quinta-feira, 10 de julho de 2025

Tarifa a 50%

 *FONTES: TARIFA DE 50% DOS EUA SOBRE PRODUTOS BRASILEIROS ASSUSTA GOVERNO; INVIABILIZA COMÉRCIO*


Por Isadora Duarte


 Brasília, 09/07/2025 - O anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de imposição de tarifa de 50% sobre os produtos importados do Brasil assustou o governo brasileiro quanto ao porcentual da sobretaxa. Como a Broadcast mostrou mais cedo, a ofensiva de Trump com a nova ameaça de tarifas adicionais sobre produtos brasileiros não surpreendeu o governo brasileiro, mas a alíquota foi recebida com "susto" por integrantes que acompanham as tratativas com o governo americano. "Era esperada movimentação por parte do governo americano em 9 de julho, mas não se antevia a sobretaxa dessa magnitude", observou uma fonte à Broadcast.


 Em análise preliminar, autoridades do governo brasileiro afirmam que a sobretaxa de 50% vai "inviabilizar o comércio de alguns produtos" aos Estados Unidos. Trump anunciou que a sobretaxa sobre os produtos brasileiros valerá a partir de 1º de agosto. Trata-se da mais alta alíquota divulgada a partir de cartas enviadas pelo republicano aos países desde o início desta semana.


 Um dos interlocutores aposta em uma negociação com os Estados Unidos nos próximos vinte dias a fim de tentar reverter ou diminuir a alíquota adicional aplicada sobre os produtos brasileiros. "O governo vai avaliar o impacto e como agir. A argumentação é difícil porque o ataque de Trump não está baseado em déficit comercial, mas em achismo dele sobre o julgamento de Bolsonaro", observou a fonte em referência à carta do presidente americano.


 Entre os produtos que devem ter o comércio afetado, o governo antevê impactos imediatos para exportação de café, carne bovina e suco de laranja - entre os principais itens exportados aos Estados Unidos. "A alíquota de 50% vai dificultar a exportação destes produtos, mas terá um impacto inflacionário enorme na economia americana que importa carne para produção de hambúrguer e depende de café externo. É inflação na veia", argumentou a fonte.


 O Brasil vinha sendo deixado de lado por Trump na sua empreitada de diminuir déficits comerciais com parceiros, justamente porque a relação entre Brasil e Estados Unidos é superavitária aos Estados Unidos. A relação entre os países, contudo, ganhou novo contorno político com Trump e a embaixada americana saindo em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), alegando que há perseguição ao ex-presidente. O encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, foi convocado pelo Itamaraty para prestar esclarecimentos, como mostrou a Broadcast mais cedo.


 As animosidades entre os países também cresceram com a ordem da justiça americana de intimar o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes em caso de empresas de Trump, com acusações de censura.

quarta-feira, 9 de julho de 2025

Tarifa a 50%

 📣 *Ativa Research*


*Trump anuncia tarifa de 50% sobre produtos do Brasil*


⚡Comentário Ativa - O presidente Donald Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre as importações de produtos brasileiros a partir de agosto, medida significativamente superior ao que vinha sendo precificado. Avaliamos que o anúncio deve pressionar ativos de renda variável no país e sobretudo, os expostos à exportação ao país. Além do efeito direto sobre o nível potencial de atividade econômica brasileira, o movimento adiciona um novo vetor de aversão a risco para ativos locais, ampliando a volatilidade e, possivelmente, alimentando a necessidade de revisões em fluxos de caixa e valuation para companhias com maior exposição ao mercado norte-americano.


*Fonte*: https://www.poder360.com.br/poder-internacional/trump-anuncia-tarifa-de-50-para-produtos-do-brasil/

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Ceticismo pelo esgotamento sobre os impostos alfandegários. Ontem foi o segundo dia consecutivo de enfraquecimento em Nova Iorque, e provavelmente hoje será o terceiro, com elevação suave, mas continuada de umas yields das obrigações que nos parecem excessivamente baixas desde há algum tempo. Este estancamento das bolsas e progressiva correção de excessos nas obrigações parecem sensatos e é quase o melhor que poderia acontecer, mas nada garante que irá continuar e se converta numa tendência para este verão, porque a liquidez é imensa e pressiona, como comentámos muitas vezes. 


Hoje amanhecemos com uma acumulação de cartas de Trump/EUA dirigidas a um número indeterminado de países com a imposição de impostos alfandegários variados (até 60%/70%), assim como sobre setores (farmacêuticas até 200%) e matérias-primas (parece que o cobre irá sofrer com 50%, equiparando-se ao alumínio e aço). Mas o mercado, principalmente Wall St., já está curado de espanto e, por isso, os futuros americanos vêm a retroceder apenas de forma testemunhal (-0,1%) depois de terem aguentado ontem com um tom semelhante. Os futuros europeus até parecem que querem subir um pouco. Na realidade, uma parte dos novos impostos alfandegários é conhecida a esta hora apenas pelas declarações de Trump, não por documentos. O ceticismo por esgotamento (“nada é credível, mas, o que quer que seja, não parece bom, mas já o sabíamos”) permite que os retrocessos sejam milimétricos, enquanto dificulta as subidas. O catch-up de Wall St sobre as bolsas europeias continua a avançar: em julho +1,3% vs. +0,3%, portanto em 2025 já ambas as reavaliações, que parecem bastante generosas para uns lucros empresariais 2025e algo modestos (+3,1% UE vs. +8,5% EUA), se aproximam muito entre si: WS +6% vs. Europa +10%. 


