Pular para o conteúdo principal

Diego Muguet

 O Dia em que o Martelo Desceu: Trump, o Irã e o Fim do Teatro Geopolítico


Por Diego Muguet


O mundo acordou com os ouvidos zunindo e os olhos arregalados. O que parecia bravata virou realidade. O que muitos chamavam de teatro virou impacto real. Donald Trump entrou na guerra. E entrou como só ele poderia entrar: sem pedir licença, sem pedir desculpas, sem jogar flores nas câmaras da ONU. Os EUA não pediram consenso, enviaram bombardeiros. O Irã não teve tempo de responder, apenas de evacuar. A diplomacia morreu sufocada sob o peso de uma ogiva enterrada a 70 metros de profundidade.


Esse não é um conflito entre nações. É um duelo entre realidades: de um lado, a civilização que ainda acredita em fronteiras, liberdade e sobrevivência. Do outro, um regime teocrático que jura matar Israel, enforca mulheres e chama o apocalipse de projeto nacional. O Irã não estava construindo energia nuclear. O Irã estava afiando uma adaga radioativa para degolar a estabilidade do planeta. E a única coisa que impedia o corte era a hesitação ocidental, até que Trump decidiu que hesitar já era colaborar.


Enquanto a esquerda global choraminga por cessar-fogo, o martelo americano já caiu sobre Fordow, Natanz e Isfahan. E ninguém pode dizer que não foi avisado. Israel gritou. Trump gritou mais alto. E o Irã, como sempre, subestimou quem não fala em código. Trump não joga xadrez com fanático. Ele derruba o tabuleiro.


Putin vai discursar, mas não vai mover um dedo. Está atolado na Ucrânia, torcendo para os EUA gastarem energia com Teerã. Xi Jinping vai emitir notas diplomáticas com papel reciclado enquanto abastece cargueiros no estreito de Malaca. A Europa vai lamentar em francês, sentada em painéis sobre “a nova ordem multipolar”. Mas o único botão que foi apertado… foi americano. E funcionou.


A verdade que ninguém quer dizer é: o Irã destruído interessa a todos, menos ao Irã. Interessa à Rússia, que ganha fôlego no petróleo. Interessa à China, que assume o discurso de paz sem sujar os dedos. Interessa à Arábia Saudita, que livra-se do vizinho barulhento. Interessa até ao Ocidente anestesiado, que prefere guerra cirúrgica a terror nuclear. Só não interessa ao establishment progressista, que detesta a ideia de que Trump estava certo.


E ele estava. Porque “America First” nunca significou “deixe que o inimigo ataque primeiro”. Significou: elimine o inimigo antes que ele levante a cabeça. E é exatamente isso que começou a acontecer. Ainda não acabou. O Irã vai retaliar. Israel vai seguir avançando. E Trump já deixou claro que isso não é busca por cessar-fogo, é busca por vitória total. O que vimos foi só o primeiro grande golpe. O resto virá em ondas, e o martelo ainda está no ar.


O tabuleiro mudou. O tempo das bravatas acabou. Os drones de reconhecimento foram substituídos por ogivas penetrantes. O silêncio foi trocado pela fumaça de instalações em ruínas. Trump não encerrou a guerra. Trump abriu a porta para o capítulo onde ela finalmente será decidida.


E quando a poeira se levantar, porque ela vai se levantar de novo, a história vai lembrar: foi preciso um homem odiado por diplomatas para dizer basta a um regime que há décadas sonha com a destruição do mundo livre. Essa é a verdade que ninguém quer escrever, mas que todo mundo, no fundo, já entendeu.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Livros

  " O livro de Marshall B. Reinsdorf e Louise Sheiner oferecem, em The Measure of Economies: Measuring Productivity in an Age of Technological Change, uma análise pertinente e necessária ao panorama económico contemporâneo. Este trabalho, publicado em 2024, desafia os métodos tradicionais de medição do PIB, argumentando que as práticas do século XX são inadequadas para avaliar a produtividade no contexto do século XXI, marcado pela transformação tecnológica. Com capítulos assinados por peritos em economia, a obra não se limita a apresentar os problemas inerentes às práticas actuais, mas propõe alternativas inovadoras que abrangem áreas como a economia digital, os cuidados de saúde e o ambiente. A estrutura é equilibrada, alternando entre a crítica aos métodos estabelecidos e as propostas de solução, o que proporciona uma leitura informativa e dinâmica. Um dos pontos fortes deste livro é a sua capacidade de abordar questões complexas de forma acessível, sem sacrificar a profundidad...

Já deu...

  Fernando Haddad, mais um poste criado pelo Deus Lula, disse que o cidadão é o "maestro da Orquestra". Estamos fufu. Lula não tem mais a mínima condição de ser maestro de nada, nem da sua casa, em quem manda é a Janja. É o ocaso de um projeto de poder, do lulo-petismo, que foi se transformando num culto fajuto à personalidade, nas piores personificações das ditaduras corruptas de esquerda. Lula já não consegue concatenar ideias, está cansado e sim, mto velho. Já deu.

Guerra comercial pesada