quarta-feira, 6 de agosto de 2025

O peso do assistencialismo contínuo

 Eduardo Anelli, no Valor de hoje…

“O custo invisível do assistencialismo contínuo"

“Toda política pública precisa ser instrumento de transformação — e não de acomodação”. 

Amartya Sen, Prêmio Nobel de Economia

Nas últimas duas décadas, o Brasil construiu um dos maiores sistemas de transferência de renda da América Latina. Programas como o Bolsa Família, Auxílio Gás e Vale Energia integram o orçamento de milhões de famílias. Contudo, quando esses mecanismos emergenciais se tornam permanentes, sem metas de emancipação, surge uma dependência sutil, de longo prazo. 

A dúvida é: estamos enfrentando a pobreza ou perpetuando um ciclo de estagnação?

O Bolsa Família, criado oficialmente em 2003, atendia cerca de 3,6 milhões de famílias em seu primeiro ano. Hoje, ultrapassa a  marca de 20 milhões de famílias, com um custo mensal de mais de R$ 13 bilhões. Em 2024, os gastos ultrapassaram R$ 142 bilhões —  valor comparável ao total investido na educação básica nacional.

Essa inversão revela uma escolha: estamos financiando a permanência da pobreza, em vez de investir na superação dela. O investimento na renda mínima não pode substituir o esforço estruturante na formação de capital humano, base essencial para o desenvolvimento sustentável de qualquer nação.

O paradoxo é evidente nas regiões Norte e Nordeste. Em muitos municípios, há mais famílias beneficiárias do que trabalhadores formais. No Maranhão, por exemplo, apenas 24% da população economicamente ativa está registrada com carteira assinada.

Em Marajá do Sena (MA), para cada trabalhador formal existe quase três famílias no programa.

Isso sinaliza uma realidade preocupante: a assistência passou a ocupar o lugar do emprego como motor da economia local.

A Previdência Social brasileira enfrenta um déficit superior a R$ 320 bilhões ao ano. Com 53% da população fora do regime de contribuição, a base arrecadatórias e esvazia.

Além disso, o trabalhador brasileiro tem produtividade muito baixa: produz apenas 23% do que produz um trabalhador norte-americano. Esse índice também é inferior ao de países como Chile e Coreia do Sul, que investiram massivamente em educação e capacitação técnica ao longo das últimas décadas.

O resultado é um cenário de dependência e a baixa produtividade q mina o crescimento sustentável e agrava as desigualdades.

O impacto econômico do "assistencialismo contínuo" é pro-fundo. Ele pressiona o equilíbrio fiscal, desestimula a formalização, alimenta a informalidade e reforça desigualdades regionais.

Para sustentar os programas, o governo recorre a aumento de impostos indiretos, que pesam mais sobre os pobres, além de ampliar o endividamento público. As regiões mais dependentes da assistência, como o semiárido nordestino, sofrem retração no investimento privado e menor oferta de empregos qualificados, agravando a estimativa de crescimento e desenvolvimento sustentável na região.

Outros países seguiram caminhos diferentes. O Canadá destina mais de 11% do PIB à educação e tem 89% da população adulta com ensino médio completo. A Noruega investe mais de 9% do PIB no setor, oferecendo ensino público gratuito e de qualidade. A Finlândia, com 6,9%, tem uma das melhores notas do mundo em avaliações internacionais como o Pisa. A Coreia do Sul, que nos anos 1960 era mais pobre que o Brasil, ultrapassou os US$ 40 mil de Produto Interno Bruto per capita com foco intenso em educação técnica. O Chile, desde os anos 1990, reformulou sua política social, priorizando educação de base, crédito estudantil sustentável e mecanismos de transição entre assistência e trabalho.

O Brasil, ao contrário, manteve uma política de transferência sem metas claras de transição. A ausência de mecanismos que liguem a assistência à capacitação profissional tem efeitos colaterais evidentes: a substituição do salário pelo benefício, a perda de dinamismo no mercado de trabalho e o uso político de programas sociais como ferramenta de controle eleitoral. Tudo isso en-fraquece o vínculo entre esforço individual e progresso social.

A assistência social é necessária, mas não pode ser fim em si mesma. É preciso desenhar políticas com condicionalidades reais — como presença escolar, desempenho acadêmico e qualificação profissional —, estabelecer limites de permanência, incentivar a formalização via bônus fiscal a empresas que contratem ex-beneficiários e ampliar  microcrédito voltado a regiões mais vulneráveis. Investir no mínimo 6% do PIB em educação é essencial, com foco especial em ensino técnico regional.

A Coreia do Sul é um exemplo bem-sucedido de assistência social vinculada ao aumento da riqueza nacional. Após a guerra, o país estava entre os mais pobres do mundo, mas adotou políticas sociais focadas em educação, capacitação técnica e empregabilidade. O governo investiu em qualificação profissional e bolsas educacionais, exigindo contrapartidas de desempenho e inserção no mercado.