A única referência relevante do dia é a publicação das atas da última reunião da Fed, mas é improvável que movem o mercado e serão publicadas já tarde para a Europa (19 h). Na França, o seu Primeiro-ministro cada vez mais impopular (Bayrou) continua a lutar contra o Orçamento 2026, porque precisa de cortar 40.000 M€ para que o seu Défice Fiscal não alcance 5% s/PIB (-4,6% estimado), mas o governo está em minoria numa coligação de partidos aos quais se vê obrigado a fazer contínuas concessões, portanto poderá entrar em crise e convocar eleições. Isto fez com que o prémio de risco francês seja de 71 p.b. (sobre o Bund alemão), superior ao espanhol (66 p.b.) e português (48 p.b.).


CONCLUSÃO: Sessão tíbia parecida à de ontem, cujo desenvolvimento poderá ser +/-0,2% nas bolsas. O ceticismo por esgotamento sobre os impostos alfandegários consegue que nada seja fiável, nem demasiado mau nem tampouco bom. Pode ser que as obrigações hoje estejam melhor compradas, mas como contrarreação inercial à ampliação das yields dos últimos dias. O yen continua a depreciar-se (172,2/€; 147/$) perante um acordo comercial como os EUA que parece bastante mau, e o USD detém temporariamente a sua depreciação (1,172/€) porque há um pouco mais de desorientação. Poderia dizer-se que o mercado está à espera de receber informação um pouco fiável em qualquer frente, enquanto se aproximam as semanas mais delicadas do ano devido à queda de atividade/volumes no verão. Se corrigir ca.-5%, por exemplo, dar-nos-á a oportunidade de comprar um pouco menos caro (semis, defesa, cibersegurança, bancos…).


S&P500 -0,1% Nq-100 +0,1% SOX +1,8% ES50 +0,6% IBEX +0,03% VIX 16,8% Bund 2,64% T-Note 4,41% Spread 2A-10A USA=+51pb B10A: ESP 3,29% PT 3,12% FRA 3,36% ITA 3,57% Euribor 12m 2,049% (fut.2,068%) USD 1,172 JPY 172,2 Ouro 3.291$ Brent 70,0$ WTI 68,1$ Bitcoin +0,6% (108.788$) Ether +3,1% (2.628$). 


FIM

terça-feira, 8 de julho de 2025

Sociedade das ideias mortas

 SOCIEDADE DAS IDEIAS MORTAS

JR GUZZO - REVISTA OESTE


Menos de 80 anos atrás, como lembra o artigo de capa de Adalberto Piotto na última edição de Oeste, o Brasil era um país ficha limpa na comunidade das nações. Mais que isso: era o exemplo do bom elemento, como dizia a polícia da época, um sujeito decente o necessário para presidir os trabalhos da sessão da ONU que criou o Estado de Israel. O tempo passa, o tempo voa, e o que acontece? Em vez de melhorar, como melhorou a maioria dos membros da ONU, o Brasil piorou tanto que virou um país-bandido.


Como poderia ser diferente? O presidente da República é um corrupto passivo e lavador de dinheiro condenado em três instâncias, e por nove juízes diferentes, na Justiça Penal brasileira. Nunca foi absolvido dos seus crimes; é o único presidente oficialmente ladrão entre os quase 200 chefes de Estado que há hoje no mundo. É o único semianalfabeto entre eles todos. O seu governo está morto e a sua política externa tem sido um crime serial. Somos hoje o aliado do terrorismo, do crime e das ditaduras mais sórdidas do planeta.


É duro, mas também é o que dizem os fatos. O Brasil que entrou para a história como um dos fundadores de Israel é hoje seu inimigo de morte — não por decisão dos brasileiros, mas por ter um governo antissemita e empenhado, como propõem as tiranias muçulmanas, no genocídio do povo judeu. Lula, a extrema esquerda e as classes culturais jogaram o Brasil na defesa da selvageria. Sai Oswaldo Aranha. Entram Celso Amorim e os seus anões, como essa nulidade que executa ordens no Itamaraty. Deu nisso.


Não sobrou, no fim dessa história, nem o filé Oswaldo Aranha — quem, em sã consciência, poderia imaginar um filé Celso Amorim? Não dá. O governo Lula e a gente que está nele não têm o nível mínimo que é preciso para criar nada; tem o ministro Sidônio e os seus bilhões, mas está em processo de morte cerebral, e quando fica assim nada resolve. O Brasil que poderia ter resultado do que fomos em 1947 não existe. Foi, de colapso em colapso e de naufrágio em naufrágio, roído por 40 anos de política em torno, em função e em reação permanente a Lula.


Não poderia ter dado em nada de diferente do que deu — quatro décadas seguidas, desde os anos 1980, de um câncer em metástase. Como na Itália fascista de Mussolini ou na Argentina de Perón, o Brasil vive há 40 anos de Lula, Lula e mais nada. Vive, agora, a pior fase desses 40 anos. Na frente de todo mundo, e sem nenhuma preocupação em disfarçar o que quer, Lula está enfim construindo o que sempre quis: uma ditadura no Brasil.


