segunda-feira, 23 de junho de 2025

Restaurar a Palestina...

 Um pouco de História para quem quer “restaurar a Palestina”.


1. Antes de Israel, existia um mandato britânico, não um Estado Palestino.


2. Antes do Mandato Britânico, existia o Império Otomano, e não um Estado Palestino.


3. Antes do Império Otomano, existia o Estado dos Mamelucos do Egito, e não um Estado Palestino.


4. Antes do Estado Islâmico dos Mamelucos do Egito, existia o Império Árabe-Curdo Ayubid, e não um Estado Palestino.


5. Antes do Império Ayubid, existia o Reino Franco e Cristão de Jerusalém, e não um Estado Palestino.


6. Antes do Reino de Jerusalém, existiam os impérios Omíada e Fatímida, e não um Estado Palestino.


7. Antes dos impérios Omíada e Fatímida, existia o Império Bizantino, não um Estado Palestino.


8. Antes do Império Bizantino, existiam os Sassânidas, e não um Estado Palestino.


9. Antes do Império Sassânida, existia o Império Bizantino, não um Estado Palestino.


10. Antes do Império Bizantino, existia o Império Romano, não um Estado Palestino.


11. Antes do Império Romano, existia o Estado Hasmoneu, não um Estado Palestino.


12. Antes do Estado Hasmoneu, existia o Estado Selêucida, não um Estado Palestino.


13. Antes do império Selêucida, existia o império de Alexandre, o Grande, e não um estado Palestino.


14. Antes do império de Alexandre, o Grande, existia o império persa, não um estado Palestino.


15. Antes do Império Persa, existia o Império Babilónico, não um Estado Palestino.


16. Antes do Império Babilônico, existiam os Reinos de Israel e Judá, e não um Estado Palestino.


17. Antes dos Reinos de Israel e Judá, existia o Reino de Israel, não um Estado Palestino.


18. Antes do reino de Israel, existia a teocracia das doze tribos de Israel, e não um estado Palestino.


19. Antes da teocracia das doze tribos de Israel, havia uma aglomeração de cidades-reinos cananeias independentes, e não um estado Palestino.


Na verdade, neste pedaço de terra houve de tudo, menos um Estado Palestino.


Texto de Rishi Bagree

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Israel/Irão é o fator diretor imprevisível. Espera incerta e tensa, mas golpe mais suave do que o esperado. Um velho ditado do mercado afirma: “Os mercados são especialmente maus na hora de avaliar o risco geopolítico”. É necessário saber 3 coisas para estimar o alcance da implicação dos EUA na desativação do programa nuclear do Irão: (1) se este foi totalmente destruído, Fordow inclusive. (2) Se o Irão irá bloquear o Estreito de Ormuz (fundamental para o petróleo) e atacar bases americanas. (3) Se algum terceiro país (Rússia) se envolverá ativamente a favor do Irão. Agora ninguém sabe quase nada fiável, sendo a única certeza que o prémio de risco pela geoestratégia sobe até máximos, mas o mercado encaixa-o com uma frieza assombrosa, visto que os futuros das bolsas apenas retrocedem -0,2%/-0,5%. 


O desenvolvimento mais provável é que efetivamente o programa nuclear militar do Irão tenha sido destruído (a central nuclear civil de Bushehr está intacta), que o Irão tente bloquear o Estreito de Ormuz e provoque um determinado encarecimento do petróleo (85/95 $/b.) e que a situação evolua para uma guerra híbrida e de desgaste na região, consistente em ataques de militares e terroristas a bases americanas e interesses israelitas. 


CONCLUSÃO: Na prática, para o mercado implica prémio de risco superior por geoestratégia e inflação em alta pelo petróleo. Contudo, a compra de obrigações como refúgio e o apoio na sombra dos bancos centrais com os seus imensos balanços conseguirão que as yields das obrigações se reduzam ainda mais, e isso evitará que as bolsas sofram quedas graves, como aconteceria em circunstâncias normais. Embora o impacto imediato seja muito inferior ao que a lógica dita, deverão passar semanas até que possa ser feita uma avaliação fiável da situação, sendo o mais provável que as bolsas fiquem presas, que lateralizem ou retrocedam ligeiramente, entretanto. Bom não é, mas tem menos impacto do que que parece intuitivamente.