Esse modelo elevou a produtividade e impulsionou a mobilidade social, transformando a Coreia em uma potência econômica. Em menos de 50 anos, o Produto Interno Bruto per capita ultrapassou US$ 40 mil, provando que a assistência, quando voltada à emancipação, pode ser motor de crescimento.

Já a Venezuela ilustra um fracasso. Desde os anos 2000, o país ampliou subsídios diretos — como alimentos, gasolina e bônus — sem exigir contrapartidas ou promover inclusão produtiva. Financiados pela renda do petróleo, os programas alimentaram a dependência estatal e desestimularam o trabalho. Com o colapso econômico, o país enfrentou hiperinflação, escassez e êxodo em massa. A assistência, sem base estrutural e usada politicamente, aprofundou a crisee empobreceu ainda mais a população.

O papel do Estado deve ser o de construir pontes, não muros. Países que investiram em capital humano e educação transformaram suas populações vulneráveis em motores de crescimento e inovação. O Brasil precisa aprender com esses exemplos. A justiça social genuína está na emancipação econômica do cidadão. Um país forte não é o que sustenta milhões, mas o que prepara milhões para se sustentarem com dignidade e independência.

Eduardo Bach Anelli é economista, CFO da PX Energy e diretor financeiro da Forbes Resources Brasil Holding (julho 2025)

Fabio Alves

 


XP Bom dia

 06‑08 | XP Furla News


Bom dia,


🟢 Futuros em alta às 05h59 de Brasília: S&P 500 +0,32%, Dow Jones +0,38%, Nasdaq 100 +0,15%, FTSE 100 +0,22%, STOXX 600 +0,06%.

Petróleo Brent sobe 1,37%, aos US$ 68,57.


*🔴 Metrópoles - Tarifaço: Lula pede tempo a governadores e promete comprar excedentes* 

O presidente, contudo, se comprometeu a apresentar compensações aos setores atingidos. *Entre elas, medidas fiscais e compra governamental de excedentes dos produtos afetados pelo tarifaço.*


🔴 *UOL – Haddad sugere comprar parte das exportações que deixarem de ir para os EUA* 

Segundo o ministro, sua equipe trabalha em um texto legislativo. Compras seriam focadas em setores que não conseguirem novos compradores.


*🔴 Valor – Tarifaço dos EUA sobre produtos do Brasil entra em vigor hoje, com cerca de 700 exceções.*


*O Globo – Dia D do tarifaço: pacote de socorro mira crédito ao agro e compra governamental de pescado, fruta e mel.*

Deve prever linha do BNDES para pecuaristas e agroindústrias, com juros subsidiados pelo Tesouro.


*🔴 Poder360 – “Trump não quer falar, mas eu vou convidá-lo para a COP30”, diz Lula*

“Eu não vou ligar para o Trump porque ele não quer falar. Mas pode ficar certa, Marina, eu vou ligar para convidá-lo para a COP, porque quero saber o que ele pensa da questão climática.”


*🔴 Folha – Agro teme sanções de Trump ao Brasil por compra de fertilizantes russos e faz alerta ao Itamaraty*

Em julho, Trump ameaçou tarifar em 100% países que comprarem produtos russos. Ontem, disse que decide hoje sobre sanções envolvendo petróleo.


*G1 – Tebet avalia que café e carne devem ficar de fora do tarifaço dos EUA*

Segundo a ministra, produtos são sensíveis para o consumidor americano. Plano de contingência não deve afetar o teto de gastos.


*Valor – Bolsonaristas ameaçam parar votações e ocupam Câmara e Senado*

Protesto contra prisão de Bolsonaro impediu abertura dos trabalhos. Pressão por anistia, fim do foro e impeachment de Moraes.


*Folha – Cúpula do Congresso resiste à pressão após prisão de Bolsonaro, que deixa ala do STF indignada*

Planalto orienta reação discreta. No STF, parte dos ministros se irritou com a operação.


*Estadão – Alcolumbre diz que oposição faz “ação arbitrária” e Motta afirma que decisão do STF se cumpre*

Presidência do Congresso cancelou sessões e deve reunir líderes hoje.


*Folha – Paralisação da oposição deve atrasar sabatina de oito agências reguladoras*

Maior parte dos 17 indicados depende da Comissão de Infraestrutura, presidida por Marcos Rogério (PL-RO).


*Valor – Ata reforça tom conservador do Copom*

Juros devem seguir altos por “período bastante prolongado”. Destaque para inflação, cenário externo e mercado de trabalho.


*Valor – Inflação precificada pelo mercado já se aproxima de 4%*

BC conservador, surpresas baixistas e câmbio explicam queda da taxa implícita nas NTN-Bs.


*🇧🇷 MACRO BRASIL: Real ficou estável em R$ 5,51. Taxa local de 10 anos subiu 8 bps, para 13,77%, e a NTN-B longa avançou 3 bps, pagando IPCA + 7,19%.*


🇺🇸 TAXA REFERÊNCIA: Juros de 10 anos a 4,20%. Título de 2 anos sobe para 3,716%. O de 30 anos recua a 4,771%.