Se vai conseguir ou não é coisa que ainda não está resolvida, mas a tentativa nunca foi tão intensa como agora. É um golpe de Estado em fases. A primeira, com o STF no papel que normalmente é do Exército, foi tirar Lula da cadeia, sem julgamento algum, e entregar a ele a Presidência da República — “missão dada, missão cumprida”, disseram eles mesmos. A fase atual é a anulação do Congresso como Poder independente e a elevação do consórcio Lula-STF à posição de Poder Supremo.


Não é apenas um golpe de Estado, com a cumplicidade das Forças Armadas — ou com a sua escalação para o papel de pintar calçadas, o que dá na mesma. É o esforço para criar toda uma doutrina fascista no Brasil. Como diz a ministra Cármen, num grande outdoor do pensamento oficial, ter uma opinião pessoal é crime — coisa de “pequenos tiranos”, diz ela. Os deputados eleitos são “inimigos do povo”, prega o governo na internet. “Todos aqui admiramos o modelo da China”, diz o ministro Gilmar.


É a confirmação do apronto, como se dizia antigamente no turfe. Lula sempre disse essas coisas em público — e a cada vez que dizia o comentário era: “Ah, coitado, o Lula é só um idiota, deixa ele”. Mas o que Lula tinha na cabeça, o tempo todo, era a ditadura que hoje desfila na avenida. “Sempre soube que a gente não chegaria ao poder pelo voto”, disse ele. “Tenho orgulho de ser chamado de comunista”, informou. “A covid foi uma bênção de Deus”, para provar que o Estado tem de ser o ente supremo.


O resto do que Lula diz, desde os anos 1980, é mais do mesmo, e daí para pior. Não dá, agora, para dizer que ele mudou só porque está promovendo um golpe de Estado a favor de si próprio. Ele e a extrema esquerda brasileira sempre foram contra tudo aquilo que tem a ver com democracia: contra a liberdade de imprensa, contra o resultado de eleições quando o adversário ganha (“fora FHC”), contra as ideias de religião, pátria e família (“valores que combatemos a vida toda”) etc. etc. Por que seriam contra a sua própria ditadura?


Projetos de ditadura, não importa sob qual disfarce, raramente aparecem desacompanhados — andam de mãos (e coração) dadas com momentos de colapso cultural. É o caso, precisamente, do Brasil de Lula, do STF e da extrema esquerda. Acham-se civilizados. Não imaginam quanto são típicos. Nada poderia espelhar com tanta exatidão o Brasil primitivo, escuro, ignorante e inimigo da mudança quanto esse coro de intelectuais que aplaude às cegas os pajés do regime. São os caetés comendo o bispo Sardinha.


A intelectualidade brasileira terá a seu crédito, para sempre, o apoio intransigente que deu à censura — por sinal, junto com a mídia, uma das primeiras defensoras do linchamento da liberdade de expressão nas redes sociais. É devota do “sem anistia”, um grito de ódio tribal que nada tem a ver com o mundo das ideias. Acha normal que o STF condene a 14 anos de prisão uma cabeleireira que pintou com batom uma estátua em Brasília. É a favor do fechamento, na prática, do Congresso, por via do mesmo STF.


O intelectual brasileiro-padrão dos dias de hoje acha que Alexandre de Moraes é um Hércules da democracia e que Gilmar Mendes é um novo Rei Salomão. Acredita que Lula, um arquimilionário explícito, está à frente da “guerra contra os ricos” — e que sua mulher, que viaja sozinha num avião da FAB de 200 lugares, quer distribuir riqueza. Está convencido de que houve tentativa de golpe no 8 de janeiro; acha que o fato de não existirem provas disso é irrelevante. Tem certeza de que o Bolsa Família é um programa social.


A lista poderia ir adiante, por horas e horas, mas para quê? É óbvio que as classes cultas que dão apoio ao governo refletem um mundo em que a cultura morreu. Se não morreu, onde andaria a produção cultural do Brasil deste momento? Não existe. Um país que já teve Pixinguinha, Noel Rosa e Tom Jobim hoje tem funk. Onde havia Eugênio Gudin, Roberto Campos e Mário Henrique Simonsen há Armínio Fraga. Onde havia dança há ginástica. Onde havia vida cultural há Rede Globo. Em vez de escritores, há faculdades de letras.


O artista brasileiro do regime Lula-STF tem uma ideia fixa, e ela não tem nada a ver com livros, música ou peças de teatro: tem a ver, única e exclusivamente, com a “denúncia do racismo” na literatura, nas canções e no teatro. (Noel Rosa, por exemplo, já foi acusado de racismo por ter composto Feitiço da Vila.) Os nossos compositores não compõem há 30 anos. Nossos arquitetos produzem a paisagem urbana que está aí. Nossos artistas pintam muros. Há um rancor oculto (e semioficial) à arte clássica, tida como elitista, branca e excludente.


Quando ouve falar de “cultura”, o regime brasileiro, como Goebbels, tem vontade de sacar o revólver — ou pelo menos abrir um inquérito no STF. A universidade, sobretudo a pública, morreu como local de debate, ideias e indagação — na verdade, é onde mais se combate a circulação livre dos pensamentos neste país. É simples. Não há cultura onde é proibido falar; aí, em vez de universidade, o que se tem é a religião do Estado, como em Cuba, no Irã ou na Venezuela. O ensino superior, hoje, é um lugar de treva.