S&P500 -0,2% Nq-100 -0,4% SOX -0,8% ES50 +0,7% IBEX -1,3% VIX 20,6% Bund 2,53% T-Note 4,39 Spread 2A-10A USA=+47pb B10A: ESP 3,23% PT 3,02% FRA 3,26% ITA 3,52% Euribor 12m 2,101% (fut.2,087%) USD 1,150 JPY 169,3 Ouro 3.355$ Brent 78,0$ WTI 74,7$ Bitcoin -3% (101.577$) Ether -11,1% (2.242$). 


FIM

BDM Matinal Riscala

 *Rosa Riscala: Sangue-frio à espera da resposta do Irã*


… Os mercados surpreenderam na abertura dos pregões asiáticos, com perdas moderadas aos ataques dos Estados Unidos às instalações nucleares do Irã, neste sábado. O petróleo Brent registrou alta de 5%, pouco acima de US$ 80, uma pressão bem razoável, diante das previsões mais alarmistas de que pode […]


… Os mercados surpreenderam na abertura dos pregões asiáticos, com perdas moderadas aos ataques dos Estados Unidos às instalações nucleares do Irã, neste sábado. O petróleo Brent registrou alta de 5%, pouco acima de US$ 80, uma pressão bem razoável, diante das previsões mais alarmistas de que pode ir a US$ 100 se os conflitos no Oriente Médio se agravarem. Investidores ainda buscavam os ativos de segurança, como dólar e Treasuries, mas sem pânico, à espera de uma reação do Irã que possa atingir o fluxo de energia. Ainda há poucas informações sobre o que se deve esperar como consequências. A principal expectativa é se o Irã fechará o Estreito de Ormuz, por onde passa 20% do petróleo que abastece o mundo, o que pode gerar uma crise com efeitos inflacionários às economias globais.


… Na Bloomberg TV, Bob McNally, presidente da Rapidan Energy Advisers, explicou que o mercado está “um pouco imune a perturbações geopolíticas” e que deve reagir com certa moderação, pelo menos, até que os fluxos de petróleo sejam afetados.


… “Tivemos vários alarmes falsos. A invasão russa da Ucrânia foi um deles. Os preços do petróleo dispararam, mas não houve interrupção. Os traders esperam para ver se o Irã retaliará. Até agora, ninguém puxou o gatilho. Se não o fizerem, o preço se reverterá.”


… Um primeiro sinal de que a situação pode não sair do controle foi a reação dos aliados do Irã, que condenaram veemente o ataque dos Estados Unidos, mas limitaram-se à manifestação retórica, inclusive China e Rússia, sem oferecer apoio efetivo.


… Israel não mostra disposição para diminuir os ataques ao Irã após a ação em Fordow, Natanz e Isfahan, mas o papel dos EUA na guerra parece indefinido. As declarações de Trump soam contraditórias sobre o que seu governo pretende fazer a partir de agora.


… Em seu primeiro pronunciamento, ainda no sábado à noite, o presidente americano exigiu que o Irã parasse de atacar Israel e voltasse à mesa de negociações. “Ou haverá paz ou haverá tragédia para o Irã”, disse ele, ameaçando com novas ações militares.


… Já outras fontes da Casa Branca, inclusive o vice-presidente, JD Vance, dizem que os EUA não estão em guerra com o Irã, mas com o seu programa nuclear. “Não queremos uma mudança de regime [como Israel quer]. Não queremos prolongar isso.”


… Trump diz que as instalações nucleares foram “totalmente destruídas” pelas bombas lançadas pelas forças americanas, mas as imagens de satélite não comprovam isso. Isso pode fazer a diferença para o Irã? A AIEA diz que não há sinais de contaminação radioativa.


… Em postagem nas redes sociais, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, classificou os ataques dos EUA às instalações nucleares como “ultrajantes”, prometendo que eles terão “consequências eternas”.


… O parlamento iraniano pediu o fechamento do Estreito de Ormuz, segundo a TV estatal iraniana. Tal medida, no entanto, não poderá ser realizada sem a aprovação explícita do Líder Supremo, o Aiatolá Ali Khamenei, que não disse nada até agora.


