (13,505%). 


CABO DE GUERRA – Sob duas forças opostas – blue chips das commodities em queda e bancos em alta – o Ibovespa fechou praticamente no zero a zero, em leve alta de 0,10%, aos 145.446,66 pontos, com giro abaixo de R$ 16 bi.


… A bolsa vive uma acomodação, depois de tantos recordes seguidos recentes para marcas inéditas.


… No último pregão, a baixa acentuada de 1,74% do minério de ferro chinês levou o papel da Vale a cair forte (-1,92%) e abaixo de R$ 58,00, cotado a R$ 57,09, amargando a terceira pior queda do ranking do Ibovespa.


… Petrobras foi na contramão do petróleo e também recuou: ON, -0,63%, a R$ 34,98; e PN, -0,34%, a R$ 32,25. Lá fora, o contrato do Brent para dezembro fechou em alta de 0,93%, a US$ 69,22. Na semana passada, saltou 5%.


… Circulou a notícia de que o governo da Rússia planeja proibir temporariamente as exportações de diesel por revendedores, enquanto a Otan sinaliza estar pronta a abater jatos que violarem o espaço aéreo do grupo.


… Contrabalançando as quedas do Ibovespa, os bancos subiram em bloco, com destaque para Santander (+2,31%, máxima de R$ 29,24). Itaú subiu 0,49% (R$ 38,67); Bradesco PN (+0,51%; R$ 17,66); e BB (+1,47%; R$ 22,11).


… Os papéis PNA da Braskem lideraram com folga o ranking de perdas do Ibovespa, despencando 14,81%, para R$ 7,02, após o anúncio pela companhia da contratação de assessores financeiros para uma reestruturação.


… Em Nova York, depois de uma sequência de baixas, as bolsas terminaram a sessão com alta moderada, garantida pelo PCE em linha com o consenso, que renovou a expectativa de mais dois cortes de juros pelo Fed ainda este ano.


… O Dow Jones subiu 0,65%, a 46.247,29 pontos; o S&P 500 avançou 0,59%, a 6.643,70 pontos; e o Nasdaq ganhou 0,44%, aos 22.484,07 pontos. No acumulado da semana, porém, os índices recuaram (-0,15%; -0,31%; e -0,65%).


COMPANHIAS ABERTAS – KLABIN informou que recebeu R$ 600 milhões com o fechamento de operação para exploração de atividade imobiliária no Paraná e Santa Catarina, aporte realizado pelo investidor institucional envolvido no negócio…


… O investidor seria o Itaú Unibanco, segundo apuração de O Globo.


NUBANK anunciou a contração de Michael Rihani para liderar sua área de criptoativos; o executivo já passou por empresas como Coinbase, Apple, Cash App e Tesla.


AOS ASSINANTES DO BDM, BOM DIA E BONS NEGÓCIOS!

Sobre o Brasil...

 *Secretário de Comércio dos EUA diz que é preciso 'consertar' o Brasil para alinhar-se aos EUA*


Declaração foi dada em entrevista à NewsNation, na qual o secretário incluiu o país entre os que adotam políticas consideradas desfavoráveis a Washington


“Temos um monte de países para consertar, como Suíça e Brasil. Eles têm um problema. Índia. Esses são países que precisam reagir corretamente aos Estados Unidos. Abrir seus mercados, parar de tomar ações que prejudiquem os Estados Unidos, e é por isso que estamos em desvantagem com eles”, disse Lutnick durante a entrevista.


Confira o trecho da entrevista:


O Brasil já havia sido incluído em agosto no tarifaço de 50% aplicada pelos Estados Unidos a diversos produtos, e foi a única nação citada pelo secretário que não integra a nova rodada de tarifas anunciada pelo presidente Donald Trump. A partir de 1º de outubro, tarifas que variam de 25% a 100% vão atingir setores como medicamentos, caminhões pesados, móveis e utensílios domésticos, afetando países como Irlanda, Suíça, Austrália, Coreia do Sul, Reino Unido, Índia, México, Alemanha, China e Japão.


Segundo Trump, o aumento nas tarifas tem como objetivo proteger a indústria local e reduzir a entrada de produtos estrangeiros, medida que ele também relaciona à segurança nacional. Na entrevista, Lutnick reforçou que o déficit comercial é um dos principais problemas enfrentados pelos EUA, citando o caso da Suíça: “Um país pequeno como a Suíça tem um déficit comercial de US$ 40 bilhões com os EUA. Porque dizem: ‘Bem, é um pequeno país rico’. Sabe por que eles são um pequeno país rico? Porque nos vendem US$ 40 bilhões a mais em produtos”.