BDM Matinal Riscala

 Bom Dia Mercado.


Quarta Feira, 06 de Agosto de 2.025.


Agitação política no dia D do tarifaço

Surgem rumores de que Moraes pode revogar a prisão de Bolsonaro


Agitação política no dia D do tarifaço

… Walt Disney e McDonald´s soltam balanços antes da abertura e três integrantes do Fed falam, enquanto Trump promete nomear ainda essa semana o substituto para o cargo de Adriana Kugler, conferindo ao BC americano uma composição mais dovish, em meio à pressão por corte dos juros. Aqui, Galípolo participa de evento no Rio, às 10h, e pode reforçar o viés hawkish do Copom. Itaú repercute na abertura o lucro em linha com as estimativas e pagamento de JCP, que animou os ADRs do banco a subirem 1,23% no after market. O tarifaço de 50% de Trump sobre o Brasil entra em vigor hoje, apesar de especulações de que o café e a carne ainda poderão ser poupados nos próximos dias. A investida protecionista, contaminada pelo fator político, pega Brasília em alta temperatura. A oposição faz barulho e ameaça obstruir as votações, enquanto surgem rumores de que Moraes pode revogar a prisão de Bolsonaro.


SÃO MUITAS EMOÇÕES – No final da tarde de ontem, a colunista Mônica Bergamo publicou na Folha que a ordem para a prisão domiciliar do ex-presidente irritou ministros do STF, isolou Moraes e pode ser reconsiderada.


… Segundo os magistrados, a decisão teria sido exagerada, desnecessária e insustentável do ponto de vista jurídico, debilitando o Supremo justamente no momento que a Corte estão sob forte ataque do governo dos Estados Unidos.


… A aposta entre integrantes do STF é de que Moraes vai acabar voltando atrás. No Estadão, a prisão domiciliar de Bolsonaro é vista por juristas como uma armadilha jurídica, que reforça a tese de perseguição ao ex-presidente.


… Alguns aliados de Bolsonaro viram na atitude de Flávio de postar uma videochamada de Bolsonaro no último domingo um movimento calculado para fazer Moraes “morder a isca” e provocar a ira da Casa Branca.


… A defesa de Bolsonaro vai recorrer e pode entrar com agravo regimental, usado para questionar decisões monocráticas, na tentativa de levar a decisão de Moraes para a análise da Primeira Turma do Supremo.


… Em seu perfil no X, o CEO da Armor, Alfredo Menezes, escreveu que o STF está em corner e que, se a decisão da prisão passar pelo plenário, os ministros terão medo de votar a favor e serem sancionados pela Lei Magnitsky.


… “Acredito que seja grande a probabilidade de Alexandre de Moraes revogar”, afirmou.  


… Em entrevista ao portal Metrópoles, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro disse que os ministros do STF que condenarem seu pai no julgamento previsto para setembro poderão ser enquadrados pela Lei Magnitsky.


… Ele também ameaçou Hugo Motta e Davi Alcolumbre com sanções do governo americano, se os parlamentares não pautarem no Congresso a anistia a envolvidos em atos golpistas e o impeachment de Alexandre de Moraes.


FECHOU O TEMPO – Em protesto, no day after da prisão domiciliar de Bolsonaro, parlamentares da oposição ocuparam as mesas diretoras dos plenários da Câmara e do Senado e anunciaram a obstrução das pautas.


… Flávio Bolsonaro deu entrevista à GloboNews ao vivo, sentado na cadeira de Davi Alcolumbre, que considerou, em nota, a ocupação do Senado “arbitrária” e chamou reunião de líderes para hoje para a retomada das atividades.


… Questionado pelo Valor se a oposição assume o risco de, com a obstrução, não votar essa semana o projeto que atualiza a tabela do Imposto de Renda, Flávio Bolsonaro jogou a responsabilidade em Alcolumbre.


… Disse que ele ignora as suas ligações e não abre o diálogo sobre a anistia do 8/1 e o impeachment de Moraes.


… O governo Lula tem pressa de aprovar o projeto de lei que atualiza a tabela mensal do IRPF, porque o texto substitui a medida provisória editada pelo governo sobre o mesmo tema, que perde efeito na segunda-feira.


… Ou seja, uma eventual não aprovação levaria à retomada da tabela anterior, com uma faixa de isenção menor.


… Também na Câmara, o clima esquentou ontem com as votações inviabilizadas pela confusão armada. A oposição cobrou a volta de Hugo Motta, que estava em evento em João Pessoa, na Paraíba, e só retornou a Brasília à noite.


… Assim como Alcolumbre, o presidente da Câmara convocou reunião de lideranças para hoje para reestabelecer a ordem e garantiu que a Casa continuará funcionando com equilíbrio e responsabilidade institucional.