A democracia naufragou no Brasil. A cultura também. O resto é Lei Rouanet e bilhões em dinheiro público para comprar artistas sem obra e intelectuais sem intelecto.

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Ontem, elevação da yield das obrigações (preços em baixa), quase +5 p.b., em geral, em conjunto com o retrocesso na bolsa americana (-0,8%), não na europeia (ca.+1%), que continua por si só até que a situação se torne insustentável. Como o fluxo de fundos dos EUA para a UE está a esgotar-se, se já não se esgotou, esse momento está muito próximo. Não esqueçamos que nos aproximamos das datas mais delicadas do ano, quando a atividade e o volume caem entre finais de julho e a primeira quinzena de agosto. Convém estar prevenido. Caso seja oferecida a oportunidade, como em 2023 e 2024, recomendamos comprar na debilidade.


Novidades das últimas horas: 


(i) Impostos alfandegários de 25% ao Japão e Coreia, com um intervalo desde 25% para a Tunísia, Malásia e Cazaquistão; 30% para África do Sul, Bósnia e Herzegovina; 32% Indonésia; 35% Sérvia e Bangladesh; 36% Camboja e Tailândia; até 40$ a Laos e Myanmar… entre os países aos quais Trump enviou cartas a comunicar o que lhes “toca”. Confirma 10% a Índia, que é um dos melhores acordos, e isso reforça a nossa estimativa a respeito e apoia a nossa inclusão da Índia como única economia emergente em Comprar na nossa Estratégia de Investimento 3T 2025. Impostos alfadengários em vigor a partir de 1 de agosto. E afirma que se esses países aplicarem represálias sobre os EUA, então esse mesmo imposto de represália será somado ao já atribuído. 


(ii) Samsung faz uma espécie de profit warning sobre o 2T (Lucro Operacional 4,6Tr won vs. 6,2Tr won consenso vs. 10,4Tr won no 2T’24), culpando as restrições de vendas de chips a China, mas que, na realidade, mais provavelmente se deve a atrasos de produção de HBM (High-Bandwidth Memory) para clientes americanos. Mas o valor quase não caiu (-0,6%) porque anunciou ao mesmo tempo um plano de recompra de ações para a sua amortização por ca.1% da sua capitalização, e porque parece que se trata de um problema temporária de fornecimento.


(iii) Tesla -8% ontem depois de Musk anunciar que lançará o seu próprio partido político, embora não possa ser presidente caso ganhe, visto que não nasceu nos EUA. Musk conseguiu que os seus carros sejam vinculados a determinadas simpáticas ou antipatias políticas, algo que nenhuma empresa deveria fazer.


(iv) Mercedes: vendas 2T -9%, que pioram até -18% em EV (elétricos).


(v) Austrália repete taxa diretora em 3,85%, contra prognóstico (-25 p.b. esperado) porque o RBA afirma que a evolução da inflação é boa (+2,4% em maio, dentro do seu objetivo +2%/+3%).


CONCLUSÃO: Todo o anterior é tão interessante como neutro. Principalmente considerando que desde há muito tempo que recomendamos Vender no setor automóvel, que somos céticos particularmente em relação a Tesla e que Samsung não está nas nossas empresas de semicondutores recomendadas, sendo Nvidia o nosso número 1 em recomendação. É provável que a sessão de hoje nade entre duas águas, indefinida, com provável desenvolvimento +/-0,2%, por exemplo, em Nova Iorque. E as obrigações, que continuam a parecer-nos bastante caras, deverão elevar as suas yields em mais +2 p.b., por exemplo, em geral, embora mais as europeias. Será uma sessão em que será quase impossível identificar os seus movimentos prováveis, porque todos estarão em intervalos muito estreitos. Continuamos à espera do que acontecer a partir de agora até meados de agosto, caso surja a oportunidade de comprar na debilidade. 


S&P500 -0,8% Nq-100 -0,8% SOX -1,9% ES50 +1% IBEX +0,7% VIX 17,8% Bund 2,60% T-Note 4,39% Spread 2A-10A USA=+49pb B10A: ESP 3,26% PT 3,08% FRA 3,32% ITA 3,52% Euribor 12m 2,044% (fut.2,068%) USD 1,174 JPY 171,4 Ouro 3.335$ Brent 69,4$ WTI 67,7$ Bitcoin -0,9% (108.125$) Ether -0,8% (2.550$). 


FIM

BDM Matinal Riscala

 *Rosa Riscala: Trump volta a escalar tensões comerciais*


Na agenda dos indicadores, o IBGE divulga hoje (9h) as vendas do varejo em maio


… A aversão ao risco volta a tomar conta dos mercados globais com a nova escalada das tensões comerciais, após Trump impor tarifas aos primeiros países que não negociaram acordos com os Estados Unidos, a começar pelo Japão (25%), avisando que, se houver retaliação, dobrará a aposta. As tarifas vigoram a partir de 1º de agosto, data definida como deadline para os demais parceiros. Nesta segunda-feira, 14 países receberam cartas com “ofertas finais”. Especulações de um acordo próximo com a União Europeia impulsionava o euro na abertura dos negócios. Trump também ameaça com uma taxa adicional de 10% aos governos que apoiarem as políticas “antiamericanas” dos Brics, o que pode atingir o Brasil, e ainda provocou criticando a “perseguição política” a Bolsonaro na sua rede social.