… Teerã poderá, também, optar por outras retaliações, como atingir a infraestrutura de petróleo de fornecedores rivais no Oriente Médio, entre os quais, Arábia Saudita, Iraque ou Emirados Árabes. Riad e Bagdá já manifestaram preocupação com o ataque dos EUA.


… O Irã poderia ainda promover ataques a navios no Mar Vermelho, contando com rebeldes houthis baseados no Iêmen.


… Se as hostilidades se intensificarem, as capacidades de produção de petróleo de Teerã poderão ser alvos, incluindo o importante centro de exportação da Ilha de Kharg. Tal medida elevaria os preços do petróleo bruto, o que os EUA talvez queiram evitar.


… Nos últimos meses, a OPEP+ vem flexibilizando as restrições à oferta em ritmo acelerado, buscando recuperar participação de mercado, e, mesmo assim, seus membros ainda têm mostrado capacidade ociosa substancial que poderia ser reativada.


… O mercado de petróleo tem sido afetado pela crise desde que Israel atacou o Irã há mais de uma semana, com os contratos futuros em alta, os volumes de opções disparando junto com as taxas de frete e a curva de futuros se deslocando para refletir as tensões.


… O Oriente Médio responde por cerca de um terço da produção global de petróleo bruto, e preços mais altos e sustentados aumentariam as pressões inflacionárias em todo o mundo. O ataque dos EUA pode ser uma conflagração do conflito.


… Investidores testam o sangue-frio, mas estão atentos e qualquer movimento pode desencadear uma rápida e brusca mudança.


… Ainda na Bloomberg, Helima Croft, chefe de estratégia global de commodities do RBC, alerta que não se pode dizer que o pior já passou.


… “Pode levar alguns dias ou até semanas para discernir a resposta iraniana a este ataque sem precedentes às suas instalações nucleares e ao seu pessoal-chave. Uma expansão mais ampla [do conflito] ainda não pode ser descartada neste momento.”


… Analistas avaliam que, embora os representantes de Teerã, como Hezbollah e Hamas, estejam enfraquecidos, não foram eliminados.


… Hoje, reunião de emergência da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) está marcada para discutir o ataque ao Irã, enquanto o ministro das Relações Exteriores iraniano, Seyed Abbas Araghchi, deve se encontrar com Putin.


AGENDA DA SEMANA – O testemunho de Powell no Congresso dos EUA – amanhã (3ªF) na Câmara e 4ªF no Senado – vem a calhar para comentar o agravamento da guerra Israel-Irã e os riscos de alta do petróleo e pressões inflacionárias.


… A semana terá ainda as falas de vários outros membros do Fomc, que tendem a seguir a linha de cautela, com exceção de um ou outro integrante mais dovish, como Christopher Waller (hoje), que defende a possibilidade de corte de juros a partir de julho.


… Entre os indicadores nos EUA, o PCE de maio na 6ªF pode estar comprometido pelas novas expectativas para o petróleo. Um dia antes, na 5ªF, a leitura final do PIB/1Tri americano deve confirmar a retração provocada pelas importações antecipadas às tarifas.


… Hoje, várias prévias do índice PMI composto de junho serão divulgados, na Zona do Euro, Alemanha, França, Reino Unido e EUA (10h45). No Japão, o indicador subiu de 50,2 em maio para 51,4, indicando expansão.


… A presidente do BCE, Christine Lagarde, tem três pronunciamentos previstos para a semana, o primeiro deles hoje (10h), e também deve comentar sobre o agravamento dos conflitos no Oriente Médio e os riscos inflacionários com o eventual encarecimento do petróleo.


… Entre os Fed boys, além de Waller (5h), falam hoje Michelle Bowman (11h), Austan Goolsbee (14h10) e Adriana Kugler (15h30).


… Ainda nos EUA, saem as vendas de casas usadas em maio (11h) e na Zona do Euro, a prévia da Confiança do Consumidor de junho (11h).


NO BRASIL – A expectativa é para a ata do Copom (amanhã), que elevou a Selic de 14,75% para 15%, e descartou cortes do juro este ano, avisando, inclusive, que pode voltar a subir o juro se as expectativas inflacionárias não convergirem para a meta de 3%.