… Perguntado sobre as ameaças de sanção mencionadas por Eduardo Bolsonaro, disse não temer nada e lembrou que o Conselho de Ética da Câmara existe para apurar condutas indevidas por parte dos congressistas.


… Em meio à obstrução da oposição aos trabalhos no Congresso, a comissão especial que analisa a medida provisória do IOF cancelou a sessão que seria realizada hoje para ouvir o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.


… O Congresso também cancelou a sessão de instalação da comissão que analisaria a MP do setor elétrico.


SEM PAPO – Chegou o dia 6 do tarifaço, sem que Lula e Trump tenham quebrado o gelo e a intransigência.


… “Não vou ligar para o Trump para conversar, não, porque ele não quer falar. Mas eu vou ligar para convidá-lo para a COP”, disse Lula, ontem, na reunião do Conselhão (Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável).


… Segundo ele, o presidente americano não tinha o direito de anunciar taxação às exportações dos produtos brasileiros e o governo não vai permitir que os minerais raros sejam explorados por países estrangeiros.


… O comentário foi um contraponto a Haddad, que afirmou no início dessa semana que haveria a possibilidade de acordos de cooperação com os Estados Unidos envolvendo as terras raras e os minerais críticos.


… Lula informou que vai recorrer a todas medidas cabíveis, a começar pela OMC, para defender os interesses do Brasil e que o governo colocará em execução o plano de contingência para mitigar os efeitos do tarifaço.


… Parte do pacote de medidas deve ser anunciado hoje, quando as tarifas dos EUA começam a vigorar.


… A ministra do Planejamento, Simone Tebet, reforçou o discurso da equipe econômica de que o plano de contingência terá baixo impacto fiscal. “Não vamos também inventar nada, nem tirar coelho da cartola.”


… Segundo ela, as medidas prioritárias e mais emergenciais, como alongamento de prazo, carência, juros diferenciado, subsídios e participação dos bancos públicos não necessariamente passam pelo fiscal.


… Já em relação às medidas do BNDES, ela admitiu que podem ter “algum impacto fiscal”. Segundo a ministra do Planejamento, todos os bancos públicos serão obrigados a participar do plano de contingência do governo.


PICANHA E CAFÉ – Tebet acredita que o governo de Washinton vai voltar atrás no tarifaço da carne e do café brasileiros por causa do impacto que essas sanções terão no preço final dos produtos para o consumidor americano.


… O reposicionamento de Trump “pode não acontecer dia 6 [hoje]. Mas pode acontecer nos próximos 15 dias ou 20 dias”, disse, revelando que a expectativa se baseia em conversas do Planejamento com empresários do setor.


MAIS AGENDA – O câmbio confere o fluxo cambial semanal (14h30) e a balança comercial de julho (15h), que já deve ser afetada pela guerra comercial, com previsão de superávit menor na comparação com um ano antes.


… Em pesquisa Broadcast, a mediana das estimativas do mercado indica saldo de US$ 5,80 bilhões em julho, abaixo dos US$ 7,640 bilhões de igual mês de 2024. O intervalo das projeções varia de US$ 4,7 bilhões a US$ 6,5 bilhões.


BALANÇOS – Após o fechamento do mercado, Eletrobras (previsão de lucro líquido de R$ 1,1 bilhão) e Suzano (projeção de lucro líquido de R$ 5,6 bilhões) divulgam seus resultados. Itaú promove teleconferência às 10h.


… No final da noite de ontem, a Embraer divulgou um fato relevante para informar os acionistas e o mercado financeiro que corrigiu um erro contábil que impactou diretamente no resultado final do segundo trimestre.


… Ao invés de prejuízo líquido ajustado de R$ 53,4 mi, como reportado mais cedo, a empresa apurou lucro ajustado de R$ 675 mi. Os ajustes referem-se à correção do valor reportado na linha IR e Contribuição Social Diferidos.


LÁ FORA – As dirigentes do Fed Susan Collins e Lisa Cook (15h), além de Mary Daly (17h10) participam de eventos.


… As vendas no varejo na zona do euro em junho abrem o dia (6h). Os estoques de petróleo do DoE saem às 11h30 e têm previsão de alta de 100 mil barris. Trump disse que terá reunião hoje com a Rússia para discutir um cessar-fogo.


… Questionado sobre as tarifas para países que compram petróleo russo, avisou: “será próxima de 100%”. Em meio à ameaça, a cotação do petróleo se recuperava das mínimas em cinco semanas e subia no início da madrugada.


… O agronegócio brasileiro teme novas sanções por Trump pela compra de fertilizantes russos e fez alerta ao Itamaraty. Na Folha, receio é que EUA apliquem nova tarifa ou até proíbam compra de alguns produtos domésticos.


PASSOU BATIDA – A prisão domiciliar de Bolsonaro tornou-se um não evento, sem reação imediata do governo americano e nem um pio de Trump sobre o episódio até o fechamento dos negócios.