As tensões comerciais se somam às divergências políticas entre os dois governos. Na última terça-feira (23), durante a Assembleia Geral da ONU, os presidentes Lula e Donald Trump se encontraram e afirmaram que devem retomar as conversas nesta semana para discutir políticas comerciais bilaterais. A relação entre Brasil e EUA se enfraqueceu em julho, quando Trump anunciou a sobretaxa contra produtos brasileiros. Além disso, o presidente americano tem feito críticas recorrentes ao processo judicial contra o ex-presidente Bolsonaro.


https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2025/09/28/secretario-de-comercio-dos-eua-diz-que-e-preciso-consertar-o-brasil-para-alinhar-se-aos-eua.ghtml

domingo, 28 de setembro de 2025

Leitura de domingo

 Leitura de Domingo: Marcas chinesas já são mais de 10% dos carros vendidos no Brasil


Por Eduardo Laguna


São Paulo, 22/09/2025 - As montadoras chinesas tiveram um desembarque avassalador no Brasil. Menos de quatro anos depois de BYD e GWM começarem a vender seus primeiros modelos no País, as marcas chinesas, na soma de todas, já respondem por mais de 10% dos carros de passeio comprados pelos brasileiros. Hoje, é mais fácil encontrar uma concessionária de carros chineses do que de marcas como Toyota, Renault, Hyundai e Honda, estabelecidas com fábricas e operações comerciais há décadas no Brasil.


Mapeamento da Neocom, empresa especializada em análises do mercado automotivo, mostra que BYD, GWM, Omoda & Jaecoo (O&J) e GAC têm, juntas, 347 pontos de venda, entre concessionárias completas e showrooms. Mesmo tendo sido construído basicamente com importações de carros, o número só fica atrás das redes de revendas das três maiores montadoras do País: Stellantis (mais de mil); General Motors (565); e Volkswagen (443).


Até aqui, os chineses nadaram de braçada na introdução dos carros híbridos e elétricos no mercado brasileiro. O apetite deles é grande, como mostram as metas anunciadas. Enquanto a BYD mira uma posição entre as cinco maiores marcas do País - hoje, está no sétimo lugar em automóveis -, a GWM fala em chegar futuramente a um volume entre 250 mil e 300 mil veículos no Brasil, embora sua fábrica em Iracemápolis, no interior paulista, arranque com capacidade de produção de 50 mil carros por ano.


Essa ambição será desafiada, no entanto, por lançamentos programados pelas montadoras tradicionais, incluindo a chegada dos automóveis híbridos das três do pelotão de frente: Stellantis, GM e Volks. Ou seja, mais concorrentes para disputar o mercado de novas tecnologias que, embora em expansão, tem limitações de crescimento. Uma pesquisa da Webmotors mostra que praticamente metade dos consumidores vê a insuficiência de pontos de recarga e a sensação de dificuldade na revenda como obstáculos à compra de carros elétricos e híbridos plug-in, aqueles cuja bateria é carregada na tomada.


Nos últimos três anos, enquanto enfrentavam barreiras tarifárias nos Estados Unidos e na Europa, as marcas chinesas multiplicaram por sete suas vendas no Brasil. Nas previsões da Bright Consulting, devem fechar 2025 acima de 260 mil unidades, o equivalente a 10% do mercado, quando se consideram tanto os carros de passeio quanto os utilitários leves, como picapes.


Após pressão das montadoras tradicionais, representadas pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o imposto sobre as importações de carros híbridos e elétricos vem subindo gradualmente desde o ano passado, com retorno à alíquota máxima (35%) marcado para julho do ano que vem, o que atinge sobretudo os veículos da China.


Montadoras com fábricas no Brasil, como a BYD, que está prestes a começar a produzir em Camaçari (BA), e a GWM, que já tem fábrica funcionando no interior de São Paulo, têm à disposição cotas que somam US$ 463 milhões para trazer automóveis desmontados sem imposto de importação. Fora das cotas, poderão contar até o fim do ano que vem com imposto de importação mais baixo - 14%, contra alíquotas sobre carros totalmente montados que, a depender da tecnologia, variam hoje entre 25% e 30%. Mas a partir de janeiro de 2027, todos, inclusive os carros que terão montagem final no Brasil, terão que pagar imposto de importação de 35%.