… Lula, que dava entrevista no encerramento da Cúpula do grupo no Rio, não entrou na pilha, dizendo que preferia não comentar o post. Mas não deixou de dizer que “esse País tem lei e que Trump deveria dar palpite na sua vida, e não na nossa”.


… No Globo, a atitude de Trump levou o bolsonarismo a apostar em sanções contra Alexandre Moraes (STF) “ainda nesta semana”. Já na Folha, Eduardo Bolsonaro disse que Trump “não joga palavras ao vento e que os próximos dias podem ter novidade”.


… A tarifa de 25% será aplicada sobre todos os produtos do Japão e da Coreia do Sul. Foram taxados ainda ontem: Laos e Mianmar (40%), Tailândia e Camboja (36%), Sérvia e Bangladesh (35%), Indonésia (32%), Bósnia (30%), Tunísia e Cazaquistão (25%) e Vietnã (20%).


… As tarifas para esses parceiros, especialmente para o Japão, poderão ser ajustadas, para cima ou para baixo, dependendo da abertura que o país der ao mercado americano. Para isso, as negociações deverão ser concluídas até o final do mês.


… Na cartas, o presidente adverte para barreiras tarifárias ou regulatórias que prejudicam os exportadores americanos, além de ameaçar contra retaliações: “se aumentarem as tarifas, o valor que escolherem será somado ao valor que cobramos”.


… O prazo para implementação das tarifas recíprocas foi estendido de 9 de julho para 1º de agosto em ordem executiva de Trump.


… Com relação à China, após o acordo preliminar sobre a questão das terras raras, a suspensão tarifária permanece em vigor até 12/8.


… A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse no briefing da tarde que o telefone de Trump “toca sem parar” com autoridades de diversos países “implorando” por um acordo. Bessent acredita que novos acordos serão anunciados nas próximas 48 horas.


… Especulações de que os Estados Unidos ofereceram um acordo à União Europeia que manteria a tarifa básica de 10% sobre os produtos do bloco, com algumas exceções a setores sensíveis, como aeronaves e bebidas alcoólicas, impulsionam o euro no fim do dia.


… Um acordo nesses termos permitiria às montadoras que produzem carros nos Estados Unidos importar mais carros da União Europeia com tarifas abaixo de 2%, removendo a taxa de 10% em vigor durante a trégua dos 90 dias.


AMEAÇA AOS BRICS – Trump acabou roubando a cena no último dia da Cúpula dos Brics, no Rio, após ameaçar na sua Truth Social com a tarifa adicional de 10% para “qualquer país que se alinhar às políticas antiamericanas do grupo; não haverá exceções”.


… No encontro, apesar de os países integrantes do bloco sinalizarem sérias preocupações com as medidas protecionistas e unilaterais de comércio, em referência à guerra tarifária dos Estados Unidos, todos tiveram o cuidado de não citar Trump nominalmente.


… Representantes dos governos da China, Rússia e África do Sul responderam à ameaça, mas todos pegaram leve.


… Em nota, os chineses disseram que Pequim “sempre se opôs a guerras tarifárias e comerciais, e ao uso de tarifas como ferramentas de coerção e pressão”, acrescentando que o Brics “não está contra nenhum país”.


… Também o Kremlin afirmou que o Brics apenas atua em torno dos seus próprios interesses, compartilhando uma “visão comum” de cooperação global, mas “não está, e nunca estará, direcionado contra países terceiros”.


… Já a África do Sul disse que o país ainda pretende negociar tarifas com Trump, esclareceu que não possui uma postura antiamericana e que as conversas sobre um acordo comercial com os Estados Unidos seguem “construtivas e frutíferas”.


… O Brasil, anfitrião da Cúpula, parece ter tido a reação mais assertiva, com Lula dizendo que não acha uma “coisa responsável e séria o presidente de um país como os Estados Unidos ficar ameaçando o mundo pela internet”.


… “Não queremos um imperador; países são soberanos. Se ele quer taxar, os países poderão taxar também pela reciprocidade. As pessoas têm que aprender que respeito é bom, que a gente gosta de dar e receber. Precisam entender o respeito da palavra soberania.”


… Também o embaixador Celso Amorim falou um tom acima, dizendo que as tarifas “têm de ser negociadas, não impostas”, obedecendo às regras da OMC. Depois, sugeriu que a ameaça poderia ser bravata: “Muitas advertências feitas por Trump não prosperaram.”


BRASIL NO ALVO – Um tema que deixa Trump furioso, a adoção de uma moeda alternativa em transações internacionais, foi tratado por Lula na Cúpula, quando disse que “o mundo precisa achar um jeito de fazer a relação comercial sem passar pelo dólar”.


… “Quando for com os Estados Unidos, ela passa pelo dólar, mas quando for com a Argentina, não precisa passar, quando for com a China, não precisa passar, quando for com a Índia, não precisa passar. Quando for com a Europa, discute-se em euro.”


… Lula ainda disse que “ninguém determinou que o dólar é a moeda padrão”. “Em que fórum foi determinado isso?”


… Em entrevista ao Broadcast, o chefe de títulos soberanos da AL da Fitch Ratings, Todd Martinez, disse que o “Brasil é certamente um dos países dos Brics que pode ser atingido pela ameaça de Trump, por estar ideologicamente alinhado com o seu governo”.