… A semana ainda tem indicadores importantes, como os dados das transações correntes de maio (4ªF), o IPCA-15 de junho (5ªF) e dados do emprego, com o Caged e a taxa de desemprego do IBGE (6ªF). Na 6ªF, também será divulgado o IGP-M de junho.


… Hoje, mais uma pesquisa Focus (8h25) atualiza as projeções do IPCA, com destaque para as expectativas futuras, e da Selic. Um pouco antes (8h), sai o IPC-S semanal. E, às 15h, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulga o saldo semanal da balança comercial.


… Em Brasília, o Congresso pode ter mais uma semana esvaziada pelas festas juninas, quando parlamentares permanecem em suas bases, mas com o ministro Fernando Haddad de volta das férias, podem surgir novidades sobre a política fiscal.


MEDINDO FORÇAS – Apesar da promessa do Copom de manter os juros elevados por período “bastante prolongado”, em vez de apenas “prolongado”, como na comunicação anterior, o mercado foi para cima do BC.


… Insensível à intenção do comitê de Galípolo de afastar a perspectiva de cortes precoces da Selic até a metade do ano que vem, parte da curva do DI se lançou à especulação de que a taxa básica já possa cair em jan/2026.


… É verdade que esta aposta mais ousada deve ser corrigida no caso de o choque externo da guerra explodir os preços do petróleo nestas próximas semanas a ponto de configurar sério risco à pressão inflacionária doméstica.


… Também a ata do Copom ainda pode virar esta onda dovish, que desafia o conservadorismo do comunicado. 


… Mas no pregão regular da última 6ªF, um dia antes de os EUA atacarem o Irã, cálculos ao Broadcast do economista Carlos Lopes (do Banco BV) indicaram no DI um terço de chance de a Selic cair 25pb em janeiro.


… A probabilidade maior, no entanto, ainda se concentra em um relaxamento em abril. Março também tem adeptos.


… Entre os bancos, o JPMorgan está mais arrojado do que os próprios traders, antecipando queda do juro em dezembro/25, com a Selic terminando 2026 em 10,75%, ou seja, redução acumulada de 4,25pp. A expectativa intermediária segue em 12,50%.


… Uma grande vantagem de o Copom ter adotado um tom superhawkish é que acabou se protegendo contra o cenário ainda altamente incerto em relação ao conflito no Oriente Médio e protecionismo econômico de Trump.


… A trégua nas tarifas recíprocas termina em 9 de julho e a demora nas negociações acende o sinal amarelo.


… Na volta do feriado de Corpus Christi, a curva do DI só respeitou o recado duro do Copom na ponta curta, com alta das taxas. Já o trecho médio e longo recuou, acreditando que o ciclo de aperto acabou e antecipando cortes.


… No fechamento, o DI para Jan/26 subiu a 14,960% (de 14,868% no ajuste anterior) e o Jan/27, a 14,270% (de 14,250%). Já o Jan/29 caiu a 13,390% (de 13,550%); Jan/31, a 13,510% (13,705%); e Jan/33 a 13,590% (13,771%).


… A primeira reação do câmbio ao Copom firme, que eleva o diferencial de juro e reforça a atração de k externo no curto prazo, foi de alívio no dólar para R$ 5,4696 na mínima pela manhã. Mas o bom humor não durou.


… A falta de medidas concretas na reunião entre diplomatas europeus e iranianos, realizada em Genebra, e o desprezo de Trump às negociações (“o Irã não quer conversar com a Europa”) deixaram o mercado na defensiva.


… O dólar zerou toda a queda observada na primeira metade do dia e fechou em alta de 0,44% (R$ 5,5249).


DORMIU VENDIDO EM RISCO – Já de largada na 6ªF, o Ibovespa tinha contratada a reação negativa ao plano do Copom de manter a Selic alta por muito tempo. Ao longo do dia, a tensão externa só aprofundou a cautela.


… O índice à vista da bolsa doméstica queimou 1.600 pontos e fechou em baixa de 1,15%, na faixa dos 137 mil pontos (137.115,83). O volume financeiro de R$ 31,3 bilhões foi inflado pelo exercício das opções sobre ações.