Diante de tributos mais altos nas importações e com novos concorrentes pela frente, a desaceleração no crescimento dos carros chineses está sendo projetada por algumas consultorias. Entre elas, a Bright Consulting vê a participação de mercado deles estacionar em 13% a partir de 2027.


Segundo Alexandre Ayres, CEO da Neocom, a cidade de São Paulo, onde está o maior mercado do País, já emite sinais de que as marcas chinesas não encontrarão a mesma facilidade para seguir crescendo de forma exponencial. Na capital paulista, quase metade da expansão das vendas de carros eletrificados de janeiro a julho foi explicada pelo Fastback, um híbrido da Fiat. "A Fiat foi a marca que mais cresceu nesse segmento, o que evidencia o desafio que as montadoras chinesas enfrentarão à medida que as marcas tradicionais de grande volume lançarem seus produtos elétricos e híbridos", comenta Ayres.


Contato: eduardo.laguna@estadao.com


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Adhemar Bahadian

 Segue meu artigo de amanhã no JB digital. Voce poderá encontra-lo tambem no substack. 


Ressonâncias e Dissonâncias.

 Adhemar Bahadian

            As ressonâncias dos pronunciamentos dos chefes de Estado nas Nações Unidas não cessam de provocar considerações de imenso interesse no Mundo. As dissonâncias também.

           Se a cada dia que passa o discurso do Presidente do Brasil recebe unânimes aplausos e leitura atenta pela imprensa internacional, onde sistematicamente é classificado como um ponto de virada no clima angustiante dos últimos meses, os discursos do Presidente Trump e do chefe de governo de Israel, em contrapartida, são objeto de perplexidade um e de constrangimento o outro.

          O discurso de Trump talvez se notabilize sobretudo pelas críticas profundas à própria ONU, desfigurando seu papel no pós-guerra e os ideais dos próprios representantes dos Estados Unidos que se notabilizaram pela sempre unânime defesa da paz inscrita na Carta de São Francisco.

           Um discurso entre arrogante e inepto a tornar transparente que a política externa dos Estados Unidos da América tem muito ou quase nada a dizer, senão a ilusória pretensão de seu Presidente de receber obrigatoriamente o prêmio Nobel da Paz, sabe-se lá por quê.

              Já o discurso do chefe de governo de Israel, pronunciado diante de um plenário esvaziado pelo que talvez seja o maior gesto de repúdio, expresso  na  saída deliberada  de grande parte dos representantes governamentais  antes de o orador tomar a palavra, nada mais foi do que uma clara e desafiadora manifestação contra  o triste cenário de morticínio na faixa de Gaza.

              As conclusões  são óbvias. Tanto o MAGA de Trump quanto a hostilidade à criação de um Estado Palestino receberam  reprovação da comunidade internacional representada por seus mais altos dirigentes.

          O MAGA, em sua expressão internacional, se revela um Consenso de Washington elevado a décima casa da barbaridade geopolítica. A tentativa de destruição da ONU, tão clara e cínica, terá espantado os mais céticos diante do multilateralismo surgido pós-segunda guerra. 

          Trump simplesmente associa o crescimento dos Estados Unidos à eliminação de todos os mecanismos e regras em defesa do comércio internacional e os substitui por um jogo de cartas marcadas em que todos os baralhos são devidamente embaralhados com mão de ferro.

           MAGA é o novo nome do neocolonialismo mais retrógrado, mais agressivo e mais indiferente ao destino do planeta, às mudanças climáticas e sobretudo ao aumento óbvio dos desajustes sociais e econômicos a que estamos a assistir.

            Há porém uma outra face nesta cenografia. Por mais que se queira camuflar, a reação de repúdio internacional, densa e quase unânime, parece romper finalmente o sombrio nevoeiro de impasses sucessivos.

         O próprio Trump dá sinais, esperto que é, de que o desgaste de sua popularidade, inclusive internamente, o obriga a docemente mudar o andar da carruagem.

           Há indicações claras de que  a repercussão do discurso de Lula abre a porta de um debate ansiado faz  tempo por vozes frequentes nas Nações Unidas e fora dela. Ou se reforma e se recompõe a Carta das Nações Unidas, inclusive com a reforma de seu Conselho de Segurança, ou a remilitarização crescente  dos Estados tenderá ,mais cedo ou mais tarde, a provocar a multiplicação de conflitos regionais, o desarranjo do sistema  de finanças e comércio internacionais. 