NOBEL DA PAZ – Em visita a Washington para tratar de um cessar-fogo com o Hamas, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que escreveu ao Comitê Nobel da Paz para indicar Trump ao prêmio por ter acabado com o programa nuclear iraniano.


… Em coletiva antes de um jantar oferecido a Bibi na Casa Branca, Trump afirmou que o Hamas procurou um encontro e um acordo para o cessar-fogo entre Israel e a Faixa de Gaza, dizendo que as negociações “estão tendo um bom progresso”.


… Em relação à guerra na Ucrânia, Trump voltou a dizer que está “infeliz” com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e que os Estados Unidos enviarão mais armas para o governo de Zelensky, pois “eles têm o direito de se defender”.


MAIS AGENDA – O IBGE divulga hoje (9h) as vendas do varejo em maio, com a mediana das estimativas apontando para uma expansão de 0,20% no conceito restrito (pesquisa Broadcast), após ter registrado queda de 0,40% em abril.


… Na comparação com maio de 2024, porém, a mediana indica alta de 2,5%, desacelerando em relação a base anual em abril (4,8%).


… Economistas atribuem a reação na margem à distorção do ajuste sazonal da série, mas também aos dados antecedentes positivos para o mês, em especial, o segmento de produtos farmacêuticos, com um crescimento estimado de quase 3%.


… Já o varejo ampliado deve crescer 1%, após queda de 1,9% em abril, com venda de veículos e materiais de construção puxando a alta.


… Antes (8h), a FGV divulga a primeira quadrissemana de julho do IPC-S.


… Às 12h, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, participa de almoço da Frente Parlamentar Mista do Empreendedorismo e do Instituto Unidos Brasil e, às 14h, o ministro Fernando Haddad deve participar de audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara.


NOVA EMISSÃO – Na Reuters, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que o Brasil deve voltar ao mercado externo de dívida ainda este ano “depois das emissões bem-sucedidas” no primeiro semestre.


… Segundo Ceron, há possibilidade de emissão dos chamados bônus sustentáveis.


NA POLÍTICA – No Senado, Davi Alcolumbre pautou para hoje projeto para legalização dos cassinos no Brasil.


… Já o presidente da Câmara, Hugo Motta, destravou as emendas de comissão e distribui R$ 11 milhões extras por deputado, segundo a Folha apurou. Cada parlamentar poderá apadrinhar o valor adicional, além dos R$ 37 milhões das emendas individuais.


… Ainda na Folha, Lula decide não sancionar o projeto que aumentou o número de deputados de 513 para 531.


… Segundo a colunista Mônica Bergamo, o presidente ainda estuda se irá vetar ou deixar para promulgação do presidente do Congresso.


EÓLICAS OFFSHORE – Ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse ao Roda Viva, ontem à noite, que o governo deve publicar nesta semana MP que será uma alternativa aos vetos do presidente ao marco legal das eólicas offshore, derrubados pelo Congresso.


… Segundo o ministro, o governo entende que os trechos vetados por Lula buscam impedir que as contas de luz fiquem mais caras, com o objetivo de proteger a classe baixa e a classe média dos impactos do marco legal da proposta.


VAMOS CONVERSAR – Sobre o impasse do IOF, Costa disse que o governo deverá reabrir nos próximos dias o diálogo com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre. “Eu acho que é plenamente possível repactuar a relação.”


… A audiência de conciliação entre governo e Congresso foi marcada por Alexandre de Moraes (STF) para o dia 15 de julho.


LÁ FORA – A agenda é mais fraca, com os resultados da balança comercial na Alemanha e França de madrugada e, nos Estados Unidos, expectativas de inflação do consumidor em junho (12h), crédito ao consumidor de maio (16h) e estoques de petróleo da API (17h30).


… No final da noite (22h30), saem os índices de inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) de junho na China.


OS CAPRICHOS DE TRUMP – A escalada protecionista de um contra todos e a extensão por três semanas do deadline para os parceiros comerciais negociarem acordos (prolongando a agonia) sacodiram o mundo.


… À medida que o presidente americano postava na rede social as cartas com as tarifas, os mercados pioravam.


… Aqui, o câmbio ampliou a pressão no pregão estendido, com o contrato do dólar futuro para agosto acelerando 1,22%, a R$ 5,5210, depois de já ter subido 0,98% nas negociações à vista, cotado a R$ 5,4778.


… Também as ameaças diretas de Trump aos Brics trouxeram cautela redobrada para o real, que na semana passada havia vivido uma onda importante de apreciação, conquistando espaços que não via há quase um ano.  


… Trump melou ontem a chance de continuidade do alívio do dólar, embora esta guerra tarifária seja tão cheia de reviravoltas, que não é impossível que o investidor absorva a tensão e volte a focar na Selic e no Fed.


… Sem efeito nos negócios ontem, a balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,301 bilhão na primeira semana de julho, com exportações de US$ 5,930 bilhões e importações de US$ 4,629 bilhões.


… No ano, o superávit acumulado é de US$ 31,393 bilhões. Semana passada, o Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio cortou a projeção do saldo comercial de 2025 de US$ 70,2 bilhões para US$ 50,4 bilhões.


… Com o trator de Trump passando por cima do Japão, o iene derreteu a 146,96/US$. Também as moedas europeias se deram mal, enquanto o BCE alertava que as políticas comerciais elevam os riscos à estabilidade financeira.