… Os interesses dos vendidos, em dia de vencimento, derrubaram a Vale (ON, -2,58%, a R$ 49,92), apesar da alta de quase 1% do minério. Petrobras PN caiu 0,27% (R$ 32,82), mas ON avançou 0,45% (R$ 35,91).


… Os papéis dos bancos recuaram em bloco: Itaú, -0,52% (R$ 36,64); Bradesco PN, -0,84% (R$ 16,62); Bradesco ON, -1,11% (R$ 14,29); Santander unit, -2,03% (R$ 29,47); e BB ON registrou desvalorização de 2,11% (R$ 21,35).


… Lá fora, apesar da turbulência com o Irã, o petróleo Brent realizou lucro (-2,33%; US$ 77,01) e praticamente zerou tudo o que saltou no pregão anterior (+2,8%). Mas hoje, já abriu a US$ 81,40, em alta de 5,7%.


… Pressão defensiva à vista também para o dólar, que na 6ªF se ajustou em queda ao comentário do Fed boy dovish Christopher Waller, defendendo que os EUA têm condição de cortar o juro já na próxima reunião, no mês que vem.


… Para ele, o efeito das tarifas deve ser pontual e não causar inflação persistente. Trump deve ter aplaudido a defesa pelo alívio na política monetária, mas a opinião de Waller não é compartilhada por todos os seus colegas.


… Tom Barkin (Fed/Richmond) reverberou a falta de pressa de Powell em reduzir a taxa de juros e recomendou que não seja ignorada prematuramente a hipótese de um pico da inflação nos EUA, que segue acima da meta.


… Na mesma linha de pensamento, Mary Daly (Fed/São Francisco) projetou o horizonte de um corte mais para frente. “Espero mais o outono [setembro a novembro nos EUA] do que julho”, disse, segundo o ForexLive.


… Apesar da divisão interna no Fed, o índice DXY do dólar testou uma queda com a fala dovish de Waller.


… Caiu 0,20%, a 98,707 pontos. O euro ganhou 0,21%, negociado a US$ 1,1525. O HSBC espera que a moeda do bloco europeu suba para US$ 1,20 no 4Tri, com a política tarifária e fiscal de Trump desestabilizando o dólar.


… A libra recuou 0,11%, a US$ 1,3448 no último pregão, e também o iene fechou em queda, a 146,12/US$.


… Num misto de reação ao corte de juro defendido por Waller em julho e ao clima de alerta com o Irã, caíram os juros dos Treasuries de 2 anos (3,905%, de 3,934% antes do feriado nos EUA) e 10 anos (4,379%, de 4,384%).


… No ambiente de esperar para ver o que poderia rolar no final de semana em relação ao conflito do Oriente Médio, as bolsas em NY anularam os ganhos iniciais e exibiram alguma procura por posições defensivas.


… Dow Jones estável (+0,08%, a 42.206,82 pontos); S&P 500, -0,22% (5.967,82); e Nasdaq, -0,51% (19.447,41).


EM TEMPO… Pressionada pelo ala baiana do governo (Rui Costa e Jaques Wagner) e o ministro Alexandre Silveira, a VALE mantém estudos para comprar a mineradora Bamin, sediada na Bahia, segundo O Globo…


… Altamente endividada, a Bamin estaria precisando de investimentos bilionários, estimados em US$ 5,5 bi.


MINERVA. Conselho aprovou homologação de aumento de capital de R$ 2 bilhões, por meio da emissão de 386,8 milhões de novas ações ON, e atribuição de 193,4 milhões de bônus de subscrição como vantagem adicional.


TENDA recebeu R$ 159,0 milhões em primeira etapa de securitização de certificados de recebíveis imobiliários (CRI), emitidos pela Opea Securitizadora, em sua 448ª emissão, com distribuição realizada pela Galapagos.


TRACK&FIELD informou que seu conselho de administração aprovou a distribuição de juros sobre capital próprio (JCP) no valor bruto total de R$ 9,8 milhões, a R$ 0,064 por ação PN. Ex na próxima 5ªF.

domingo, 22 de junho de 2025

XP x CVM x MPF

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*MPF abre investigação contra a XP Investimentos*


*Inquérito mira 'supostas irregularidades' cometidas pela corretora em operações conhecidas como 'Collar UI'*


O MPF abriu recentemente um inquérito para apurar “supostas irregularidades” praticadas pela XP Investimentos em operações conhecidas, segundo o órgão, como “Collar com ativo UI”.