… Analistas advertem que, no momento, o que pode ter mais consequências políticas e mesmo fiscais é a obstrução das votações no Congresso por parte da oposição ligada ao bolsonarismo.


… Seja como for, na véspera do tarifaço contra o Brasil, o comportamento dos investidores foi morno.


… Talvez o mercado mais cauteloso com a situação política tenha sido o de juros, que engatou viés de alta, em especial na ponta longa da curva, mais suscetível a incertezas.


… No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,905% (de 14,909%); Jan/27 subia a 14,165% (de 14,156%); Jan/29, a 13,415% (de 13,351%); Jan/31, a 13,650% (de 13,570%); e Jan/33, a 13,770% (de 13,689%).


… Além da questão política doméstica, o exterior também teve seu impacto nos juros futuros, já que o Tesouro dos EUA fez um leilão de notes de 3 anos com demanda e taxa abaixo da média.


… Conservadora, a ata do Copom reafirmou a disposição do BC de manter o juro alto por bastante tempo, ajudando a sustentar o DI. Pesquisa do Broadcast com 35 instituições mostrou que 26 esperam Selic em 15% até o fim do ano.


… Nove casas veem início do afrouxamento monetário ainda neste ano: sete em dezembro, uma em novembro e uma em setembro.


… No câmbio, o dólar operou perto da estabilidade ao longo de quase todo o dia, com exceção do início do pregão, quando reagiu pontualmente à prisão domiciliar de Jair Bolsonaro.


… Depois, deixou a tensão política em segundo plano e fechou de lado (-0,01%), a R$ 5,5060.


COMPASSO DE ESPERA – Também a bolsa praticamente ignorou os ruídos políticos, com o Ibovespa fechando em leve alta de 0,14%, aos 133.151,30 pontos, e giro muito baixo, de R$ 18,9 bilhões.


… Investidores ficaram à espera do balanço do Itaú (ontem à noite) e da Petrobras, amanhã. A expectativa é que a petroleira anuncie dividendos mesmo com a queda do preço do petróleo.


… Itaú PN avançou 1,10% (R$ 35,69) e Bradesco PN subiu 0,19% (R$ 15,69). Na contramão, a unit do Santander caiu 0,98% (R$ 26,09) e Banco do Brasil cedeu 0,53% (R$ 18,62).


… Petrobras ON subiu 0,80% (R$ 35,44) e PN avançou 0,47% (R$ 32,31), apesar da quarta queda consecutiva do Brent/out (-1,63%; US$ 67,64), diante do excesso de oferta após a Opep+ decidir elevar a produção em setembro.


… O ultimato de Trump para que a Rússia encerre a guerra contra a Ucrânia até sexta-feira também pesou no mercado da commodity.


… Vale caiu só 0,13%, a R$ 54,11, mesmo diante da alta firme de 1,2% do minério de ferro em Dalian.


… Brava Energia saltou 5,74%, para R$ 20,28, e liderou as altas. Os bons números de julho motivaram elevação de projeções por analistas.


… Pior queda do dia, CSN caiu 2,82%, a R$ 7,24, após a Fitch reduzir a perspectiva das notas de crédito em moedas estrangeira e local da empresa, de estável para negativa.


SINAL DE ALERTA – A estagnação nos Estados Unidos da atividade de serviços, setor que responde por 70% da economia americana, acendeu a luz amarela no mercado e derrubou as bolsas em Wall Street.


… Além de ter sido mais um indício de desaceleração da economia americana, a pesquisa PMI do ISM mostrou aumento nas demissões e nos custos do setor, colocando um desafio para o mandato duplo do Fed.


… O indicador desacelerou para 50,1 pontos em julho, de 50,8 em junho, e veio abaixo do consenso de 51,2, na terceira menor leitura desde o ano da pandemia, em 2020.


… A linha dos 50 pontos é o que separa crescimento da contração da atividade.


… Mostrando certo grau de repasse das tarifas para a inflação, o índice de preços do setor atingiu 69,9 pontos, segundo a pesquisa, o maior valor desde outubro de 2022.


… Na esteira do dado, os juros dos Treasuries subiram. O da note de 2 anos avançou a 3,724%, de 3,685% na sessão anterior, e o da note de 10 anos subiu a 4,202%, de 4,197%. Já o do T-Bond de 30 anos caiu a 4,772%, de 4,796%.


… Na pesquisa do PMI, empresas do setor de serviços disseram que as tarifas de importação estão puxando os custos para cima. Ontem, pelo menos duas empresas citaram o impacto da política comercial em seus resultados.


… Yum Brands (-5,1%) teve lucro abaixo do esperado pelo segundo trimestre consecutivo e atribuiu o desempenho a gastos com consumo mais restritos provocados pelo aumento de preços.


… Já a Caterpillar (+0,12%) advertiu que as tarifas vão colocar “desafios significativos” no segundo semestre deste ano, com um aumento de custos estimado em US$ 1,5 bilhão.