… O euro caiu 0,51%, a US$ 1,1725, e a libra perdeu 0,27%, a US$ 1,3613, abrindo caminho de alta ao DXY (+0,30%; 97,48 pontos). Mas analistas do BBH dizem que a tendência de baixa do dólar permanece, que a reação foi pontual.


… Se já era improvável a chance de o Fed começar a cortar o juro ainda este mês, agora com o impulso tarifário exibido por Trump nas cartas à lista de países é que esta probabilidade se tornou ainda mais isolada (menos de 5%).


… Na ferramenta do CME, a chance de flexibilização em setembro caiu de leve (de 68,1% para 64,7%), mas ainda é forte. O Goldman Sachs, que só esperava a retomada dos cortes em dezembro, antecipou sua aposta para setembro.


… O banco ficou mais dovish depois que, recentemente, o PCE indicou repasse menor das tarifas sobre os preços.


SEM SAÍDA – A curva do DI não teve ontem para onde correr, com o dólar mais caro e os juros dos Treasuries também pressionados pela ofensiva de Trump, muito disposto a continuar levando a guerra comercial longe demais.


… Sob todo o estresse, a segunda deflação seguida do IGP-DI em junho (-1,80%) não aliviou nem os juros curtos, mas reportagem do Broadcast aponta que o indicador pode ser um bom prognóstico para o IPCA, que sai quinta-feira.


… Segundo a matéria, a pressão de baixa vinda dos IGPs, somada ao movimento de valorização cambial e aos efeitos da Selic a 15% (maior nível desde 2006), deve seguir contribuindo para novas surpresas de inflação mais moderada.


… O BC vai vencendo a batalha das expectativas do mercado: no Focus, a mediana das previsões para o IPCA do ano teve a sexta baixa consecutiva, de 5,20% para 5,18%. Há um mês, o consenso de analistas estava em 5,44%.


… Embora a inflação siga rodando 0,68 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%, é um alívio ver as projeções caindo toda semana. A dúvida é se a convicção do Copom de Selic estável por muito tempo será abalada.


… No fechamento, o DI para Jan/26 subia para 14,925% (contra 14,921% no ajuste anterior); Jan/27 avançava para 14,220% (de 14,174%); Jan/29, a 13,340% (de 13,226%); Jan/31, a 13,430% (13,300%); e Jan/33, 13,480% (13,358%).


… De olho no potencial impacto sobre a inflação da rodada de tarifas de Trump, as taxas dos Treasuries avançaram. O juro da Note-2 anos foi a 3,896%, de 3,883% antes do feriado de 4 de Julho, e o de 10 anos, a 4,386%, de 4,346%.


… Risk-off foi a palavra de ordem ontem nas bolsas globais. O índice Dow Jones fechou em queda de 0,94%, aos 44.406,36 pontos; o S&P 500 perdeu 0,79%, aos 6.229,98 pontos; e o Nasdaq caiu 0,92%, aos 20.412,52 pontos.


… As ações da Tesla derreterem quase 7% com a novidade de Musk, agora com planos de lançar um novo partido político nos EUA, depois da ruptura com Trump por causa da forte oposição ao projeto de lei fiscal (Big Beautiful Bill).


… Investidores torciam para que Musk se mantivesse afastado da política, depois da passagem pelo Departamento de Eficiência Governamental (Doge), e que ele se dedicasse integralmente à montadora de veículos elétricos.


ESTRAGA-PRAZER – Trump acabou ontem com a festa do Ibovespa, que vinha de dois pregões seguidos de recordes, mas caiu 1,26% e perdeu os 140 mil pontos, negociado no fechamento a 139.489,70 pontos, com giro de R$ 17 bi.


… O estrago foi generalizado e apenas 13 ações do índice à vista da bolsa doméstica escaparam de cair. Não foi o caso das blue chips das commodities. Alinhada à queda de 0,68% do minério, Vale ON recuou 1,47%, para R$ 54,39.


… Usiminas PNA (-1,79%), CSN Mineração (-1,72%) e CSN (-1,10%) também sentiram o baque das tarifas.


… Petrobras ON caiu 0,68% (R$ 34,91) e a PN recuou 0,19% (R$ 32,06), descoladas do petróleo, que subiu mesmo com o aumento da produção da Opep acima do esperado e a perspectiva de nova oferta extra para setembro.


… Na próxima reunião do cartel, no dia 3 de agosto, fontes da Reuters antecipam que pode ser aprovada uma elevação adicional de 550 mil barris por dia, contra os 548 mil barris por dia já acertados durante o final de semana.


… O contrato do petróleo Brent para setembro avançou 1,87% ontem, para US$ 69,58 na ICE londrina.


… Entre os bancos, ninguém se salvou ontem no Ibovespa. Itaú perdeu 1,33%, a R$ 37,23; Bradesco PN caiu 0,96%, a R$ 16,51; Bradesco ON recuou 1,17%, a R$ 14,24; Santander unit, -1,33%, a R$ 28,93; e BB ON, -1,65%, a R$ 22,06.


EM TEMPO… CARREFOUR anunciou a troca de comando da operação brasileira, que está em processo de deslistagem da bolsa, apurou o Brazil Journal…


… O atual CEO, Stéphane Maquaire, deixará o cargo na semana que vem, e será substituído pelo atual COO, o argentino Pablo Lorenzo, que será também o CEO da América Latina.