Trata-se de uma estratégia de investimento que utiliza opções para proteger uma posição em ações ou outros ativos, ao mesmo tempo em que permite ganhos com a valorização do ativo. A estratégia envolve a compra de opções de venda e a venda de opções de compra sobre o mesmo ativo e com a mesma data de vencimento. Em sites de defesa do consumidor, há registros de clientes da XP sobre o tema.


No texto que institui a apuração, no entanto, não há detalhes sobre quais irregularidades foram supostamente cometidas pela corretora de valores. O órgão afirma que o inquérito é motivado pela “necessidade de prosseguimento das diligências”.


A ordem de investigação é do procurador da República Claudio Gheventer.


https://veja.abril.com.br/coluna/radar/mpf-abre-investigacao-contra-a-xp-investimentos/

Repercutindo...

 *FINANCE NEWS*


*_Tensão global, petróleo, dados de inflação no Brasil: os eventos no radar do mercado_*



*Eventos no radar do mercado nesta semana:*


_Tensão global elevada_


Analistas e investidores se preparam para as consequências nos mercados após o presidente americano Donald Trump anunciar ataques a três instalações nucleares do Irã na noite de sábado. Os agentes econômicos esperam uma primeira onda de impactos nos preços da commodities, principalmente do petróleo. Os bombardeios elevam ainda mais os riscos de uma escalada no Oriente Médio com consequências na geopolítica global. O chanceler do Irã disse que os Estados Unidos cruzaram “linha vermelha” com os ataques.



*Petróleo no centro das atenções*


O Parlamento do Irã aprovou o fechamento do Estreito de Ormuz, por onde passam diariamente mais de 20 milhões de barris de petróleo, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA). Essa quantidade representa em torno de 27% do comércio marítimo mundial de petróleo. A decisão do Parlamento ainda precisa passar pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional e pelo aiatolá Ali Khamenei para entrar em vigor.


 A avaliação de vários analistas é que, com o bloqueio, o barril da commodity pode ultrapassar os US$ 100 dólares. Isso pressionaria as cadeias produtivas globais.



*Fala do presidente do BC dos EUA*


Em um contexto de apreensão global, o presidente do Banco Central dos Estados Unidos, Jerome Powell, fala na terça-feira, 24, no Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. Powell, que tem sido pressionado pelo presidente americano Donald Trump para baixar os juros, apresenta o relatório semestral de política monetária ao Congresso. Analistas acompanham se ele vai mencionar o rumo dos juros na maior economia do mundo.



*Ata do Copom no Brasil*


No Brasil, um dos principais destaques é a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Na semana passada o Copom elevou a taxa Selic de 14,75% para 15%. A ata será divulgada na terça-feira, 24, às 8h, e poderá trazer mais detalhes sobre a avaliação do Copom para os juros e a inflação. O tom duro adotado pelo Comitê foi um dos motivos que levou o Ibovespa a registrar queda de 1,15% na sexta-feira.



*Dados de inflação no Brasil*


Ainda no Brasil, também está no radar dos investidores os números do IPCA-15 de junho. O indicador, considerado uma prévia da inflação oficial, será divulgado na quinta-feira, 26. O presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, e o diretor de Política Econômica, Diogo Abry Guillen, participam também na próxima quinta-feira da apresentação e da coletiva de imprensa do Relatório de Política Monetária. O Relatório será publicado às 8 horas na página do BC. Às 11 horas, o diretor Diogo Guillen apresentará os dados da publicação. Na sequência, o presidente Gabriel Galípolo e o diretor darão entrevista coletiva à imprensa, sobre a condução da política monetária.

Amilton Aquino

 Uso muito os textos dele. Amilton Aquino é sensacional.


"As ilusões e hipocrisias do debate geopolítico


Acompanhando as repercussões dos ataques às instalações nucleares do Irã, chama-me a atenção a inocência de alguns analistas ocidentais. Comecemos por Guga Chacra que, antes mesmo do ataque, já havia “enquadrado” o embaixador israelense ao vivo ao questionar: por que Israel, que não assinou o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), pode ter armas nucleares e o Irã, que assinou, não?