… As tarifas já influenciam a balança comercial. O déficit comercial dos EUA caiu em junho, puxado pela forte queda nas importações de bens de consumo. O déficit com a China atingiu o menor nível em 21 anos, segundo a Reuters.


SEMPRE ELE – Em NY, as ações também foram afetadas por declarações de Trump à CNBC, de que tarifas sobre chips e produtos farmacêuticos serão aplicadas em breve.


… O índice Dow Jones fechou em queda de 0,14%, aos 44.111,74 pontos. O S&P 500 recuou 0,49%, aos 6.299,17 pontos; e o Nasdaq teve queda de 0,65%, aos 20.916,55 pontos. O setor de tecnologia caiu 0,91%.


… Na mesma entrevista, Trump descartou o secretário do Tesouro, Scott Bessent, como candidato à presidência do Fed. “Ele quer ficar onde está”, disse.


… Trump considera quatro candidatos e disse que pode usar a renúncia de Adriana Kugler para indicar o próximo presidente do Fed. Durante evento na Casa Branca, afirmou que dois desses candidatos são chamados Kevin.


… Segundo a imprensa americana, estão cotados ao posto o diretor do Conselho Econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, e o ex-diretor do Fed Kevin Warsh.


… Ainda na seara Trump, as ações do JPMorgan (-0,98%) e do BofA (-0,63%) caíram depois de o presidente reclamar que ambos os bancos, entre outros, discriminaram a ele e seus apoiadores depois de seu primeiro mandato.


… O governo estaria preparando medidas para agir contra instituições que abandonarem clientes por motivos políticos, segundo a Reuters.


… Apesar dos desafios e das incertezas, estrategistas do HSBC elevaram a estimativa para o S&P 500 ao fim deste ano de 5.600 para 6.400 pontos por causa dos robustos lucros corporativos e a expectativa de cortes de juro.


… No câmbio, o dólar deu uma pausa na desvalorização global e o índice DXY fechou praticamente estável, em 98,782 pontos.


… O euro caiu a US$ 1,1576. O ING avaliou que a moeda comum “parece bastante confortável perto do nível de US$ 1,155 e, na ausência de fatores de mercado, pode se manter nesse nível por um tempo”.


… A libra ficou estável, cotada a US$ 1,3297, à espera da reunião do BoE amanhã. O Swissquote Bank disse que um corte de 25 pontos-base no juro pelo BC inglês já está precificado. Ante o iene, o dólar subiu a 147,61/US$.


CIAS ABERTAS… ITAÚ registrou lucro líquido recorrente de R$ 11,508 bilhões no segundo trimestre, crescimento de 14,3% em relação ao mesmo período de 2024…


… Retorno recorrente sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROE) foi de 23,3% no segundo trimestre de 2025, de 22,4% no segundo trimestre de 2024…


… Carteira de crédito total ajustada somou R$ 1,389 trilhão, alta de 7,3% na comparação anual…


… Itaú revisou crescimento consolidado da margem financeira com clientes do intervalo de 7,5% a 11,5% para a faixa de 11,0% a 14,0%


… O banco também revisou a alíquota efetiva de IR/CS do intervalo de 27,0% a 29,0% para faixa de 28,5% a 30,5%; demais projeções foram mantidas…


… Conselho aprovou a distribuição de JCP bruto de R$ 0,3634 por ação; pagamento será feito no dia 29; ex dia 19…


… O banco também pagará no dia 29 os JCPs declarados em 29 de maio, no valor bruto de R$ 0,3341 por ação, com base na posição de 9 de junho…


… Banco informou que exercerá a opção de resgate da totalidade de duas séries de notas subordinadas nível 1, totalizando US$ 1,45 bilhão…


… Serão resgatadas no dia 27 de agosto as notas emitidas em 27 de fevereiro de 2020, no valor de US$ 700 milhões, com cupom de 7,562% ao ano…


… Já no dia 19 de setembro, serão resgatadas as notas emitidas em 19 de março de 2018, no valor de US$ 750 milhões, com cupom de 7,859% ao ano.


PRIO registrou lucro líquido de US$ 112,51 milhões no segundo trimestre, queda de 54% na comparação anual; Ebitda somou US$ 259,9 milhões, recuo de 57% em relação ao mesmo período de 2024…


… Citi manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 60 para a ação da empresa; resultados trimestrais da companhia vieram ligeiramente abaixo das estimativas, segundo o banco.


PETROBRAS informou que vai fornecer gás natural para a Voqen, em atendimento às unidades da Braskem localizadas no Rio Grande do Sul…


… A quantidade diária contratual foi estabelecida em 300 mil metros cúbicos por dia, em modalidade firme e inflexível. Valor estimado do contrato é de R$ 324,2 milhões.