OI protocolou uma petição junto à Corte de Falências do Distrito Sul de Nova York para rescindir o reconhecimento da recuperação judicial nos Estados Unidos e extinguir os processos de Chapter 15 em andamento…


… O Chapter 15 trata de casos de empresas internacionais com dificuldades de solvência.


HYPERA comunicou novo acordo de acionistas envolvendo João Alves de Queiroz Filho, fundador da companhia, Alvaro Stainfeld Link, a holding mexicana Maiorem e a Votorantim, que compõe o novo bloco de controle…


… Acordo regula o exercício de direitos políticos e patrimoniais desses acionistas e estabelece que o novo bloco de controle passa a deter 53% do capital social da Hypera.


KLABIN realizou a liquidação antecipada parcial de contrato de empréstimo sindicalizado, no valor de US$ 150 milhões; prazo para a quitação do débito estava previsto para se encerrar em 2028.

segunda-feira, 7 de julho de 2025

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: O mais relevante desta semana é que não há nada verdadeiramente relevante a sair, nem ao nível macroeconómico, nem ao nível corporativo. Portanto, resta esperar e refletir. Estas são datas sazonalmente delicadas, pois a atividade e o volume de negociação começam a diminuir. Isto verifica-se sobretudo no final de julho, mas começa a notar-se já a partir de meados do mês, ou seja, já na próxima semana.


Começamos esta segunda-feira com uma Produção Industrial na Alemanha melhor do que o esperado: +1,2% m/m vs -1,6% em abril. Os preços das casas no Reino Unido sobem de forma razoável e estabilizam: repetem +2,5% (junho). A OPEP+ vai aumentar a produção em +548.000 b/d a partir de 1 de agosto, acima dos aumentos de maio, junho e julho (+411.000 b/d). Por isso, o Brent recua -0,4% e o WTI -1,1%. O Plano Fiscal de Trump foi aprovado, pois é altamente improvável que a Câmara dos Representantes o rejeite na votação final de retorno. São mais 3,4 mil milhões de dólares em 10 anos, sobre os 36,2 mil milhões de dívida atualmente (cerca de 120% do PIB). No entanto, como será ao longo de 10 anos, pressupõe-se que o PIB aumente cerca de +20% face a cerca de +10% da dívida, pelo que não é motivo de preocupação neste momento.


Hoje saem alguns dados na UEM: (i)9h30: Confiança do Investidor Sentix (+1,1 esperado vs +0,2); 10h00: Vendas a Retalho (+1,2% esperado vs +2,3%). Tudo isto contribui para um fundo de mercado com tom construtivo, mas não o movimenta de forma significativa.


Identificamos 2 referências a ter em conta: (i) O "catch-up" de Wall St face à Europa: na semana passada, NY +1,2% vs -0,3% Europa (bolsas) e em junho +5% vs -1,2%. Maio foi um bom mês para as bolsas em ambos os casos, mas melhor para NY (+6,2%) do que para a Europa (+4%). Faz sentido que este "catch-up" continue, tendo em conta a diferente evolução dos lucros empresariais para 2025: +9,3% EUA vs +0,5% UEM vs -0,7% UE. (ii) A nova confusão sobre a data de comunicação e/ou aplicação das tarifas americanas. Agora, parece que, em vez de serem todas esclarecidas a 9 de julho, algumas são adiadas para 1 de agosto. A comunicação, pois a aplicação parece que será em todos os casos a 1 de agosto. Parece que o 1 de agosto se aplica não só à China (o único já conhecido), mas também aos países com os quais não se tenha chegado a acordo negociado, ou seja, àqueles que receberem uma tarifa imposta mais elevada.


CONCLUSÃO: Sessão de prováveis recuos (NY -0,5% e Europa -0,2%?) devido à extensão da incerteza no front comercial (tudo muda e volta a mudar, adia-se e volta a adiar-se) e, sobretudo, às datas delicadas em que entramos devido à redução dos volumes com a chegada do verão. A pressão da elevada liquidez é o principal suporte do mercado, mas o teste de realidade chega agora. Assim aconteceu em 2024 e 2023. Em 2024, Wall St. caiu -6% entre 31 de julho e 5 de agosto (-13% nos semicondutores) e a recuperação deu-se em apenas 15 dias, mas em 2023 caiu -5% (semis -10%) entre 31 de julho e 18 de agosto e só recuperou em dezembro. Se algo semelhante acontecer este ano, aproveitaríamos para comprar tecnologia (semis, cibersegurança, 7 Magníficas, defesa) e Índia a preços mais atrativos.


NY fechado. ES50 -1% IBEX -1,5% VIX 17,8% Bund 2,56% T-Note 4,33% Spread 2A-10A EUA = +47pb O10A: ESP 3,21% PT 3,04% FRA 3,27% ITA 3,47% Euribor 12m 2,063% (fut.2,042%) USD 1,177 JPY 170,6 Ouro 3.312$ Brent 68,0$ WTI 66,3$ Bitcoin +0,4% (109.137$) Ether +1% (2.572$).


FIM

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal  NY +0,8% US tech +1,5% US semis +2,5% UEM +1,1% España +1,2% VIX 16,9% Bund 2,85% T-Note 4,14% Spread 2A-10A US...