       O movimento de reforma não será tão rápido quanto deveria. Há velhas e enrustidas ideologias que ainda se supõem verdades absolutas. Mas, como no caso do MAGA, os retrocessos evidentes se mostram insustentáveis e certamente serão prejudiciais a Estados e Mega-empresas.

        No centro do debate, os exageros e aspirações indevidas das big-tecs e a lambança da liberdade de expressão, hoje tão empobrecida nos Estados Unidos, onde até comédia dá cadeia.

           Mas é exatamente aí que vejo sucessivas correntes marinhas, sucessivas grutas povoadas de moreias. A questão da chamada liberdade de expressão é o novo nome da Torre de Babel. 

         Os Estados Unidos de Trump, embora a relativize internamente, parece opor-se a regulamentações nacionais como já vimos frequentemente. E, como se sabe, os Estados Unidos são mestres em não-aceitar jurisdições internacionais e apregoam a soberania da lei americana erga-omnes.

            Nas conversações Trump-Lula, convém recordar, agendas pre’-acordadas nem sempre são respeitadas na Casa Branca. Temo que o tema seja temível para gregos e troianos. 

             A soberania aí pode ser desacatada com argumentos jurídicos "pret-à-porter". Terreno movediço, onde ressonâncias e dissonâncias tendem a se confundir.

Fernando Costa

 Bem, como eu já disse varias vezes anteriormente, uma coisa sao os isentoes críticarem com razao Bolsonaro por ter ajudado a sepultar a lava jato e a CPI da toga para salvar seu filho Flavio, OUTRA COISA COMPLETAMENTE DIFERENTE EH SE UTILIZAR DESSA DIMENSAO PARA JUSTIFICAREM E PASSAREM PANO PARA A PERSEGUICAO DO STF CONTRA UM ESPECTRO POLÍTICO. Coisas diferentes. 


E até parece que os tucanos sao purinhos né, com inumeras denúncias que FHC gastou capital político não para continuar a aprovar reformas estruturais difícilimas, mas para aprovar uma reeleicao que permitisse que continuasse no poder. Ainda relembro que os puristas tucanos produziram o Aecio dos áudios vazados nada republicanos e do Alckmin, que voltou a cena do crime.


Em suma, os tucanos não tem estatura moral para criticarem Bolsonaro, muito menos para realizarem uma analise desse nivel completamente DESPROPORCIONAL, de LEGITIMAREM o assalto à constituição, ao estado de direito e a democracia ocorrido no pais nos últimos 6 anos pelo STF em nome de equívocos que um político realizou, mas que também cometeram. Os tucanos tem também as maos sujas de sangue, quando ultrapassaram as criticas pontuais para legitimarem ESSA FARSA INTELECTUAL que um golpe foi tentado no pais. 


Em tempo, QUEM NÃO ESTA PERMITINDO O SURGIMENTO DE UMA OUTRA DIREITA ???? Somente esse argumento falacioso demonstra como os tucanos sempre compram sem questionar as narrativas da mídia, assim como na infaltilizacao que fomos sancionados porque um deputado persuadiu um pais e nao porque esse pais concluiu o ÓBVIO que não existe democracia com lawfare, com uma juristocracia perseguindo correntes políticas. Aqui também o culpado eh um deputado, NÃO EH QUE GRANDE PARTE DO POVO BRASILEIRO POSSUI UM DISCERNIMENTO E LIBERDADE de entender que outros COMO OS TUCANOS, que sempre minimizam e passam pano para uma elite que busca impor sua HEGEMONIA cultural goela abaixo da população, não defendem com vigor mudanca estrutural de pautas que uma elite não aceita. NAO, SEGUNDO OS ILUMINADOS TUCANOS, repetindo o desrespeitoso talking point da esquerda DE TRATAR UM SEGMENTO ENORME DAPOPULAÇÃO COMO GADO, COMO MASSA DE MANOBRA POR NÃO CONCORDAREM, o problema não está neles (até na falta de autocritica das razoes porque o PSDB nao se elege nem para sindico de predio sao iguais aos petistas), O PROBLEMA EH QUE ESSE GRANDE SEGMENTO da população que depois da redemocratização votou em diferentes espectros políticos virou EXTREMA DIREITA da noite para o dia, somente por divergir. E ESSES SAO OS DEMOCRATAS ISENTOES !

Produtividade é a saída

  O mundo está girando (e rápido): o Brasil vai acompanhar ou ficar para trás? 🌎🇧🇷 Acabei de ler uma análise excelente de Marcello Estevã...