GRUPO PÃO DE AÇÚCAR registrou prejuízo de R$ 216 milhões no segundo trimestre, redução de 34,9% sobre as perdas de R$ 332 milhões apresentadas um ano antes; Ebitda ajustado somou R$ 420 milhões, alta anual de 6,1%…


… GPA decidiu descontinuar projeções anteriormente divulgadas referentes ao plano de abertura de novas lojas entre 2022 e 2026, que estimavam, originalmente, a abertura de 300 novas lojas.


BRF/MARFRIG. A incorporação das ações da BRF pela Marfrig foi aprovada pelos acionistas das duas companhias, em AGEs separadas, em mais um passo na consolidação da fusão, dando origem à gigante do setor MBRF Global Foods…


… Conclusão da fusão ainda está sujeita, porém, à aprovação do Cade, que sinaliza que pode frear o ritmo…


… Na Folha, a maioria dos conselheiros do Cade deve homologar despacho do presidente do Conselho, Gustavo Freitas de Lima, que reclassifica a análise do caso de rito sumário para ordinário (mais demorado)…


… A medida ocorre após representação da Minerva contra a aprovação sem restrições pela Superintendência-Geral do órgão…


… No despacho, Freitas de Lima considera que, caso isso seja comprovado, pode representar “risco concorrencial que ainda não foi adequadamente avaliado”.


SABESP firmou contrato de R$ 3,8 bilhões com a Telefônica para medição inteligente de água.


BTG PACTUAL pagará JCP de R$ 0,20 por ação ON e PN e de R$ 0,51 por unit; ex no próximo dia 15.


IGUATEMI registrou lucro líquido de R$ 209,1 milhões no segundo trimestre, crescimento de 173,9% na comparação anual; Ebitda somou R$ 433 milhões, alta de 108,7% em relação ao mesmo período de 2024…


… Grupo, por meio de sua filiada Iguatemi PPPH, concluiu a venda de participação adicional no Shopping Pátio Paulista equivalente a 10% da totalidade do empreendimento pelo valor de R$ 244,5 milhões.


RD SAÚDE registrou lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 374 milhões no segundo trimestre, o que representou alta de 14,5% na comparação anual; Ebitda ajustado somou R$ 885 milhões.


ODONTOPREV registrou lucro líquido de R$ 147,8 milhões no segundo trimestre, alta anual de 13,6%; Ebitda ajustado somou R$ 205,1 milhões, avanço de 26,5% em relação ao mesmo período de 2024…


… Citi manteve a recomendação neutra e preço-alvo de R$ 11 para a ação da companhia; na avaliação do banco, empresa apresentou resultados trimestrais fortes.


ISA ENERGIA recebeu licença do Ibama para iniciar obras da linha de transmissão Barra II — Correntina — Arinos 2 e da subestação Correntina do projeto Serra Dourada, na Bahia.

E depois?

 ATÉ ONDE A PRISÃO DE BOLSONARO PODE LEVAR DONALD TRUMP


Maria Cristina Fernandes - VALOR - 04.08.2025


(...)

Daqui por diante, o cenário das eleições locais não poderá perder de vista o que acontece nos EUA. É preciso ver o que Trump anda aprontando para não perder as eleições do próximo ano. Ele vai querer fazer o mesmo por aqui.


As eleições de meio de mandato nos EUA são aquelas em que são renovadas todas as cadeiras da Câmara e um terço do Senado. Trump tem uma maioria estreita em ambas as Casas. No seu primeiro governo, Trump também comandava o Congresso até 2018, quando perdeu a Câmara, precipitando sua derrota à reeleição dois anos depois. O tarifaço só tem prejudicado suas condições para manter essa maioria. Assim, restam-lhe as alternativas para mitigar a elegibilidade dos eleitores de oposição e a representatividade dos distritos em que eles votam.


Ele começou cedo. Baixou decretos obrigando Estados a fazer novas comprovações de cidadania para o registro eleitoral, requereu listas eleitorais de Estados onde esta maioria está em disputa, redesenhou os distritos do Texas, projetando um avanço republicano sobre cinco cadeiras democratas, e requereu acesso às máquinas de votação.


A cama está armada para Trump, se perder as disputas de meio de mandato, logo após o segundo turno do Brasil, contestar o resultado. A investida contra o STF e, particularmente, sobre Moraes é a exportação do que ele tem feito por lá.


Em decisão recente, a Suprema Corte daquele país, de maioria governista, restringiu o poder de juízes distritais de refrear a agenda presidencial. Depois de ganhar suas primeiras batalhas na justiça, bastiões da resistência, como a Universidade de Harvard, por exemplo, já foram obrigados a alguns recuos sob pena de congelamento de recursos federais. A pressão se estende à imprensa, ameaçada por processos em temas como a rede de pedofilia de Jeffrey Epstein.


Não se deve esperar que Trump esqueça o Brasil. Estava brigando com muita gente grande quando se lembrou de colocar o país no topo de suas maldades. (...)