Primeiro, é estarrecedor que um “especialista” em geopolítica faça uma pergunta dessas — ainda mais no tom afrontoso com que foi feita. Ora, os israelenses, embora possuam armas nucleares desde 1967, jamais prometeram varrer qualquer inimigo do mapa, como o Irã promete fazer com Israel há décadas. Aliás, neste exato momento, Israel tem total controle do espaço aéreo iraniano. Poderia matar milhões, mas mira alvos militares — ao contrário do Irã, que procura provocar o máximo possível de vítimas civis. Tentar colocar em pé de igualdade a única democracia liberal do Oriente Médio com uma teocracia tirânica financiadora dos principais grupos terroristas do mundo já revela o grau de desconexão com a realidade do referido analista.


Segundo, a pergunta contém um erro cronológico imperdoável para qualquer especialista: o TNP entrou em vigor em 1970, ou seja, depois de Israel já ter desenvolvido suas armas nucleares. Terceiro, o Irã que assinou o acordo não é o mesmo dos aiatolás, que tomaram o poder em 1979, sob os aplausos da esquerda mundial — sobretudo a francesa.


Mas isso nem foi o pior na renomada Globo. A comentarista para assuntos aleatórios Eliane Cantanhêde viralizou nesta semana praticamente lamentando que os ataques iranianos a Israel provoquem “no máximo, umas mortezinhas aqui e ali”. De fato, é verdade. Mas não por falta de esforço iraniano, e sim pela preocupação dos governos israelenses com a proteção de seus civis, que contam com um sofisticado sistema de bunkers — mais uma diferença civilizacional que separa o pequeno Estado judeu do regime iraniano, cujo valor da vida dos próprios cidadãos está abaixo dos objetivos declarados de destruição em massa de seus inimigos.


Portanto, a diferença civilizacional é óbvia, mas a diplomacia finge não ver. O Irã, um Estado reconhecidamente terrorista, recorrer à ONU para reclamar de ações de Israel e dos EUA, é do mesmo nível de cinismo de um Putin — um sujeito que respira guerras desde sempre — ao se declarar “preocupado” com a eclosão de uma terceira guerra mundial. Haja estômago.


Até aí, tudo dentro do script. Regimes autoritários sempre fizeram e sempre farão ameaças. O Irã, totalmente encurralado, continua prometendo respostas apocalípticas. Medvedev, o “louquinho” utilizado por Putin para ecoar ameaças, já apareceu para insinuar que há “um grupo de países disposto a fornecer bombas nucleares ao Irã”!


Ou seja: mais do mesmo. Ditadores apostando na covardia ocidental em confrontá-los. Se as nações democráticas tivessem se unido para destruir as instalações nucleares da Coreia do Norte na década de 1990, hoje não teríamos mais um déspota ameaçando explodir o mundo.


Restou a Israel, mais uma vez — como já fez no Iraque e na Síria — partir para o ataque, a fim de evitar que mais um inimigo se torne uma ameaça global, enquanto a maioria dos analistas ocidentais de viés esquerdista finge acreditar que o programa iraniano tem fins pacíficos.


A verdade, meus amigos, é que ditadores e terroristas aprenderam a usar nossa própria democracia contra nós. E, enquanto o Ocidente não despertar para os riscos que corre ao fazer vistas grossas a tais chantagens, mais eles recorrerão a esses artifícios.


Já vejo diversos analistas ecoando as cínicas reclamações do representante iraniano de que os EUA os “traíram”, que o ataque às usinas “sepultou as negociações diplomáticas”, ignorando que o próprio Irã rejeitou até a proposta norte-americana de manter seu programa nuclear, desde que o urânio enriquecido fosse exportado para o país.


Claro que tais negociações não levariam a lugar algum. Eram mero teatro, uma estratégia para ganhar tempo até o Irã finalmente anunciar ao mundo que dominou a tecnologia nuclear militar. Felizmente, Trump percebeu o óbvio. Só resta agora que ele adote a mesma lucidez em relação à Rússia, que há mais de dois anos não consegue derrotar a Ucrânia e aposta em concessões de um possível novo governo Trump para abocanhar o máximo possível do território invadido.