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https://valor.globo.com/politica/coluna/ate-onde-a-prisao-de-bolsonaro-pode-levar-trump.ghtml?fbclid=IwY2xjawL_R-5leHRuA2FlbQIxMQABHuz9X9hyG4lcMDIZTPaSDi1IFkjNmfmwMIYahfWp2rkdIH4AAyBCiJQ2XxWS_aem_E54-nLIqBIcQn-hwbk79yA

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: As bolsas vão perdendo combustível e a frente empresarial é o único apoio das bolsas. A macro continua a acrescentar dados débeis. Ontem, o ISM de Serviços dececionou, apontando para um estancamento do setor perante a desaceleração da procura e subida de custos. Hoje à primeira hora, Pedidos de Fábrica da Alemanha crescem em junho, mas menos do que o esperado. Estamos perante os primeiros sintomas de desaceleração económica global?  É muito provável e, por isso, as bolsas tendem, pelo menos, a lateralizar. Precisam de novos catalisadores para continuarem a subir.


Apesar do debilitamento da macro, a frente empresarial poderá continuar a dar algum apoio hoje às bolsas. Embora AMD e Super Micro Computer tenham dececionado ontem após o fecho e estejam com quedas de -6,7% e -17,4%, respetivamente, o tom da temporada de resultados na Europa é positivo. Vonovia bate e eleva guias, Bayer, Siemens Energy e Commerzbank positivos, e Novo Nordisk falha, embora já tivesse anunciado um profit warning na semana passada. Por outro lado, OpenIA fez uma avaliação para uma possível saída da bolsa no próximo ano, e situa-a em 500.000 M$ (vs. 300.000 M$ anterior).


Em suma, hoje as bolsas provavelmente continuarão apoiadas, mas sem perder de vista as novas rondas de negociações alfandegárias que Trump está a realizar.


S&P500 -0,5% Nq-100 -0,7% SOX -1,1% ES50 +0,1% IBEX +0,2% VIX 17,8% Bund 2,62% T-Note 4,22% Spread 2A-10A USA=+49pb B10A: ESP 3,20% PT 3,03% FRA 3,28% ITA 3,43% Euribor 12m 2,13% (fut.2,15%) USD 1,158 JPY 170,8 Ouro 3.375$ Brent 68,1$ WTI 65,5bit$ Bitcoin +0,8% (114.028$) Ether +1,3% (3.624$).


FIM

terça-feira, 5 de agosto de 2025

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal


SESSÃO: Ontem tivemos uma sessão de recuperação nas bolsas americanas e europeias após as quedas acumuladas na semana passada. Na Europa, as subidas continuaram lideradas pelo setor financeiro, como aconteceu no mês de julho, neste caso após a publicação dos testes de esforço da EBA (European Banking Authority). Nos EUA, as tecnológicas continuaram em alta, apesar da descida de ON Semiconductor (-15,6%), após resultados e perspetivas que não apresentaram surpresas positivas. Por sua vez, Palantir, com o mercado já fechado, mostrou bons dados e melhorou as guias (+5% em pré-abertura americana). 


Para a sessão de hoje temos duas referências macro nos EUA: (1) a mais relevante, o ISM de Serviços nos EUA de julho (15 h), onde se antecipa uma melhoria (51,5 desde 50,8 ant.), que confirmaria uma tendência de melhoria, recuperando níveis de há três meses. Será interessante observar a evolução da componente de Preços Pagos (preços) e a evolução de Novos Pedidos (crescimento). (2) A Balança Comercial americana de junho, onde se antecipa uma ligeira correção do défice (-61,1mil M$ desde -71,5 mil M$), o que pode retirar pressão no plano alfandegário.


No lado empresarial, hoje há dados mistos e manutenção de guias de DHL face à debilidade em Infineon, embora mantenha guias para 2025. Em Espanha, Naturgy anunciava uma colocação acelerada de 5% de autocarteira (25,90€, desconto 7%), com o objetivo de dar mais liquidez. 


CONCLUSÃO: Em suma, os mercados manterão o tom positivo, exceto por surpresas no ISM de Serviços, já que após a debilidade do desemprego de sexta-feira, o mercado antecipa com mais probabilidade um corte de taxas de juros da Fed em setembro.



S&P500 +1,5% Nq-100 +1,9% SOX +1,8% ES50 +1,5% IBEX +1,8% VIX 17,5% Bund 2,63% T-Note 4,21% Spread 2A-10A USA=+52pb B10A: ESP 3,20% PT 3,05% FRA 3,34% ITA 3,29% Euribor 12m 2,15% (fut. 2,10%) USD 1,155 JPY 169,9 Ouro 3.370$ Brent 68,8$ WTI 66,34$ Bitcoin -0,3% (114.476$) Ether -0,7% (3.675$).


FIM

Produtividade é a saída

  O mundo está girando (e rápido): o Brasil vai acompanhar ou ficar para trás? 🌎🇧🇷 Acabei de ler uma análise excelente de Marcello Estevã...