Risco de uma 3ª Guerra Mundial? Sim, corremos. Mas não será com covardia e excesso de diplomacia que vamos evitá-la. O Ocidente ainda é mais forte que o eixo do mal. Se não mostrar as garras agora, poderá ser tarde demais.


O fato é que Israel, sozinho — um pequeno país 74 vezes menor que o Irã — tem lutado simultaneamente em sete frentes de guerra há mais de dois anos contra um mal que ameaça todo o Ocidente. Como bem admitiu o chanceler alemão: “Israel está fazendo o serviço sujo por nós.” Faltou incluir a Ucrânia na frase."

Diego Muguet

 O Dia em que o Martelo Desceu: Trump, o Irã e o Fim do Teatro Geopolítico


Por Diego Muguet


O mundo acordou com os ouvidos zunindo e os olhos arregalados. O que parecia bravata virou realidade. O que muitos chamavam de teatro virou impacto real. Donald Trump entrou na guerra. E entrou como só ele poderia entrar: sem pedir licença, sem pedir desculpas, sem jogar flores nas câmaras da ONU. Os EUA não pediram consenso, enviaram bombardeiros. O Irã não teve tempo de responder, apenas de evacuar. A diplomacia morreu sufocada sob o peso de uma ogiva enterrada a 70 metros de profundidade.


Esse não é um conflito entre nações. É um duelo entre realidades: de um lado, a civilização que ainda acredita em fronteiras, liberdade e sobrevivência. Do outro, um regime teocrático que jura matar Israel, enforca mulheres e chama o apocalipse de projeto nacional. O Irã não estava construindo energia nuclear. O Irã estava afiando uma adaga radioativa para degolar a estabilidade do planeta. E a única coisa que impedia o corte era a hesitação ocidental, até que Trump decidiu que hesitar já era colaborar.


Enquanto a esquerda global choraminga por cessar-fogo, o martelo americano já caiu sobre Fordow, Natanz e Isfahan. E ninguém pode dizer que não foi avisado. Israel gritou. Trump gritou mais alto. E o Irã, como sempre, subestimou quem não fala em código. Trump não joga xadrez com fanático. Ele derruba o tabuleiro.


Putin vai discursar, mas não vai mover um dedo. Está atolado na Ucrânia, torcendo para os EUA gastarem energia com Teerã. Xi Jinping vai emitir notas diplomáticas com papel reciclado enquanto abastece cargueiros no estreito de Malaca. A Europa vai lamentar em francês, sentada em painéis sobre “a nova ordem multipolar”. Mas o único botão que foi apertado… foi americano. E funcionou.


A verdade que ninguém quer dizer é: o Irã destruído interessa a todos, menos ao Irã. Interessa à Rússia, que ganha fôlego no petróleo. Interessa à China, que assume o discurso de paz sem sujar os dedos. Interessa à Arábia Saudita, que livra-se do vizinho barulhento. Interessa até ao Ocidente anestesiado, que prefere guerra cirúrgica a terror nuclear. Só não interessa ao establishment progressista, que detesta a ideia de que Trump estava certo.


E ele estava. Porque “America First” nunca significou “deixe que o inimigo ataque primeiro”. Significou: elimine o inimigo antes que ele levante a cabeça. E é exatamente isso que começou a acontecer. Ainda não acabou. O Irã vai retaliar. Israel vai seguir avançando. E Trump já deixou claro que isso não é busca por cessar-fogo, é busca por vitória total. O que vimos foi só o primeiro grande golpe. O resto virá em ondas, e o martelo ainda está no ar.


O tabuleiro mudou. O tempo das bravatas acabou. Os drones de reconhecimento foram substituídos por ogivas penetrantes. O silêncio foi trocado pela fumaça de instalações em ruínas. Trump não encerrou a guerra. Trump abriu a porta para o capítulo onde ela finalmente será decidida.


E quando a poeira se levantar, porque ela vai se levantar de novo, a história vai lembrar: foi preciso um homem odiado por diplomatas para dizer basta a um regime que há décadas sonha com a destruição do mundo livre. Essa é a verdade que ninguém quer escrever, mas que todo mundo, no fundo, já entendeu.

Produtividade é a saída

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